Governo vai incluir trecho da Transamazônica em concessões, diz ministro

Ministério da Infraestrutura estuda projeto de concessão no Pará que inclui trecho de 40 km da Transamazônica (BR-230).

 

 

O Brasil incluirá um pequeno trecho da Rodovia Transamazônica na lista de concessões, disse o ministro da Infraestrutura nesta terça-feira (23), buscando investimentos para pavimentar a estrada, apontada como uma das responsáveis por desmatamento da floresta.

A BR-163, uma das principais rotas do Norte para embarque de grãos, também entrará na lista de prioridades do governo para concessões em uma reunião no mês que vem, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcisio Freitas, em entrevista à Reuters.

Em nota encaminhada ao G1, a assessoria de comunicação do Ministério da Infraestrutura esclareceu que o que está em estudo é um projeto de concessão da BR-163/230, no Pará, que inclui apenas um pequeno trecho da Transamazônica (BR-230). “São apenas os 40 km finais de ligação da BR-163 ao porto de Miritituba”, explicou.

União, estados e capitais possuem ao menos 229 projetos de privatização e concessão

O governo do presidente Jair Bolsonaro está buscando reformular a infraestrutura de transportes do Brasil, e assim reduzir custos atrasos na exportação de commodities, ao buscar investidores privados para operar dezenas de projetos rodoviários, ferroviários e aeroportuários.

Os comentários de Freitas seguem os passos do secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Adalberto Vasconcelos, que disse na véspera que o país privatizará mais aeroportos no sul do país e que vai garantir novos investimentos da Vale e da operadora logística Rumo.

Para rodovias, cinco concessões estão previstos para este ano. A BR-262/381, em Minas Gerais, apelidada de “estrada da morte”, também será incluída na lista de licitações, disse ele.

G1

Paulo Guedes promete reduzir impostos sobre empresas e anima investidores

 

Depois de o presidente Jair Bolsonaro afirmar que a redução da carga tributária é uma das metas de seu governo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, animou ainda mais investidores presentes ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, ao dizer que uma das possibilidades é baixar a média de impostos das empresas de 34% para 15%.

Segundo investidores ouvidos pelo blog, o ministro sinalizou claramente que pretende reduzir a carga tributária sobre a produção e aumentar a de outros setores que não contribuem diretamente para o crescimento do país.

Durante reunião com executivos em Davos, Paulo Guedes destacou que a carga tributária sobre empresas no Brasil é bem maior do que a de outros países. Aí, para atrair investimentos produtivos para o país, o caminho seria o de reduzir o peso dos impostos sobre o setor produtivo.

Para isso, porém, o ministro destacou que será necessário adotar medidas compensatórias. Entre elas, passar a taxar a distribuição de dividendos e os juros sobre capital próprio. Ou seja, reduz a tributação sobre quem produz e aumenta a cobrada sobre renda e aplicações financeiras que hoje ou não pagam ou pagam poucos impostos.

A redução da carga tributária é também uma das promessas que Paulo Guedes está fazendo antes de promover a abertura da economia brasileira. Segundo ele, o Brasil, uma das economias ainda relativamente fechadas, precisa se abrir para a competição internacional. Antes, no entanto, ele reconhece que é preciso garantir condições de competitividade para as empresas brasileiras. E isso passa pela redução da carga tributária.

Uma redução mais forte dos impostos sobre o setor produtivo vai depender, contudo, do sucesso da equipe econômica em zerar o déficit público. Até lá, o governo poderá cortar tributos, mas sempre procurando formas de compensar esse movimento.

G1

‘Se ele errou e isso ficar provado, eu lamento como pai, mas ele vai ter que pagar’, diz Bolsonaro sobre Flávio

Presidente comentou a repercussão das notícias que envolvem seu filho Flávio Bolsonaro, para a agência Bloomberg, em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial.

 

 

Em entrevista nesta quarta-feira (23) para a agência de notícias Bloomberg, em Davos, na Suíça, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que se o seu filho mais velho, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), errou e for provado que errou, ele “vai ter que pagar” pelos atos dele.

Flávio Bolsonaro figura no noticiário nacional desde que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostrou que Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador eleito, movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada “atípica”.

“Se, por acaso, ele errou e isso ficar provado, eu lamento como pai, mas ele vai ter que pagar o preço por essas ações que não podemos aceitar”, disse Bolsonaro à Bloomberg.

Bolsonaro está em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial. Bolsonaro chegou à cidade nesta segunda-feira (21) e nesta terça (22) discursou na abertura da sessãoplenária do Fórum.

Relatório do Coaf

Fabrício Queiroz figura em relatório do Coaf, que apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro abriu procedimento investigatório criminalpara apurar o caso, mas a investigação foi suspensa temporariamente por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 17 de janeiro. Quem pediu a suspensão das investigações foi Flávio Bolsonaro.

A partir da investigação do MP, o Coaf produziu um novo relatório. O documento aponta movimentações bancárias suspeitas de Flávio Bolsonaro. Em um mês, foram feitos quase 50 depósitos em dinheiro numa conta do senador, no total de R$ 96 mil.

O documento traz informações sobre movimentações financeiras de Flávio Bolsonaro entre junho e julho de 2017. São 48 depósitos em espécie na conta do senador eleito, concentrados no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Assembleia Legistativa do Rio (Alerj), e sempre no mesmo valor: R$ 2 mil.

Nesta terça-feira (22), uma força-tarefa do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio de Janeiro contra milícia que age em grilagem de terras prendeu o major Ronald, que foi homenageado em 2004 por Flávio Bolsonaro, com uma moção de louvor na Alerj.

A mãe e a mulher de outro denunciado na operação desta terça-feira (22) trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

G1

Fux deve decidir nos próximos dias se réus podem concorrer à presidência do Senado

 

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve decidir nos próximos dias se senadores investigados, réus ou condenados podem concorrer à presidência do Senado.

A eleição está marcada para 1º de fevereiro, e Fux quer dar uma resposta em breve sobre os pedidos feitos ao Supremo.

Em 2016, a maioria dos ministros do Supremo entendeu que réus podem ocupar cargos na linha sucessória da Presidência da República, mas não podem assumir a chefia do país na ausência do presidente. O tema ainda precisa ser analisado definitivamente.

Segundo o blog apurou, a tendência é que a decisão de Luiz Fux não contrarie o que o plenário já discutiu sobre a questão.

Entenda

Um dos processos que será analisado por Fux foi apresentado pelo senador eleito Eduardo Girão (PROS-CE), que pediu ao STF para que senador indiciado, réu ou condenado não possa concorrer à presidência da Casa.

O pedido não citou nominalmente nenhum candidato à Mesa e afirma que a participação de políticos denunciados na eleição fere a moralidade.

Outro pedido que será analisado por Fux foi apresentado por Rubens Gatti Nunes, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), que pediu para Renan Calheiros (MDB-AL) – investigado em 14 inquéritos no STF e denunciado em dois – ser barrado em respeito ao princípio da moralidade.

Nessa ação, houve uma decisão lançada no sistema do STF de que Fux havia determinado o envio do caso para a primeira instância por questão processual, por ser uma ação popular.

No entanto, a decisão foi cancelada por ter sido lançada por equívoco. O ministro ainda analisa a questão.

G1

A política e o poder feminino

As famílias e seu poder de influenciar nas decisões políticas

 

 

O poder das primeiras damas é revelado em algumas atitudes, Michely Bolsonaro não consultou o marido presidente para discursar na cerimônia de posse, usando a Linguagem Brasileira de Sinais, ela apenas o comunicou minutos antes do evento. No campo político, mostrou sua força mais uma vez, ao vetar o nome do senador Magno Malta para um ministério. Aqui no Rio Grande do Norte, não é diferente, essa influência feminina se materializa mais fortemente na política. Em Parnamirim, Leda Taveira saiu na frente e anunciou primeiro a posição política da família em apoiar a candidatura de Gustavo Carvalho, deixando de lado o compromisso com Maurício Marquês e, como desculpa, comenta-se que o pivô desse rompimento foi um desentendimento com a ex-primeira dama Kátia Palhano. Em São Gonçalo do Amarante, a candidatura de Terezinha Maia, lançada como uma estratégia de ampliação de poder político do marido- o prefeito Paulinho, por muito pouco não abalou a parceria com o grupo de Jaime Calado, pois a derrota da mulher de Paulinho-Terezinha Maia- está sendo atribuída a Mada Maia, filha da senadora eleita Zenaide Maia e Jaime. Em Extremoz, o prefeito Joaz Oliveira com sua ambição política e aproveitando a carência de lideranças políticas em seu município, não perdeu tempo e tentou emplacar sua mulher, Elaine Neves, em uma cadeira na Assembleia Legislativa, no início mostrou força, mas com a derrota em seu sonho de ver a primeira dama deputada estadual, criou dificuldades para sua gestão, pois deixou seu município sem um representante no legislativo e ainda dificultará seu projeto de reeleição.

Coaf aponta que Flávio Bolsonaro recebeu 48 depósitos suspeitos em 1 mês, no total de R$ 96 mil

Trecho do documento, obtido com exclusividade pelo Jornal Nacional, mostra a movimentação financeira do senador eleito, entre junho e julho de 2017.

 

 

Jornal Nacional teve acesso, com exclusividade, a um trecho de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre movimentações bancárias suspeitas de Flávio Bolsonaro. Em um mês, foram quase 50 depósitos em dinheiro numa conta do senador eleito pelo Rio de Janeiro, no total de R$ 96 mil.

O documento traz informações sobre movimentações financeiras de Flávio Bolsonaro entre junho e julho de 2017. São 48 depósitos em espécie na conta do senador eleito, concentrados no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Assembleia Legistativa do Rio (Alerj), e sempre no mesmo valor: R$ 2 mil.

Os depósitos foram feitos em cinco dias:

  • 9 de junho de 2017: 10 depósitos no intervalo de 5 minutos, entre 11h02 e 11h07;
  • 15 de junho de 2017: mais 5 depósitos, feitos em 2 minutos, das 16h58 às 17h;
  • 27 de junho de 2017: outros 10 depósitos, em 3 minutos, das 12h21 às 12h24;
  • 28 de junho de 2017: mais 8 depósitos, em 4 minutos, entre 10h52 e 10h56;
  • 13 de julho de 2017: 15 depósitos, em 6 minutos.

O Coaf diz que não foi possível identificar quem fez os depósitos. O relatório afirma que o fato de terem sido feitos de forma fracionada desperta suspeita de ocultação da origem do dinheiro.

O Coaf classifica que tipo de ocorrência pode ter havido com base numa circular do Banco Central que trata da lavagem de dinheiro.

A realização de operações que por sua habitualidade, valor e forma configuram artifício para burla da identificação dos responsáveis ou dos beneficiários finais.

O documento, obtido com fontes da equipe de reportagem do JN, está identificado como “item 4” e faz parte de um relatório de inteligência financeira (RIF).

Relatório a pedido do MPRJ

O Jornal Nacional apurou que esse novo relatório de inteligência foi pedido pelo Ministério Público do Rio a partir da investigação de movimentação financeira atípica de assessores parlamentares da Alerj.

O primeiro relatório tratava da movimentação dos funcionários da Assembleia. Desta vez, o MP pediu ao Coaf pra ampliar o levantamento. A suspeita é que funcionários dos gabinetes devolviam parte dos salários, numa operação conhecida como “rachadinha”.

O MP pediu o novo relatório ao Coaf em 14 de dezembro e foi atendido no dia 17, um dia antes de Flavio Bolsonaro ser diplomado senador. Portanto, segundo o MP, ele não tinha foro privilegiado na ocasião. Por causa desse, relatório, Flávio Bolsonaro questionou a competência do MP.

Queiroz e Flávio Bolsonaro: senador eleito pediu suspensão da investigação — Foto: Reprodução/JN

Flávio Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão temporária da investigação e a anulação das provas. Ele foi citado no procedimento aberto pelo Ministério Público do Rio contra Fabrício Queiroz. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro é investigado por movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão durante um ano.

Na reclamação ao STF, Flávio Bolsonaro argumentou que o Ministério Público do Rio se utilizou do Coaf para “criar atalho e se furtar ao controle do poder judiciário, realizando verdadeira burla às regras constitucionais de quebra de sigilo bancário e fiscal”.

Flávio argumentou também que “depois de confirmada sua eleição para o cargo de senador, o Ministério Público requereu ao Coaf informações sobre dados sigilosos de sua titularidade” e que as informações do procedimento investigatório foram obtidas de forma ilegal, sem consultar a Justiça.

A primeira turma do Supremo Tribunal Federal, no entanto, tomou ao menos duas decisões de validar que o Ministério Público obtenha informações do Coaf sem autorização judicial.

O MPRJ se baseia ainda em norma do Conselho Nacional do Ministério Público que permite a solicitação de relatório de inteligência do Coaf e tem convicção de que não configura quebra de sigilo. O Ministério Público nega que tenha havido quebra do sigilo e diz que as investigações decorrentes de movimentações financeiras atípicas de agentes políticos e servidores podem desdobrar-se em procedimentos cíveis pra apurar a prática de atos de improbidade administrativa e procedimentos criminais.

O MP declarou também que Flávio Bolsonaro não era investigado. Afirmou que o relatório do Coaf noticia movimentações atípicas tanto de agentes políticos como de servidores públicos, e que, por cautela, não se indicou de imediato os nomes dos parlamentares supostamente envolvidos em atividades ilícitas. Acrescentou também que a “dinâmica das investigações e a análise das provas colhidas podem acrescentar, a qualquer momento, agentes políticos como formalmente investigados”.

Ainda segunda a nota, essa “forma de atuar indica o cuidado que o MP tem nas investigações com o fim de evitar o indevido desgaste das autoridades envolvidas”.

Antes de a investigação ser suspensa, Fabricio Queiroz faltou a dois depoimentos no Ministério Público. Flávio Bolsonaro disse que só ia dar explicações depois de conhecer os autos.

O Jornal Nacional procurou a assessoria de Flávio Bolsonaro, mas não obteve resposta.

G1