No mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, cinco empreendedoras do Rio Grande do Norte, destaques em suas áreas de atuação, subiram ao palco do Salão de Eventos do Hotel-Escola Senac Barreira Roxa, em Natal, nesta quarta-feira (26), para debater “O Feminino como Potência no Empreendedorismo e na Transformação Social”. O evento “Conectando Mulheres Empreendedoras para o Futuro”, promovido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio RN), por meio da Câmara da Mulher Empreendedora – Fecomércio com Elas, contou com uma palestra da CEO do Sistema Ponta Negra de Comunicação, Micarla de Sousa, que abordou o impacto das mulheres no desenvolvimento econômico e social.
Durante sua palestra, Micarla destacou um dado revelador: seis em cada dez micro e pequenas empresas lideradas por mulheres contam com a participação de familiares. “As micro e pequenas empresas geridas por mulheres têm uma maior presença de parentes (cônjuge, pai, mãe, irmão, avô, filho(a), sobrinhos, netos ou cunhados) do que as empresas administradas por homens. A 7ª edição da pesquisa ‘Pulso dos Pequenos Negócios’, realizada pelo Sebrae, mostra que quase 60% das empreendedoras contam com parentes nas posições de sócios ou funcionários, enquanto esse percentual é de 50% entre os homens”, revelou a CEO do Sistema Ponta Negra de Comunicação.
O levantamento também apontou que, no universo das Micro e Pequenas Empresas, os segmentos com maior presença de parentes no negócio incluem academias, serviços e indústria de alimentação. No Brasil, 90% das empresas são familiares, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O poder das empresas familiares na economia
Micarla de Sousa enfatizou a importância das empresas familiares como um dos principais motores da economia nacional. “Eu acredito muito no poder das empresas familiares como uma mola propulsora no Brasil. Hoje, 75% do PIB brasileiro está concentrado nesse tipo de empreendimento. No entanto, muitas dessas empresas enfrentam desafios internos que comprometem sua longevidade. Há casos em que, com a morte do fundador, a empresa não consegue ser passada para a segunda geração, e somente 15% sobrevivem até a terceira geração”, ressaltou.
As estatísticas reforçam essa realidade: empresas familiares são responsáveis por 65% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e empregam 75% da mão de obra do país. No entanto, apenas 30% dessas empresas chegam à terceira geração e, dessas, somente 15% sobrevivem.
Para garantir a longevidade dessas empresas, Micarla ressaltou a importância do equilíbrio dentro do núcleo familiar. “Antes de equilibrar a empresa, equilibre primeiro sua família”, aconselhou.
O evento “Conectando Mulheres Empreendedoras para o Futuro” reforçou o papel essencial das mulheres na construção de um ambiente empresarial mais inclusivo, inovador e sustentável.
Ponta Negra News