
Quase um ano após a fuga dos presidiários Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, da Penitenciária Federal de Mossoró, o Ministério da Justiça instaurou três Procedimentos Administrativos Disciplinares (PAD) contra dez servidores, e duas Investigações Preliminares Sumárias (IPS). Além disso, a corregedoria da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) penalizou quatro agentes penitenciários que trabalhavam no local com suspensão de 30 dias.
Os dois presidiários foram capturados depois de 50 dias de buscas, que resultaram em despesas de milhões de reais para os cofres públicos, tendo mobilizado policiais e agentes de segurança de todas as esferas públicas.
Segundo a Corregedoria, a falta de revistas nas celas por pelo menos 30 dias foi determinante para a fuga, pois facilitou que os detentos fizessem um buraco na luminária da cela e fugissem do presídio.
O Ministério da Justiça informou que a Corregedoria da Senappen formalizou Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) com dezessete 17 servidores, que comprometeram a adotar diversas medidas, como a a participação em cursos de reciclagem e a obrigação de não reincidir nas mesmas infrações.
Depois do episódio, o Ministério anunciou reformas no sistema penitenciário federal, que incluem a revisão dos protocolos de segurança em todas as prisões de segurança máxima; a instalação de videomonitoramento com reconhecimento facial e a implementação de muralhas em torno dos presídios.
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