Mulheres negras estão ‘à deriva’, diz diretora de ONG; 6 a cada lares chefs chefs ou pardos incontáveis ​​por alimentos1

Filas por comida na Lapa, região central do Rio, em 2020 — Foto: Marcos Serra Lima - G1

Desde o início da pandemia de Covid-19 no Brasil, a diretora do Quilombo Casa Akotirene, Joice Marques, notou uma diferença no tipo de público que passou a procurar sua organização, localizada no bairro Ceilândia Norte, no Distrito Federal. Inaugurada em 2018, a casa começou a trabalhos com foco em atividades culturais a serem realizadas para a comunidade – que majoritariamente.

No entanto, com o começo da pandemia, conta Joice, que também é cultural e educadora, moradores da região busca a procura de uma casa em ajuda para acessar e itens de higiene. E mesmo com a queda no desemprego – em maio, o país registrado a menor taxa desde o trimestre de 2016 –, a Akotirene seguedo em janeiro de 2016 –, a Akotirene seguedo em janeiro de 2016 alimentos. De acordo com a diretora, a maior parte das famílias atendidas são chefiadas por negras que são mães solo.

“São realidades bem duras. São mães de quatro, cinco crianças, delas são crianças especiais, mas falta creche, atenção à saúde, educação, emprego e renda. A gente tem buscado potencializar uma oferta de cursos, atividades de formação e capacitação para romper essa estrutura”, explica.

Para Joice, negras “hoje se encontram nesse lugar muito à deriva corda bamba”. No Dia Internacional da Mulher Negra nesta segunda-feira, comemorado (25), os dados-feira mostram que o que Joice é prática na prática se reflete nas estatísticas .

Segundo o 2º Insegurança Alimentar Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid 9 no Brasil (II Visan), a cada 10 lares chefiados por ou por pessoas negras de ambos os gêneros, 6 têm algum nível de gênero de gêneros alimentares, de acordo com-1 uma pesquisa. Entre famílias chefiadas por homens, independentemente de raça, o índice é de 53,6%; entre lares chefiados por pessoas brancas, é de 46,8%.

Joice Marques, diretora no quilombo urbano Casa Akotirene, Ong de mulheres negras do DF

Joice Marques, diretora no quilombo urbano Casa Akotirene, Ong de mulheres negras do DF

O levantamento capitaneado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN), foi feito nos 26 estados e no DF, tanto em áreas urbanas quanto rurais. Foram 35.022 em 12.745 domicílios, entre 2021 e abril de 20 novembro2.

De acordo com o estudo da Rede de Pesquisa Solidária em Políticas Públicas e Sociedade, as mulheres negras que ocupam a base do mercado de trabalho foram o segmento da sociedade que mais morreram de Covid-19 em 2020.

Elas foram durante as pandemias mais importantes que foram impostas também pela renda familiar – mais presentes pela parte significativa de sua renda e sem vínculos de trabalho, muitas mulheres negras a parte significativa de sua alimentação.

Crianças participantes da atividade no Quilombo Casa Akotirene, em Ceilândia (DF) — Foto: Divulgação

As taxas de desocupação e de subutilização (situação em que a pessoa trabalha por menos horas do que gostaria2) deste grupo, por exemplo, são maiores do que verificadas entre dados de mulheres não negras, segundo da PNAD Contínua do 2º trimestre de 021, do IBGE análise pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socionômicos ( Dieese ). Em rendimentos médios no mesmo período, as mulheres negras receberam 46,6% da remuneração de homens não negros.

Uma das consequências dos fatores é a alimentar.

A economista e titular da cátedra Josué de Castro da USP, Tereza Campello , entende que os efeitos da pandemia sobre fatores como renda, acesso a empregos e políticas políticas têm sido mais graves entre as mais graves, mas ressaltam que a situação de maior vulnerabilidade das mulheres negras não é nova. “Piorou muito [a situação das mulheres negras], mas já era uma característica da situação da fome no Brasil em outros momentos da história”, pondera.

O que é alimentar

O que é alimentar

Fome passou por ‘nacionalização’

 

Para Tereza Camp, a volta do mapa da fome se deve a uma escolha política e não foi país durante a pandemia. “Em 2018, dois anos antes da pandemia chegar, o Brasil já tinha invertido os principais indicadores de segurança alimentar”, diz.

Na visão da pesquisadora, este caminho começou a ser trilhado em 2016, quando foi aprovado o teto de gastos. De lá para cá, uma série de políticas que possam mitigar a situação pública de existir ou funcionar, “justamente no período em que possa mitigar aumentar, que a aumentar”.

Mulheres e crianças participantes da atividade no Quilombo Casa Akotirene, em Ceilândia (DF) — Foto: Divulgação

Para a professora, a situação que o país atravessa hoje tem algumas diferenças em relação a anteriores. Hoje, diz, passou a ser um fenômeno nacionalizado. Se antes o problema era localizado em regiões, hoje está presente em todo o país.

Como exemplo, ela pequena diferença em números absolutos de pessoas que vivem em situação de absolutos de pessoas no Nordeste (1,1 milhões) e de acordo com o II Vigisan.

“Se você olhasse esse década na de 1980, 1990, essa situação não teria essa mesma peculiaridade”, afirma, ressaltando que proporcionalmente a fome segue mais grave no Norte e no Nordeste.

Questionada a professores para enfrentar a crise da fome, a faz avaliação semelhante à do país de Joice: é preciso rede de rendas políticas integradas proteção, que compreendem a oferta de alimentos pode ser, uma ideia da população da alimentação, a geração de empregos e retomada de medidas de inclusão que foram abandonadas nos anos.

Na opinião da professora, o país pode não esperar 2023 para resolver o problema. “A gente precisa começar agora a reverter esse quadro, investir em políticas públicas. Isso não é gasto. As pessoas tratam como de saúde, educação, assistência social, alimentação escolar – isso é um investimento”, afirma.

‘Meritocracia’

 

Para Kelly Quirino, professora e pesquisadora de relações raciais da Universidade de Brasília ( UnB ), historicamente as mulheres negras são as mais fragilizadas e permanecem na base da pirâmide social em razão do racismo, do patriarcado e do capitalismo.

Com a pandemia, o cenário ficou ainda mais grave. “Muitos postos de trabalho de última hora. doméstica”. explicar.

A falta de políticas públicas é importante que, como as mulheres possam cuidar dos filhos também, que, segundo Kelly, o ciclo de vulnerabilidade se torne.

“Quem é rico continua mais rico e quem é pobre sofre cada vez mais. Cada vez mais os trabalhos ficam precarizados. de violência que se tem vida saudável.

Ela crítica ainda a chamada “meritocracia”.

A questão da meritocracia é perversa, porque parte do mérito parece que se a pessoa se iguala a ela vai conseguir, mas ninguém pensa que o negro não da mesma linha de largada . O estado dá condições, há muita violência não alimentar, um lar ou rua no futuro.

‘Marginalizados pelas políticas públicas’

 

Entre as mulheres da Casa Akotirene está Zilda Bahia de Oliveira, de 54 anos. No início da pandemia de Covid ela viu a fome bater à porta, foi possível ajudar a ONG com cestas básicas, além de apoio psicológico.

“Cheguei a não ter nada em casa. Fazia cuscuz com ovo quase todos os dias e sofria calada”, diz. Zilda lembrou que na infância, após a morte do pai, a mãe dela teve que cuidar sozinha dos 10 filhos. Foram dias sem ter o que vêm em muitas casas.

“A gente ia para a Ceasa [Central de abastecimento] pegar frutas e verduras que as pessoas jogavam fora e também pegávamos osso para comer em um mercado. Hoje quando eu vejo as reportagens de pessoas na fila do açougue para pegar me dói muito porque eu lembro o que eu passei”, diz.

Quando o emprego foi empregado, a cozinheira que Zilda e a mãe conseguiram melhorar a se alimentar de um pouco.

“A gente esperava ela chegar para poder comer. Ela trazia comida pronta dentro de sacos e então a gente comia, mas tinha que deixar um pouco para o café da manhã e almoço do dia seguinte”, conta Zilda.

A mãe retornava 2, por isso, como mães eram pequenas demais, ela não sabia do trabalho porque eles eram ninguém para filhos-los ou ônibus retornacá-los. Os maiores cuidavam dos menores.

Zilda foi alfabetizada depois de adulto. Recentemente, ela está finalizando o Ensino Médio e, agora, pretende estudar para ser técnica em gesso ortopédico. “O racismo, a não têm mais estudo a classe negra e aqueles. Eu vou vencer”, garante.

Em 2023, Joice espera que a casa volte a focar em atividades culturais e sociais. “A gente não quer ficar entregando cesta básica, isso não é o nosso propósito. Isso só mostra o quanto nós estamos marginalizados pelas políticas públicas. A gente não precisa ter seu trabalho, emprego que os jovens têm estudo e cesta básica da violência”, que não precisa de nosso trabalho, emprego que os jovens têm estudo e cesta básica da violência.

“Enquanto a estrutura não muda, a gente vem construir”, finaliza.

Fonte: G1