O Ser Hominal e a Escola: enfrentamento do analfabetismo emocional.

Francisco de Assis Costa
Pedagogo, Jornalista

Indicadores estatísticos consideráveis registram os feitos do Ser Hominal, através dos avanços da Ciência e Tecnologia, da Civilização, da Ética e das Estruturas Sociais, informando aspectos de desenvolvimento das capacidades cognitivas avantajadas, multiplicadas nos ramos do conhecimento, crescimento notável realçado pelo trabalho e por demasiado esforço humano para atingir resultados surpreendentes.
Na Medicina, os equipamentos de última geração que auxiliam o prolongamento da existência física, humana, proporcionando melhor qualidade de vida aos pacientes portadores de gravíssimos problemas de saúde.
No caso da Engenharia, auxiliada pela Arquitetura, as tragédias têm sido minimizadas, tornando o mundo com mais conforto.
A Farmacologia, mediante aplicação de recursos químicos sofisticados coopera com a diminuição da dor física, regula a recuperação de incontáveis enfermidades, reduzindo o sofrimento.
Doenças ameaçadoras que surgem são pesquisadas por cientistas abnegados e despertos que produzem, em laboratórios, medicamentos de natureza preventiva e curadora destinada a salvar vidas.
Na Agricultura, os alimentos são produzidos por intermédio de recursos preciosos, de alta tecnologia, aperfeiçoando o combate aos seres vivos minúsculos e nocivos sem a aplicação de agrotóxicos, cujo objetivo é atender à necessidade da família com segurança alimentar e nutricional, aumentando a oferta de comida adequada.
As conquistas virtuais, disponibilizadas pela Telecomunicação globalizada, informatizadas e de fácil acesso às mídias, trouxeram inegável aporte prático para a redução das distâncias e a consequente aproximação dos indivíduos, ao propiciar a visão de espaços ampliados em tempo real, em cuja demonstração se confirma elevado raciocínio, pois quando bem aproveitado contribui para o sucesso profissional.
O Ser Hominal, diga-se quanto, ao seu entendimento esperançado, é um ser de bons cometimentos, utilizando capacidades racionais e emocionais.
Contudo, ainda libertando-se da insegurança, do medo, da mágoa, da rebeldia, associados ao sentimento agressivo, alardeiam o horror incontrolável, provenientes de movimentos fanáticos, de terrorismo, motivadores de enorme sofrimento coletivo, caracterizando a vida humana sem significado, arrebatada por criminalidade incontida, onde o perigo se alastra e até cultiva a devastação de famílias, sorrateiramente, em número bem maior do que as epidemias, além de banalizar, com efeito, os mais nobres sentimentos existentes em indivíduos de educação emocional bem conduzida.
Constata-se, entretanto, a caracterização da incapacidade quanto ao domínio das emoções, proveniente do analfabetismo emocional, evidenciados nos transtornos comportamentais, visivelmente percebidos através dos meios de comunicação tornam o mundo imprevisível, constrói cenário de desigualdades, discriminações, cada vez mais, cada vez presentes, estimulando a crença que menospreza os valores, dividem as famílias e os incentivam ao consumo desenfreado exigente, ocasionando a ausência de ambos os pais dos seus lares a procura de um trabalho estereotipado pelo conceito de mais valia, na correria pela sobrevivência.
Surge, então, a Escola propondo a sistematização do conhecimento, de forma ativa, e apropria recursos didáticos atinentes ao progresso evolutivo pessoal e social das pessoas, ao instigar o docente à reflexão para investigar processos relacionados à educação emocional, tornando-se também um indivíduo detentor das competências emocionais, no sentido de ampliar dimensões afetivas, para se desenvolver tanto no campo emocional quanto no comportamental, além do cognitivo, para mediar facilitadores condizentes ao despertar as habilidades dos alunos, visando o domínio gradual de suas emoções, em busca da construção ideal do ensino/aprendizagem, pois aprender ensinando a aprender é uma ação que aprimora e constrói continuamente o conhecimento pela intenção que se pretende codificar o mundo.
Neste comenos, faz-se necessário a identificação de questões conscientes ou inconscientes advindas da tríplice relação entre pais, professores e alunos, formadas no ambiente escolar, no sentido de oportunizar o exercício contínuo para fortalecer o aprimoramento emocional tanto dos docentes quanto dos educandos e seus familiares, reconhecendo estilos de vida renovados, consubstanciado pela prática interativa quanto ao desenvolvimento das habilidades voltadas para os campos emocional, cognitivo e comportamental no que diz respeito ao entendimento das carências emocionais existentes entre os sujeitos envolvidos, bem como permitir criteriosa análise de condutas reais socializadas pela comunidade usuária da escola.
Vislumbra-se, portanto, a existência do Ser Hominal em todos os ambientes: no Lar, na Escola, no Trabalho, configurando sua evolução cognitiva, emotiva e biológica, no tempo e no espaço – Vida.

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