Lula denunciado pela Lava-Jato por lavagem de dinheiro

Foto: Fabrice Coffrini/AFP

A força-tarefa da Lava-Jato do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná ofereceu, nessa sexta-feira (11), denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, pelo crime de lavagem de dinheiro.

Eles são acusados da prática do crime de lavagem de dinheiro por meio de doações para dissimular o repasse de R$ 4 milhões durante o período compreendido entre dezembro de 2013 e março de 2014.

Conforme consta na denúncia, os valores ilícitos foram repassados mediante quatro operações de doação simulada realizadas pelo Grupo Odebrecht em favor do Instituto Lula, cada uma no valor de R$ 1 milhão.

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Segunda Turma analisa novo pedido de Lula para suspender ação do instituto

A Segunda Turma analisa hoje, 04, mais um pedido de Lula para paralisar a ação penal em que é acusado de corrupção e lavagem por receber imóvel da Odebrecht para sediar o Instituto Lula.

Vários pedidos já foram negados, desde o fim do ano passado, por Edson Fachin, relator do caso. Em julho, durante o recesso, Dias Toffoli também rejeitou um habeas corpus.

Desta vez, no entanto, o recurso será analisado também por Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Celso de Mello.

A discussão de hoje pode sinalizar a disposição dos ministros sobre um HC pendente ainda mais devastador e que deve ser julgado nesse semestre: o que aponta suspeição de Sergio Moro.

Se acolhido, esse pedido pode anular as duas condenações de Lula na Lava Jato, do triplex de Guarujá e do sítio de Atibaia (apesar de não ter sentenciado neste último, o ex-juiz atuou na fase de inquérito).

O processo do instituto, objeto do recurso a ser julgado hoje, está pronto para sentença na primeira instância, a cargo de Luiz Antonio Bonat.

A defesa, no entanto, pede a suspensão porque quer acesso aos autos do acordo de leniência da Odebrecht, com anexos, depoimentos e análises técnicas da PF sobre os sistemas da empresa.

Os advogados do ex-presidente alegam que a Odebrecht adulterou dados das planilhas que registram pagamentos de propina, antes de entregá-las ao Ministério Público.

Perícia da Polícia Federal, no entanto, já atestou a integridade e autenticidade dos arquivos que envolvem Lula.

Renan Ramalho / O Antagonista