Governo deve anunciar hoje novas medidas para o setor de transporte de carga

Dias depois da Petrobras suspender um reajuste de 5,7% no preço do óleo diesel nas refinarias a pedido do presidente, Jair Bolsonaro, o governo deve anunciar nesta terça-feira (16) novas medidas para atender o setor de transporte de cargas.

 

O assunto, inclusive, foi discutido em reunião nessa terça-feira (15) a tarde, no Palácio do Planalto, e hoje haverá uma nova conversa entre o presidente, ministros e técnicos da Petrobrás.

 

Lembrando que em maio do ano passado foi justamente a alta no preço do diesel, que levou à paralisação dos caminhoneiros, afetando a distribuição de alimentos e de combustível em todo o país.

 

Ao sair da reunião, ontem, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que a decisão de suspender o reajuste do óleo diesel foi empresarial e não uma determinação do governo. E que Bolsonaro apenas alertou que o aumento poderia desencadear insatisfação dos caminhoneiros. Segundo ele, a Petrobras é “livre” e “tem vida própria” em relação ao governo.

 

Na semana passada, quando o reajuste foi suspenso, o governo informou que quer entender aspectos técnicos da decisão da Petrobras para pensar medidas que possam minimizar o impacto dos aumentos para os caminhoneiros e negou que haja interferência na política de preços da estatal.

 

Ainda no mês passado, a Petrobras anunciou que o reajuste nas refinarias seria alterado em prazos não inferiores a 15 dias.

 

Só para o ouvinte entender, o preço na refinaria corresponde a mais da metade do preço final do diesel nas bombas. Foi anunciada, ainda, a adoção do Cartão do Caminhoneiro, para permitir a compra do combustível a preço fixo durante um período de tempo maior, pelos motoristas de carga. Mas a medida só deve valer para os postos de combustível com a bandeira BR.

(Ebc)

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