Brasil chega a 400 mil mortes por covid-19 em abril, conforme previsões

Manaus( Foto: Amazônia Real)

O Brasil ultrapassou 400 mil mortes por covid-19 na 5ª feira (29.abr.2021). Até as 18h, foram 401.186 óbitos confirmados. A 1ª vítima foi confirmada em 17 de março do ano anterior. De lá para cá, foram, em média, 983 mortes por dia.

A marca de 400 mil mortes foi registrada 5 dias depois do que o previsto pelo Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde da Universidade de Washington. A projeção apontava que o Brasil atingiria o patamar no dia 24 de abril, quando seriam confirmadas 4.004 mortes em 24h, no pior cenário. O cenário mais provável segundo os especialistas apontava 3.930 óbitos na data. As projeções foram publicadas em 1° de abril de 2021. Eis um resumo dos resultados, em inglês (5,3 MB).

Faltando 1 dia para o fim do mês, abril teve 79.671 óbitos. É o mês mais letal da pandemia. O país vem registrando uma escalada de letalidade a cada mês. Antes de abril, março havia atingido o pico de mortes, com 66.573 óbitos.

Também em abril de 2021, o país chegou ao ápice de 4.249 mortes em 8 de abril. No dia 6, foram 4.195 vítimas registradas. A 1ª vez que o patamar ficou acima de 4.000 foi em 6 de abril (4.195 vítimas).

OUTROS ESTUDOS

Nem todas as projeções se concretizaram. A própria Universidade de Washington, por exemplo, estimou que o Brasil teria de 170 mil a 181 mil mortes pela covid-19 no início de janeiro deste ano. Na realidade, o país registrou 195.441 vítimas até 1º de janeiro.

Os pesquisadores divulgaram a estimativa em 9 de outubro. Consideraram um cenário com distanciamento social flexibilizado e ⅔ da população usando máscaras.

Em outra projeção, também da Universidade de Washington, os especialistas esperavam que o Brasil tivesse 137.500 vítimas da covid em 29 de julho de 2020. Mas o número real foi 90.134 mortes confirmadas nesta data.

O Imperial College de Londres também fez projeções. A instituição traçou estimativas para 5 cenários diferentes da pandemia no Brasil. Em um delas, calculava cerca de 206 mil mortes até o final da pandemia num cenário de “supressão tardia“.

Isso implicaria em testes em massa, isolamento dos casos positivos e monitoramento de pessoas próximas aos diagnosticados a partir do momento em que o Brasil atingisse 16 vítimas de covid-19 a cada milhão de habitantes por semana. A taxa atual do país é de 83 mortos por milhão por semana.

Caso o país adote apenas o distanciamento social, a estimativa do Imperial College é de 627 mil vítimas até o final da crise. Os números, contudo, foram publicados em março do ano passado –no início da pandemia– e ainda não consideravam a vacinação.

Paulo Lotufo, epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), entretanto, afirma que ainda é cedo para o país sentir os efeitos da vacinação na queda de casos e mortes. “Os efeitos da vacinação são sentidos mais para frente. O componente do distanciamento social é percebido primeiro. Com essa combinação, é possível conseguir um resultado muito positivo porque o número de casos vai reduzindo e depois já existe uma parcela da população imunizada“, explica.

POR QUE AS ESTIMATIVAS ERRAM?

Os modelos são baseados, principalmente, nas taxas de transmissão e estimativas de infecção. Esse é um dos pontos que pode tornar as projeções imprecisas, já que o nível de testagem no Brasil é baixo e os casos são subnotificados.

Nos primeiros estudos, por exemplo, o instituto da Universidade de Washington assumia que a taxa de transmissão era constante ao longo do tempo. Com a escassez de testagem, entretanto, esses dados se tornam muito variáveis.

Para calcular as projeções, também são considerados diferentes cenários com base nos índices de isolamento social, vacinação e utilização de máscaras. Essas medidas, entretanto, não são implementadas de forma uniforme entre os Estados e municípios, fazendo com que os índices variem com o tempo.

O vaivém das medidas de restrição também pode afetar as estimativas. Guilherme Werneck, vice-presidente da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e professor do Instituto de Medicina Social da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) comenta que as intervenções “não seguem um parâmetro epidemiológico“. Afirma: “Essas medidas são implementadas de forma muito heterogênea no território nacional e, na maioria das vezes, por um curto período de tempo e sem uma intensidade muito forte“.

Em resumo, “os dados do Brasil são muito precários e atrasados e há uma subnotificação, então fica difícil você fazer projeções de médio e longo prazo“, completa Werneck.

DAQUI PARA A FRENTE

Uma nova projeção da Universidade de Washington, feita em 23 de abril, mostra 638 mil mortes no Brasil, em 1º de agosto, no pior cenário. Na previsão otimista o país terá contabilizado 530 mil vítimas até a data. Já a previsão considerada mais provável pelo instituto calcula 576 mil mortes para o mesmo período. Eis a íntegra do estudo, em inglês (1 MB).

O professor do Departamento de Estatística da UFF (Universidade Federal Fluminense), Márcio Watanabe, explica que a precisão das projeções depende das medidas adotadas para contenção da pandemia, como o avanço da vacinação na velocidade prevista. “Considerando o cenário do Brasil hoje, existe uma tendência de os óbitos continuarem tendo queda nas próximas semanas. A transmissão, entretanto, ainda é alta e vai continuar alta nos próximos meses. Se tivermos um relaxamento das medidas de restrição de circulação com, por exemplo, volta das aglomerações, podemos ter um novo aumento dos casos em vez de continuar na tendência de queda”, afirma.

Watanabe é autor de um estudo da UFF que usa a sazonalidade para prever novas ondas da pandemia. Eis a íntegra, em inglês (854 KB). A pesquisa indica que, por meio da análise de dados da pandemia em mais de 50 países de setembro de 2020 até março de 2021, confirmam-se evidências de que a sazonalidade afeta a transmissão da covid-19. “Entre as duas últimas semanas de dezembro e as primeiras semanas de janeiro, por exemplo, a gente observa um aumento de doenças infectocontagiosas, principalmente as respiratórias. Esse tipo de padrão anual vai se repetindo e a gente consegue, de certa forma, ter uma previsibilidade”, explica.

Para ele, as projeções dos cientistas foram subaproveitadas pelo poder público. “Esse tipo de informação ajuda o poder público a se preparar. Poderia ser planejado, por exemplo, um aumento nos estoques de oxigênio, até adiantar alguma medida restritiva. Poderia ter sido reduzido o número de óbitos com um planejamento mais adequando, considerando essas previsões”, pontua.

Poder 360.

Em mais 114 requerimentos, CPI da Covid quer convocar 4 governadores

Foto: Sérgio Lima/Poder360 

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, instaurada no Senado nessa 3ª feira (27.abr.2021), já recebeu pelo menos 288 requerimentos feitos pelos senadores. Entre as convocações estão o pedido de depoimentos de 4 governadores: João Doria (PSDB), de São Paulo, Wilson Lima (PSC), do Amazonas, Rui Costa (PT), da Bahia, e Hélder Barbalho (MDB), do Pará.

Além disso, os prefeitos e ex-prefeitos de 5 cidades também podem ser convocados pelo colegiado. São eles: David Almeida (PSB), de Manaus (AM); Toninho Colucci (PL), de Ilha Bela (RJ); Roberto Claudio Bezerra (PDT), ex-prefeito de Fortaleza (CE); João Rodrigues (PSD), de Chapecó (SC); e Walter José Lessa (PTB), de São Lourenço (MG).

A comissão vai investigar as ações do governo federal e o uso de recursos da União por Estados e municípios no enfrentamento à pandemia. As solicitações incluem pedidos feitos no 1º e no 2º dia da CPI. Ainda existem requerimentos para informações sobre o fornecimento de respiradores, EPIs (equipamentos de proteção individual), medicamentos do “kit intubação” e de oxigênio.

No total, são 288 requerimentos, 114 foram apresentados na 4ª feira (28.abr.2021). Os pedidos precisam ser pautados pelo presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), e receber o aval da comissão.

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), foi convidado pela CPI da Covid. Mas, segundo o requerimento do senador Alessandro Vieira, Dias será ouvido como presidente do Fórum de Governadores para “auxiliar os trabalhos desta Comissão Parlamentar de Inquérito“.

Além dos prefeitos e governadores, os senadores também querem ouvir especialistas na área de saúde. Entre os convocados estão o dr. Dauzio Varella e a pesquisadora Natalia Pasternak. O pedido de convocação foi feito pelo senador Humberto Costa (PT-PE).

A crise de oxigênio de Manaus também foi um interesse dos congressistas. Lourival Nunes, diretor de desenvolvimento medicinal da White Martins, e Christiano Cruz, gerente da empresa foram convocados. A White Martins é fornecedora de oxigênio hospitalar no Amazonas e em outros Estados brasileiros.

Outro requerimento dos congressistas foi de representantes de planos de saúde brasileiras. Presidentes de unidades locais da Unimed foram convocados. O presidente nacional da Unimed, Omar Abujamra Júnior, também foi lembrado. Assim como o diretor executivo da Prevent Senior, Fernando Parillo, e o presidente da Hapvida, Jorge Pinheiro Koren de Lima.

O Poder360 mostrou, em abril, que a Hapvida, a Prevent Senior e a Unimed Rio receitam o tratamento precoce antes mesmo do exame de covid-19. Entre os medicamentos prescritos estão a hidroxicloroquina e a ivermectina. Estudos mostram que esses remédios não têm eficácia cientificamente comprovada, de modo conclusivo, contra o coronavírus, mas o uso é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.

A instalação da CPI foi determinada em 8 de abril pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso –que concedeu liminar (decisão provisória) em ação movida pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru. Eis a íntegra (204 KB).

O requerimento para instalação da comissão, de autoria de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), foi lido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MDB-MG), em 13 de abril.

Em 14 de abril, o plenário da Corte chancelou a decisão de Barroso, por 10 votos a 1. O único que não acompanhou o relator foi o ministro Marco Aurélio Mello.

Fonte: Poder 360

Vacina contra Covid-19 em Natal: veja quem pode ser vacinado hoje e o que fazer

A Prefeitura de Natal começou a vacinação contra a Covid-19 em 20 de janeiro e vem ampliando o público-alvo conforme chegam novas doses. Veja quem pode ser vacinado atualmente.

Primeira dose

O governo do estado do Rio Grande do Norte lançou a plataforma RN Mais Vacina para os candidatos à vacinação fazerem um pré-cadastro e agilizar a campanha de imunização.

De acordo com o governo do estado, o pré-cadastro não é um agendamento, mas vai garantir um atendimento mais rápido nos locais de vacinação e evitar a formação de aglomerações.

Quem não fizer o pré-cadastro também será vacinado após a realização do cadastro completo presencialmente na unidade de vacinação.

Para quem for receber a segunda dose, a Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância de as pessoas observarem o cartão de vacinação, onde constam informações importantes como o tipo da vacina, data em que receberam a dose e previsão do reforço (a segunda dose).

DISTRITO SANITÁRIO NORTE I

  • UBS Pajuçara: Rua Maracaí, S/N, Conjunto Pajuçara
  • USF Nova Natal : Rua Do Pastoril, Nova Natal, Lagoa Azul
  • USF Redinha: Rua Do Campo, S/N , Redinha
  • USF Nordelândia: Rua José Da Silva, S/N, Lagoa Azul
  • USF Gramoré: Avenida Guaratinguetá S/N, Lagoa Azul
  • USF Parque Das Dunas: Avenida Mar Mediterrâneo, N° 101,Conjunto Parque Das Dunas, Pajuçara
  • USF Pompeia: Rua Oceano Atlânticos, N° 172, Nova República, Pajuçara

DISTRITO NORTE II

DISTRITO SUL

DISTRITO LESTE

DISTRITO OESTE

G1 RN.

58% dos beneficiários do auxílio emergencial desaprovam governo Bolsonaro

Sérgio Lima/Poder360 12.01.2021

Pesquisa PoderData realizada de 2ª a 4ª feira desta semana (26-28.abr.2021) mostra que o governo do presidente Jair Bolsonaro é desaprovado por 58% dos brasileiros que receberam o auxílio emergencial em 2020. Outros 30% desse grupo aprovam a gestão federal, e 12% não souberam responder a pergunta.

Os números variaram dentro da margem de erro do estudo –de 2 pontos percentuais para mais ou para menos– e indicam estabilidade quando comparados aos resultados registrados 15 dias antes. Foram feitas 2.500 entrevistas em 482 municípios nas 27 unidades da Federação.

As taxas observadas nesse estrato (de beneficiários do auxílio) são próximas às da avaliação geral do governo (57% de desaprovação e 35% de aprovação).

A nova rodada do auxílio emergencial começou a ser paga em 6 de abril, para mitigar os efeitos da pandemia de covid-19 entre os brasileiros mais pobres. Em 2020, foram 9 parcelas, de R$ 600 e de R$ 300. Em 2021, o governo decidiu estender o benefício em mais 4 partes, com menor valor, –de R$ 150 a R$ 375– a 45,6 milhões de pessoas.

PoderData mostrou que, no início de abril, 82% da população achava “muito baixo” o valor do novo benefício (em média, R$ 250).

Esta pesquisa foi realizada no período de 26 a 28 de abril de 2021 pelo PoderData, a divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Foram 2.500 entrevistas em 482 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

AVALIAÇÃO ENTRE NÃO-BENEFICIÁRIOS

Esta rodada do PoderData mostra um certo equilíbrio entre o humor dos que receberam e dos que não receberam o auxílio em 2020. São 58% e 57% de desaprovação, respectivamente.

A aprovação é levemente maior entre os não-beneficiários (38%) do que no grupo que recebeu o dinheiro (30%). Na avaliação geral, a taxa é de 35%.

AUXÍLIO X AVALIAÇÃO DO TRABALHO DE BOLSONARO

PoderData também pergunta o que os entrevistados acham do trabalho pessoal do presidente: bom/ótimo, regular ou ruim/péssimo. Com esses dados computados, o estudo separa os resultados em 2 grupos: beneficiários e não-beneficiários do auxílio emergencial.

A rejeição ao desempenho pessoal de Bolsonaro é levemente menor no grupo que recebeu o coronavoucher: 47%, ante 51% na população geral. Entre os que não receberam, a taxa é de 55%. A aprovação é de 26% em todos os estratos.

QUANTO CUSTOU O AUXÍLIO

As 9 parcelas do auxílio emergencial em 2020 custaram R$ 294,7 bilhões, cerca de 4% do PIB (Produto Interno Bruto).

O benefício chegou diretamente a 68,2 milhões de pessoas, o que representa 32,2% da população e cerca de 40% das residências do país.

Chamado de coronavoucher por alguns integrantes do governo, o estipêndio foi financiado por meio da emissão da dívida pública, que atingiu R$ 5 trilhões em 2020. O estoque do passivo brasileiro atingiu o nível recorde de 89,3% do PIB.

Do total de beneficiários do auxílio, 19,5 milhões já recebiam Bolsa Família. Outros 10,5 milhões estavam inscritos no cadastro único. Já 38,2 milhões, os

chamados de “invisíveis”, tiveram que fazer um cadastro pelo aplicativo da Caixa ou no site para terem o direito ao benefício reconhecido pelo governo.

PODERDATA

Leia mais sobre a pesquisa PoderData:

O conteúdo do PoderData pode ser lido nas redes sociais, onde são compartilhados os infográficos e as notícias. Siga os perfis da divisão de pesquisas do Poder360 no Twitter, no Facebook, no Instagram e no LinkedIn.

PESQUISAS MAIS FREQUENTES

PoderData é a única empresa de pesquisas no Brasil que vai a campo a cada 15 dias desde abril de 2020. Tem coletado um minucioso acervo de dados sobre como o brasileiro está reagindo à pandemia de coronavírus.

Num ambiente em que a política vive em tempo real por causa da força da internet e das redes sociais, a conjuntura muda com muita velocidade. No passado, na era analógica, já era recomendado fazer pesquisas com frequência para analisar a aprovação ou desaprovação de algum governo. Agora, no século 21, passou a ser vital a repetição regular de estudos de opinião.

Poder 360.

Anvisa agiu por “precaução” ao negar importação da Sputnik V, diz gerente geral

O gerente geral de medicamentos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Gustavo Mendes, afirmou nessa 4ª feira (28.abr.2021) que a decisão de negar permissão de importação da vacina Sputnik V foi pelo “princípio da precaução”. Ele avalia que a fabricante do imunizante pode seguir dois caminhos para conseguir a aprovação.

A diretoria do órgão se reuniu na 2ª feira (26.abr) e decidiu por não aceitar os pedidos de 10 Estados para a compra e uso emergencial do imunizante russo. Todos os 5 diretores votaram em favor de barrar a Sputnik V.

A vacina tem potencial de gerar um adenovírus geneticamente modificado, o qual não conhecemos suas reações no corpo humano e nem seus potenciais riscos”, disse Mendes à CNN Brasil nessa 4ª feira (28.abr).

“Analisamos dados que recebemos da Rússia e não vimos estudos que mostrem a segurança da vacina. O princípio da precaução foi o que nos levou a não recomendar.

A Sputnik V tem como vetor o adenovírus –usado como transporte do material genético do coronavírus. A presença desse material genético fará com que o sistema imunológico humano combata e neutralize a infecção, criando anticorpos.

O adenovírus é manipulado para não se replicar dentro do corpo. Os técnicos da Anvisa encontraram adenovírus replicantes em todos os lotes da Sputnik V submetidos ao controle de qualidade da agência.

Depois da reunião que barrou a importação, Mendes declarou que não foram apresentados estudos sobre como o adenovírus replicante se comportaria dentro do corpo humano e que tipos de danos poderia causar.

A Anvisa também enfrentou dificuldades para avaliar as fábricas onde o imunizante é produzido. A agência tentou obter relatórios de inspeção de outras agências regulatórias, mas os documentos não contemplavam todos os pontos necessário para a análise do órgão brasileiro.

À CNN, o gerente geral afirmou que a decisão é técnica e não foi tomada por pressão política.

Kirill Dmitriev, presidente do RDIF (Fundo Russo de Investimento Direto) responsável pela produção e distribuição da vacina Sputnik V, disse na 3ª feira (27.abr) que a única justificativa para a decisão é “pressão política”.

Acreditamos que a única motivação verdadeira para a decisão da Anvisa é a pressão política”, afirmou. Dmitriev se referiu à admissão do governo dos Estados Unidos de ter pressionado o Brasil contra a compra da Sputnik V. “Gostaria de dar parabéns ao governo norte-americano, porque o objetivo deles provavelmente se concretizou agora”, disse.

Em nota à imprensa, o RDIF apresentou dados de estudos clínicos que indicam que a Sputnik V é 97,6% eficaz contra o coronavírus. Eis a íntegra (374 KB), em português.

O RDIF afirmou ainda que outras agências reguladoras de 62 países já aprovaram a Sputnik V.

Nós não inviabilizamos a vacina”, falou Mendes nessa 4ª (28.abr). “Uma solução para a empresa, além de provar a segurança desse vírus replicante, seria mudar o processo de fabricação de vírus. Então são duas estratégias que a empresa pode tomar para viabilizar essa vacina.

Até o momento, 14 Estados e 2 municípios pediram autorização para importar e comprar a Sputnik V, ainda que a vacina não tenha uso autorização emergencial no país.

O prazo de 10 pedidos estava no limite. A reunião de 2ª feira (26.abr), que culminou na recusa ao pedido de importação, avaliou os pedidos de Acre, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe.

As demais solicitações (de Alagoas, Amapá, Pará e Tocantins, além das cidades Maricá e Niterói) serão avaliadas dentro do prazo –e podem ter um desfecho diferente, caso novos dados sejam apresentados.

Poder 360.

Terceira onda de Covid: “Não é uma questão de ‘se’, mas de ‘quando'”

O Dia das Mães pode gerar a terceira onda de Covid.

O epidemiologista Paulo Lotufo disse para El País:

“Os números devem cair um pouco ainda, e depois ocorrerá uma nova subida. A questão é qual será a magnitude desta subida. Ninguém imaginou, por exemplo, que essa segunda subida fosse tão acentuada como foi. Se as coisas continuarem como estão, em julho já existe uma possibilidade de terceira onda.”

Leonardo Bastos, da Fiocruz, concordou com ele:

“Não existe razão para ficar aliviado. A queda dos números verificada na última semana é um processo natural de epidemia, vale para a dengue e várias outras. Mas ainda estamos em um patamar altíssimo. Se relaxarmos demais essa queda pode se tornar um platô, e pode inclusive ocorrer uma reversão da queda. E aí o relaxamento ou novas variantes podem levar a um novo surto. Não é uma questão de ‘se’, mas de ‘quando’ isso vai acontecer. Pode ser uma onda pequena ou grande, nacional ou focada em alguns Estados. Depende muito da realidade de cada local e das políticas que foram adotadas. Ou que não foram”.

O antagonista.

Nascidos em novembro começam a receber auxílio emergencial nesta 5ª feira

 Foto: Sérgio Lima/PODER 360

Brasileiros nascidos em outubro começam a receber nesta 5ª feira (29.abr.2021) a nova rodada do auxílio emergencial. O benefício terá parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo da composição familiar.

O benefício começou a ser pago no dia 6 de abril. Os beneficiários que são inscritos no Bolsa Família começaram a receber o auxílio no dia 16 de abril. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos 10 últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do NIS (Número de Inscrição Social). O auxílio emergencial somente será pago quando o valor for superior ao benefício do programa social.

O montante pago neste 5ª feira (29.abr) ficará disponível em conta poupança social digital da Caixa. Pode ser usado para pagamento de contas e compras por meio do cartão virtual. Saques e transferências serão liberados a partir de 4 de maio. A Caixa recomenda não ir presencialmente às agências para evitar aglomerações.

PAGAMENTO NA PRÁTICA

Pelo novo desenho, o governo vai pagar 4 parcelas –de R$ 150 a R$ 375– a 45,6 milhões de pessoas. Eis a divisão:

  • R$ 150 – quem mora sozinho;
  • R$ 250 – famílias com mais de um integrante;
  • R$ 375 – mulheres que são as únicas provedoras de suas famílias.

O cronograma do pagamento para quem tem conta na Caixa ou pelo saque em dinheiro é organizado de acordo com a data de nascimento do beneficiário. Eis o cronograma (os “ciclos” se referem a cada uma das parcelas do auxílio).

As datas para pagamento com crédito na poupança social digital da Caixa:

Abaixo, as datas de pagamento para quem fará o saque em dinheiro:

As datas abaixo são para os beneficiários do Programa Bolsa Família:

Calendário Bolsa Família

Poder 360.