A GUERRA NA EDUCAÇÃO PIORA A JÁ FRÁGIL SAÚDE MENTAL NAS UNIVERSIDADES

 

Rosana Pinheiro-Machado

em 2016, não podia imaginar a reação bombástica que teria em milhões de leitores. Recebi 300 longas cartas de estudantes que procuravam meu e-mail no Google para desabafar (com uma estranha) suas angústias.

Desde então, comecei a pesquisar o tema do sofrimento acadêmico e palestrar em universidades brasileiras. Os auditórios lotam e se produz uma catarse na qual praticamente todos os estudantes da plateia contam suas histórias. Na voz do outro, as pessoas encontram reconhecimento e abrigo, quebram o silêncio, falam até exaustão e não raro choram muito.

Muitos se acham “fracos”, outros dizem sofrer da síndrome do impostor. Uns relatam assédio moral ou sexual de professores, que foram humilhados em banca, que são prejudicados por orientadores relapsos, que não sabem lidar com competição, que não veem perspectiva de futuro, que são mães e não têm apoio, negros e LGBTQI+ que sofrem discriminação etc.

Um desses depoimentos que caíram no meu colo foi o de Joice*, minha ex-colega que me escreveu depois de anos para contar que havia tentado se matar um dia antes de uma apresentação de trabalho que fizemos juntos. O tema do adoecimento acadêmico ainda era um tabu. Felizmente, isso está mudando.

Muitos acreditam que esse tema não deveria vir a público em tempos de desmonte universitário. Eu concordava com isso até receber, novamente, mais uma enxurrada de mensagens como resposta a um simples tuíte meu sobre a importância da escolha dos orientadores. Tendo a crer que a condição mental dos estudantes, que já era precária, se tornou trágica sob este governo  – e colocar isso para debaixo do tapete é uma irresponsabilidade.

‘Epidemia’ de depressão

Já existem evidências consistentes que mostram que a incidência de depressão nas universidades é muito alta e maior do que na média em da população em geral: 39% em relação a 6%, segundo estudo publicado na Nature em 2018. Outra pesquisa da Rand Europe mostrou que os mais graduados são também os mais atingidos. Entre os belgas, um artigo da Research Policy, de 2018, revelou que mais 50% dos doutorandos apresentavam pelo menos dois sintomas de transtorno mental – números parecidos com os da Universidade de Berkeley. Já se fala em uma “epidemia” de depressão acadêmica.

De modo geral, no Ocidente, respeitando diferentes contextos, um em cada três estudantes está em depressão, e metade deles sofre de transtorno mental. Esse sofrimento é atravessado por opressões sociais mais amplas, pois sabemos que, segundo estudo global publicado na Nature, a incidência de depressão em homens cis é de 31%, em mulheres cis, de 41% e, entre pessoas transgêneras, 57%. Ainda precisamos de mais dados com recorte racial.

O Brasil segue a tendência global. As universidades públicas brasileiras estão cada vez mais atentas para o problema. A Andifes tem realizado os mais abrangentes relatórios sobre o perfil dos estudantes brasileiros e sua saúde mental. Em 2018, a pesquisamostrou que 32% dos estudantes procuraram apoio psicológico, 83% dos estudantes reportaram dificuldades emocionais e o número de pensamento suicida dobrou em quatro anos.

As causas desse fenômeno complexo são múltiplas. Precisamos olhar para o adoecimento por vários ângulos. Um ângulo possível é a perspectiva do campo acadêmico – ou seja, a academia tem regras próprias, é um universo específico que foi adquirindo características ao longo da história universitária.

O sociólogo Pierre Bourdieu escreveu sobre o que chamou de homo academicus, parte de uma máquina capaz de construir e destruir egos e reputações. Esse “campo” é essencialmente estratificado, foi historicamente construído por valores elitistas, aristocráticos e tem sido constituído por pessoas privilegiadas econômica, social e culturalmente.

Esse também é um ambiente que, desde o seu início, tem sido marcado pelo mito da genialidade inata do ser humano, que torna a obtenção do conhecimento um processo individual. Max Weber já se dopava com ópio para conseguir escrever no final do século 19. Escrever ainda é o ato mais doloroso da vida de um estudante, a prova de fogo.

A crueldade e a postura distante do professor homem, branco e velho são vistas como sinal de força.

Há séculos, há ocorrências de orientadores semideuses que maltratam estudantes. Esses são os calhordas, como diz a jornalista Kelly Becker. Estudantes aprendem a admirar professores calhordas que, por sua vez, protegem estudantes calhordas. A crueldade e a postura distante do professor homem, branco e velho são vistas como sinal de força. A generosidade da professora didática é vista como fraqueza, e sentimentos são encarados como inferiores. A boa notícia é que estou convencida que o feminismo e o movimento LGBT da juventude atual estão ajudando significativamente a romper com essa lógica no Brasil.

No caso brasileiro, há uma particularidade importante: as políticas de acesso ao ensino superior. Se estudantes europeus adoecem porque sentem saudade de casa, no nosso caso o deslocamento que afeta os estudantes não é geográfico, mas social. O Brasil viveu uma fase de crescimento, inclusão social e popularização universitária, mas os campi continuaram com o ethos elitista e branco, causando um choque nos novos entrantes. Seja nas universidades privadas ou nas públicas, dezenas de relatos que chegaram até a mim eram muito semelhantes: estudantes negras confundidas como profissionais da limpeza, que tinham o seu cabelo tocado o tempo todo e ouviam cotidianamente comentários racistas.

É o neoliberalismo contemporâneo que faz com esse campo, que sempre foi de tensão, se tornar insustentável, aprofundando velhos problemas e criando outros. Diversos especialistas têm entendido que o problema da saúde mental piora no século 21 porque hoje se pede muito mais de um estudante em menos tempo. Ou seja, nosso imaginário romântico sobre a vida acadêmica – sobre a produção brilhante de monografias, longas reflexões, prestígio e viagens – continua inalterado em um sistema que oferece isso apenas para uma ínfima minoria.

Mas o neoliberalismo não apenas retira direitos, tempo e dinheiro, como é também um modo de pensar que incorporamos em nossa conduta. Em um debate da ANPG que participei, uma estudante negra com um filho no colo, pegou o microfone e fez um depoimento comovente: “dos professores a gente espera pouco, mas o que me dói é ver a competição reproduzida pelos colegas”.

Tudo isso resulta em estudantes com insônia, distúrbios alimentares, ansiedade, desânimo, pânico, depressão e até crescentes casos de suicídio em campi. É a geração que toma ritalina para acordar e rivotril para dormir. Esse problema cai como uma batata-quente na mão dos professores, que também estão adoecidos, medicados, precarizados.

Recentemente participei de um workshop no Reino Unido no qual um profissional de saúde pública contou que, com base em dados confidenciais, um único posto de saúde – inserido em um campus com moderna infraestrutura e vista para o mar – recebe uma ligação por semana relatando tentativa de suicídio.

Uma professora, ao escutar o relato, ficou desesperada. Com dois filhos pequenos, ela disse que mal conseguia lidar consigo própria. Um médico acrescentou: “não estamos dando conta do problema. A verdade é que atendemos por cinco minutos, enchemos os alunos de remédios e indicamos aplicativos no celular de yoga e relaxamento”. Os departamentos começam a estender o prazo de todos os alunos. Mas está todo mundo enxugando gelo.

Trata-se de um problema estrutural, que exige políticas públicas de intervenção na área da educação e saúde pública. Mas nós podemos atuar na “redução de danos”. O primeiro passo é encará-lo e falar sobre ele. Precisamos deixar claro mostrar que é um fato social, não individual e que não se trata de fragilidade de quem “não segura o tranco”. Mas mais do que qualquer coisa, um estudante com sintomas de adoecimento deve procurar ajuda especializada.

Na Universidade de Oxford, em que muitos alunos chegavam em minha sala para chorar, percebia que mais da metade dos alunos que eu encaminhava para o serviço de aconselhamento resolvia seus problemas nos grupos gestados pelos próprios alunos, que reuniam também ex-alunos que haviam superado depressão. Conversar com quem passou pelo mesmo problema era libertador. Então, é importante que os alunos brasileiros, diante do desmonte universitário, também consigam organizar rodas de conversas.

O segundo passo é que precisamos romper o círculo vicioso da calhordice. Escolher, quando possível, um orientador generoso (e não o “fodão”, que na prática nem sempre ajuda) é fundamental. Eu só me tornei uma acadêmica feliz no dia que em que decidi me afastar dos ególatras e atuar por meio de alianças colaborativas, nas quais prevaleciam a generosidade. Em grande parte, isso significou me aliar a mulheres. Além disso, também precisamos manter uma postura solidária para com os colegas menos privilegiados.

O fim do mundo – e o recomeço

No Brasil, o fogo no Museu Nacional era uma espécie de presságio do apocalipse científico que viria ocorrer em 2019. Com todas as suas contradições e conflitos, a academia como conhecíamos está em fase de extinção. Por isso, temos ido a público para valorizar nossas conquistas como cientistas. Isso é tão importante como mostrar que, nestes tempos sombrios, os estudantes estão adoecendo porque nunca antes na história do Brasil uma autoridade máxima da nação tratou pesquisadores como inimigos – o que adiciona uma camada extra a um quadro já dramático. Os alunos hoje não veem perspectivas de futuro. É muito pior do que a sensação de não ter bolsa e a falta de papel higiênico: é a sensação de que nosso trabalho não tem valor.

É preciso denunciar o que este governo está causando na saúde mental. Trata-se de responsabilizar os produtores do terrorismo a que nossos estudantes estão submetidos. Precisamos ainda falar sobre sofrimento na academia, justamente para reforçar a importância de uma universidade democrática, inclusiva e humanista.

Por fim, não posso deixar de comentar um lado positivo – e inesperado – que observei em meio à catástrofe. Meus ex-alunos da UFSM, hoje me parecem mais fortes. O motivo? Aprenderam que precisam lutar pelo curso de ciências sociais e passaram a se mobilizar, organizar passeatas, atos e rodas de conversa. O medo, assim, se transmuta em indignação e ação. E, na própria prática de luta coletiva, talvez sem se dar conta, eles têm conseguido quebrar a alienação do individualismo atroz do ensino neoliberal e, assim, repensar – e até recriar – a universidade que desejam.

(The Intercept Brasil)

MEC define data de inscrições nas vagas remanescentes de bolsas do Prouni

A partir do dia 5 de agosto, estarão abertas as inscrições para as bolsas de estudo que não foram preenchidas no processo seletivo regular do Programa Universidade para Todos (ProUni) do segundo semestre. Nesta sexta (26), o Ministério da Educação (MEC)publicou no Diário Oficial da União o edital para o preenchimento das vagas remanescentes.

A inscrição deverá ser feita na internet, no site do ProUni. Diferente do processo seletivo regular, que exigia que os participantes tivessem feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2018, agora o estudante pode ter participado de qualquer uma das edições do Enem a partir de 2010.

A nota mínima, no entanto, continua sendo exigida. O participante precisa ter tirado nota igual ou superior a 450 nas provas e nota maior que zero na redação. Podem concorrer às vagas também os professores da rede pública de ensino.

Os candidatos que ainda não estão matriculados na instituição onde desejam estudar devem fazer a inscrição entre 5 e 16 de agosto. Aqueles que já estão matriculados e querem concorrer uma bolsa nessa instituição devem se inscrever no período de 5 de agosto a 30 de setembro.

ProUni

Ao todo, foram ofertadas para o segundo semestre deste ano 169.226 bolsas de estudos em instituições particulares de ensino superior, sendo 68.087 bolsas integrais, de 100% do valor da mensalidade, e 101.139 parciais, que cobrem 50% do valor da mensalidade.

As bolsas integrais são destinadas a estudantes com renda familiar bruta per capita de até um e meio salário mínimo. As bolsas parciais contemplam os candidatos que têm renda familiar bruta per capita de até três salários mínimos.

O processo seletivo regular começou em junho deste ano. Foram realizadas duas chamadas além de lista de espera.

(Exame)

Inep prorroga prazo de inscrição de servidores para trabalhar no Enem

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prorrogou até o dia 29 de julho o prazo para que servidores públicos federais e professores da rede pública estadual ou municipal interessados em trabalhar no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) façam a inscrição na internet. O prazo terminaria na última segunda-feira, 22.

A oportunidade é para atuação na Rede Nacional de Certificadores (RNC) do Enem, nos dois domingos de aplicação da prova, nos dias 3 e 10 de novembro. Os certificadores atuam como representantes do Inep em todos os locais de prova e são responsáveis por conferir vários procedimentos como a chegada e a abertura dos malotes, a distribuição das provas, o trabalho dos chefes de sala, aplicadores e fiscais, entre outros.

Todo o trabalho é feito por meio de um aplicativo, pelo qual os certificadores enviam alertas e relatórios ao Inep durante todo o processo. O valor pago é de R$ 342 por dia, o que equivale a R$ 28,50 por hora de trabalho.

Os interessados precisam cumprir alguns critérios antes de se inscreverem pela internet, no Sistema RNC ou pelo aplicativo da Rede. Além de serem servidores públicos do Executivo, em exercício, ou professores da rede pública, precisam ter formação mínima de nível médio; não estar inscritos nem terem parentes inscritos no Enem 2019 além de não terem vínculo com qualquer atividade do Enem ou do Inep.

Segundo o Inep, todos os inscritos que atenderem aos critérios serão convocados para uma capacitação a distância.

Aqueles que obtiverem a nota mínima exigida estarão aptos a atuar como certificadores do Enem. As demandas de trabalho são emitidas na semana da prova, de acordo com a necessidade do Inep para cada local de prova.

Em 2019, o Enem será aplicado em 1.728 municípios.

(Agência brasil)

Lista de espera do Fies é automática e estudantes devem ficar atentos

Os estudantes que não foram pré-selecionados na chamada regular do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) devem, a partir de hoje (15), ficar atentos, pois podem, a qualquer momento, ser contemplados com o financiamento. O acompanhamento deve ser feito pelo site do programa.

Todos os participantes que não foram pré-selecionados serão automaticamente inscritos na lista de espera, que visa preencher as vagas que ainda não foram ocupadas.

A partir desta segunda-feira, até 23 de agosto, os estudantes poderão ser convocados.

Os candidatos que forem pré-selecionados na lista deverão complementar a inscrição no prazo de três três dias úteis, contados do dia subsequente ao da divulgação de sua pré-seleção no FiesSeleção.

A lista de espera vale apenas para os candidatos inscritos na modalidade juro zero.

Para a segunda edição do ano, 46,6 mil vagas foram ofertadas em 1.756 instituições de ensino privadas de todo o país nesta modalidade.

Com financiamento a juro zero, o Fies é voltado para estudantes com renda familiar mensal bruta por pessoa de até três salários mínimos.

Para concorrer ao financiamento, o candidato precisa ter feito qualquer uma das últimas dez edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ter alcançado média igual ou superior a 450 pontos nas questões e não ter zerado a redação.

A modalidade P-Fies, voltada a estudantes com renda familiar mensal bruta por pessoa de até cinco salários mínimos, não tem lista de espera.

 

Inscrição postergada

Começa hoje também, e vai até o dia 17, o prazo para os candidatos com inscrição postergada complementarem a inscrição pela internet.

Esses candidatos foram selecionados para receber o financiamento, mas devido ao fato de a conclusão do processo ter ocorrido no meio ou no fim do semestre corrente, escolheram que o início do financiamento se daria apenas no segundo semestre deste ano, adiando a confirmação da inscrição.

(Agência Brasil)

Começa prazo para participar da lista de espera do ProUni

Começa nesta segunda (15) e vai até esta terça (16) o prazo para participar da lista de espera do Programa Universidade para Todos (ProUni).

A adesão é feita na página do programa, pela internet.

Podem participar da lista de espera os candidatos que não foram selecionados na primeira opção de curso feita na hora da inscrição em nenhuma das duas chamadas regulares do programa

Além disso, podem participar aqueles que foram selecionados para a segunda opção, mas cuja turma não foi formada. Esses estudantes concorrem a vagas para a primeira opção de curso.

Podem concorrer a vagas para a segunda opção de curso aqueles cujas turmas da primeira opção não foram formadas ou as bolsas da primeira opção não foram disponibilizadas.

A relação dos candidatos em lista de espera será divulgada no dia 18.

Todos os candidatos participantes da lista terão que comparecer, entre os dias 19 e 22 de julho, às respectivas instituições para apresentar a documentação para comprovação das informações prestadas na inscrição.

A lista de espera será usada pelas instituições de ensino para preencher as vagas que, após a primeira e a segunda chamadas, permanecerem disponíveis.

Bolsas de estudo

Ao todo, serão ofertadas para o segundo semestre deste ano 169.226 bolsas de estudos em instituições particulares de ensino superior, sendo 68.087 bolsas integrais, de 100% do valor da mensalidade, e 101.139 parciais, que cobrem 50% do valor da mensalidade.

As bolsas integrais são destinadas a estudantes com renda familiar bruta per capita de até 1,5 salário mínimo.

As bolsas parciais contemplam os candidatos que têm renda familiar bruta per capita de até 3 salários mínimos.

O ProUni é voltado para candidatos que não tenham diploma de curso superior e que tenham participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018.

Além disso, os estudantes precisam ter cursado o ensino médio completo em escola pública ou em instituição privada como bolsistas integrais.

É preciso ter obtido ainda nota mínima de 450 pontos na média aritmética das notas nas provas do Enem. Também podem se inscrever no programa estudantes com deficiência e professores da rede pública. (ABr)

Ministério da Educação divulga nesta terça-feira resultado do Fies

O Ministério da Educação (MEC) divulga hoje (9) o resultado do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) juro zero e do P-Fies.

Nesta edição, serão ofertadas 46,6 mil vagas a juro zero. O resultado estará disponível na internet, na página do programa e nas instituições de ensino superior participantes.

Os estudantes selecionados no P-Fies devem comparecer à instituição de ensino para validar as informações prestadas na hora da inscrição a partir desta terça-feira. Já os selecionados na modalidade Fies devem complementar a inscrição no período de 10 a 12 de julho.

Quem não foi selecionado na modalidade Fies juro zero pode ainda participar da lista de espera, entre os dias 15 de julho e 23 de agosto.

Não há lista de espera do P-Fies. A pré-aprovação do financiamento na modalidade do P-Fies é de responsabilidade exclusiva dos agentes financeiros operadores de crédito que tenham relação jurídica estabelecida com instituições de ensino participantes.

Fies

O Fies concede financiamento a estudantes em cursos superiores de instituições privadas com avaliação positiva pelo Ministério da Educação.

Pode concorrer quem fez uma das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com média igual ou superior a 450 pontos, e obtido nota maior que zero na redação.

Modalidades

O novo Fies, que começou a vigorar em 2018, tem modalidades de acordo com a renda familiar.

A modalidade com juro zero é para os candidatos com renda mensal familiar per capita de até três salários mínimos.

O aluno começará a pagar as prestações respeitando o seu limite de renda.

A modalidade chamada de P-Fies é para candidatos com renda familiar per capita entre três e cinco salários mínimos.

Nesse caso, o financiamento é feito por condições definidas pelo agente financeiro operador de crédito, que pode ser um banco privado ou fundos constitucionais e de Desenvolvimento.

(Agência Brasil)

MEC abre novas inscrições para o Programa de Bolsa Permanência 2019

O Ministério da Educação autorizou a abertura de novas inscrições no Programa de Bolsa Permanência (PBP) deste ano, para estudantes indígenas e quilombolas, matriculados em cursos de graduação presencial ofertados por instituições federais de ensino superior.

De acordo com a portaria publicada na edição desta terça-feira (2) do Diário Oficial da União, as inscrições deverão ser realizadas por meio do Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP), até 30 de agosto de 2019.

Até a mesma data, será feita, também, a análise da documentação comprobatória de elegibilidade do estudante ao PBP e a aprovação do respectivo cadastro no SISBP pelas instituições federais de ensino superior.

De acordo com o MEC, o PBP foi instituído pela Portaria 389, de 9 de maio de 2013, e “tem por finalidade minimizar as desigualdades sociais, étnico-raciais e contribuir para permanência e diplomação dos estudantes de graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica das instituições federais de ensino superior”.

Já o SISBP objetiva gerenciar as ações relacionadas ao PBP, sobretudo, o ingresso de estudantes no programa e o pagamento de bolsas. (ABr)