O coronel Dolvim está com a artilharia pronta e infantaria treinadíssima; pronto para a guerra que pretende disputar no dia 15 de novembro próximo. Pré-candidato a prefeito de Parnamirim, assegura que no seu palanque, além de tantos outros incentivadores, estará o vice-presidente da República, general Mourão, seu colega de partido, o PRTB. Homem com 33 anos de serviços prestados ao Exército e com livre acesso aos gabinetes governamentais e políticos de Brasília, garante que em hipótese alguma retirará sua candidatura, avisa que, se eleito, mandará auditar as contas municipais e empunha a bandeira de fazer o Aeroporto da cidade “Trampolim da Vitória” voltar a funcionar. Na entrevista que concedeu aos jornalistas Gilson Moura e João Ricardo Correia, neste sábado (04), na Liberdade FM, Dolvim estava convicto que disputará a Prefeitura de Parnamirim. Disse que existe um clamor, entre os eleitores, por uma gestão honesta e transparente. Em nenhum momento, o coronel especialista em combate ao terrorismo, à lavagem de dinheiro e ao crime organizado, levantou suspeita sobre a honestidade do prefeito Rosano Taveira, também coronel – da Polícia Militar potiguar -, mas considera que o município parou no tempo nas últimas gestões e analisa: “A gestão de Taveira deixou a desejar. Ele só fez duas rótulas. As obras maiores foram todas do Governo Federal. Nem um terminal rodoviário Parnamirim tem, as pessoas descem dos ônibus nos postos de combustíveis”. Dolvim já visitou escolas, onde diz encontrado cenários de abandono e falta de estrutura. Está fotografando tudo. Considera muito ruim o sistema de saúde municipal. Lamentou o fechamento de 16 fábricas, no município, nas últimas gestões. Ele nem admite ser candidato a vice na chapa liderada por Taveira, por entender que o prefeito que sucedeu Maurício Marques representa a velha política. Também ainda não sabe quem será seu companheiro ou companheira de chapa. O colega de farda do vice-presidente Mourão tem o apoio do deputado federal General Girão: “Foi ele que me indicou”, ressaltou. Na terça-feira (07), Dolvim terá audiência com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, considerado um dos principais articuladores do Governo Federal. E já conversou sobre obras com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
*AEROPORTO*
O coronel Dolvim, que é assessor do astronauta Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, é taxativo: “Fechar o Aeroporto de Parnamirim foi um crime”. E vai além, dizendo que os gestores que nada fizeram para que isso acontecesse foram “omissos, incapazes ou subornados”.
Ele revelou, com exclusividade, que já conversou em Brasília – mas não disse com quem – sobre esse tema e revelou que existe a possibilidade de o Aeroporto Internacional Augusto Severo ser reativado, ficando com parte das operações da Força Aérea e com os voos comerciais, enquanto o Aeroporto Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, ficaria com o transporte de cargas e parte de operações da Aeronáutica.
O pré-candidato Dolvim contabiliza que Parnamirim perdeu cerca de R$ 2 milhões somente em impostos, por causa do fechamento do Aeroporto, sem falar nos taxistas, pequenos comerciantes e outros autônomos que faturavam no entorno do equipamento aeronáutico.
Dolvim ainda disse ter recebido, pouco antes da entrevista, mensagem em seu celular dando conta que o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante estaria correndo o risco de ser fechado, porque as terras onde foi erguido ainda não teriam sido indenizadas.
Sobre a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro vir a Parnamirim, município onde recebeu, proporcionalmente, a maior votação na região Nordeste, em 2018, Dolvim disse não ter como confirmar a presença do 01 durante sua campanha, até porque o chefe da nação ainda não se pronunciou como atuará no processo sucessório.
Nos bastidores, os comentários dão conta que Dolvim está forte e terá em sua caminhada nomes de peso do cenário político nacional que estão totalmente alinhados com Bolsonaro. Tá oquei?!