Resultado é 110% menor ao registrado no mesmo período de 2023; o último prejuízo trimestral havia sido no 3º trimestre de 2020.
A Petrobras registrou prejuízo de R$ 2,6 bilhões no 2º trimestre de 2024. O resultado foi 110% menor ao registrado no mesmo período do ano passado, cujo lucro líquido foi de R$ 28,7 bilhões, e 111% menor na comparação com o 1º trimestre deste ano, quando tinha reportado resultado positivo de R$ 23,7 bilhões. O último prejuízo trimestral registrado pela estatal havia sido no 3º trimestre de 2020.
Os dados são do balanço trimestral da estatal, divulgado nesta 5ª feira (8.ago.2024). É o 1º da gestão da presidente Magda Chambriard à frente da petroleira. Ao validar os resultados em reunião nesta 5ª feira (8.ago.2024), o Conselho de Administração da Petrobras também aprovou o pagamento de R$ 13,6 bilhões em dividendos e JCP (juros sobre o capital próprio) aos acionistas.
A receita total da companhia foi de R$ 122 bilhões, um aumento de 7,4% em relação ao 2º trimestre de 2023. Por outro lado, as despesas operacionais cresceram 69,9% em 1 ano, encerrando o último ciclo em R$ 26,5 bilhões. Eis a íntegra do relatório (PDF – 1 MB).
De acordo com a Petrobras, o resultado foi provocado pela variação cambial do período e os impactos da adesão à transação tributária. O diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da companhia, Fernando Melgarejo, declarou que os eventos não causam um “impacto relevante” no caixa da estatal.
“A Petrobras manteve uma forte geração de caixa no segundo trimestre de 2024, que permitiu realizar US$ 3 bilhões em investimentos, cumprir nossa política de remuneração aos acionistas e pagar dividendos. O resultado líquido do trimestre deve ser analisado à luz de eventos que impactaram o resultado contábil, mas sem impacto relevante no caixa da empresa”, disse.
PRODUÇÃO DE PETRÓLEO MAIOR
Como mostrou o Poder360, a produção total de petróleo e gás natural da Petrobras foi de 2,69 milhões de boe (barris de óleo equivalente) por dia no 2º trimestre de 2024, um crescimento de 2,4% na comparação com o mesmo período de 2023.
No entanto, a produção total de derivados da Petrobras no período caiu 3,5%, para 1,74 milhão de barris. O diesel e a gasolina responderam por 64% dos derivados produzidos. O fator de utilização das refinarias ficou em 91%, abaixo do registrado no 2º trimestre de 2023 (93%) e no 1º deste ano (92%).
As vendas de derivados do petróleo caíram 1,3% na comparação no 2º trimestre. A maior queda foi na comercialização de gasolina, de 9,7% na comparação ano a ano, reflexo do aumento nos preços e da perda de competitividade em relação ao etanol nas bombas.
Poder 360