O cuidado com a língua e a linguagem

Padre João Medeiros Filho
A sabedoria popular transmitida por nossos antepassados é rica em axiomas e aforismos, dentre eles: “Palavras ditas nem Deus as tira.” Muitos leram o Pequeno Príncipe, de Exupéry, no qual está escrito: “a linguagem é uma fonte de mal entendidos.” Percebe-se que a humanidade está cansada de tantos desacertos e vem apresentando repulsa aos radicalismos, inverdades e injustiças sociais. Necessita aprender a usar melhor a língua (não apenas o idioma) e a linguagem. Não seria honesto generalizar, pois muitos sabem cuidar daquilo que dizem e da maneira como se expressam. Infelizmente, verifica-se que discórdias, separações e até homicídios advêm de uma comunicação inadequada ou incapacidade de dialogar honestamente. Isto requer saber ouvir e falar com humildade, assim como não desejar ser o centro das atenções e senhor de toda verdade. Vive-se numa sociedade que fomenta um monólogo nocivo, o qual leva forçosamente à imposição, intransigência, empáfia e, não raro, à violência verbal ou física. A conciliação desaparece paulatinamente do cotidiano dos cidadãos.
É gratificante ver pessoas que sabem desenvolver a arte do diálogo edificante. Aprenderam a construir pontes e não muros. As redes sociais “democratizaram” a veiculação das ideias, mas permitem a proliferação de palavras impróprias usadas por incautos, verdadeiras armas deletérias. Vários se acham no direito de opinar sobre tudo e todos, criando ainda mais a cizânia na sociedade. Vale citar o apóstolo Tiago: “Se alguém julga ser religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião é vazia.” (Tg 1, 26).
Hoje, basta um termo mal empregado para originar conflitos. “Guarda tua língua do mal e tua boca da mentira”, recomenda o salmista (Sl 34/33, 14). É frequente encontrar os que agem com desonestidade intelectual. As redes sociais e a mídia têm se constituído em escolas de sofistas, onde se propagam meias verdades ou mentiras. Volta-se à Grécia de Protásio de Abdera e Górgias de Leontinos. Os sofismas dominam atualmente discursos, narrativas, decretos, sentenças etc. Quando uma autoridade profere palavras sem o bom senso e a preocupação de construir a cultura da harmonia, o dano é grande e, por vezes, irreversível. “A prática do sofisma engendra sempre insatisfação e controvérsias, acarretando consequências imprevisíveis”, afirmava Tristão de Athayde.
Esse mal-estar existente nos campos religioso, social, econômico e político é percebido igualmente nos lares. Muitas tensões e contendas familiares seriam resolvidas, a partir de um diálogo sincero e respeitoso, no qual ninguém se arvore em dono da verdade. A harmonia reina, quando há o desejo de compreender melhor os problemas, tendo em vista a restauração da paz no seio da família. Passou-se da sociedade propositiva para a impositiva, caminho da ditadura. Quando alguém se acha possuidor de todas as certezas, quebra a possibilidade de diálogo. Isso gera o esgarçamento nas relações e pode chegar a uma convivência insuportável. A partir daí, infelizmente, a agressão viraliza e há quem pense ser esta a solução. “Quando cessa a força do direito, começa o direito da força”. Esta postura é bem atual.
Há momentos em que certas denominações religiosas não têm se revelado isentas do mau uso da linguagem. Quando alguns de seus líderes acham que podem dizer o que pensam – esquecendo sua missão precípua de promotores da paz e unidade – suscitam um clima de polarização ou hostilidade. Causam divisão entre aqueles que se creem seguidores de Cristo, ícone da união e fraternidade. E isso acontece, não raro, invocando-se o nome de Deus. Como Ele é usado indevidamente! Não basta ter boas intenções e seguir as correntes ideológicas dominantes ou em moda. É preciso cuidado com aquilo que se transmite. Urge crescer na arte do diálogo, saber discernir os fatos e procurar perceber o que destoa da verdade ensinada pelo Mestre. É fundamental construir uma cultura de paz, a partir da misericórdia revelada por Cristo, o Caminho que todos devem percorrer. “Não podemos ser como crianças, levados por todo tipo de doutrina, ludibriados por alguns espertos e por eles com astúcia induzidos ao erro”, advertiu o apóstolo Paulo (Ef 4, 14).

Cientistas brasileiros criam robô que desinfeta coronavírus do ambiente

Uma tecnologia que desinfeta o novo coronavírus de ambientes foi desenvolvida por cientistas e pesquisadores da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), do IFPE (Instituto Federal de Pernambuco) e do CRCN/NE (Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste). Trata-se do Aurora, um robô que une radiação ultravioleta e inteligência artificial para inativar micro-organismos.

A ferramenta começou a ser produzida durante a pandemia da covid-19. O aparelho também serve para eliminar outros vírus, fungos e bactérias. “Essa radiação entra em contato com a estrutura de forma que danifica o DNA e RNA a ponto de inativá-lo”, afirma Leandro Almeida, professor e pesquisador da UFPE.

A tecnologia não substitui a limpeza tradicional, ela funciona como um complemento. “Mesmo com a higienização com produtos químicos ainda são encontrados micro-organismos e esse mecanismo dá mais uma camada de segurança à limpeza”, informa o pesquisador. O robô é controlado por um aplicativo disponível para celulares e tablets. Ainda há a função de programá-lo a distância.

Até o momento, 10 unidades do Aurora já foram produzidas, mas ainda não estão disponíveis para compra. O aparelho só é utilizado em estabelecimentos de Pernambuco, como no Hospital das Clínicas, no Sebrae e em instituições privadas que oferecem cursos na área da saúde. A ideia do projeto é construir uma solução popularizada e acessível a diferentes segmentos, porém os pesquisadores ainda procuram parceiros para comercializar o produto.

O Aurora pode ser utilizado em residências, mas os cientistas reforçam que é necessário seguir um protocolo. Para evitar riscos, seres humanos não devem ficar no mesmo local que o robô enquanto ele desinfeta um ambiente por causa da radiação. Além disso, neste primeiro momento, o mecanismo não estará disponível para pessoas físicas.

A expectativa é que a partir do 2º semestre de 2021, o dispositivo esteja disponível no mercado para instituições, condomínios e hospitais. No entanto, ainda não há previsão do preço em que o produto será vendido.

Veja fotos do robô Aurora:

Esta reportagem foi produzida pela estagiária em jornalismo Geovana Melo, sob supervisão do editor Samuel Nunes.

poder 360.

Europa não renova contrato com AstraZeneca

A Europa não renovou o contrato com a AstraZeneca para o fornecimento de vacinas contra Covid, que termina em junho.

A decisão foi tomada porque o laboratório não respeitou o cronograma de entregas. Além disso, a vacina da AstraZeneca é rejeitada pelos europeus, que preferem a da Pfizer.

O Brasil pode aproveitar para negociar diretamente com o laboratório e comprar as sobras de vacina.

o Antagonista.

Brasil administrou 1ª dose de vacina contra covid em 35,3 milhões de pessoas


O Brasil administrou a 1ª dose de vacinas contra a covid em 35.304.661 pessoas até as 19h50 de domingo (9.mai.2021). Dessas, 17.732.527 receberam a 2ª dose. Ao todo, 53.037.188 doses foram aplicadas no país.

Os dados são das plataformas coronavirusbra1 e covid19br, que compilam dados das secretarias estaduais de Saúde.

O Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde utiliza as vacinas do Instituto Butantan (CoronaVac), AstraZeneca/Oxford (produzida pela Fiocruz) e Pfizer/BioNTech.

O Ministério da Saúde distribui a partir desta 2ª feira (10.mai.2021) 1,1 milhão de doses da vacina da Pfizer. Leia abaixo a distribuição das vacinas por cidade:

poder 360.

Minas e Energia aposta em térmicas e derruba promessa de Bolsonaro à Cúpula do Clima

Ao confirmar outra vez o uso de termelétricas sujas e caras para “garantir energia”, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, do Ministério de Minas e Energia, inviabilizou a promessa do presidente Jair Bolsonaro na recente Cúpula do Clima, diante do americano Joe Biden, de reduzir em 37% as emissões de carbono até 2025.

Em vez de investir em energia limpa e barata, como solar e eólica, reduzindo emissões, o governo favorece as térmicas de alto custo e de elevada emissão carbono. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

As usinas termelétricas sujas, a diesel, gás ou carvão custam mais de R$20 bilhões por ano aos cofres públicos.

O ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) já adotou o discurso pró-térmicas: “falta de chuva” e “o baixo nível dos reservatórios.”

A “bandeira vermelha”, que em 2021 vai vigorar até o fim do ano, é uma invenção da Aneel para garantir R$20 bilhões anuais para as térmicas.

As distribuidoras de energia tentam inviabilizar a energia solar, por exemplo, porque rapidamente tornaria as térmicas dispensáveis.
Diário do poder.

Aposta bolsonarista em imunidade de rebanho causou colapso em Manaus, diz vice do Amazonas

A aposta bolsonarista na imunidade de rebanho causou o colapso em Manaus.

A denúncia foi feita pelo vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho, em entrevista para a Folha de S. Paulo.

De acordo com ele, o alinhamento do governador Wilson Lima com Jair Bolsonaro transformou o estado em um laboratório gerador da nova cepa da Covid.

“Quando houve envolvimento do governador na operação da PF, a estratégia foi mostrar alinhamento com Bolsonaro. A política era de afirmar que se tinha uma imunidade de rebanho. O que acabou acontecendo foi um laboratório, a P1 encontrou ambiente adequado.”

o antagonista.

Nascidos em maio podem sacar auxílio a partir desta 5ª feira


Brasileiros nascidos em maio podem realizar nesta 5ª feira (6.mai.2021) o saque da nova rodada do auxílio emergencial. O benefício tem parcelas que vão de R$ 150 a R$ 375 dependendo da composição familiar.

O benefício começou a ser pago em 15 de abril, mas só podia ser usado para compras, pagamentos e transferências por meio de conta digital no aplicativo Caixa Tem. Ao longo deste mês, o governo depositará a 2ª parcela do auxílio para trabalhadores e beneficiários do Bolsa Família.

O pagamento das 4 parcelas é feito de acordo com o mês de nascimento dos beneficiários. Para quem é do Bolsa Família, o calendário segue o último dígito do NIS. O auxílio emergencial não é cumulativo. Dentre o programa social e o auxílio, o beneficiário só recebe o de valor maior. A Caixa recomenda não ir presencialmente às agências para evitar aglomerações.

PAGAMENTO NA PRÁTICA

Pelo novo desenho, o governo vai pagar 4 parcelas –de R$ 150 a R$ 375– a 45,6 milhões de pessoas. Eis a divisão:

  • R$ 150 – quem mora sozinho;
  • R$ 250 – famílias com mais de um integrante;
  • R$ 375 – mulheres que são as únicas provedoras de suas famílias.

O cronograma do pagamento para quem tem conta na Caixa ou para saque em dinheiro é organizado de acordo com a data de nascimento do beneficiário. Eis o cronograma (os “ciclos” se referem a cada uma das parcelas do auxílio).

As datas para pagamento com crédito na poupança social digital da Caixa:

Abaixo, as datas de pagamento para quem fará o saque em dinheiro:

As datas abaixo são para os beneficiários do Programa Bolsa Família:

poder 360.