Skip to main content

Ucrânia ataca Moscou em maior ofensiva com drones da guerra

Foto: Andrei Vorobyov, via Telegram/Divulgação via Reuters

A Ucrânia atacou Moscou na madrugada desta terça-feira (11) no maior ataque de drones da guerra contra a capital russa nos mais de três anos de conflito. Duas pessoas morreram e 18 ficaram feridas no bombardeio, que provocou incêndios e chegou a suspender temporariamente as atividades em quatro aeroportos da capital russa.

O governador da região de Moscou, Andrei Vorobyov, denunciou o ataque ucraniano em publicação no aplicativo de mensagens Telegram. “Hoje, às 4 da manhã, começou um ataque massivo de drones a Moscou e região”.

O ministério da Defesa da Rússia informou que unidades de defesa aérea destruíram 337 drones ucranianos durante a noite, sendo 91 deles sobre a região de Moscou. O prefeito da capital russa, Sergei Sobyanin, afirmou que pelo menos 69 drones foram destruídos ao se aproximarem da cidade em várias ondas de ataques.

O bombardeio aconteceu horas antes de um encontro entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na Arábia Saudita para retomar as negociações em busca de um cessar-fogo no conflito.

O Kremlin, sede do governo russo, acusou a Ucrânia de ter prédios residenciais como alvo do ataque, algo que é proibido em uma guerra. Durante o conflito, a Rússia fez diversos ataques contra regiões residenciais em cidades ucranianas.

“Especialistas dos serviços de emergência trabalham no local onde os destroços caíram”, informou o prefeito de Moscou. Veículos de comunicação russos divulgaram em redes sociais imagens de prédios residenciais atingidos pela queda de drones, com janelas quebradas e buracos em telhados.

Moscou e região tem população de pelo menos 21 milhões de pessoas, sendo uma das maiores áreas metropolitanas da Europa, ao lado de Istambul, na Turquia.

Transportes suspensos

O órgão regulador de aviação da Rússia informou que os voos foram suspensos nos quatro aeroportos de Moscou para garantir a segurança aérea após os ataques. Outros dois aeroportos, nas regiões de Yaroslavl e Nizhny Novgorod, ambos a leste de Moscou, também foram fechados. Mais tarde, o governo russo informou que as operações foram retomadas.

Vorobyov disse que pelo menos sete apartamentos foram danificados e moradores foram forçados a evacuar um prédio de vários andares no distrito de Ramenskoye, na região de Moscou, cerca de 50 km a sudeste do Kremlin.

A infraestrutura ferroviária na estação de trem no distrito de Domodedovo, a cerca de 35 km ao sul de Moscou, foi danificada devido aos destroços de drones, informou a agência de notícias RIA.

O canal de notícias Baza, no Telegram, próximo aos serviços de segurança da Rússia, e outros canais de notícias russos no Telegram postaram vídeos de vários incêndios residenciais em Moscou que, segundo afirmaram, foram provocados pelos ataques.

Os governadores da região de Ryazan, ao sudeste da região de Moscou, e da região de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, também disseram que suas regiões estavam sob ataques de drones. Várias localidades da região de Belgorod ficaram sem energia, informou o governador regional.

G1

Ataques israelenses durante a madrugada deixam 32 palestinos mortos em Gaza, segundo médicos

Ataques israelenses deixam pelo menos 32 mortos em Gaza. — Foto: Omar AL-QATTAA/AFP
Ataques israelenses deixam pelo menos 32 mortos em Gaza. — Foto: Omar AL-QATTAA/AFP

Pelo menos 32 palestinos foram mortos em ataques militares israelenses que aconteceram em Gaza durante a madrugada deste sábado (30), segundo médicos que conversaram com a Reuters.

Uma das ofensivas atingiu um veículo próximo a uma reunião de palestinos que recebiam ajuda em Khan Younis, que fica no sul da Faixa de Gaza. A WAFA informou que três funcionários da World Central Kitchen, uma agência humanitária não governamental sediada nos EUA, também foram mortos durante a explosão.

De acordo com moradores e uma fonte do Hamas, o veículo atingido perto da multidão pertencia à equipe de segurança responsável por supervisionar a entrega de carregamentos de ajuda em Gaza.

O outro ataque, que deixou pelo menos 7 mortos entre as 32 vítimas totais, foi a uma casa no centro da Cidade de Gaza, de acordo com uma declaração da Defesa Civil de Gaza.

O departamento também informou que um de seus oficiais foi morto em ataques em Jabalia, no norte de Gaza, elevando o número total de trabalhadores da defesa civil mortos para 88 desde o início da guerra.

O exército israelense disse que matou um palestino acusado de envolvimento no ataque feito pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023 e está investigando as alegações de que o indivíduo era funcionário do grupo de ajuda World Central Kitchen.

A maioria das vítimas estava próxima de um veículo que oferecia carregamentos de ajuda para Gaza. — Foto: Omar AL-QATTAA/AFP
A maioria das vítimas estava próxima de um veículo que oferecia carregamentos de ajuda para Gaza. — Foto: Omar AL-QATTAA/AFP

Fonte: www.g1.globo.com

Líbano e Hezbollah aceitam proposta de cessar-fogo com Israel, diz autoridade

 Mohamed Azakir/Reuters
Mohamed Azakir/Reuters

O Líbano e o Hezbollah concordaram com uma proposta dos EUA para um cessar-fogo com Israel, com algumas observações sobre o acordo, disse uma alta autoridade libanesa à Reuters, na segunda-feira (18), descrevendo como o mais sério esforço para acabar com a luta até agora.

Ali Hassan Khalil, assessor do presidente do Parlamento Nabih Berri, relatou que o Líbano entregou sua resposta por escrito ao embaixador dos EUA no Líbano na segunda-feira, e o enviado da Casa Branca Amos Hochstein estava chegando em Beirute para continuar as negociações.

Não houve comentários imediatos de Israel.

O Hezbollah, grupo fortemente armado apoiado pelo Irã, endossou Berri, aliado de longa data, para negociar um cessar-fogo. Mas, tanto o grupo, quanto Israel, intensificaram a luta conforme os esforços políticos continuaram.

“O Líbano apresentou seus comentários sobre o documento em uma atmosfera positiva”, relatou Khalil, recusando-se a dar mais detalhes.

O porta-voz citou a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que encerrou uma guerra anterior entre o grupo armado e Israel em 2006.

“Todos os comentários que apresentamos afirmam a adesão precisa à Resolução 1701 (da ONU) com todas as suas disposições”, disse.

Os termos do documento exigem que o Hezbollah não tenha presença armada na área entre a fronteira libanesa-israelense e o Rio Litani, que corre a cerca de 30 km ao norte da fronteira.

Khalil declarou que o sucesso da iniciativa agora dependia de Israel, dizendo que se o país não quisesse uma solução, “poderia criar 100 problemas”.

Um diplomata familiarizado com as negociações alertou que os detalhes ainda precisam ser acertados e que eles ainda podem atrasar um acordo final.

Autoridades israelenses alegam há muito tempo que a resolução nunca foi implementada adequadamente, apontando para a presença de combatentes e armas do Hezbollah ao longo da fronteira.

O Líbano acusou Israel de violações, incluindo aviões de guerra voando em seu espaço aéreo.

O porta-voz disse que Israel estava tentando negociar “sob fogo”, uma referência a uma escalada de bombardeios nos subúrbios do sul de Beirute, controlados pelo Hezbollah.

“Isso não afetará nossa posição”, expressou.

EUA como mediadores
O enviado dos Estados Unidos, Amos Hochstein, desembarcou em Beirute nesta terça-feira (19), para conversar com autoridades sobre uma trégua entre o grupo armado Hezbollah e Israel, disse a agência de notícias estatal do Líbano.

A chegada acontece horas após a proposta elaborada por Washington receber aprovação do grupo apoiado pelo Irã.

A visita indica progresso na diplomacia liderada pelos EUA visando encerrar um conflito que se transformou em guerra no final de setembro, quando Israel lançou uma grande ofensiva contra o Hezbollah.

Entenda os conflitos no Oriente Médio
Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre contra o grupo Hezbollah no Líbano no final de setembro. Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e portanto, inimigos de Israel. Os bombardeios no Líbano se intensificaram nos últimos meses, causando destruição e obrigando mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra.

O conflito entre Israel e o Hezbollah já deixou dezenas de mortos no território libanês.

Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023.

Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas. Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva israelense, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.

Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.

No momento, as negociações por tréguas estão travadas tanto no Líbano, quanto na Faixa de Gaza.

www.diariodobrasilnoticias.com.br

Como funcionará repatriação de 3 mil brasileiros que fogem de guerra no Líbano

Foto: Reuters

O governo brasileiro anunciou na última terça-feira (1º) que vai iniciar a repatriação de ao menos 3 mil brasileiros que estão no Líbano.

O país está sob ataques aéreos de Israel desde a semana passada. Na noite de segunda-feira (30), no horário do Brasil, forças israelenses confirmaram o início de uma ofensiva por terra.

Os ataques de Israel têm como alvo o grupo armado Hezbollah, muito influente no Líbano e apoiado pelo Irã.

O Itamaraty informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que fossem feitos voos de repatriação de brasileiros no Líbano. A operação é coordenada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Defesa e terá os detalhes divulgados nos próximos dias.

Desde a última semana, a embaixada brasileira em Beirute, capital do Líbano, disponibilizou um formulário para consultar se havia brasileiros interessados em serem repatriados.

Cerca de 3 mil pessoas já preencheram o documento, mas a previsão é que este número cresça, pois o formulário continua aberto para novas solicitações.

O governo estima que 21 mil brasileiros morem no país — formando a maior comunidade brasileira no Oriente Médio.

g1

Israel diz que Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, foi morto em ataque em Beirute

O exército de Israel afirmou, na madrugada deste sábado (28), que Hassan Nasrallah, líder do grupo libanês armado Hezbollah, foi morto no ataque aéreo de sexta-feira (27) em Beirute, no Líbano.

O Hezbollah ainda não se manifestou.

Caças israelenses atacaram o quartel-general do grupo, localizado em uma área dos subúrbios ao sul da capital conhecida como Dahiyeh, disseram os militares israelenses em comunicado.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) alegaram que Nasrallah operava a partir do quartel-general e “promovia atividades terroristas contra os cidadãos do Estado de Israel”.

Nasrallah transformou o Hezbollah no grupo não estatal mais fortemente armado da região – comandando seguidores dedicados em todo o Líbano, Iraque, Síria e Iêmen. É a força política mais dominante no Líbano assolado pela crise. Grande parte do mundo ocidental designou o Hezbollah como organização terrorista.

As forças israelenses renovaram os ataques no bairro densamente povoado de Dahiyeh durante a noite, de acordo com a agência de notícias estatal do Líbano. Os ataques israelenses transformaram edifícios em escombros e mataram pelo menos seis pessoas, de acordo com o ministério da saúde do país.

Uma equipe da CNN no terreno relatou que grandes clarões e baques de mísseis israelenses impactantes estão ecoando pela capital.

As FDI disseram que tinham como alvo o que alegam serem edifícios usados ​​pelo Hezbollah como centros de comando, produção de armas e locais de armazenamento. O Hezbollah negou que as suas armas estejam armazenadas em edifícios civis alvo de ataques israelenses.

Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah

Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.

A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.

Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.

O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.

Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.

No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

URGENTE: Líder supremo do Irã ordena ataque direto a Israel

O Oriente Médio enfrenta uma nova onda de tensão após a morte de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas. Na madrugada desta quarta-feira (31), Haniyeh foi assassinado em Teerã durante uma visita ao Irã para a posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. O evento aumentou a hostilidade entre Israel e Irã, com declarações inflamadas de ambos os lados.

O assassinato de Haniyeh desencadeou uma série de reações, tanto de aliados do Hamas quanto de países envolvidos no conflito regional. O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, prometeu uma “punição severa” a Israel, e a Guarda Revolucionária iraniana já está preparando planos de defesa e ataque.

Netanyahu Promete Retaliação a Ataques Contra Israel

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou em um pronunciamento na TV nacional israelense que Israel não tolerará agressões. Segundo Netanyahu, o país está determinado a “cobrar um preço alto por qualquer agressão contra Israel.” O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou que, embora Israel não deseje a guerra, está preparado para todas as possibilidades.

Apesar de não assumir a autoria pela morte do líder do Hamas, a postura de Israel é de máxima precaução. O porta-voz do governo israelense disse que não comentará sobre o caso, mas destacou o alerta máximo para possíveis retaliações.

Quem era Ismail Haniyeh?

Ismail Haniyeh era uma figura influente na política palestina e membro do Hamas desde a sua juventude. Conhecido por sua habilidade diplomática, Haniyeh foi nomeado para o cargo mais alto da organização em 2017, assumindo a liderança após a saída de Khaled Meshaal. Ele desempenhou um papel crucial nas negociações de cessar-fogo e foi visto por muitos como um moderado, apesar de sua retórica combativa.

Quais as Reações Internacionais?

A morte de Haniyeh gerou uma série de respostas por parte de diversas nações aliadas ao Irã e ao Hamas. Egito, Turquia e os territórios palestinos manifestaram suas críticas e prometeram vingança contra Israel. O Egito, por exemplo, afirmou que o assassinato complica as negociações por um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde tem atuado como mediador.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, condenou veementemente a ação, classificando-a como uma tentativa de interromper a causa palestina. Além disso, o governo do Irã declarou luto nacional de três dias pela morte de Haniyeh.

Quais as Possíveis Consequências?

Os territórios palestinos já anunciaram uma greve geral em resposta à morte do líder do Hamas, e o clima de apreensão cresce. Segundo o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, checkpoints em algumas cidades, como Hebron, estão fechados, e a comunidade brasileira local teme uma escalada no conflito.

Fontes não identificadas informaram ao “New York Times” que Khamenei instruiu a Guarda Revolucionária iraniana e o Exército a se prepararem para uma eventual guerra total contra Israel. A situação, portanto, pode rapidamente se deteriorar, com possíveis impactos em toda a região do Oriente Médio.

  • Netanyahu promete ações firmes contra agressões a Israel
  • Irã prepara possíveis respostas defensivas e ofensivas 
  • Ainda não há confirmação da responsabilidade de Israel pelo ataque
  • Greve geral em territórios palestinos e luto declarado no Irã

A escalada de tensão no Oriente Médio após a morte de Ismail Haniyeh coloca a região em um período de extrema instabilidade. Israel e Irã se encontram em um impasse que pode levar a consequências significativas para ambos os países e seus aliados.

Terra Brasil Notícias

 

Gabinete de Guerra de Israel defende responder ataque do Irã; dúvida é como e quando

O Gabinete de Guerra de Israel é favorável a responder ao ataque de drones e mísseis do Irã —a dúvida é em que escala e quando, segundo autoridades ouvidas pela Reuters. Neste domingo (14), um dos membros do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, afirmou que o Irã pagará na hora certa pelo ataque feito ao país na noite de sábado (13).

“Construiremos uma coalizão regional e cobraremos o preço do Irã da maneira e no momento certo para nós”, afirmou Gantz em comunicado oficial.

O Gabinete de Guerra se reuniu para discutir a resposta do país ao ataque iraniano. O órgão é composto pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant e por Gantz, ex-comandante das Forças Armadas de Israel.

Contexto

A ofensiva do Irã é uma retaliação ao ataque israelense contra a embaixada iraniana na Síria. Rivais de longa data, Israel e Irã travam um duelo sangrento cuja intensidade varia conforme o momento geopolítico. Teerã é contra a existência de Israel, que, por sua vez, acusa o país inimigo de, movido pelo antissemitismo, financiar grupos terroristas. Com a guerra em Gaza, a situação só piorou.

O porta-voz da Diplomacia Pública de Israel, Avi Hyman, afirmou que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu ameaçou “ferir qualquer um” que tenha planos de atacar Israel.

O primeiro-ministro disse que vai ferir qualquer um que tenha planos de nos atacar ou que aja nesse sentido. O Irã continua a desestabilizar o mundo e a trazer perigo para a região […]. Nenhum país no mundo toleraria ameaças repetidas dessa natureza.
— Avi Hyman

“Houve um tempo que os judeus não tinham defesa e não tinham como se proteger. Hoje os judeus têm Israel e nós vamos defender nosso direito de viver livremente na nossa terra”, acrescentou.

Reuniões previstas para este domingo

Além do encontro do Gabinete de Guerra israelense para definir uma resposta ao ataque do Irã, outras reuniões estão previstas para tratar do tema, que elevou a tensão na região do Oriente Médio.

Os líderes do G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, também realizaram uma reunião virtual para articular uma resposta “diplomática e unida” à situação.

Após o encontro, os líderes do grupo afirmaram condenar o ataque iraniano “sem precedentes” e expressaram “total solidariedade e apoio” a Israel e sua população, reiterando o compromisso em manter a segurança do país.

“Com suas ações, o Irã deu um passo a mais em direção à desestabilização da região e corre o risco de provocar uma escalada regional [das tensões] incontrolável. Isso deve ser evitado”, afirmaram os líderes do grupo em posicionamento oficial.

“Continuaremos a trabalhar para estabilizar a situação e evitar uma nova escalada [das tensões]. Nesse espírito, exigimos que o Irã e seus aliados cessem seus ataques, e estamos prontos para tomar novas medidas agora e em resposta a [eventuais] novas [ofensivas]”, acrescentaram.

A Itália, que ocupa a presidência rotativa do Grupo dos Sete, agendou uma reunião virtual com os demais membros do grupo, que, além dos EUA e da Itália, inclui Canadá, França, Alemanha, Inglaterra e Japão.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou na rede social X (antigo Twitter) que o governo italiano “reitera sua condenação dos ataques iranianos contra Israel”.

Mais para o fim da tarde, será a vez do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que convocou uma reunião de emergência a pedido de Israel para tratar do assunto.

“O ataque iraniano é uma séria ameaça à paz e segurança globais, e espero que o Conselho utilize todos os meios para tomar medidas concretas contra o Irã. […] Chegou o momento do Conselho de Segurança tomar ações concretas contra a ameaça iraniana”, disse o embaixador israelense nas Nações Unidas, Gilad Erdan, em documento enviado à ONU.

Os ministros de Relações Exteriores dos países que compõem a União Europeia também foram chamados pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, para um encontro extraordinário neste domingo para discutir a escalada do conflito.

Ataque inédito

Israel foi alvo de um ataque inédito do Irã. Mais de 300 artefatos, incluindo drones e mísseis, foram lançados contra o país. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conseguiram interceptar 99% dos artefatos lançados. Entretanto, a mídia iraniana disse que mísseis conseguiram furar a proteção israelense.

A agressão iraniana é uma resposta ao bombardeio de Israel à embaixada do país na Síria — entenda a cronologia do caso.

Militares do Irã ameaçaram uma ofensiva ainda maior se Israel contra-atacar. O governo iraniano também disse que pode atingir bases dos Estados Unidos caso Washington apoie uma retaliação israelense.

O que se sabe sobre o ataque do Irã
  • O Irã enviou dezenas drones para atacar o território de Israel no fim da tarde de sábado (13), pelo horário de Brasília.
  • Os drones demoraram horas até chegar ao alvo.
  • No caminho, uma parte dos drones e dos mísseis foi derrubada por aeronaves de Israel, dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Jordânia.
  • Perto das 20h, as primeiras explosões e sirenes de aviso foram ouvidas em Israel.
  • O serviço nacional de emergência médica de Israel informou que uma menina de 10 anos ficou gravemente ferida, no deserto de Negev, por estilhaços de um artefato para interceptar drones.
  • O ataque é uma retaliação do Irã contra Israel: em 1º de abril, a embaixada iraniana na cidade de Damasco, na Síria, foi atingida, e sete pessoas morreram.
  • Às 19h, ainda antes de os artefatos chegarem a Israel, a missão do Irã na ONU afirmou que o ataque estava encerrado, referindo-se a ele com uma “ação legítima”.

www.g1.globo.com