A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, na última sexta-feira (29), o lançamento de um foguete suborbital no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, em Parnamirim. O foguete levou mais de mil cartas de estudantes de escolas públicas com sonhos, ideais e aspirações para o futuro.
As mensagens dos estudantes voltarão à Terra depois de cruzar a atmosfera e ficarão depositadas no Oceano Atlântico. A iniciativa deu oportunidade aos alunos da rede pública de ensino de Natal, Parnamirim, São José de Mipibu e João Câmara de refletir sobre o que desejam para as próximas gerações.
O lançamento faz parte da Operação Potiguar, que envolve cerca de 300 pessoas entre militares e civis.
O foguete que será lançado possui 8 metros de comprimento, pesa 1,5 tonelada, sendo 900 quilos de combustível, e alcançará uma altitude de 150 km em cerca de 3 minutos. Ele é inteiramente desenvolvido com tecnologia nacional.
O lançamento marca a retomada da atividade do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, que não realizava lançamentos de foguetes desse porte há 13 anos.
De acordo com Christiano Pereira Haag, diretor da Barreira do Inferno, a operação é um passo significativo para o avanço das capacidades espaciais do Brasil.
A NASA informou que uma manobra realizada pela SpaceX para, literalmente, “empurrar” a Estação Espacial Internacional (ISS) foi realizada com sucesso na última sexta-feira (8).
Para executar a missão, a empresa de Elon Musk usou uma cápsula de carga Dragon que estava acoplada ao laboratório orbital acionando seus motores por pouco mais de 12 minutos. Todo o procedimento foi monitorado por cientistas da NASA.
Teste ocorreu como o esperado
Os dados coletados durante a manobra mostraram que o experimento foi bem sucedido e que poderá ser repetido no futuro, o que deve significar uma ampliação da parceria entre a NASA e a SpaceX. A ideia é utilizar este mesmo mecanismo em 2030, quando a ISS será “derrubada” no oceano.
Para isso, a empresa vai usar uma Dragon modificada com mais de 40 propulsores. A nave convencional conta com apenas 16. Lembrando que a SpaceX também foi escolhida para desenvolver e construir o veículo Deorbit, que será usado para desorbitar a estação espacial, trazendo-a com segurança para a Terra.
Por que foi preciso “empurrar” a ISS?
A estação espacial orbita a Terra a cerca de 400 km de altitude.
O problema é que a estrutura perde altitude gradualmente em função do arrasto das moléculas da atmosfera.
Isso significa que é necessário “empurrá-la” para uma altitude maior de vez em quando.
Este trabalho normalmente era executado pelas espaçonaves russas Soyuz.
No entanto, em função da invasão da Rússia à Ucrânia e dos planos de Moscou de criar sua própria estação espacial, a NASA começou a procurar outras alternativas.
Gasolina, querosene de avião e propelente são três espécies de um mesmo “assunto”. Pela afirmação, e tomando o conhecimento do senso comum a respeito da primeira palavra, a injunção de que são tipos de combustível é facilitada. No segundo nome, já há a indicação de para qual transporte é o uso. Mas, e o propelente, o que é? E por que vamos falar dele?
Bom, propelentes são materiais energéticos que apresentam a característica específica de liberar alta quantidade de energia durante o seu uso. Eles são responsáveis pela propulsão de um determinado material. No caso, são combustíveis usados em mísseis e foguetes que, quanto mais energia liberam, melhor será. E, para aumentar essa quantidade de “força”, uma alternativa é o investimento em pesquisas. É aqui que o assunto fica mais interessante.
Do tema, uma novidade surgiu neste mês de outubro em uma pesquisa na UFRN: a criação de uma nova formulação propelente para foguetes e mísseis, envolvendo o emprego de uma liga metálica, em forma de pó. Com a alteração da composição do combustível e diferentes proporções entre as substâncias, constatou-se que todas as formulações combustionam com facilidade, de forma contínua, deixando, em todos os casos, um resíduo sólido com menos de um por cento da massa de propelente empregada.
“Os resultados encontrados atestam a viabilidade do emprego das ligas metálicas alumínio-magnésio-lítio, ou Al-Mg-Li, combinadas com azida de sódio, como combustíveis na produção/preparação de propelentes sólidos para foguetes ou mísseis”, afirma Robson Fernandes de Farias. Cientista responsável pela pesquisa, ele circunstancia que é comum a utilização de ligas de alumínio na indústria aeroespacial como material estrutural, tendo sido constantemente melhoradas ao longo do século passado e constituindo, presentemente, cerca de 80% do peso das aeronaves modernas.
O combustível é usado na forma sólida – Foto: Cícero Oliveira – UFRN
Antes de entrarmos nos pormenores da pesquisa, é pertinente falarmos de algumas minúcias dos propelentes. Usados no formato sólido — ao contrário da gasolina —, o propelente é resultante da mistura de um combustível, de um oxidante e de um aglutinante. Num foguete ou míssil, a proporção é variável entre os três ‘pilares’ e obedece às funções de cada um para se chegar à ‘explosão’. O aglutinante, por exemplo, deve, preferencialmente, facilitar a processabilidade do propelente, sendo, no mundo ideal, também uma substância combustionável.
Voltando aos pormenores, Robson Farias salienta que o propósito da pesquisa é obter novas formulações propelentes, explorando-se a capacidade da azida de sódio de atuar como composto gerador de gases, bem como a subsequente combustão do sódio metálico formado. Esse gás ‘residual’ é o N₂, um gás inerte, que não toma parte no efeito estufa, o que acaba se traduzindo também é um valor para o propelente criado. Isso tudo em um contexto no qual o emprego de ligas metálicas combinadas com compostos inorgânicos geradores de gás é uma via promissora a ser explorada.
Durante o tempo de estudo, o professor do Instituto de Química ‘criou’ duas formulações, ambas preparadas mediante acréscimo do aglutinante à mistura oxidante-liga metálica, até a obtenção de uma pasta uniforme e viscosa, considerando-se as faixas de percentuais escolhidas. Os testes de queima (combustão) foram efetuados empregando-se massas menores do que um quilo do propelente, acondicionadas em minifoguete cilíndrico, de aço inox. “O propelente em si já está finalizado. Nesse caso, não há que falar-se exatamente em protótipo, mas em uma formulação já acabada. Prosseguimos em nossas pesquisas na área de propelentes químicos, e novos pedidos de patente estão previstos para um futuro próximo”, frisa Robson Farias.
Assim como outros existem em um passado próximo. Com expertise ampla na área, este não é o primeiro pedido de patenteamento capitaneado pelo pesquisador. São exemplos o desenvolvimento anterior de um novo combustível espacial, a partir da utilização de um aglutinante “diferenciado” na formulação do propelente (Novo combustível aeroespacial), bem como o depósito que trazia a solução para uma desvantajosa relação entre combustível e oxidante nos propelentes sólidos (Novas “gasolinas” para foguetes e mísseis).
“Todas têm aplicação no setor de defesa, empregados na indústria aeroespacial, o que envolve veículos lançadores de satélite, e que se traduzem em tecnologia nacional capaz de diminuir a dependência tecnológica do exterior”, coloca o docente. Dessa última, depositada no último mês de outubro e denominada “Ligas metálicas alumínio-magnésio-lítio combinadas com azida de sódio como combustíveis na preparação de propelentes sólidos para foguetes e mísseis”, há a expectativa de ser mais um caminho científico para o aproveitamento de recursos energéticos. Robson pontua também que a temática geral na qual se insere a patente foi abordada por ele no livro Chemistry of Modified Oxide and Phosphate Surfaces: Fundamentals and Applications, especificamente no capítulo Oxides and phosphates in the formulation of new solid propellants for rockets and missiles.
Propulsão, propelente, propagar
Os hominídeos se tornaram humanos quando aprenderam a usar a combustão a seu favor. Embora a afirmação tenha contornos de inabitualidade, é defendida por cientistas como o antropólogo britânico Richard Wrangham, o qual remete a um momento bem mais rudimentar do que o vivenciado na contemporaneidade, quando o calor do fogo produzido pela queima da madeira era direcionado para obtenção de conforto térmico, cozimento de alimentos e fabricação de utensílios de cerâmica, ferramentas e armas.
A informação abre um paper cuja autoria Robson divide com o também professor da UFRN, George Santos Marinho. Nele, sabemos que o uso de combustíveis sólidos para propulsão se incorporou à história da ciência e tecnologia dos foguetes por volta do século XIII, quando os chineses desenvolveram artefatos (recreativos e bélicos) movidos à reação devido à queima da pólvora. Igualmente, conhecemos que, dentro das limitações técnicas existentes no início da década de 1930, entusiastas do voo espacial deduziram que levar artefatos do solo à órbita terrestre requeria energia disponível mediante a combustão líquida. Desse entusiasmo, a pesquisa sobre propulsão líquida passa a ser conduzida sob sigilo militar, resultando nas famosas bombas V2, utilizadas durante a II Guerra Mundial.
Além disso, ainda que tentativas existam, a propulsão química mantém-se onipresente, sendo a única disponível para lançamento de artefatos aeroespaciais, como foguetes e mísseis, a partir do solo. Por fim, embora não contemple todo o conteúdo da publicação, distingue-se que, embora cada tipo de combustível (sólido ou líquido) apresente vantagens e desvantagens no tocante à propulsão química, os sólidos levam vantagem e, portanto, predominam, notadamente na área militar. Daí a relevância de acréscimos de formulações aos propelentes.
Programa analisa dados complexos, como medições de tensão, energia ativa e demanda, ajudando a definir a melhor estratégia de consumo| Foto: Divulgação
Com as cobranças complementares na conta de energia e a bandeira tarifária vermelha no patamar 2, aplicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), essa despesa vem gerando uma forte preocupação nas contas de consumidores em residências e empresas. Foi por isso que o aluno Paulo Ramon Oliveira, sob orientação do professor Max Chianca, ambos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), se reuniram para desenvolver um software capaz de auxiliar profissionais a identificar caminhos para uma melhor gestão do consumo de energia. O programa já recebeu registro de proteção industrial, concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
O projeto “Banco de dados relacional para a modelagem computacional do setor elétrico brasileiro em sistemas de gestão de ativos energéticos” surgiu a partir da experiência de Paulo Ramon no mercado, trazendo os conhecimentos para o Mestrado Profissional do curso de Engenharia Elétrica. A ideia foi criar uma solução automatizada para cálculos complexos envolvendo consumo de energia, a partir da orientação do professor Max Chianca.
“O software foi pensado para automatizar decisões que podem reduzir custos no consumo de energia. A ideia é oferecer uma ferramenta que analise dados complexos, como medições de tensão, energia ativa e demanda, ajudando a definir a melhor estratégia de consumo”, explica o docente e orientador do projeto, ressaltando a importância diante das mudanças de consumo e de cobrança existentes no Brasil.
No acréscimo gerado pela bandeira vermelha 2 neste mês de outubro, estão sendo cobrados R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A justificativa apresentada pela ANEEL foi norteada pelo GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), influenciados pelas expectativas de baixa afluência nos reservatórios das hidrelétricas e pela elevação do preço do mercado de energia elétrica.
Na composição do valor a ser pago no fim do mês por uma indústria ou um estabelecimento comercial, está a tarifa de demanda. Segundo Max, essa cobrança é feita pela potência máxima consumida durante um período, o que pode variar conforme o perfil de consumo, e o software ajuda a definir as melhores estratégias de uso. “Se o valor da demanda contratada for muito baixo, a empresa paga multas e, se for muito alto, o custo será maior que o necessário. O software ajuda a calcular o valor ideal, evitando gastos desnecessários ou multas por excedente”, afirma.
Outra tarifa contemplada na elaboração da plataforma foi a excedente de reativos, voltada para grandes consumidores quando o fator de potência está fora da faixa aceitável, necessitando da implementação de bancos capacitores. No entanto, essa ação não pode ser realizada sem o devido estudo. Essa é a hora que o software entra em ação para determinar o valor e o tipo correto de potência reativa que deve ser instalado.
“É uma inovação que pode acelerar e otimizar o trabalho dessas empresas, facilitando a análise e a negociação com as concessionárias de energia”, explica Max Chianca, professor e orientador do software. Para que tudo isso tenha funcionalidade em longo prazo, a plataforma precisa continuamente ser atualizada com dados do consumo do cliente.
Apesar de a UFRN ter recebido o registro de proteção industrial concedido pelo INPI no dia 8 de outubro, o engenheiro Paulo Ramon ainda avalia quais são as melhores estratégias para lançar o produto ao mercado por meio de parcerias ou diretamente com empresas interessadas.
O Google Brasil introduziu uma ferramenta que facilita o acesso das vítimas de violência doméstica a canais de apoio. Ao pesquisar termos relacionados, como “violência doméstica” ou “agressão”, o usuário verá, no topo dos resultados, informações rápidas sobre a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), o Ministério das Mulheres e o CVV.
A funcionalidade, já disponível em países como Estados Unidos, Índia e México, foi criada em parceria com o Ministério das Mulheres e o CVV. Para usar, basta realizar uma pesquisa no Google e clicar na caixa de informações para ser direcionado aos canais de suporte. A iniciativa também inclui informações sobre prevenção ao suicídio e denúncias de abuso sexual infantil.
Exemplo de uso da ferramenta:
Se uma vítima de violência doméstica no Brasil fizer uma pesquisa no Google por “violência doméstica” ou “meu parceiro me agrediu”, aparecerá no topo da página uma caixa com informações rápidas sobre a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), além de links diretos para serviços de apoio como o CVV. Ao clicar na caixa, a pessoa poderá acessar rapidamente os canais de ajuda, sem precisar navegar por outros sites, garantindo suporte imediato em momentos críticos.
SpaceX faz novo voo teste com foguete e consegue pousar nave de volta na Terra – Reuters
A decolagem teste nesse domingo (13) de um foguete da SpaceX, do bilionário Elon Musk, foi considerada um sucesso. De forma inédita, os engenheiros conseguiram fazer com que o aparelho retornasse à Terra. O objetivo da empresa é reutilização completa da Starship.
O impulsionador Super Heavy, depois de se separar da Starship, a mais de de 74 km de altitude, retornou à exata área de onde foi lançado. Braços robóticos ajudam no processo de acoplagem. Já a nave entrou de volta na atmosfera terrestre e explodiu, como era esperado, e caiu no oceano.
Por enquanto, todos os voos da Starship acontecem de forma não tripulada. A Nasa, agência espacial americana, já encomendou duas naves para pousar astronautas na Lua ainda nesta década. Marte está nos planos da SpaceX. Musk já disse algumas vezes que pretende levar seres humanos ao planeta vermelho.
A Prefeitura de Parnamirim entregou, na última sexta-feira (27), à UPA de Nova Esperança, um novo e moderno aparelho de radiografia com tecnologia DR (Radiologia Digital), que vai melhorar a qualidade do atendimento, beneficiando tanto a população quanto os profissionais da saúde.
O equipamento oferece imagens de alta qualidade e conta com um sistema mais fácil de operar e mais confiável, proporcionando maior agilidade nos atendimentos. Com isso, a Unidade, que possui uma elevada demanda de pacientes, poderá oferecer um serviço mais eficiente para população.
Segundo o diretor-geral da UPA, Henrique Costa, a unidade realiza cerca de 1.000 radiografias por mês, o que evidencia a importância desse novo recurso para a população. O equipamento estará em funcionamento nos próximos dias.