“Não se discute a forma que ele foi gerado”, diz Bolsonaro, sobre caso da menina grávida por estupro

 

Em reação ao caso da menina de 11 anos impedida de fazer aborto após ser estuprada em Santa Catarina, Jair Bolsonaro criticou nesta quinta-feira (23) a decisão da Justiça de Santa Catarina, sob recomendação do MPF, que permitiu a garota a abortar o feto legalmente na quarta-feira (22).

“Um bebê de SETE MESES de gestação, não se discute a forma que ele foi gerado, se está amparada ou não pela lei. É inadmissível falar em tirar a vida desse ser indefeso!”, publicou Bolsonaro no Twitter.

“A única certeza sobre a tragédia da menina grávida de 7 meses é que tanto ela quanto o bebê foram vítimas, almas inocentes, vidas que não deveriam pagar pelo que não são culpadas, mas ser protegidas do meio que vivem, da dor do trauma e do assédio maligno de grupos pró-aborto”, acrescentou.

Leia abaixo o tuíte de Bolsonaro.

O caso

Na segunda-feira (20), repercutiram na imprensa revelações de que uma menina de 11 anos, grávida por causa de um estupro, estava sendo mantida em um abrigo havia mais de um mês, por decisão judicial, para impedi-la de ter acesso a um aborto legal.

A menina descobriu a gravidez com 22 semanas, quando solicitou um aborto no Hospital Universitário de Florianópolis, mas teve o procedimento negado pela unidade hospitalar.

Quando entrou na Justiça para realizar o aborto, a juíza Joana Ribeiro Zimmer não apenas negou, mas também separou a menina de sua mãe para colocá-la em um abrigo onde não conseguiria realizar um aborto.

Na terça-feira (21), a Justiça de Santa Catarina reverteu parte da decisão que mantinha a criança em um abrigo, permitindo-lhe voltar para a casa da mãe. E, na quarta-feira (22), após recomendação do MPF e decisão da Justiça de Santa Catarina, ela pôde realizar o aborto.

 

Jair Bolsonaro twitter

 

Fonte: o antagonista