Venda direta do etanol é pauta em comissão na Câmara dos Deputados

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados debate nesta terça (11) os efeitos da venda direta nos postos de combustível em audiência pública requerida pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).

O parlamentar argumenta que o projeto que susta o artido da Agência Nacional do Petróleo (ANP), sobre a venda direta de etanol, pode causar um grande impacto financeiro no setor sucroenergético e representa uma mudança abrupta na forma de comercialização do etanol.

“O setor precisa de tempo para conseguir fazer os ajustes necessários e cumprir o que está sendo proposto, sem que se causem impactos maiores aos consumidores, afirmou o deputado. “O efeito de atividade pode até ser contrário ao esperado, uma vez que grande parte das usinas terão de arcar com os custos da distribuição, que vão desde a compra e a manutenção de frotas até a tributação – isso pode, por sua vez, aumentar o preço do etanol para o consumido final.”

Participam da audiência o representante da Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência Plural Leonardo Gadotti Filho; o vice-presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Mário Luiz Pinheiro Melo; e o representante da Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom) Abel Leitão.

Na semana passada, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) chegou a discutir a possibilidade da venda direta. No entanto, ficou decidido após o fim da reunião apenas a aprovação de uma resolução para “fomentar a livre concorrência” no setor de abastecimento de combustível.

A venda direta de combustível pelos produtores aos postos de combustível já foi defendido anteriormente pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. (Com informações da Agência Câmara)

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