Bancada do PSB, de oposição a Bolsonaro, está achada na reforma da PrevidênciaMais de um terço da ba

Apesar da orientação da executiva nacional do partido, os deputados do PSB estão rachados sobre a reforma da Previdência. Em reunião realizada semana passada, um grupo defendeu uma reforma “que retire os pontos que prejudicam trabalhadores”. Mas, preocupados com o futuro da economia, Júlio Delgado (PSB-MG) e Felipe Carreras (PSB-PE) são apoiadores de mudanças nas regras da Previdência Social. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Deputados do PSB ligados ao PT, como Alessandro Molon (RJ), são contra qualquer reforma. São do time “quanto pior, melhor”.

Quem apoia a reforma pede que o governo federal “não retire direitos dos trabalhadores”, especialmente de idosos e da área rural.

Ainda obediente ao PT, a executiva nacional do PSB fechou questão contra a reforma do ministro Paulo Guedes, mas não punirá “traições”.

Quinta maior bancada na Câmara dos Deputados, o PSB contabiliza atualmente, a favor da reforma, 13 dos 32 votos que tem.

(Diário do poder)

Pesquisadores descobrem duas novas espécies de vírus

Juntos, a Floresta Amazônica e o Cerrado brasileiro somam mais de sete mil quilômetros quadrados de extensão. Apesar das numerosas investigações científicas em curso nessas regiões, essa vasta dimensão territorial ainda guarda surpresas. Duas delas acabam de vir à tona: cientistas brasileiros identificaram duas espécies de vírus que nunca haviam sido descritas no mundo. Denominados de Xapuri e Aporé, em alusão às remotas localidades do Acre e do Mato Grosso do Sul onde foram localizados, os microrganismos pertencem ao gênero mammarenavírus, da família dos arenavírus. Ainda não existem dados sobre a magnitude da circulação dessas espécies no país e a possibilidade de infecção em humanos também é desconhecida.

As descobertas trazem luz a uma classe de vírus que em nações sul-americanas e da África é responsável por causar quadros de febre hemorrágica, de forma semelhante ao que ocorre na dengue ou na febre amarela. No Brasil, as informações sobre circulação e casos associados aos arenavírus são muito limitadas. “Estamos trabalhando em uma dimensão fundamental da vigilância em saúde, que é a identificação da emergência de novos patógenos. Isso tem um impacto imediato no manejo de casos: se um paciente com febre hemorrágica vive em uma região com circulação de arenavírus, é necessário realizar o diagnóstico diferencial nas ocasiões em que os exames são negativos para arboviroses. Como os arenavírus podem levar a óbito três a cada dez pessoas infectadas é fundamental agir com rapidez”, pontua Elba Lemos, chefe do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e coordenadora do estudo.

Vírus inesperados

A identificação dos vírus teve início a partir de uma investigação comparável a procurar uma agulha em um palheiro. Os cientistas investigavam os roedores das duas regiões, buscando novos microrganismos. A rota de descoberta do Xapuri se deu a partir da coleta de amostras em três cidades acreanas (os municípios de Porto Acre e Rio Branco também compunham a análise). Os pesquisadores identificaram que os exames de um roedor da espécie Neacomys musseri apresentava alterações nunca vistas. Com a realização do sequenciamento completo do vírus e posterior comparação com sequências genéticas disponíveis em bancos de dados públicos, foi possível identificar que se tratava de um mammarenavírus. “No entanto, era necessário responder que vírus era esse e a qual grupo de mammarenavírus pertencia: ao grupo denominado Velho Mundo, que inclui vírus da África e Ásia, ou ao grupo Novo Mundo, formado por patógenos nativos das Américas”, comenta Jorlan Fernandes, primeiro autor da pesquisa e pós-doutorando do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC, sob supervisão de Elba.


Da esquerda para a direita, Renata de Oliveira, Jorlan Fernandes, Elba Lemos e Alexandro Guterres (Foto: Josué Damacena)

“Ao perceber que o sequenciamento genético não correspondia a nenhum patógeno catalogado no banco de dados mundial dedicado ao tema – chamado GenBank –, tivemos a percepção de que estávamos diante de um novo vírus”, complementou Alexandro Guterres que também assina o estudo. Nesse momento, ele foi batizado de Xapuri, cidade do interior do Acre onde foi localizado. Outra novidade logo foi observada: apesar de se enquadrar no grupo denominado Novo Mundo, o Xapuri não se encaixava em nenhuma das quatro linhagens já descritas nas Américas: grupos A, B, C e D. “Nossa sugestão é de que o Xapuri seja incluído em uma nova linhagem. Popularmente falando, seria uma linhagem irmã dos grupos B e C, o que pode representar a primeira identificação de um recombinante natural da família dos arenavírus que surgiu de dois grupos de mammarenavírus que não estão intimamente relacionados”, salienta Jorlan.

Risco em avaliação

A segunda descoberta veio do Mato Grosso do Sul. A partir de amostras de um roedor da espécie Oligoryzomys mattogrossae foi possível identificar o vírus Aporé – uma alusão ao rio sul-mato-grossense, local próximo onde a coleta foi realizada. A análise genética indicou que o vírus pertence à classe B dos mammarenavírus. “O Aporé está intimamente relacionado com dois arenavírus capazes de infectar humanos e altamente patogênicos da América do Sul”, conta Jorlan. “No entanto, assim como o Xapuri, ainda não é possível afirmar se esses vírus são ou não patogênicos para pessoas. Será necessário realizar testes específicos”, completa Elba. O sequenciamento genético do Aporé e do Xapuri foram depositados no GenBank.

Pesquisadora do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC, Renata Carvalho de Oliveira explica que um arenavírus é mantido na natureza em roedores silvestres e transmitido a partir da inalação de aerossóis contaminados com partículas de saliva, urina ou fezes de roedores infectados. “Estão sob maior risco de infecção pessoas que se expõem a esses animais durante as suas atividades diárias, profissionais ou recreativas, com destaque para moradores e trabalhadores de áreas rurais”, diz.

O quadro clínico é caracterizado por febre associada com dores musculares, entre outras manifestações, e que evolui com hemorragia, com ou sem sinais neurológicos. “Geralmente com evolução rápida e grave, a doença, que é pouco conhecida até mesmo por profissionais da área da saúde, pode ter desfecho fatal”, acentua Elba. Sem vacina e sem tratamento específico, a prevenção se baseia em evitar ou diminuir a exposição direta ou indireta aos roedores e ao material excretado por eles.

A identificação dos novos vírus foi submetida e aprovada pelo Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus, que regulariza e organiza a descrição, identificação e classificação de vírus. As pesquisas contaram com o apoio dos Laboratórios de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios e de Biologia Computacional e Sistemas do IOC, da Plataforma de Sequenciamento do IOC, do Instituto Nacional do Câncer, do Serviço Nacional de Infecções do Reino Unido e do Instituto Nacional de Doenças Virais Humanas Julio Maiztegui, da Argentina.

(Diário do poder)

Avianca atrasa salários, vale-refeição e rescisões, afirmam funcionários

Contas atrasadas, pedidos de ajuda a familiares e amigos, bicos para conseguir se manter e ameaças por parte dos chefes em caso de faltas têm sido a rotina dos funcionários, segundo os próprios funcionários da Avianca.

Perto de completar seus 55 anos, Maria gasta cerca de R$ 1.000 mensais com o tratamento médico para uma deficiência física. Seu salário na Avianca Brasil, onde é atendente de call center, é de R$ 1.350.

O valor sempre foi pouco para suas despesas, complementadas pelos honorários do marido e pela ajuda mensal de seus dois filhos adultos.

Mas a situação piorou em fevereiro, quando a Avianca, que está em recuperação judicial, passou a atrasar o pagamento de salários e benefícios como o vale-alimentação.

Em março, ela percebeu que, apesar de descontar o valor do FGTS no contracheque, a empresa não fazia os depósitos.

Foi a gota d’água. Precisou ser levada ao psiquiatra devido a crise de estresse. Em abril, entrou de licença e, no início de maio, descobriu que o salário referente ao mês não foi pago.

Maria é um nome fictício, como outros da reportagem, mas a história é real. Foi narrada à Folha na condição de anonimato. Ela é um dos 1.600 funcionários da companhia aérea –segundo o sindicato de trabalhadores no setor, pois a Avianca não informou à reportagem.

Eles relatam uma situação de incerteza e desinformação. Além do não pagamento de honorários, a marca tem deixado de pagar até rescisão de alguns de seus demitidos.

Robson, que pediu demissão em abril após dois anos na empresa, em São Paulo, demorou um mês para homologar a saída. Desde que deixou o posto de atendimento a agências de viagem, passou a ser motorista de Uber.

Clara trabalha na operação da empresa no aeroporto de Florianópolis, desativada depois que a Avianca perdeu a maioria dos aviões de sua frota por dívidas com empresas de leasing. Das 50 aeronaves que a companhia tinha no início do ano, sobraram 5.

A funcionária é uma entre 16 remanescentes da equipe, que, segundo ela, chegou a ter 56 pessoas. Os atrasos no vale-refeição dela começaram em fevereiro. Em abril, seu salário atrasou e ela não conseguiu pagar a prestação do financiamento do carro em dia.

Joana, funcionária em São Paulo, deixou de ir ao trabalho na semana passada. Na terça (7), participou de uma manifestação organizada no aeroporto de Congonhas pelo sindicato dos aeroviários. Ela relata ameaças de demissão por justa causa por parte dos chefes.

“A empresa tem advertido quem falta por atrasos nos pagamentos. Em Guarulhos, soubemos que chegaram a demitir por justa causa quem fez isso”, diz Reginaldo Mandú, presidente do sindicato.

No caso de pilotos e comissários, segundo Ondino Dutra, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, os profissionais, além de estarem sem salário, não têm recebido a diária de alimentação.

Procurada, a Avianca não quis se manifestar, mas emitiu comunicado aos funcionários na sexta (10), após o Ministério Público do Trabalho de São Paulo determinar que esclarecesse quando pagará os débitos trabalhistas.

No documento, a empresa diz que contava com a realização do leilão de seus ativos, previsto para o dia 7, mas suspenso pela Justiça a pedido de uma credora da Avianca.

Afirma ainda que tenta liberar “créditos que detém junto a instituições financeiras, oriundos de vendas realizadas através de cartões de crédito”, e se compromete a pagar os salários atrasados até o dia 17.

(Diário do poder)

Após reabertura da fronteira, 893 venezuelanos entraram no Brasil

A Operação Acolhida registrou ontem (10) a entrada de 893 venezuelanos no Brasil, após a decisão do governo do ditador Nicolás Maduro de reabrir a fronteira com a Venezuela. Com a reabertura, muitos venezuelanos também aproveitaram para comprar alimentos em Pacaraima (RR), cidade brasileira mais próxima da fronteira entre os dois países.

Desde o início da crise migratória na Venezuela, as Forças Armadas, que comanda a operação, mantém um Posto de Recepção e Identificação na fronteira, onde os venezuelanos que chegam passam por uma triagem, recebem assistência médica, são vacinados e podem solicitar refúgio ou residência temporária ao governo brasileiro.

Na sexta-feira (10), além de voltar a liberar o tráfego de veículos entre Pacaraima, em Roraima, e Santa Elena de Uairén, no estado de Bolívar, o governo de Maduro permitirá o livre acesso a Aruba. Outras duas ilhas venezuelanas no Caribe, Curaçao e Bonaire, bastante procuradas por turistas estrangeiros, permanecerão “fechadas”.

O fechamento da fronteira foi mais um episódio na crise política e humanitária que se instaurou na Venezuela nos últimos anos, motivando milhões de venezuelanos a deixarem o país fugindo da situação de falta de segurança, de alimentos e de remédios e dos problemas na prestação de serviços públicos. A maioria destes imigrantes buscou refúgio na Colômbia, país que, segundo algumas estimativas, já recebeu mais de 1,2 milhão de venezuelanos.

Muitos venezuelanos vieram para o Brasil, entrando por Roraima. De acordo com o escritório brasileiro da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), até março deste ano, mais de 240 mil venezuelanos ingressaram em território brasileiro alegando fugir da instabilidade política em busca de melhores condições de vida.

(Diário do poder)

Bolsonaro deixa na mão aliados e até os que ajudaram a formatar o governo

Apesar da formação militar, o presidente Jair Bolsonaro ignora a máxima de que “as guerras vêm e vão, mas os soldados são eternos.” “Soldados” na campanha vitoriosa de 2018, que também ajudaram no governo de transição, agora estão magoados com o capitão. Muitos nem sequer foram convidados para o governo e outros, aproveitados, acabaram dispensados por “neo-bolsonaristas”. Na área de educação, inúmeros especialistas ligados à campanha foram depois “limados”. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Primeiro apoiador enxotado do convívio com Bolsonaro após a vitória, o ex-senador Magno Malta até hoje não sabe ao certo o que aconteceu.

O general Marco Aurélio Vieira, secretário nacional de Esportes, foi “rifado” do ministério do neo-bolsonarista Osmar Terra (Cidades).

A primeira mulher militar a se engajar na campanha, coronel Márcia Amarillo, também foi alijada do projeto de Escolas Cívicas.

Primeiro ministro demitido por Bolsonaro, Gustavo Bebianno foi vítima de embates com Carlos, o “Zero Dois”, um dos filhos do presidente.

(Diário do poder)

Porta-voz de Bolsonaro vira alvo de ‘fogo amigo’ com origem no Planalto

Achando pouco a brigalhada provocada pelos insultos de Olavo de Carvalho a ministros e até ao vice-presidente Hamilton Mourão, burocratas da assessoria do presidente Jair Bolsonaro tentam produzir uma nova crise, igualmente desnecessária, por meio de alfinetadas “plantadas” contra Otávio Rêgo Barros, porta-voz do Palácio do Planalto.

Discreto, atencioso, dono de um vocabulário cuidadoso e focado na missão de informar e aproximar Bolsonaro de jornalistas, Rêgo Barros acabou assumindo um protagonismo que é próprio da função. É exatamente o que provoca ciúmes nos adversários do porta-voz dentro do próprio Palácio do Planalto.

(Diário do poder)

OS SUPLENTES E PRÉ CANDIDATOS A VEREADOR EM PARNAMIRIM GANHAM FORÇA E TENTAM SEGUIR JUNTOS EM 2020

Após denúncias do Jornal Agora RN, direcionadas à Câmara Municipal de Parnamirim/RN, conhecida como a “farra das diárias ” , vários suplentes e novas lideranças ganham força e querem distância dos partidos que estão os vereadores da base aliada ao Prefeito Rosano Taveira. Eles defendem o fim das diárias, pois têm medo de terem suas imagens vinculadas a alguns vereadores citados na reportagem. Os suplentes e as novas lideranças acreditam que essa situação será mais um problema para o prefeito resolver entre a base aliada. Vários suplentes e líderes comunitários que ocupam cargos estratégicos na gestão do coronel temem o fechamento das coligações, pois há comentários, por parte dos vereadores da base da atual gestão, de que, possivelmente, todos estarão no mesmo partido, atendendo um pedido de Taveira, com o objetivo de manter os atuais vereadores em suas cadeiras.