Cidades brasileiras têm protestos contra a ditadura militar neste domingo

 

 

Manifestações pró e contra a ditadura militar (1964-1985) ocorreram em várias cidades do Brasil neste domingo (31), dia em que o golpe que instaurou o regime completa 55 anos.

O golpe de estado de 1964 precedeu um período de ditadura militar em que não houve eleição direta para presidente Brasil. O Congresso Nacional chegou a ser fechado, mandatos foram cassados e houve censura à imprensa. De acordo com a Comissão da Verdade, 434 pessoas foram mortas pelo regime ou desapareceram – somente 33 corpos foram localizados.

As manifestações ocorrem em meio a polêmica envolvendo o governo federal após o presidente Jair Bolsonaro determinar que o Ministério da Defesa fizesse as “comemorações devidas” pelos 55 anos do golpe.

Após a determinação do presidente, a Justiça Federal em Brasília chegou a proibir, seguindo um pedido da Defensoria Pública da União, que o golpe fosse celebrado pelas Forças Armadas. No entanto, outra decisão, também da Justiça Federal, liberou as comemorações.

 

G1

Barroso: “A sociedade deixou de aceitar o inaceitável”

 

Em entrevista ao Estadão, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que o Judiciário “deixou de considerar que corrupção e criminalidade de colarinho branco não eram crimes graves”.

Ele disse também:

“Primeiro, por termos hoje uma sociedade muito organizada, que deixou de aceitar o inaceitável. Em segundo lugar, acho que temos uma imprensa livre, bem independente, e hoje tem as redes sociais. O processo de cooptação que aconteceu na Itália dificilmente aconteceria aqui. No Brasil, temos um Judiciário extremamente independente. O problema do Judiciário é de eficiência, de celeridade, mas não de independência nem de qualificação técnica.”

Antagonista.

Moro diz que episódio com Maia foi ‘superdimensionado’

Em sua entrevista ao Estadão, Sergio Moro também comentou as farpas trocadas com Rodrigo Maia.

“Esse episódio foi superdimensionado. Nesse mundo político existem rusgas. Você pega uma pessoa num mau dia e acaba fazendo alguma declaração mais áspera. Não estou dizendo dele, estou dizendo em geral, inclusive de mim. Essas tensões têm que ser contornadas pelo diálogo. Ainda tenho muita fé, acredito que o projeto [anticrime] vai ser aprovado no Congresso ainda neste ano. Claro que o tempo é que decide a pauta e o tempo são os presidentes das duas Casas, mas o que tenho visto dos parlamentares em geral é apoio à medida.”

Antagonista

Vereadora Fativan Alves vai deixar o PSDB

De olho nas eleições de 2020, partidos e candidatos, buscam influenciar o maior número de pessoas e claro, fortalecer as suas legendas.
O PSDB de Parnamirim vem fazendo um esforço grandioso para aumentar sua bancada na câmara que hoje já conta com dois vereadores, Betinho da Mala e Fativan Alves. Mas existe uma tendência de ganhar mais três, o professor Ítalo, Rhalessa de Clênio e Kátia Pires. Essa articulação dando certo, o partido passaria a ter a maior bancada no poder legislativo parnamirinense. Só que essa vontade do vereador professor Ítalo esbarra no cálculo matemático da eleição de cada um. Fativan já afirmou que se esse grupo entrar na legenda, ela saí na mesma hora, pois não ficará em um partido que terá um discurso totalmente governista e sendo ela de oposição, além disso os ingressantes são eleitoralmente mais fortes. Então, engana-se quem pensa que Fativan vai ser silenciada partidariamente, a sua mudança é uma questão de tempo, mas qual será seu novo partido, o número de suplentes e sua organização falaram por ela no momento da tomada de decisão. Ou seja, aonde for melhor para o seu retorno à câmara terá sua filiação.

Presidente quer firmar convênios de intercâmbio acadêmico com Israel

O presidente Jair Bolsonaro pretende enviar estudantes brasileiros para Israel para estudar técnicas de irrigação e serem capacitados em áreas tecnológicas nas quais o país possui expertise. A declaração está em vídeo divulgado hoje (30) pelo Twitter. Bolsonaro embarcou há pouco para Israel, onde fará uma visita oficial de três dias. A chegada em Tel Aviv, capital do país, será na manhã deste domingo (31).

Ténicas de irrigação e de aquicultura no deserto desenvolvidas por Israel, estarão, segundo o presidente, na pauta da visita. “Lá, a preciptação pluviométrica é menor do que no semiárido nordestino. Então, tem que dar certo do lado de cá.”

O Brasil pretende enviar estudantes para serem capacitados. “Como ocorreu nos anos 70, quando nós mandávamos a garotada para estudar agronomia em outros países, agora pretedemos mandar a garotada estudar em Israel essas novas técnicas e tecnologias para o nosso bem, para que possamos implementar essas outras áreas de pesquisa no Brasil”. De acordo com o presidente, “já está acertado com o governo de Israel”.

Bolsonaro também enfatizou a importância da ciência: “País que não tem ciência e tecnologia está condenado a ser escravo de quem as têm”, afirmou. Ressaltou também a importância de se manter os pesquisadores brasileiros no Brasil. “Temos que fazer com que esses cérebros fiquem aqui e tenham meios para desenvolver as suas pesquisas, que comecem a retirar da prancheta essas descobertas para o bem do nosso povo e para o bem do mundo”.

As declarações foram feitas no último dia 27, em evento que reuniu pesquisadores da Universidade Mackenzie e com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes.

Bolsonaro chegará em Tel Aviv, capital de Israel, na manhã deste domingo (31). O tempo total de voo até Israel é de aproximadamente 20 horas. Uma escala será realizada em Las Palmas, ilha espanhola, próxima ao norte da África, para reabastecimento da aeronave.

Ebc

Cruz Vermelha enviará ajuda humanitária à Venezuela

A Cruz Vermelha informou nessa sexta-feira (29) que obteve permissão do governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e da oposição para iniciar uma operação de entrega de ajuda humanitária no país.

De acordo com o presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha, Francesco Rocca, a entidade deve começar a distribuição de alimentos e medicamentos em 15 dias. Segundo Rocca, cerca de 650 mil pessoas devem ser atendidas.

“Em um país dilacerado pela luta entre poderes, o poder da humanidade prevaleceu. Esse é um passo crucial na expansão dos serviços humanitários na Venezuela, com foco específico na saúde, salvando mais vidas e aliviando o sofrimento das pessoas vulneráveis que estão enfrentando uma situação terrível”, disse o presidente da entidade.

A Cruz Vermelha também informou que a ajuda humanitária incluirá antibióticos, kits cirúrgicos e geradores elétricos para hospitais, que também sofrem com as quedas constantes no fornecimento de energia na Venezuela.

A entrada de alimentos e medicamentos na Venezuela tem sido um dos temas centrais na disputa política entre o regime de Maduro e Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país, que foi reconhecido por mais de 50 países, entre eles Brasil e Estados Unidos.

Em um alerta divulgado na quinta-feira (28), a Organização das Nações Unidas (ONU) estimou que um quarto da população da Venezuela está vivendo em situação de pobreza, o que equivale a cerca de 7 milhões de pessoas. A população do país é de aproximadamente 30 milhões de habitantes.

Ebc

STF arquiva pedido para reconhecer nomeação de Lula como ministro de Dilma

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade arquivar um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a Corte reconhecesse a validade da nomeaçãodele como ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff.

O julgamento, em plenário virtual, começou em 22 de março e terminou nesta sexta-feira (29). Foram nove votos a zero pelo arquivamento do pedido. Os ministros entenderam que o pedido estava “prejudicado”.

A decisão de Dilma de nomear Lulacomo ministro da Casa Civil foi tomada durante o andamento do processo de impeachment da ex-presidente. Na ocasião, a avaliação do núcleo mais próximo à presidente era a de que, com Lula no governo, a articulação política iria melhorar e, assim, o processo poderia ser barrado.

Na ocasião, o PSDB e o antigo PPS (hoje Cidadania) pediram ao Supremo para suspender a nomeação. Argumentaram à época que, como Lula era investigado, o objetivo do governo era dar foro privilegiado a ele e, assim, o processo deixar a 13ª Vara de Curitiba e ser enviado para o STF.

Ao analisar o caso, o ministro Gilmar Mendes suspendeu a nomeação (relembre o caso no vídeo abaixo).

Julgamento

Em 2017, quase um ano após a nomeação ser suspensa, a defesa de Lula recorreu para que o caso fosse ao plenário. Pediu que o tribunal corrigisse o “erro histórico” e reconhecesse como válida a nomeação dele como ministro da Casa Civil.

A defesa do ex-presidente argumentou que Lula preenchia à época “todos os requisitos previstos” na Constituição para ser ministro e não era indiciado, denunciado ou réu em ação penal – atualmente, Lula está preso pela condenação na Lava Jato.

O relator, ministro Gilmar Mendes, foi o primeiro a inserir o voto no sistema eletrônico. Os outros oito ministros que participaram votaram nesta quinta-feira (28) e o acompanharam: Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Dias Toffoli, Rosa Weber e Luiz Edson Fachin.

No fim da tarde de quinta (28), formou-se maioria pelo entendimento, mas a votação só terminou 23h59. Celso de Mello e Cármen Lúcia não participaram.

No voto, o ministro Gilmar Mendes considerou que as alegações de Lula são “impertinentes” e decorrem de “mero inconformismo”.

“Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal, uma vez que o agravante não trouxe argumentos suficientes a infirmá-la, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida de acordo com a jurisprudência desta Corte”, afirmou.

Segundo o ministro, não haveria nenhum “desdobramentos do ato de nomeação a serem apreciados por esta Corte” uma vez que a liminar eu ele concedeu o impediu de assumir o cargo. Gilmar mendes frisou que, em razão disso, Lula não teria direito a nenhum benefício.

“Sobre o tema registre-se que esta Corte já firmou orientação no sentido de que o servidor não faz jus a remuneração, cômputo de tempo de serviço, ou outra vantagem, sem ter exercido o cargo, visto que a posse e efetivo exercício são requisitos indispensáveis para que o servidor adquira o direito à remuneração”, disse.

Ressalvas

O ministro Ricardo Lewandowski foi o primeiro a apresentar uma ressalva sobre o arquivamento do pedido de Lula.

Lewandowski lembrou que nesta quarta-feira (27), o STF deixou claro, ao julgar medida provisória que nomeou Moreira Franco como ministro do então presidente Michel Temer, que a nomeação de um ministro é de exclusividade do presidente, desde que preenchidos os requisitos, e nunca pode ser classificada como “desvio de finalidade”.

Depois, Rosa Weber fez a mesma ressalva, com base no julgamento sobre Moreira Franco, do qual foi relator.

Fachin também ressalvou que, na avaliação dele, os partidos que questionaram a nomeação de Lula não poderiam ter entrado com a ação porque não tinham legitimidade para questionar o ato presidencial. O tipo de processo julgado, um mandado de segurança, serve para questionar atos que ferem direito líquido e certo de cidadãos e, em tese, partidos não teriam legitimidade.

G1