Uma médica internista apresentou efeitos adversos após receber a vacina Pfizer contra covid-19, e precisou ser internada em um hospital em Monterrey, no México.
A prima da internista, Carolina Rivas Gallardo, disse à mídia mexicana que depois de Karla ser internada na UTI do Hospital de Alta Especialidad 25, em Nuevo León, ela não teve mais convulsões, está consciente, mas com dificuldades físicas.
Ángel Palestino Gallardo, marido da médica, e sua prima relataram que embora Karla tenha evoluído, ela pode ter sequelas. Eles também pediram às autoridades de saúde que investiguem e não minimizem o caso de Karla.
Em nota, o Ministério da Saúde comentou que Karla Cecilia Pérez Osorio apresentava quadro de erupção cutânea, convulsões, diminuição da força muscular, paralisia de braços e pernas, convulsões frequentes e dificuldade respiratória.
Foi a família de Karla que pediu ajuda pelas redes sociais diretamente à diretora-geral do Instituto Mexicano de Previdência Social, Zoé Robledo. Em seguida, foi ordenada sua transferência para o referido hospital especializado em Nuevo León.
Nessa unidade médica, deram-lhe um tratamento para reduzir o inchaço cerebral apresentado e controlar as convulsões. Ela está sendo tratada com esteroides e anticonvulsivantes para reduzir o risco de sequelas.
A farmacovigilância no México determinou que o caso de Karla, que mora em Monclova há 5 anos com seu marido, também natural de Veracruz, deve ser estudado para determinar se a reação alérgica é decorrente de seu próprio estado de saúde, já que ela tem histórico de alergia a medicamentos como o trimetoprima com sulfametoxazol, usado para infecções, ou faz parte de um evento relacionado à vacinação.
Nos estudos clínicos da fase III da Pfizer, não há evidências científicas disponíveis de nenhum caso de encefalite após a aplicação da vacina, daí a importância de esclarecer as causas do quadro clínico grave.
A Direção Geral de Epidemiologia e o Centro Nacional de Saúde da Criança e do Adolescente (Censia), em conjunto com o Instituto Mexicano de Previdência Social (IMSS), estudam este caso, no qual a Comissão Federal de Proteção Contra Riscos Sanitários (Cofepris) participa ativamente. Eles não deram mais detalhes.
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