Médica picada por cobra deixa a UTI e mantém tratamento em SP

Médica recebe visita de irmã

A médica Dieynne Saugo, que foi picada por uma cobra em Mato Grosso, deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, depois de ter apresentado melhora nesta segunda-feira (7), segundo a família.

A informação foi comunicada pela irmã dela, Nathalia Saugo, nas redes sociais. “A Dy já foi liberada para sair da UTI e ir para o quarto, deixaram uma pessoa ir lá ficar com ela, claro que com todos os cuidados possíveis, e também ela já parou de tomar o remédio forte que estava tomando para a coagulação, estão usando outros meios para controlar”, escreveu.

O tratamento é custeado com doações. Para isso, a família criou a vaquinha virtual da Dy que chegou a R$ 136 mil arrecadados. A meta, no entanto, é de R$ 300 mil.

Nathalia afirmou também que o rosto da médica está desinchado e ela não respira mais com ventilação mecânica. Ela agradeceu ainda as mensagens recebidas: “Deus abençoou e a nossa viagem até aqui não foi à toa. Os exames da minha mãe e da minha irmã deram negativo [para covid-19]. Muito obrigada pelas energias positivas e pelas orações”, disse a irmã da médica.

Segundo Nathalia, a internação de Dieynne deve ficar em torno de R$ 200 mil e o translado de Mato Grosso para São Paulo ficou em cerca R$ 50 mil.

A médica já retirou a sonda e não utiliza mais medicamentos para coagulação do sangue. Segundo a irmã, Stephanie Saugo, o fato de ela estar também com a covid-19 não interfere no tratamento.

Dieynne postou um vídeo com a enfermeira já no semi-intensivo se alimentando via oral pela primeira vez desde a internação. Mesmo sem poder falar por causa da traqueostomia, ela gesticulou e agradeceu o apoio de todos.

Anteriormente, ela havia postado um bilhete nas redes sociais:“Orem por mim. Amo vocês”, escreveu Dieynne. Ela foi picada duas vezes por uma cobra, no rosto e braço, quando o animal caiu na água enquanto a vítima se banhava na cachoeira em Nobres.

O incidente ocorreu em 30 de agosto. A pousada em que a médica estava hospedada não tinha soro antiofídico. Na quinta-feira (3), ela foi transferida de táxi aéreo do Complexo Hospitalar de Cuiabá para o Hospital Albert Einstein.

O caso

Dieynne Saugo foi picada duas vezes por uma jararaca de cerca de dois metros de comprimento. O animal caiu na água enquanto a vítima se banhava na queda d’água em Nobres, no Mato Grosso. Amigos filmaram o momento do ataque. Nas imagens, é possível ver quando a médica começa a gritar.

A vítima foi encaminhada para um hospital em Cuiabá, onde passou por cirurgia e foi internada em estado grave na UTI.

R7