SITUAÇÃO E OPOSIÇÃO ANTECIPAM A CAMPANHA DE 2020

O prefeito Rosano Taveira e membros da oposição engoliram a corda e erram ao lançar suas campanhas cedo demais. As estratégias e seus potenciais trunfos para 2020 estão sendo apresentados antes do tempo e isso não favorece nenhum dos lados, pelo contrário só encarece a campanha e possibilita o surgimento de uma terceira via. O medo de perder espaço no cenário atual fez a oposição aceitar a provocação e em uma reunião para sentir o seu próprio potencial ofensivo, o resultado foi insignificante. Ou seja, ganhou mais adversários do que aliados. Na ocasião, o ex-prefeito Maurício Marques fez um desabafo e ameaçou fazer revelações, dizendo que iria contar tudo que sabe, chegando ao ponto de alguns participantes da reunião pensarem que se tratava de uma delação premiada, tudo isso para ser aceito como um verdadeiro integrante da oposição. Vale lembrar que ele passou quase 20 anos no poder, durante esse período pensava tão somente em destruir quem hoje quer se aliar. Além disso, na época, quando seus interesses pessoais foram contrariados, o ex- prefeito Maurício tratou de mudar o rumo do seu discurso. Já o lado da situação ao saber do encontro, através de um infiltrado, achou a situação engraçada, rendendo muitas gargalhadas, especialmente da forma como o ex-prefeito Maurício Marques se expressava. Os presentes pouco falaram, mas as figuras ausentes neste encontro preocuparam o coronel Taveira. Em destaque entre os ausentes está o padre Maurilo, que representa a governadora no município. Outra figura que anda posando de oposição é Ricardo Gurgel que tem gente lotada na administração e estava desempenhando mais uma vez um papel estratégico a seu favor, seja da oposição ou do governo. A estratégia de Taveira é replicar o cenário político vitorioso de 2012, em Ceará Mirim, quando o delegado Peixoto foi reeleito com cerca de 32% dos votos válidos, apesar do grande desgaste na cidade, semelhante ao que ocorre por aqui. Alguns observadores política Parnamirinense já informaram ao prefeito Taveira que Parnamirim não é Ceará Mirim, pois o que aconteceu lá não irá se repetir por aqui, o grande diferencial é o perfil do eleitorado, principalmente os eleitores do bairro de nova Parnamirm, o maior colégio eleitoral da Cidade Trampolim da Vitória, os quais não têm nenhum representante como interlocutor na gestão atual. Isso poderá se tornar um fator complicador, sobretudo para a administração atual que não fez nada por esse bairro, o qual teve significativo desenvolvimento patrocinado pela iniciativa privada e por esse motivo, o fenômeno eleitoral que reelegeu o delegado, não irá beneficiar o coronel. A estratégia lá, foi lançar o maior número de candidatos, dividindo o eleitorado, favorecendo quem estava sentado na cadeira. Todavia, isso não ocorrerá por aqui. Até porque, os candidatos não discutiram até agora, nenhum projeto para cidade e sim seus interesses pessoais. Nesse cenário, abre-se espaço para o surgimento de um terceiro nome capaz de surpreender e se conseguir apresentar uma proposta que encante o eleitorado parnamirinense, vencerá esse pleito. Desse modo, a estratégia tão sonhada por Taveira funcionará para favorecer o outro e será o principal instrumento para sua derrota, tornando-se vítima da própria estratégia. O ideal era apostar em outra forma para reagrupar seu exército, pois a prefeitura não irá garantir todos os votos como nos pleitos passados. Um bom exemplo são figuras que tem cargos e nesse momento prestarão um melhor serviço se agrupando ao time da situação, ou seja, do lado do governo e não posando de oposição, pois terá de entregar os cargos que tem na administração e esses continuarão sendo instrumento do poder como muitos fizeram na eleição passada. É bom destacar que o cidadão parnamirinense aguarda por projetos e ações que mudem para melhor sua vida, até o momento não se tem um debate de ideias. O prefeito Taveira gostou da antecipação do pleito, já que espera tirar a atenção da sociedade da sua administração, politizando qualquer crítica a sua forma de administrar. É importante registrar que essa antecipação do processo eleitoral vai encarecer as campanhas para os dois lados. Em resumo, a oposição quer polarizar e o governo quer dividir ao máximo, para poder ter alguma chance de permanecer no poder.

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