Executivo da AstraZeneca minimiza erro na dose em testes da vacina de Oxford

O executivo da AstraZeneca Mene Pangalos minimizou 1 erro de dosagem cometido na fase 3 de estudos clínicos da vacina contra a covid-19 desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford.

Por erro de fabricação, alguns voluntários receberam meia dose do imunizante em vez de uma dose completa, como era planejado. A alteração de dosagem foi identificada quando 1 investigador notou que os participantes não tinham resposta inflamatória à injeção.

A farmacêutica e a Oxford, então, incluíram o regime de meia dose no estudo e comunicaram a alteração aos órgão reguladores de Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia.

Não vou fingir que não é 1 resultado interessante, porque é, mas definitivamente não o entendo e não acho que nenhum de nós entenda”, disse Mene Pangalos, vice-presidente executivo de pesquisa biofarmacêutica da AstraZeneca, citado pelo Wall Street Journal. “Foi uma surpresa para nós”.

 

A AstraZeneca e a Universidade de Oxford anunciaram na 2ª feira (23.nov.2020) que o imunizante tem de 62% a 90% de eficácia. A taxa mais alta foi alcançada quando os participantes receberam meia dose da vacina e, 1 mês depois, uma dose completa. Quando foram aplicadas duas doses completas, também com 1 mês de diferença entre elas, a eficácia caiu para 62%.

Pesquisadores de Oxford disseram na 2ª feira (23.nov) que a dose mais baixa pode ter sido mais eficaz porque reflete com mais precisão a resposta imunológica natural aos vírus. Afirmaram, no entanto, que teriam que investigar as descobertas para saber com certeza.

Segundo Pangalos, “o erro é realmente irrelevante”. “Qualquer que seja a forma de corte dos dados –mesmo que você acredite apenas nos dados de dose completa, dose total, ainda temos eficácia que atende aos limites para aprovação [por parte de órgãos reguladores dos Estados Unidos e da União Europeia] com uma vacina que é mais de 60% eficaz”.

O executivo falou que os pesquisadores da AstraZeneca e da Oxford receberam os dados no último fim de semana. Explicou que estão trabalhando para publicá-los em 1 jornal científico para que possam ser revisados por outros cientistas. “A maneira certa de publicar e documentar os resultados é em uma revista científica. Todos esses dados serão publicados na próxima semana ou pouco depois”, disse.

Poder 360.