Mais Médicos: sobram vagas em áreas indígenas e na Amazônia

Ministro da Saúde participa de evento de recepção de médicos brasileiros formados no exterior
Imagem: Pedro Ladeira/ Folhapress

Com exceção de uma vaga no Piauí, todos os 115 postos disponíveis no programa Mais Médicos ficam no Norte do Brasil, principalmente em distritos indígenas e em cidades da região amazônica. Tratam-se de postos de trabalho para os quais nenhum profissional manifestou interesse no cadastro online.

Os médicos têm até 14 de dezembro para assumir os postos de trabalho em 2.824 cidades e 34 distritos indígenas em todo Brasil. Das 8.517 vagas deixadas por cubanos, 44% foram efetivamente preenchidas por brasileiros, que se inscreveram e se apresentaram para trabalhar, segundo o Ministério da Saúde.

Das 115 vagas disponíveis no programa em 31 municípios, 67, ou 58%, ficam em terras indígenas, como o Distrito Indígena Médio Solimões (9), Alto Rio Negro (13) e Alto Solimões (22), todos no Amazonas. Também faltam médicos em cidades do Amapá, Pará e Rondônia, todas na região Norte.

No Nordeste, a vaga disponível fica em Guaribas, no Piauí, cidade piloto do Programa Fome Zero (2003), que depois se transformou no Bolsa Família.
Carente, 58% da população local era analfabeta no ano 2.000, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Aos que aceitarem o emprego, o governo oferece uma bolsa de R$ 11,8 mil e auxílio moradia em alguns municípios.

UOL

Partidos fazem 1ª reunião formal para fechar bloco e isolar PSL

Com 340 deputados de 15 partidos, grupo pode ficar com os principais cargos da Câmara

Líderes de 15 partidos fizeram a primeira reunião formal para criar um bloco que pode isolar o PSL de Jair Bolsonaro e o PT na distribuição de cargos de comando na Câmara a partir de 2019.

Com a negociação, o grupo dominaria as vagas na cúpula da Casa e nas comissões que discutem projetos de lei. O acordo deve ser fechado nos próximos dias.

A formação do bloco deve reduzir a participação na Câmara dos dois partidos que tiveram o melhor desempenho na última eleição. Os petistas saíram das urnas com 56 das 513 cadeiras. O PSL, com 52.

Tradicionalmente, as maiores bancadas têm direito a cargos de comando na Mesa Diretora, além do controle de algumas das principais 25 comissões permanentes, mas o bloco articulado nesta quarta-feira (5) deve barrar essa pretensão.

A articulação do grupo foi noticiada pela Folha na segunda-feira (3). Fazem parte das negociações PP, MDB, PSD, PR, PSB, PRB, PSDB, DEM, PDT, Solidariedade, PTB, PC do B, PSC, PPS e PHS. Caso seja formalizado, o bloco reunirá 340 deputados —o equivalente a 66% da Câmara.

Líderes que participaram do encontro afirmaram que o objetivo não é isolar PSL e PT, mas criar um grupo que atue de maneira independente, sem vínculos com o Palácio do Planalto ou com a oposição.

Na prática, porém, a formação do bloco evita que o governo e os petistas assumam força expressiva na Câmara, o que reduziria o poder de barganha dessas legendas.

A composição desse grupo deve determinar a distribuição dos principais cargos da Mesa Diretora e das comissões da Câmara entre esses partidos. Com isso, eles terão poder para disciplinas a condução de votações e questões administrativas da Casa.

A rigor, a formação de blocos também não assegura automaticamente os postos de comando na Câmara, que são definidos por meio de eleições secretas. O objetivo do blocão, porém, é firmar um acordo entre as siglas de apoio mútuo aos candidatos à Mesa e às principais comissões.

O acordo repete uma estratégia adotada por Eduardo Cunha (MDB) em 2015. Ele derrotou na época o candidato da então presidente Dilma Rousseff (PT), Arlindo Chinaglia (PT-SP), e se elegeu presidente da Câmara por meio de um acordo que excluiu o PT dos principais postos de comando.

PT e PSL poderão, ainda, lançar candidatos próprios à presidência da Câmara —cargo mais almejado, por ser o segundo na linha sucessória da chefia do Executivo, além de ter o poder de definir a pauta de votações e de barrar ou dar sequência a pedidos de impeachment.

Há vários nomes sendo discutidos para o posto nesse blocão, mas o discurso é o de que primeiro é preciso formar o grupo para depois escolher candidato.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) com o presidente da câmara dos deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ), após um café da manhã no CCBB, sede do governo de transição.

O atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é um dos citados. Ele tem apoio na esquerda por não ter, em sua gestão, tratorado a oposição.

Mas sofre resistência em sua própria legenda. O futuro ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), trabalha contra ele. Alguns partidos dizem que sua reeleição representaria excessiva concentração de poder no DEM, que já tem três ministros no novo governo.

Outros nomes do blocão são o do atual vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (MDB-MG), do 1º secretário, Giacobo (PR-PR), do líder do PP, Arthur Lira (AL) —que têm bom trânsito com o chamado baixo clero, deputados de pouca expressão nacional que representam a maioria da Casa—, e de Alceu Moreira (MDB-RS), da bancada ruralista e apoiador de Bolsonaro.

Folha de São Paulo

Congresso começa a votar Previdência ‘com toda certeza’ em 6 meses, diz Bolsonaro

Presidente eleito disse nesta terça (4) que pretende apresentar ao Congresso uma proposta fatiada de reforma da Previdência e iniciar discussão por idade mínima para aposentadoria.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), durante entrevista nesta quarta-feira (5), em Brasília — Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta quarta-feira (5) que a reforma da Previdência começará a ser votada no Congresso o “mais rápido possível”, ainda nos seis primeiros meses do seu governo.

Bolsonaro conversou com jornalistas após encontro e solenidade no Exército onde recebeu uma medalha. O presidente foi condecorado pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, por ter salvo, em 1978, um soldado de um afogamento.

“O mais rápido possível, né? No primeiro mês é impossível. Nos primeiros seis meses com toda certeza o Congresso começará a votar estas propostas”, disse Bolsonaro sobre a votação da reforma da Previdência.

O presidente eleito voltou a falar que o ponto inicial da reforma será a idade mínima para aposentadoria. “O que mais interessa é idade mínima. Pode mudar ate lá. Não significa que houve recuo, mas sim negociação”, disse.

Ele reforçou a importância da reforma. “Se nós continuarmos sem fazer reforma, daqui a pouco estaremos como a Grécia”, afirmou.

Nesta terça-feira (4), Bolsonaro afirmou que pretende apresentar ao Congresso uma proposta fatiada de reforma da Previdência Social. Segundo ele, o primeiro tema que deve ser apresentado ao parlamento é a proposta de definição de uma idade mínima para aposentadoria.

A reforma da Previdência é considerada fundamental para equilibrar as contas públicas do país. O governo do presidente Michel Temer chegou a enviar ao Legislativo uma proposta de alteração das regras previdenciárias, porém, desistiu da reforma em fevereiro após perder apoio no Congresso em razão de denúncias de corrupção.

Créditos: G1

Morte de cachorro agredido por funcionário gera revolta contra o Carrefour


Denúncias de que um segurança envenenou e espancou um cachorro abandonado causou uma onda de protestos contra uma loja da rede Carrefour, em Osasco, na Grande São Paulo. Defensores dos animais usaram as redes sociais para pedir o boicote à rede. O fato teria acontecido na última sexta-feira, 30, no estacionamento do hipermercado. Conforme o relato, o funcionário teria oferecido veneno de rato ao cão em meio a um pedaço de mortadela. Em seguida, agrediu o animal com pauladas.

De acordo com o ativista Rafael Leal, da ONG Cão Leal, está sendo convocada uma manifestação de protesto, no sábado, 8, em frente ao supermercado, na Avenida dos Autonomistas. “Estamos convidando todas as pessoas de bem a se manifestarem contra esse crime. Nosso pedido também é para que as pessoas não comprem em nenhuma loja da rede.”

Conforme Leal, o que se apurou é que o cachorro estava solto por lá e era alimentado por clientes e funcionários. “Como a loja ia passar por uma vistoria, alguém do alto escalão pediu a um funcionário que desse um sumiço no cachorro”, relatou.

Ainda segundo ele, o funcionário usou o alimento para atrair o cão ao estacionamento. “Lá chegando, ele deu a mortadela com o famoso chumbinho, veneno de rato, e além disso espancou o animal”, descreveu. As agressões teriam sido presenciadas por testemunhas e gravadas pelas câmeras.

“O Carrefour já admitiu que o animal foi ferido pelo funcionário, embora diga que foi acidente. Como foi registrado boletim de ocorrência na Polícia Civil, achamos que a polícia vai requisitar as imagens das câmeras e ouvir as testemunhas”, disse.

A Polícia Civil de Osasco informou que já ouviu a gerência do estabelecimento e, além de testemunhas, vai buscar imagens de câmeras que possam ter gravado o que aconteceu. Segundo a polícia, como o animal foi cremado sem coleta de amostras pode não haver indicação da causa da morte, dificultando a prova sobre eventual envenenamento.

O depoimento de testemunhas, no entanto, pode comprovar as agressões. O funcionário, que seria segurança terceirizado do estabelecimento, ainda não foi localizado. Conforme a Polícia Civil, ele pediu licença e viajou, devendo retornar só no fim de semana.

Em nota, o Carrefour declarou reconhecer a gravidade do acontecido em sua loja. “O Carrefour reconhece que um grave problema ocorreu em sua loja de Osasco. A empresa não vai se eximir de sua responsabilidade. Estamos tristes com a morte desse animal. Somos os maiores interessados em que todos os fatos sejam esclarecidos. Por isso, aguardamos que as autoridades concluam rapidamente as investigações.” A rede informa, ainda, que, qualquer que seja a conclusão do inquérito, “estamos inteiramente comprometidos na reparação desse dano”.

A prefeitura de Osasco informou que o Departamento de Fauna e Bem Estar Animal esteve no local e encontrou o cachorro ferido e com sangramento intenso, além de escoriações múltiplas. “O manejo foi realizado por um oficial de controle animal qualificado e o animal, encaminhado ao departamento para atendimento emergencial”, disse, em nota. Com a informação de que se tratava de um caso de maus tratos, foi iniciada a apuração com a solicitação de inquérito policial à Delegacia Especializada de Osasco. “Somente o inquérito poderá indicar as causa da morte e a quem cabe a responsabilidade”, diz a nota.

O professor de Direito e advogado Rafael Paiva, presidente da Comissão de Direito Constitucional da OAB/Santana, disse que, em tese, o caso é crime de maus tratos aos animais, previsto na Lei dos Crimes Ambientais. Segundo ele, o responsável direto pelo crime, segundo consta, seria o segurança que perpetrou os golpes contra o animal. Aparentemente, essa conduta teria sido ordenada por um superior dele. Nesse caso, se houve a ordem, essa pessoa responde como co-autora do crime, caso tudo seja comprovado.” A pena prevista é de três meses a um ano de detenção, com aumento de um terço pela morte do animal.

Ainda segundo o advogado, o Carrefour também pode responder pela ação de seus prepostos, se ficar comprovado que a ordem partiu de alguém com algum tipo de comando na loja. “Por ser crime contra o meio ambiente, a pessoa jurídica também pode ser responsabilizada. A lei traz peculiaridades específicas no caso de pessoa jurídica. Uma das penas é deixar de receber benefícios fiscais, podendo ainda ser proibida de participar de licitações e de contratar com o poder público”, explica. Há ainda a possibilidade de a empresa ser alvo de ação civil pública para reparar o dano causado, devido ao clamor popular.

Em nota, a Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp) afirmou que irá processar o funcionário e o hipermercado por maus tratos e dano moral. O valor da ação seria de R$ 500 mil, quantia que seria revertida ao Instituto Luisa Mell, segundo o comunicado.

Estadão

VÍDEO: em voo, Lewandowski se irrita com crítica e pede prisão de homem

O ministro do STF Ricardo Lewandowski não gostou de ouvir do passageiro que ‘o STF é uma vergonha’, e solicitou a presença da Polícia Federal na aeronave

https://www.youtube.com/watch?v=trIIobwgO5I
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski se irritou nesta terça-feira (4/12), durante um voo, com um passageiro que criticou a Corte e o ameaçou de prisão.

Em um vídeo ao qual o Correio teve acesso, feito de dentro da aeronave, Lewandowski é visto na primeira fila do avião, olhando seu celular. Ouve-se, então, uma voz dizer: “Ministro Lewandowski, o Supremo é uma vergonha, viu? Eu tenho vergonha de ser brasileiro quando vejo vocês”.

Lewandowski fica claramente incomodado e se dirige ao homem. “Você quer ser preso?”, pergunta, virando-se, em seguida, para um comissário de bordo e pedindo a presença da Polícia Federal no voo. O homem, então, retruca: “Eu não posso me expressar? Chama a Polícia Federal, então”.
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Segundo pessoas que estavam no voo, que fazia a linha São Paulo—Brasília, nenhuma prisão foi feita. O Correio ainda tenta contato com o autor das críticas e com o ministro Lewandowski.

Créditos: Correio Braziliense.

Presidente Estadual do PHS, Leandro Prudencio, deverá ser indicado secretário no Governo Fátima

Crédito das Fotos: Divulgação
A governadora eleita do Rio Grande do Norte, senadora Fátima Bezerra, deverá indicar em breve o nome do Presidente Estadual do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), Leandro Prudencio para compor o seu secretariado.

Este espaço atenderá aos anseios dos humanistas/solidaristas do Estado, que contribuíram com a Coligação do “Lado Certo”, vencedora do último pleito. A ida de Leandro Prudencio para o secretariado de Fátima, fortalece o mandato do deputado estadual Souza, que foi reeleito com 31.097 votos pelo PHS.

Leandro Prudencio, é graduado em Gestão Pública pela UnP e Pós-graduando em Gestão Pública na Escola da Assembleia. Leandro já foi secretário de Administração e Finanças na Prefeitura de São José do Campestre/RN, e chefe de gabinete na Câmara Municipal do Natal. Atualmente é chefe de gabinete na Assembleia Legislativa do RN e presidente estadual do PHS/RN. Se confirmado o seu nome no primeiro escalão, será uma indicação técnica.

Acusado de tentar matar promotores de Justiça no RN vai a júri popular no dia 11

Guilherme Wanderley Lopes da Silva é acusado de tentar matar a tiros, em março de 2017, o então procurador-geral do Estado, o procurador adjunto e mais um promotor de Justiça.

Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi

O ex-servidor público Guilherme Wanderley Lopes da Silva, acusado de tentar matar a tiros três promotores de Justiça do Rio Grande do Norte, vai a júri popular na próxima terça-feira, dia 11. O crime aconteceu no dia 24 de março de 2017 dentro da sede do Ministério Público do Estado, em Natal.

O julgamento foi marcado pelo juiz Geomar Brito Medeiros, e acontece a partir das 8h no Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Miguel Seabra Fagundes, no bairro Lagoa Nova, na Zona Sul da capital.

Guilherme aguarda o julgamento detido na Unidade Psiquiátrica de Custódia, no Complexo Penal João Chaves, que fica na Zona Norte. Ele é acusado por três crimes de homicídio tentado, com o agravante de dissimulação. Isso significa, de acordo com a acusação, que ele ocultou sua verdadeira intenção quando, portando um envelope, disse às secretárias do procurador-geral que precisava entrar na sala para entregar alguns documentos encaminhados por um procurador em caráter de urgência – o que levou as funcionárias a abrirem a porta.

Na sentença, a acusação ainda destaca que Guilherme foi “impelido por motivo fútil, consistente na insatisfação, desaprovação e descontentamento que particularmente nutria em relação a medidas administrativas adotadas pela equipe do então procurador-geral de Justiça”.

No ano passado, um laudo feito na esfera administrativa por uma perícia constituída pelo Conselho Nacional do Ministério Público atestou que Guilherme tinha total consciência do que estava fazendo. Tanto que ele foi demitido do cargo.

Ambulância do SAMU foi chamada para socorrer os promotores feridos — Foto: Fred Carvalho/G1

O caso

O atentado aconteceu dentro da sede do próprio MP, na Zona Sul de Natal. Guilherme entrou na sala do então procurador geral de Justiça, Rinaldo Reis, jogou um envelope na mesa dele, sacou sua arma de fogo que estava escondida sob a roupa e disparou.

O então procurador adjunto de Justiça Jovino Pereira Sobrinho e o promotor Wendell Beetoven Ribeiro Agra foram baleados. Rinaldo também foi alvo de um disparo, mas Guilherme errou o tiro.

Outras pessoas também estavam na reunião, mas não foram atingidas. Guilherme fugiu e só se entregou à polícia na manhã seguinte.

Créditos: Portal G1/RN