Banco Central define na quarta-feira se mantém Selic em 6,5%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) faz na próxima terça-feira (7) a terceira reunião de 2019 para definir a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano. Na quarta-feira (8), após a segunda parte da reunião, será anunciada a taxa.

Instituições financeiras consultadas pelo BC preveem que a Selic deve permanecer este ano no atual patamar.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia da reunião, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

O Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto, comprando e vendendo títulos públicos federais, para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).

A manutenção da Selic no atual patamar, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC.

Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Entretanto, as taxas de juros do crédito não caem na mesma proporção da Selic. Segundo o BC, isso acontece porque a Selic é apenas uma parte do custo do crédito.

Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%, neste ano.

Histórico

De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa Selic foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% em julho de 2015. Nas reuniões seguintes, a taxa foi mantida nesse patamar.

Em outubro de 2016, foi iniciado um longo ciclo de cortes na Selic, quando a taxa caiu 0,25 ponto percentual para 14% ao ano. Esse processo durou até março de 2018, quando a Selic chegou ao seu mínimo histórico, 6,5% ao ano, e depois disso foi mantida pelo Copom nas reuniões seguintes.

(Diário do poder)

Proposta para a Previdência pretende retirar privilégios, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, debate a reforma da Previdência (PEC 6/19).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (3) que o atual modelo de Previdência é uma “fábrica de desigualdades” e que a proposta do governo pretende retirar privilégios. Ele citou como exemplo o valor médio das aposentadorias dos deputados e dos servidores na Câmara dos Deputados, que segundo o ministro é 20 vezes superior à aposentadoria média do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

“A aposentadoria média [na Câmara] é 20 vezes a aposentadoria média do INSS. A aposentadoria do INSS é R$ 1,3 mil. A aposentadoria média nesse ambiente é de R$ 28 mil. A nossa reforma tenta justamente endereçar esses problemas. Com escala progressiva [nas alíquotas de contribuição], estamos removendo privilégios”, declarou o ministro, em audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

Aposentadoria rural

Respondendo a questionamentos sobre a aposentadoria rural, o ministro disse que a categoria entrou na reforma para combater fraudes. Ele citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram que 16% da população brasileira vive no campo, mas os trabalhadores rurais respondem por cerca de 30% das aposentadorias do INSS e 60% do déficit da Previdência. Ele disse que o Congresso pode retirar as mudanças de regra da Previdência, desde que mantenha a economia de R$ 1 trilhão em dez anos prevista com a proposta.

Ele também mencionou que o governo pretende rever a política de subsídios e de desonerações, porém somente depois da aprovação da reforma da Previdência. “Diversas questões podem ser resolvidas na reforma tributária, mas a gente tem que atacar primeiro o que está destruindo o Brasil”, declarou o ministro.

Em relação à proposta de reduzir o valor do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para R$ 400 e antecipar a idade mínima para 60 anos, o ministro esclareceu que a proposta não mexerá no direito adquirido de quem atualmente recebe o benefício de um salário mínimo, pago a partir dos 65 anos para famílias de baixa renda. “Não se mexeu em direito adquirido. Queremos dar uma possibilidade de antecipação [para 60 anos]”, explicou Guedes.

BPC

Pela reforma em tramitação, o BPC para os futuros beneficiários começaria em R$ 400 a partir dos 60 anos e só subiria para um salário mínimo a partir dos 70 anos. O ministro disse que essa idade foi sugerida não por ele, mas pela equipe técnica. Ele, no entanto, disse que o Congresso é soberano para derrubar as mudanças e que o benefício é importante para ativar a economia em regiões pobres.

Em relação à reivindicação de alguns deputados de incluir idades mínimas de aposentadoria diferenciada por regiões, Guedes esclareceu que os regimes de Previdência não levam em conta a expectativa total de vida, mas a estimativa de sobrevida de quem completa a idade de aposentadoria. “Quem chega à idade de se aposentar tem sobrevida igual, seja no Nordeste, seja no Sul. A média [da expectativa de vida] é mais baixa em algumas regiões por causa da morte de jovens e de crianças, mas a Previdência analisa o tempo restante de vida de quem se aposenta”, justificou.

Desconstitucionalização

O ministro negou ainda que a reforma da Previdência queira transferir direitos da Constituição para uma lei complementar. “O que a gente quer desconstitucionalizar [tirar da Constituição] são parâmetros [mínimos de aposentadoria], não direitos. Os direitos estão preservados. Nenhuma constituição do mundo, nem da Venezuela, nem da Bolívia, tem parâmetros para a Previdência”, contestou.

A reforma da Previdência propõe que a idade mínima de aposentadoria seja retirada da Constituição e regulada por lei complementar, subindo de acordo com a evolução da expectativa de vida a partir de 2024 e, a partir daí, a cada quatro anos. Se a expectativa de vida após os 65 anos para homens e 62 para mulheres subir, haverá ajuste na idade mínima na proporção de 75% sobre os meses de aumento. Por exemplo, se a expectativa de vida subir em 12 meses, a idade mínima sobe em 9 meses.

Ebc

Giovani Júnior é o plano B de Taveira

O secretário de administração e finança da prefeitura de Parnamirim, Giovani Júnior, articula sua candidatura em 2020. Ele é o plano B de Taveira. O coronel aposta em seu homem de confiança como estratégia de manter o comando da prefeitura com seu grupo político. Taveira tomou conhecimento da visita do seu secretário ao presidente do PSL, através de um deputado estadual amigo que relatou todo diálogo entre o homem do pilão e o presidente do PSL, Hélio Imbrósio. Na conversa, Giovani teria confirmado que se o prefeito permanecesse com sua popularidade baixa e sem condições de disputar eleitoralmente o pleito do próximo ano, ele iria ser o candidato. Confirmou também que vários partidos estão sendo estudados, mas prefere filiar-se ao PSL do General Girão, pois já vem desenvolvendo vários projetos em Parnamirim, em cooperação com a base aérea, além de manter um alinhamento com alguns militares da reserva e da ativa. Soube-se ainda que na mesma conversa foi ventilado o nome da vice-prefeita Elienai Cartaxo; segundo opiniões, essa dupla (Giovani e Elienai) representaria o agnelismo na cidade Trampolim da Vitória. Giovani, ao ser abordado sobre essas informações, ainda desconversa, mas vem trabalhando firme e torcendo que o desgaste da administração continue para ele poder ser candidato e realize seu grande sonho de ser prefeito da terceira maior cidade do RN.

Presidente do Senado do Chile recusa convite para almoço com Bolsonaro

 

 

O presidente do Senado do Chile, Jaime Quintana, afirmou nesta terça-feira (19) que recusou um convite do presidente do país, Sebastián Piñera, para participar do almoço que será oferecido ao presidente Jair Bolsonaro.

Quintana, do Partido pela Democracia, de centro-esquerda, assumiu o comando do Senado na semana passada. Ele afirmou que participará nesta quinta-feira dos atos envolvendo a visita do presidente da Colômbia, Iván Duque, mas que não estará em nenhum evento da programação de Bolsonaro em solo chileno.

“Não estarei sábado em La Moneda (palácio presidencial), por convicção política e também porque tenho uma agenda regional já confirmada”, disse Quintana, em entrevista publicada no site do jornal “La Tercera”.

Numa conta em rede social, Quintana esclareceu melhor sua posição: “Em uma visita oficial (não de Estado), o Senado não tem obrigação de participar. O presidente Piñera nos convidou para almoçar em homenagem a Bolsonaro e como Mesa (que comanda o Senado) decidimos não ir. Minha convicção não me permite homenagear aqueles que se manifestam contra minorias sexuais, mulheres e indígenas”, escreveu.

Jaime Quintana@senadorquintana

En una visita oficial (no de Estado) el Senado no tiene obligación de participar. Pdte Piñera nos invitó a almuerzo en honor a Bolsonaro y como Mesa definimos restarnos. Mi convicción no me permite rendir honores a quien se manifiesta contra minorías sexuales, mujeres e indígenas

 

O socialista Alfonso de Urresti, vice-presidente do Senado, também recusou o convite para participar da recepção a Bolsonaro, na sede do governo, e declarou que o presidente do Brasil é um “perigo para a democracia”. “É um ultradireitista, que pode provocar muito dano. Meu gesto de desagravo é a Bolsonaro, e não ao povo brasileiro”, afirmou.

A posição dos senadores Quintana e Urresti, de esquerda, foi criticada por representantes que apoiam o governo direitista de Sebastián Piñera. A chefe de bancada da União Democrática Independente (UDI), Ena von Baer, disse que Quintana “tomou essa decisão como senador de esquerda, mas não representando todos nós”.

Iván Moreira, outro senador da UDI, disse que a decisão da mesa do Senado, liderada por Quintana “representa uma atitude muito pouco republicana”. “O presidente do Brasil, além das conotações que tem, é o presidente de um país com o qual mantemos relações diplomáticas há décadas”, destacou.

Cúpula internacional

Bolsonaro e Duque participarão, na sexta-feira, em Santiago, de uma cúpula presidencial, para abordar a criação de um novo grupo de integração na América do Sul denominado Prosul. Como informa a agência EFE, além disso, eles aproveitarão a ocasião para ter um encontro oficial.

A visita de Bolsonaro gerou muitas críticas da oposição ao governo de Piñera e de organizações de defesa de minorias, que rejeitam as posições conservadoras do governante brasileiro.

Piñera tem buscado uma boa relação com Bolsonaro, aproveitando-se do fato de ambos serem líderes de perfil conservador. O chileno, que iniciou seu segundo mandato como presidente em março do ano passado (o anterior foi de 2010 a 2014, sendo sucedido pela socialista Michelle Bachelet), veio à posse de Bolsonaro em janeiro e logo o convidou para ir a Santiago.

Piñera também tem se posicionado de forma alinhada com o Brasil e demais países com governos de direita na região na questão da Venezuela, pedindo a saída de Nicolás Maduro do poder. Ele até mesmo foi a Cúcuta, na Colômbia, para encontrar o oposicionista Juan Guaidó e tentar pressionar para que o regime chavista permitisse a entrada de ajuda humanitária patrocinada pelos Estados Unidos.

G1

Novos critérios para ocupar cargos de confiança serão retroativos a 1º de janeiro

O presidente Jair Bolsonaro decidiu revisar decreto publicado na segunda-feira (18) que estabelece exigências para a ocupação de cargos de confiança na administração pública federal, incluindo a condição de o nomeação ser Ficha Limpa.
A proposta original estabelecia que a regra, que visa limitar indicações políticas sem critério, valeria para nomeações a partir de 15 de maio. A data será alterada para 1º de janeiro, valendo para nomeações feitas desde o início do atual governo.
A mudança foi confirmada à reportagem pela Casa Civil. A alteração deve ser assinada pelo presidente nesta quarta-feira (20), após a sua chegada ao Brasil de viagem aos Estados Unidos, e publicada no mesmo dia em edição extra do “Diário Oficial da União”.
O Palácio do Planalto decidiu fazer a alteração a pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que elogiou o decreto, mas criticou o início da validade das regras. “Senão fica parecendo que está escolhendo quem pode e quem não pode estar no filtro do decreto”, disse mais cedo.
Em negociação pela aprovação da reforma da Previdência, o Palácio do Planalto tem sido pressionado a liberar cargos, principalmente em órgãos federais nos estados.
Atualmente, o governo tem cerca de 24 mil cargos desse tipo. Mais de 20 mil já foram preenchidos -restam outras 3,7 mil
Pelos critérios gerais, o indicado à vaga precisará ter reputação ilibada e perfil profissional ou acadêmico compatível com o cargo, além de comprovar que não é inelegível, de acordo com critérios da Lei da Ficha Limpa.
A pessoa ainda terá de atender a pelo menos mais uma exigência. Entre elas, possuir experiência profissional de dois anos em área relacionada à do cargo, ter ocupado posto semelhante por no mínimo um ano ou possuir título de especialista, mestre ou doutor.

Deputado estadual Souza de malas prontas para o PSB

O deputado estadual Souza que está em processo de mudança de partido, foi recebido pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira e pelo presidente estadual do partido, o deputado federal Rafael Motta. Na ocasião, acertaram os detalhes da mudança para o PSB. Souza é um dos políticos mais influentes na região da Costa Branca, onde tem sua liderança maior na cidade de Areia Branca. As malas já estão prontas e agora só falta o sinal verde do deputado Souza.

Bolsonaro posta vídeo com pornografia, e conteúdo tem acesso restringido

Imagens mostram homem dançando em cima de ponto de táxi com o dedo no ânus. ‘É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro’, diz presidente. Post passou a ter alerta de conteúdo sensível. Twitter não se manifestou sobre o caso.

 

O presidente Jair Bolsonaro postou um vídeo com conteúdo pornográfico em sua conta no Twitter nesta terça-feira (5). A cena mostra homens dançando em cima de um ponto de táxi em um bloco de rua no carnaval paulistano. Um deles coloca o dedo no ânus e se abaixa para o outro urinar nele. Posteriormente, a visualização do vídeo foi restringida, com alerta de conteúdo sensível, mas segue disponível. A conta de Bolsonaro tem 3,45 milhões de seguidores.

O presidente tuitou: “Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conslusões (sic)”, escreveu o presidente às 15h08. A polêmica cena foi gravada no desfile do Blocu, em São Paulo, na segunda-feira (4).

 

Inicialmente, o vídeo era exibido automaticamente a quem acessasse a conta. Foi só algumas horas depois que a sequência passou a ter a visualização restrita: em vez do vídeo, a rede social exibe um alerta de que a mídia pode conter material sensível.

 

A postagem foi criticada tanto por apoiadores como por críticos de Bolsonaro, que usa o Twitter intensamente para anunciar medidas do governo e se comunicar com a população.

O G1 procurou o Twitter para saber se a visualização foi restringida por ele ou pela própria rede social. Mas até as 8h a rede social não havia se manifestado. O Palácio do Planalto também foi procurado, mas não se manifestou até a publicação desta reportagem.

As regras do Twitter permitem a publicação de conteúdo adulto. A rede, entretanto, orienta os usuários a marcarem esses vídeos como conteúdo sensível.

Quando isso não é feito, usuários podem denunciar os conteúdos que julgam inadequados. A rede, então, inclui o alerta de conteúdo sensível. O vídeo pode ser excluído caso as pessoas gravadas não tenham dado autorização.

Por G1