
Jovonel Moïse, presidente do Haiti, foi assassinado em sua casa nos arredores da capital, Porto Príncipe, por volta da 1h desta 4ª feira (7.jul.2021). A informação foi divulgada pelo Business Insider. A 1ª dama, Martine Moïse, também foi baleada e está internada. O estado de saúde dela não foi divulgado.
Em nota assinada pelo primeiro-ministro interino, Claude Joseph, o Governo classificou o ato como “odioso, desumano e bárbaro”. Ele pediu calma à população e informou que a polícia e o Exército do país foram convocados para garantir a ordem e investigar o assassinato do presidente. De acordo com Joseph, os invasores falavam em espanhol.
Claude Joseph assumiu o cargo em abril deste ano depois do seu antecessor, Joseph Jouthe, apresentar subitamente sua demissão, depois de apenas 3 meses no posto. Agora, ele é a mais alta figura do Estado.
CRISE NO HAITI
O Haiti atravessa um momento marcado por grande instabilidade social e política, que inclui o aumento da violência entre grupos armados. O país também enfrenta dificuldade no controle da pandemia do novo coronavírus. A população ainda aguarda a chegada da 1ª dose da vacina anticovid.
No entanto, a crise no Haiti é de longa data. O país enfrenta falta de produtos básicos e apagões desde um terremoto que destruiu várias localidades do Haiti em 2010 e deixou mais de 200 mil mortos. A maioria da população haitiana vive abaixo da linha de pobreza.
MOÏSE
Nascido em 26 de junho de 1968 em Trou-du-Nord, no Haiti, Jovonel Moïse assumiu o cargo de presidente do país caribenho em 2017, após eleições gerais de novembro de 2016.
Moïse tinha 53 anos. Ele foi assassinado depois de anos de protestos contra seu governo.