Em entrevista a rádio Liberdade FM, o ex-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Farias, relatou que durante a sua carreira política, o seu maior desafio foi ser governador devido ao período de resseção econômica do país durante o seu mandato, que interferiu fortemente na sua gestão e disse inicialmente que fez uma gestão otimista sem mostrar aos potiguares a real situação do estado.
Robinson disse que a atual gestão Fátima Bezerra teve, nos três primeiros anos, 12 bilhões de reais a mais do que ele recebeu durante a sua gestão inteira e alfinetou que a atual governadora, mesmo com esse saldo positivo, não iniciou obras relevantes no seu governo.
Citou ainda, que o programa Restaurante Popular, em sua gestão, servia em média 1.200.000 refeições por mês dentre café da manhã, almoço e jantar, tudo isso por menos de dois reais por dia em prol da população mais humilde, e atualmente, a atual governadora está reduzindo o número dessas refeições, principalmente no período de recessão pós pandemia, em que a população mais humilde ficou ainda mais vulnerável com a fome.
Robinson lembrou que o programa “Parnamirim saneada” teve início na sua gestão, na parceria entre os governos de Robinson e o prefeito Taveira, no qual a CAERN realizou o projeto e a obra de início e o ministro Fábio Farias conseguiu continuar com o trabalho, liberando os recursos para que Parnamirim estivesse 100% saneada, com apoio do ministro Alexandre Baldy. O ex-governador disse ainda que deixou Natal de 3% de saneamento básico, para quase 90% no fim de sua gestão e que até hoje não foi concluída. Robinson deixou claro que encerrou sua gestão com 3 mil obras entregues a população potiguar e que a atual gestão não entregou nenhuma, que está apenas reinaugurando as obras antigas.
No Hospital Deoclécio Marques, na sua gestão foram feitos 80 novos leitos que serviram a população potiguar e 8 novos leitos em Parnamirim, isso antes da pandemia e que serviram a população durante o período crítico de superlotação de leitos Covid.
O pré candidato a deputado federal falou também da integração de Mossoró/RN, que hoje tem um aeroporto, com voos comerciais e citou as reformas feitas nos hospitais de Caicó, Pau dos Ferros, Currais Novos, São José de Mipibu, Santo Antônio, ajudando a descentralizar a saúde.
O ex-governador falou que durante o seu governo, chamou 5 mil professores, pagando o piso durante toda a sua gestão, além de implantar duas letras nas promoções de plano de carreira dos servidores da educação, terminando seu governo a folha 100% em dia.
Na entrevista que Robinson Farias ficou à vontade, ainda afirmou que as oligarquias políticas do estado, com amplo acesso as mídias de televisão e jornais locais, após a derrota do seu candidato, referindo-se ao ex-deputado Henrique Alves, começaram a atacar o seu governo, propagando apenas a versão deles. O ex-governador, após ganhar e apoiar o PT no estado, que elegeu a época a então senadora Fátima Bezerra, esperava que ela o levasse a presidenta Dilma para repassar recursos para custeio para não atrasar a folha de pagamento, porém esse acordo não foi realizado por parte da senadora e da presidenta Dilma como forma de boicotar seu governo e enfraquecê-lo na perspectiva de assumir o governo na eleição seguinte.
Após o impeachment da presidenta Dilma e a entrada do presidente Temer, também ocorreu outro boicote político para não conseguir quitar a folha de pagamento dos servidores, pois outro grupo político atuou em favor de Carlos Eduardo Alves, impedindo que Temer realizasse um acordo para ele não pagasse os servidores, pois com isso haveria chances de Robinson reelegesse governador.
Farias comentou também sobre a necessidade na época demitir 21 mil servidores do estado para quitar a folha de pagamento, e para mantê-los, precisaria atrasar a folha de pagamento para não comprometer a renda de milhares de famílias no Rio Grande do Norte e ele fez a opção de não demitir e por esse motivo teve que atrasar o pagamento, mas não desempregou ninguém e por esse motivo, tem a consciência tranquila.
Sobre a campanha a Deputado Federal em 2022, Robinson disse que pretende fazer um mandato participativo, caso seja eleito, pois conhece os anseios e necessidades de cada região do estado devido a sua experiência na política local como deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa, vice governador e governador.