Waldery Rodrigues e Vanessa Canado deixam Ministério da Economia

Waldery Rodrigues, Secretário da Fazenda, no CCBB. Foto: Sérgio Lima/Poder360

O Ministério da Economia, de Paulo Guedes, teve duas baixas nesta 3ª feira (27.abr.2021). Deixaram a pasta o secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues, e a assessora especial Vanessa Canado.

O secretário do Tesouro, Bruno Funchal, deve assumir o lugar de Waldery. O assessor especial Jeferson Bittencourt passará a ser secretário do Tesouro.

Vanessa é advogada focada na área de impostos. Deixou a pasta depois que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que iria avançar com a discussão da reforma tributária.

Waldery já esteve por algumas vezes na berlinda para sair do cargo. O presidente Jair Bolsonaro deu bronca e disse que daria 1 “cartão vermelho”. Sua saída agora tem como pano de fundo o imbróglio do Orçamento de 2021.

Um integrante da equipe econômica disse que Waldery deve continuar no Ministério da Economia, mas em outro cargo. Ele é um “homem de confiança” de Guedes.

São mais duas baixas no “dream team” de Paulo Guedes, que montou um time conhecido como “Chicago oldies” –uma alusão aos Chicago boys, time de jovens liberais egressos da Universidade de Chicago que reformou a economia chilena durante a ditadura de Augusto Pinochet (1974-1990).

Ao longo do governo, Guedes criou 8 secretarias especiais. Em só duas não houve mudanças.

• Fazenda – começou com Waldery Rodrigues e passará a ser ocupada por Bruno Funchal;

• Receita Federal – Marcos Cintra era o chefe; agora está sob José Barroso Tostes Neto;

• Previdência e Trabalho – começou com Rogério Marinho e agora é chefiada por Bruno Bianco;

• Comércio Exterior e Assuntos Internacionais – começou com Marcos Troyjo e agora está com Roberto Fendt Junior;

• Desestatização, Desinvestimento e Mercados – Salim Mattar passou o bastão a Diogo Mac Cord;

• Desburocratização, Gestão e Governo Digital – começou com Paulo Uebel e agora está com Caio Mario Paes de Andrade.

O secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Da Costa, está no governo desde o início. A secretária de Programa de Parcerias de Investimentos, Martha Seillier, integrou o time em 2020, e continua no comando da área.

O ex-secretário do Tesouro Nacional Mansueto Almeida deixou o cargo em 15 de julho e foi substituído por Bruno Funchal. O diretor de programas da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Caio Megale, deixou o cargo.

Também houve saídas em cargos fora do Ministério da Economia.

Rubem Novaes e André Brandão deixaram o comando do Banco do Brasil. O último ganhou antipatia de Bolsonaro por cortar gastos em agências e promover a demissão de 5.000 funcionários. Em seu lugar, o presidente colocou um bolsonarista que fez carreira na instituição, o administrador Fausto Ribeiro.

Bolsonaro mandou trocar Roberto Castello Branco –indicado por Guedes– na Petrobras por um general. O motivo: descontentamento com a política de reajustes nos preços dos combustíveis. Assumiu a função Joaquim Silva e Luna, diretor-geral da Itaipu Binacional e ministro da Defesa no governo de Michel Temer (MDB).

Outro aliado de Guedes que deixa o governo é a presidente do IBGE. Susana Guerra pediu demissão em 26 de março –1 dia após o Congresso quase zerar a verba do Censo (coleta dados detalhados sobre a população) para financiar emendas parlamentares.

Joaquim Levy foi a 1ª baixa no governo: deixou a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em junho de 2019.

Salim Mattar, Paulo Uebel, Mansueto Almeida, Caio Megale, Rubem Novaes, André Brandão e Susana Guerra saíram por desistência.

Fonte: Poder 360