Sucesso: SpaceX cumpre desafio de “empurrar” a estação espacial

Periodicamente, a Estação Espacial Internacional precisa de uma “forcinha” para ajuste de órbita (Imagem: Dima Zel/Shutterstock)

NASA informou que uma manobra realizada pela SpaceX para, literalmente, “empurrar” a Estação Espacial Internacional (ISS) foi realizada com sucesso na última sexta-feira (8).

Para executar a missão, a empresa de Elon Musk usou uma cápsula de carga Dragon que estava acoplada ao laboratório orbital acionando seus motores por pouco mais de 12 minutos. Todo o procedimento foi monitorado por cientistas da NASA.

Teste ocorreu como o esperado

Os dados coletados durante a manobra mostraram que o experimento foi bem sucedido e que poderá ser repetido no futuro, o que deve significar uma ampliação da parceria entre a NASA e a SpaceX. A ideia é utilizar este mesmo mecanismo em 2030, quando a ISS será “derrubada” no oceano.

Para isso, a empresa vai usar uma Dragon modificada com mais de 40 propulsores. A nave convencional conta com apenas 16. Lembrando que a SpaceX também foi escolhida para desenvolver e construir o veículo Deorbit, que será usado para desorbitar a estação espacial, trazendo-a com segurança para a Terra.

Periodicamente, a Estação Espacial Internacional precisa de uma “forcinha” para ajuste de órbita (Imagem: Dima Zel/Shutterstock)

Por que foi preciso “empurrar” a ISS?

  • A estação espacial orbita a Terra a cerca de 400 km de altitude.
  • O problema é que a estrutura perde altitude gradualmente em função do arrasto das moléculas da atmosfera.
  • Isso significa que é necessário “empurrá-la” para uma altitude maior de vez em quando.
  • Este trabalho normalmente era executado pelas espaçonaves russas Soyuz.
  • No entanto, em função da invasão da Rússia à Ucrânia e dos planos de Moscou de criar sua própria estação espacial, a NASA começou a procurar outras alternativas.
  • A agência já havia testado o procedimento com uma nave de carga Cygnus, da Northrop Grumman, em 2022, mas a missão foi abortada em poucos segundos.

Fonte: www.olhardigital.com.br