
O corpo do miliciano Adriano da Nóbrega foi exumado nesta segunda-feira (12/7) e passará por novos exames periciais como parte da investigação sobre sua morte, segundo a Folha de S. Paulo. Ex-capitão do Bope, Adriano morreu em fevereiro de 2020 e tinha relações com a família Bolsonaro. Ele foi citado na apuração do casos da suposta rachadinha envolvendo o gabinete de Flávio Bolsonaro.
O miliciano foi apontado pela Polícia Civil do Rio como chefe da milícia de Rio das Pedras e da Muzema, na Zona Oeste Rio. O PM era amigo de Fabrício Queiroz e foi homenageado por Flávio Bolsonaro com a Medalha Tiradentes. A mãe e a ex-mulher de Adriano, Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa, chegaram a trabalhar no gabinete de Flávio na Alerj.

De acordo com o inquérito da Polícia Civil, Nóbrega atirou sete vezes contra os policiais militares antes de ser assassinado com dois tiros pelos PMs, em 9 de fevereiro de 2020, após ficar escondido em uma propriedade na zona rural de Esplanada, cidade a 160 km de Salvador. Ele estava foragido desde 2019, quando foi alvo da operação Os Intocáveis.
A exumação servirá para detalhar os traumatismos ósseos causados pelos disparos e, assim, traçar com maior precisão as trajetórias das balas. As novas informações farão parte da investigação sobre as circunstâncias da morte do miliciano. Na época de seu falecimento, Flávio Bolsonato deu declarações dizendo que Nóbrega foi “brutalmente assassinado”.
Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, afirmou em agosto de 2020 que a morte do miliciano foi uma “execução” com a participação do governo da Bahia.
Fonte: Metrópoles