Ministra Cármen Lúcia suspende decisão sobre reorientação sexual

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu uma decisão da Justiça Federal do Distrito Federal que autorizava psicólogos de todo o país a prestarem atendimento de reorientação sexual a pacientes que solicitassem tratamento do tipo, no que ficou conhecido como “cura gay”.

Ao atender um pedido do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Cármen Lúcia entendeu que o juiz de primeiro grau usurpou a competência do Supremo para julgar o assunto.

Em setembro de 2017, o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara Federal do Distrito Federal, autorizou psicólogos a atenderem pacientes que os procurassem devido ao que considerassem ser problemas causados por sua orientação sexual. Ele permitiu também que fossem promovidas pesquisas sobre assunto.

O magistrado rejeitou um pedido para suspender uma resolução do Conselho Federal de Psicologia que proíbe a “patologização” da homossexualidade. Apesar de manter a norma, ele proibiu que o CFP punisse psicólogos que tratassem gaysconsiderados egodistônicos (que não aceitam sua condição homossexual). Ele considerou que qualquer punição nesse sentido seria inconstitucional.

O CFP recorreu então ao STF, alegando que a questão, por ser de natureza constitucional, somente poderia ser julgada pelo Supremo.

Ao STF, o conselho alegou que, após a decisão do juiz, “o ordenamento jurídico brasileiro passou a admitir, implicitamente, que a condição existencial da homossexualidade no Brasil, ao invés de constituir elemento intrínseco e constitutivo da dignidade da pessoa, retrocedeu no tempo, a fim de considerá-la uma patologia a ser supostamente tratada e curada através dos serviços de saúde, dentre os quais, a atuação de psicólogas e psicólogos”.

Para os três psicólogos autores da ação popular em primeira instância, com a resolução do CFP os cidadãos ficam impedidos de “requerer ao psicólogo orientação ou tratamento sobre o comportamento de sua sexualidade, uma vez que aquele profissional estaria impedido de prestar serviços”.

Cármen Lúcia não entrou no mérito da polêmica, se atendo somente a restaurar a competência do Supremo para decidir sobre o assunto. A suspensão determinada pela ministra é válida até que a questão seja discutida pelo STF.

(Diário do poder)

Rodrigo Maia nega impeachment de Mourão e vê ‘denúncia inadmissível’

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou nesta quarta-feira (24) o seguimento à denúncia com pedido de impeachment apresentada pelo deputado Pastor Marco Feliciano (Pode-SP) contra o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB).

Maia disse que a denúncia é “inadmissível” e tem “propósito acusador”, por se tratar de condutas não referentes ao exercício do cargo.

Feliciano pediu o impeachment de Mourão por acusá-lo de “conduta indecorosa, desonrosa e indigna” e de “conspirar” para conseguir o cargo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

A rejeição do pedido de impeachment acontece em meio a intensificação das críticas do filho do presidente e vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSL), que tem exposto posicionamentos do vice-presidente contrários ao de seu pai como uma suposta estratégia de Mourão para suceder Jair Bolsonaro.

(Diário do poder)

Corregedor Nacional de Justiça telefona para usuários de Disque Cidadania do CNJ

A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por iniciativa do seu corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, instituiu, em dezembro de 2018, o Disque Cidadania, um serviço de telefone disponibilizado para que o cidadão possa fazer denúncias, reclamações, sugestões e, assim, ficar mais próximo da justiça brasileira. Na manhã desta terça-feira (23), o ministro Martins entrou em contato com dois usuários para saber se receberam as orientações necessárias para a resolução de suas demandas.

Após quatro meses de instalação, o Disque Cidadania já recebeu mais de 120 ligações. Uma delas foi uma advogada de Santa Catarina, que teve dúvidas sobre uma solicitação ao Cartório de Ofício do Registro Civil e Tabelionato de Notas – 4º Subdistrito Trindade sobre a confirmação de uma procuração realizada no consulado do Brasil, nos Estados Unidos, que, de acordo com ela, está fora das orientações divulgadas pelo CNJ.

Apesar de a Corregedoria Nacional ter entrado em contato com o cartório, pedindo providências, segundo ela, o estabelecimento ainda não resolveu a questão. Dessa forma, o corregedor nacional disse à advogada que o caso será repassado a um juiz auxiliar da Corregedoria, que entrará em contato com o cartório para a resolução da reclamação.

Andamento de processo

O ministro Humberto Martins também entrou em contato com a parte de um processo que recorreu ao Disque Cidadania para reclamar sobre excesso de prazo. Segundo o cidadão, o processo ajuizado por ele na comarca de Rio Casca, em Minas Gerais, está há mais de sete anos sem sentença.

A reclamação foi autuada, no CNJ, como representação por excesso de prazo e, em conversa com o ministro, a parte informou que o processo já foi encaminhado para as alegações finais.

(Diário do poder)

Seis em cada 10 órgãos públicos criaram plano de integridade no prazo

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, concede entrevista à TV Brasil.

Até o fim de março, 187 órgãos públicos deveriam ter criado planos próprios de integridade pública, conforme diretriz da Controladoria-Geral da União (CGU). Contudo, ao fim do prazo, 63% das instituições designadas cumpriram a meta. A informação foi divulgada pelo ministro da CGU Wagner Rosário, em entrevista ao Brasil em Pauta, da TV Brasil, nessa terça-feira (23).

Os planos de integridade são um conjunto de medidas que devem ser incorporadas por órgãos da administração pública como princípio de governança, com o intuito de prevenir, detectar e punir irregularidades diversas, como fraudes, corrupção e desvios de conduta. A CGU lançou um Programa de Integridade em 2016, no qual definiu prazos para a implementação de medidas nesse sentido.

Uma delas é a indicação de uma unidade de gestão para o tema. Até o momento, 72% dos órgãos cumpriram essa exigência, percentual mais alto entre as diretrizes. Do total das instituições, 66% estruturaram comissões de ética e 65% designaram uma área dentro da administração para ficar responsável por processos disciplinares.

A definição de um fluxo para o recebimento, encaminhamento e tratamento de denúncias foi comunicada por 64% dos órgãos públicos. O estabelecimento de fluxos internos com foco específico em conflito de interesses ocorreu em 59% dos órgãos.

A delimitação de procedimentos para caso de nepotismo e o levantamento de riscos para a integridade de cada órgão foram as medidas menos adotadas pelo universo acompanhado pela CGU, com 54% das instituições públicas participantes do programa da Controladoria colocando em prática as exigências.

“Estamos longe de atingir nossas metas. Do total, 37% ainda não conseguiram finalizar [os planos de integridade]. Mesmo os que fizeram, agora vão precisar implementar”, disse o ministro da CGU Wagner Rosário. Ele ponderou, contudo, que esse movimento é um processo e não ocorre de uma hora para outra.

“É uma construção, nenhum órgão consegue mudar uma cultura em menos de 3, 4 anos. Estamos iniciando um processo que espero que traga frutos e que possam criar controles específicos”, disse. Rosário informou que a CGU tem auxiliado os órgãos para acelerar a criação dos planos e adoção das demais medidas.

(Ebc)

Se gostasse de trabalhar e ler, Lula poderia sair livre após decisão no STJ

Avesso a leitura e trabalho, Lula perdeu a chance de ganhar liberdade com a decisão de ontem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reduziu sua pena para 8 anos e 10 meses de prisão. Se tivesse trabalhado desde que foi preso, em abril de 2018, Lula já teria abatido ao menos quatro meses da pena. Outras opções seriam submeter-se a cursos ou leitura de livros, tudo que o ilustre presidiário mais odeia. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

A pena de prisão é reduzida a cada três dias de trabalho, 12 horas de curso realizado ou por cada livro lido, com resumo apresentado.

O ex-braço-direito José Dirceu reduziu a pena em cerca de seis meses trabalhando e fazendo cursos no cárcere.

O ex-deputado Eduardo Cunha foi além: fez até curso de mestre de obras, agricultura e resenha de livros. Reduziu a pena em oito meses.

Em 2002, na sua diplomação como presidente, Lula encerrou discurso orgulhoso dizendo que aquele era o seu primeiro diploma.

(Diário do poder)

Governo vence de goleada na aprovação da reforma daPrevidência na CCJ: 48×18

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou na noite dessa terça-feira (23), por um placar de 48 votos a 18, o texto do relator Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) pela admissibilidade da Prosposta de Emenda à Constituição (PEC 6/19), que trata da reforma da Previdência. A PEC segue agora para análise de uma comissão especial que, segundo a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann, deve ser instalada nesta quinta (25).

A PEC da reforma da Previdência está em tramitação na Câmara há dois meses. Para concretizar a aprovação de seu relatório, o deputado  Delegado Marcelo Freitas, apresentou uma complementação de voto para retirar quatro prontos da proposta, que, segundo ele, estavam em desacordo com a Constituição. O secretário especial de Previdência, Rogério Marinho, acompanhou o anúncio da medida.

Os quatro itens que foram suprimidos da proposta foram negociados com líderes da base governista. O primeiro é o fim do pagamento da multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do recolhimento do fundo do trabalhador aposentado que voltar ao mercado de trabalho.

O segundo ponto é a concentração, na Justiça Federal em Brasília, de ações judiciais contra a reforma da Previdência. Os outros pontos são a exclusividade do Poder Executivo de propor mudanças na reforma da Previdência e a possibilidade de que a idade de aposentadoria compulsória dos servidores públicos (atualmente aos 75 anos) seja alterada por lei complementar, em vez de ser definida pela Constituição, como atualmente.

(Diário do poder)

Padre João Medeiros Filho é agora cidadão parnamirinense

A Câmara Municipal de Parnamirim realizará sessão solene em homenagem aos 54 anos de sacerdócio do Padre João Medeiros Filho. A sessão, proposta do vereador Abidene Salustiano da Silva, acontecerá nesta sexta-feira, dia 26, às 19h, no plenário da Câmara. Na ocasião, Padre João Medeiros também vai receber o título de cidadão honorário parnamirinense. Sacerdote por amor e vocação, Padre João Medeiros Filho tem seu nome lembrado pelo parlamento parnamirinense pelos relevantes serviços prestados à cidade Trampolim da Vitória e ao Rio Grande do Norte. O Padre João Medeiros Filho, nasceu em 1941, é natural de Jucurutu, possui graduação em Filosofia (Seminário Maior de Olinda e Recife) e Teologia (Universidade de Louvain, na Bélgica), foi o primeiro brasileiro a obter a láurea em Teologia, fora do eixo universitário: Roma, Coimbra e Paris. É Mestre e doutor em Teologia e em comunicação, sendo referência nas áreas de formação. Foi ordenado sacerdote por dom Manuel Tavares de Araújo, em Jucurutu, no dia 25 de agosto de 1965. Vocacionado para o magistério, Padre João Medeiros Filho fez concurso para a UFRN, onde lecionou nos Campi de Natal e Caicó, tendo sido ali o primeiro diretor do CERES. Foi docente também em colégios particulares e públicos. Ao longo de sua vida profissional civil foi assessor dos Ministérios de Estado da Educação e da Cultura. No Rio de Janeiro, era procurador da Fundação José Augusto. Há seis anos é membro do Conselho Estadual de Educação, onde já exerceu as funções de presidente da Câmara de Educação Superior e atualmente ocupa a vice-presidência do Plenário.
É jornalista, mantendo coluna semanal em jornais do Rio Grande do Norte e um programa de rádio (também semanal), na FM 104, de Mossoró. É membro das Academias de Letras do Rio Grande do Norte e de Mossoró, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. O resultado de suas pesquisas cavilosas e estudos estão compilados em mais de vinte trabalhados publicados.