Jucurutu terá mineradora de ferro

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – Idema, emitiu Licença Prévia (LP) para a empresa MHAG Serviços e Mineração S/A extrair e beneficiar minério de ferro (Itabirito), localizado na Mina do Bonito, zona rural do município de Jucurutu. A licença tem validade de dois anos para execução dos trabalhos de pesquisa e elaboração dos projetos que irão compor a fase de instalação e operação, a serem requeridas.

A Licença com viabilidade ambiental para extração e beneficiamento de minério de ferro (Itabirito) em uma área total de 149,20 (cento e quarenta e nove vírgula vinte) hectares e volume proposto de 166.667ton/mês de concentrado de minério de ferro com 65% Fe, por um período de 20 anos, sendo 84,78 ha destinada a lavra, 14,10 ha para o beneficiamento e 50,32 ha para deposição estéril/rejeito.

Para o diretor-geral do Idema, Leon Aguiar, o empreendimento está compatível com as questões sociais e econômicas daquela comunidade. “A instalação da empresa irá gerar empregos e movimentar a economia local e da região. Através das licenças regularizadas podemos potencializar a nossa economia gerando mais empregos e mais renda para o RN.”, destacou o diretor.

“A busca pelo licenciamento ambiental e investimentos da MHAG Serviços e Mineração S/A indicam a retomada da atividade, que teve sua primeira fase de operação entre o período de 2006 a 2009, representando importância significativa no cenário local e regional. E os estudos apresentados visam o uso racional do recurso de minério de ferro existente na Mina do Bonito, buscando alinhar a atividade com os aspectos geoambientais da Região e assim se ter um desenvolvimento sustentável”, explicou a supervisora do Núcleo de Atividades de Extração Mineral – NAEM do Idema, Ana Valéria.

Segundo o diretor-presidente da MHAG, Pio Egídio Sacchi, a liberação ambiental representa um novo marco para o RN e para a região do Seridó. “O Projeto MHAG nesta primeira fase de produção de 2,0 Milhões de toneladas por ano, de concentrado de minério de ferro. Estimamos a geração de mais 600 empregos diretos e 1800 indiretos na fase operacional, além do aquecimento de toda a economia da região, e igualmente o coroamento de um trabalho executado por dezenas de técnicos ao longo dos anos”, afirmou.

A produção de minério de ferro será para a exportação destinado a  fabricação de aço,  e utilização na fabricação de cimento em empresas cimenteiras dos estados circunvizinhos.

A indiferença mortal, por Kakay

Foto: Sérgio Lima/Poder360

Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay

Protesto próximo ao Itamaraty pede justiça ao lembrar o brutal assassinato de Moïse Kabagambe. Articulista afirma ser necessário acreditar que ainda é tempo de enfrentar o muro invisível que separa o homem do seu pior inimigo: ele próprio investido na falta de ética do individualismo

“É preciso que haja algum respeito,

ao menos um esboço

ou a dignidade humana se afirmará

a machadadas.”

(Torquato Neto, Poema do Aviso Final)

Às vezes é difícil identificar a origem da estupidez humana, pois são muitas fontes. A indiferença brutal que permeia a sociedade é o efeito dessa estupidez ou a sua causa?

O homem efetivamente despiu-se da condição de ser humano em muitas situações. Há muito tempo. O desdém com o sofrimento do outro é o ponto alto da quebra de humanidade entre nós. E, claro, há muito o que ser enfrentado no desapego seletivo que preside as relações, especialmente da nossa elite.

Os exemplos de crueldade acumulam-se a toda hora. Seja no bárbaro massacre do Moïse, seja no covarde assassinato do vizinho negro do sargento, no desprezo aos negros pelo presidente da Fundação Palmares, ou em infindáveis outros casos. O que não muda é a cor da vítima. O alvo é a raça negra. O racismo enraizado até as entranhas.

Sabe-se que o quiosque no qual Moïse foi morto continuou aberto vendendo cerveja por 3 horas com o corpo dele estendido no chão! É bom nos lembrarmos dos versos de Noémia de Sousa, no poema Lição:

“Ensinaram-lhe na missão,

Quando era pequenino:

‘Somos todos filhos de Deus; cada Homem

é irmão doutro Homem!’

Disseram-lhe isto na missão,

quando era pequenino.

Naturalmente,

ele não ficou sempre menino:

cresceu, aprendeu a contar e a ler

e começou a conhecer

melhor essa mulher vendida

̶ que é a vida

de todos os desgraçados.

E então, uma vez, inocentemente,

olhou para um Homem e disse ‘Irmão…’

Mas o Homem pálido fulminou-o duramente

com seus olhos cheios de ódio

e respondeu-lhe: ‘Negro’.”

Mas a ignorância e o desprezo pela vida vão muito além do preconceito racial. A recente tragédia, triste e chocante, com o fotógrafo suíço René Robert, conhecido e reconhecido, expôs as vísceras abertas deste mundo hipócrita em que vivemos. O famoso fotógrafo teve a fatal infelicidade de escorregar no meio da rua em Paris, após sentir tontura em uma de suas caminhadas. Ficou longas 9 horas deitado ao relento, no frio do rigoroso inverno parisiense. Isso em um bairro chique e caro, na rue de Turbigo, entre a Place de la République e Les Halles.

Dezenas, talvez centenas de pessoas passaram por ele quando estava deitado, caído e agonizando. Ninguém parou. Ninguém se importou. Acostumados a não enxergar os vários mendigos entregues à própria sorte no frio e, pior, na fome. O fotógrafo virou um invisível e morreu à míngua. Virou aquele que a sociedade não quer nem mesmo notar. Talvez na esperança fascista de que, ao não olhar o “problema”, ele desapareça. Foi um sem-teto quem chamou o serviço de emergência, mas era tarde: René já estava com hipotermia.

Remeto-me ao genial Augusto dos Anjos, no poema Queixas Noturnas, musicado por Arnaldo Antunes:

“Quem foi que viu a minha dor chorando?!

Saio. Minh’alma sai agoniada.

Andam monstros sombrios pela estrada.

E pela estrada, entre esses monstros, ando! ”

Para essas pessoas, o “problema” é o pobre, o negro, o imigrante e o desempregado. Nunca é o sistema que faz crescer cada vez mais o número de pobres, que discrimina o negro, que criminaliza o imigrante e que cria milhões de desempregados.

O que aconteceu com o fotógrafo René Robert é a prova inconteste da desumanização que estamos vivendo. E que, de certa forma paradoxal, nos aproxima. É cruel notar que os famintos, os sem-teto, os imigrantes e os negros há tempo não sensibilizam a tal sociedade organizada.

Mas é bom esse povinho cruel refletir que um desmaio em plena rua pode ocorrer, mesmo dentro da elite. Qualquer um pode cair quando acometido por problema de saúde ou por um simples escorregão. É um fato imaginar que a rua, o frio e a indiferença tratarão a todos os caídos com a mesma dureza. Não haverá diferença se o cidadão exposto no chão gelado de Paris tem a esperá-lo um apartamento com forte aquecedor ou a solidão crua das ruas.

Talvez, uma situação como essa possa mexer com a sensibilidade do deliberadamente não-solidário. Quem sabe até acaricie o coração dessa burguesia encastelada e, por medo ou sentimento de preservação, as pessoas passem a olhar o outro de maneira minimamente mais humanizada.

É triste ver que falhamos e que hoje vivemos nesse mundo sem muita expectativa de dias mais humanos ou esperança de igualdade. Este ano é crucial para o país.

Se o neofascismo vencer, nossas diferenças estarão cada vez mais expostas na crueza das ruas. É necessário acreditar que ainda é tempo de enfrentar o muro invisível que separa o homem do seu pior inimigo: ele próprio investido na falta de ética do individualismo.

Lembrando Ferreira Gullar:

“O que nos machuca não é a vontade que se tenha de machucar, mas a obviedade de nossa vida, que machuca a nós, que faz viver assim, mascarados, de aparências, e presos a dúvidas que não são nossas”.

Fonte: Poder 360

O menino dos olhos do PL e de João Maia. Neilton Diogénes é pré candidato a deputado estadual

Surge na região Oeste o “menino dos olhos” do PL Potiguar. Na eleição de 2022, o jovem empresário Neilton Diógenes vem ganhando força. O seu nome circula nos bastidores como uma joia preciosa e será um possível postulante à cadeira para deputado estadual pelo Partido Liberal.

Bem articulado e presente ativamente nas mídias sociais, Neilton é intimo do deputado federal e líder do partido no estado, João Maia. Além disso, tem estado constantemente junto ao ministro do desenvolvimento regional, Rogério Marinho.

Neilton Diógenes é natural da cidade de Apodi e tem em sua essência o empreendedorismo, com destaque no Grupo TELECAB, no qual é Sócio Fundador, que está em ascensão no interior do estado, prestando serviços em mais de 70 municípios. Além disso, possui negócios em vários ramos da economia, como na construção civil, radiocomunicações, entretenimento e práticas esportivas.

Em 2020, foi eleito vice-prefeito de Apodi ao lado do jovem Alan Silveira. Na política, tem sido um grande captador de recursos para a sua cidade junto às esferas estaduais e federais. Além disso, esboça excelente poder de articulação com prefeitos e vice-prefeitos da região.

Fontes confirmam que o nome de Neilton está constantemente na roda de discussões do partido, porém segue em “banho maria” até maiores definições e conjunturas políticas. Mas especulações indicam que este seria o nome ideal para Apodi ter pela primeira vez um representante na Assembleia Legislativa do Estado.

Jean Paul garante que Senado vai entregar ao país solução para o preço dos combustíveis

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Em pronunciamento, nesta quinta-feira (10), o senador Jean Paul Prates (PT-RN) adiantou aos consumidores brasileiros que o Senado vai entregar ao país uma medida que deve solucionar, num primeiro momento, o problema da alta de preço dos combustíveis. Já na semana que vem, ele deve apresentar o relatório aos dois projetos em análise no Senado que vão nessa direção.

Um deles é o PL 1472/2021, do senador Rogério Carvalho (PT-SE), que busca dar maior previsibilidade ao preço dos combustíveis, por meio de um mecanismo de ‘amortecimento’ que vai minimizar os efeitos provocados pela variação do dólar no valor desses produtos. Segundo ele, essa medida não representará qualquer intervenção do poder público nas leis que regulam o livre mercado.

A outra proposta, o PLP 11/2020, busca reduzir o ICMS que incide sobre o preço dos combustíveis. Jean Paul Prates informou que vem dialogando com os governadores, para assegurar que os tributos estaduais contribuam na composição do preço dos combustíveis.

— De partida, informo a todos que estou firmemente convencido de que a solução definitiva para esta parte do problema virá da reforma tributária, tão habilmente liderada pelo senador Roberto Rocha (PSDB-MA), na PEC 110/2019. A substituição do ICMS pelo IBS, propiciando um rearranjo tributário e federativo, é o caminho para simplificar o nossa estrutura tributária e melhorar o ambiente de negócios — defendeu.

Na opinião de Jean Paul Prates, o problema atual do preço dos combustíveis nasceu da opção política dos governos do ex-presidente Michel Temer e do presidente Jair Bolsonaro em relação a Petrobras.

Segundo ele, ao visar apenas o lucro e a venda dos ativos da empresa, reduzindo sua capacidade de produção de combustíveis, esses governos privilegiaram os acionistas da companhia e prejudicaram os consumidores, que passaram a ficar dependentes do mercado internacional.

— Esses governos fizeram essa opção, que merece ser confrontada com as consequências na vida de todos nós, sobretudo nas famílias mais carentes, e rediscutida, oportunamente. Para países não produtores de petróleo e derivados, essa não é uma escolha, é uma fatalidade. Quem precisa importar tem de se submeter integralmente aos preços internacionais, oscilando em tempo real e em dólar. Mas, para o Brasil, autossuficiente em petróleo bruto, capaz de produzir 80% do que consome em derivados de petróleo, atrelar integralmente, sem nenhum amortecimento, os preços e as oscilações internacionais de um mercado especulativo, é uma escolha política, com consequências hoje nefastas para a população — alertou.

Fonte: Agência Senado

Setor de Serviços cresce 10,2% e Varejo atinge 2,3% em 2021 no RN

Foto: Reprodução

Os dados das Pesquisas de Serviços e Varejo, divulgadas nesta quinta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentam o fechamento dos setores em 2021 no Rio Grande do Norte. No acumulado do exercício, o Setor de Serviços do RN fechou com alta de 10,2%. Já as vendas do Varejo potiguar registraram crescimento de 2,3% no ano passado. O número está abaixo das expectativas do setor produtivo, que apostava em uma alta de 5%. O tímido crescimento permite recuperar pouco mais da metade dos 4,2% de vendas que o varejo ampliado do estado perdeu em 2020.

“Entre os motivos dos baixos percentuais apresentados na pesquisa do IBGE, destacamos o empobrecimento da população, combinado com os altos índices de endividamento e de inadimplência verificados no final do ano passado. Essa conjuntura impactou muito mais do que era imaginado em relação a disposição dos potiguares de irem às compras. O Auxílio Brasil, programa de transferência de renda do Governo Federal, que iniciou no final de outubro, ainda não mostrou resultados efetivos. Os recursos que entraram no orçamento familiar foram destinados para alimentação, remédios e vestuário”, analisou o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.

O varejo potiguar teve, em dezembro, um crescimento de 2,8% em relação a novembro, e no comparativo ao mesmo mês em 2020, houve uma queda de  -3,9%. Mesmo assim, o percentual de crescimento do RN foi maior que a média Brasil (+0,3%) e, ainda, o maior do Nordeste no mês (sobre novembro).

Já o setor Serviços no Rio Grande do Norte cresceu 10,8% em dezembro de 2021, quando comparado ao mesmo período em 2020. O índice marca a 10º taxa positiva consecutiva e fica acima do desempenho nacional, marcado em 10,4%. Outros 10 estados da federação ficaram na mesma situação, sendo apenas Rio Grande do Norte, Ceará e Alagoas da região Nordeste.

“Parte deste incremento está ligado ao fato que algumas das atividades do setor ganharam um natural impulso com a pandemia, como foi o caso do setor de saúde e de serviços às famílias. O alerta que fica, neste caso, é a desaceleração deste crescimento ao longo do ano, em uma clara mostra de que está sendo trilhado o caminho da estabilidade para o setor”, pontuou Queiroz.

Quatro das cinco atividades selecionadas na pesquisa avançaram em dezembro quando comparadas com novembro, com destaque para os saldos positivos em Transportes (1,8%) e em Serviços profissionais, administrativos e complementares (2,6%). As demais expansões vieram de Outros Serviços (1,4%) e de Serviços prestados às famílias (0,9%).

O presidente da Fecomércio RN cita que os números indicam um início de recuperação, mas chama atenção para o fato de que a base de comparação é baixa, uma vez que, em 2020, grande parte das atividades do segmento sofreram paralisações e queda de faturamento.

Atualização cadastral para o Irmã Dulce I tem início em Parnamirim

A Prefeitura de Parnamirim, por meio da Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária (SEHARF) divulgou, na edição desta quinta-feira (10), do Diário Oficial do Município (DOM) o edital para atualização cadastral dos selecionados no Programa Casa Verde Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida – PMCMV), para suprir vagas remanescentes do Empreendimento Irmã Dulce I.

Para atualização cadastral dos usuários e formação dos dossiês, os beneficiários contemplados deverão apresentar a seguinte documentação: documentos pessoais (titular e cônjuge, se houver) e da família (todos originais); cartão do CPF (caso não tenha o número legível na Carteira de Identidade); Carteira de Identidade (RG) – original, em bom estado de conservação.

É necessário apresentar ainda: Carteira de Trabalho; Certidão de casamento (se casado em cartório); Certidão de casamento com a averbação do divórcio, caso seja divorciado; Certidão de nascimento dos filhos menores de 18 anos; Certidão de nascimento pessoal (se solteiro); Certidão de óbito do cônjuge, caso seja viúvo (a); Comprovante da renda bruta mensal de todos os integrantes do grupo familiar em processo de habilitação (contracheque, declaração ou outro) Comprovante de residência (conta atual de água ou luz, ou declaração de residência assinada por 02 testemunhas que conheçam a família). A declaração será feita e assinada no momento de entrega da outras documentações, pelos titulares e respectivas testemunhas de posse de seus documentos pessoais para cópia.

Os selecionados devem apresentar também: Comprovante de Rendimentos – Se tiver vínculo formal – apresentar contracheque ou CTPS atualizada ou se não tiver vínculo, apresentar autodeclaração de rendimento, cujo documento estará disponível para preenchimento no ato do cadastramento; Comprovante de Rendimentos do (a) cônjuge/companheiro(a) – Se tiver vínculo formal – apresentar contracheque ou CTPS atualizada ou se não tiver vínculo, apresentar autodeclaração de rendimentos, cujo documento estará disponível para preenchimento no ato do cadastramento; Declaração Negativa de União Estável, cujo documento estará disponível para preenchimento no ato do cadastramento.

Para atualização do cadastro, o beneficiário deverá seguir as orientações de enfretamento à COVID-19, que são: Fazer o uso obrigatório de máscara; manter o distanciamento social exigido em lei, ou seja, 1,50 m de distância; fazer o uso do álcool em gel e respeitar a data do cronograma. Não será realizado cadastro antecipado; O beneficiário deverá comparecer na data agendada no Cronograma abaixo, acompanhado apenas do (a) cônjuge/companheiro(a), caso tenha; O atendimento se dará por hora marcada, não sendo necessárias aglomerações, visto que serão apenas 40 beneficiários atendidos por dia, das 8h às 13h30. 

A atualização seguirá o cronograma estabelecido pela secretaria. Segue lista Parcial abaixo dos candidatos convocados para primeira remessa, afim de suprir as vagas remanescentes dos Empreendimentos Irmã Dulce I, por ordem classificatória, nos seguintes termos: Data: 10, 11 e 14 de fevereiro Local: SEHARF – Avenida Brigadeiro Everaldo Breves, nº 353 – Centro – Parnamirim/RN Horário: 8h às 13h30.

Fiocruz: nove estados estão com ocupação de UTIs em situação crítica

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em nota técnica divulgada nesta quinta-feira (10/2), o Observatório Covid-19 da Fiocruz destaca que nove estados estão com ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) em situação de alerta crítico, ou seja, com índice igual ou superior a 80%. O balanço abrange os dados referentes à última segunda-feira (7/2).

A unidade federativa com taxas mais preocupantes é o Distrito Federal, com 99% de ocupação dos leitos. Em seguida, há os estados de Mato Grosso do Sul, com 92%, Rio Grande do Norte (89%), Pernambuco (88%), Espírito Santo (87%), Piauí (87%), Mato Grosso (81%), Tocantins (81%) e Goiás (80%).

Em relação às capitais, há 15 cidades na zona de alerta crítico. No topo da lista, constam as cidades de Brasília (DF) e Campo Grande (MS), ambas com 99%. Em seguida, aparecem Goiânia (GO) e Porto Velho (RO), com ocupação das UTIs em 91%; Vitória (ES), com 89%; e Rio de Janeiro, com 86%.

Os cinco estados fora da zona de alerta são Amazonas, Roraima, Maranhão, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Com Ômicron, casos e internações disparam

Mais contagiosa, a variante Ômicron acelerou em 38,7% o contágio pela Covid-19 no país desde o fim do ano passado. De 30 de novembro passado – data em que o primeiro caso da variante foi confirmado no Brasil – até o último domingo (6/2), o número de contaminações passou de 22.100.158 para 26.486.759. Em 68 dias, o total de casos confirmados subiu 4.386.601.

Para efeitos de comparação, de 20 de novembro de 2020 a 6 de fevereiro do ano passado, o total de infecções notificadas cresceu 3.160.845. Os dados foram compilados pelo Metrópoles a partir de informações do Painel Rede CoVida, iniciativa conjunta do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Bahia, e da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Segundo a Fiocruz, a variante Ômicron, encontrada em todas as regiões do país, corresponde a 95,9% dos genomas sequenciados em janeiro de 2022 no Brasil. Em dezembro, o índice era de 39,4%.

Em alguns estados, porém, já há evidências de que os não vacinados são maioria entre os pacientes hospitalizados. No DF, por exemplo, 90% das pessoas internadas em janeiro não haviam recebido o imunizante contra a doença ou estavam com ciclo vacinal incompleto.

Em São Paulo, no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, hospital referência para o tratamento de Covid-19 no estado, 82% das mortes pela doença foram de pessoas que não estavam completamente vacinadas.

Fonte: Metrópoles