RN lidera a produção de camarão do país

Foto: Terra

O Rio Grande do Norte se mantém como o maior produtor de camarão do país, segundo dados da Pesquisa da Pecuária Municipal 2019 – PPM, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e divulgados nesta quinta-feira (15). Uma alta de produtividade comemorada pelo terceiro ano consecutivo. As informações apontam para um crescimento da produção de camarão criado em cativeiro de 18,8%, totalizando 54,3 mil toneladas em 2019, em todo o país. O Nordeste é responsável por quase toda essa produção, com 99,6% do total nacional.

No Nordeste, o RN se destaca com 38,2% e o Ceará com 30,8%. O município de Pendências/RN, continua liderando o ranking dos 169 municípios que produziram camarão em 2019, seguido por Aracati/CE, Canguaretama/RN e Arês/RN. Outros municípios potiguares também se destacam entre os dez municípios com maior produção de camarão do Brasil, como Mossoró, Senador Georgino Avelino e Nísia Floresta.

Os números animadores divulgados pela PPM, também são comemorados pelos produtores. Segundo dados da Associação Norte-rio-grandense de Criadores de Camarão – ANCC, o RN possui 480 fazendas de camarão, distribuídas numa área de 7.000 hectares. “O Rio Grande do Norte tem tradição no segmento, em 2019, o estado produziu cerca de 20 mil toneladas e também gerou 26.250 empregos, afirmou o carcinicultor Orígenes Monte, presidente da ANCC.

As 20,7 mil toneladas produzidas no território potiguar em 2019, geraram R$ 555,4 milhões. Valor que representa 46,8% da produção de camarão do Brasil em 2019. Na comparação com 2018, houve um crescimento de 5,1% na produção do crustáceo. Para o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão – ABCC, Itamar Rocha, a carcinicultura é o alento do mercado interno brasileiro. “O cultivo de crustáceos cresce cerca de 10% ao ano no país desde 2016”, afirma Rocha.

A PPM também afirmou que o Rio Grande do Norte é o maior produtor de larvas de camarão do Brasil com 6,7 milhões de milheiros em 2019. Essa quantidade representa 56% da produção nacional de larvas. Juntos, o estado potiguar e o Ceará produzem 93% das larvas de camarão nacionais. A pesquisa é divulgada anualmente, apresentando dados sobre os efetivos de pecuária dos municípios, a produção de origem animal, incluindo a aquicultura, e o valor de produção.

Assecom do RN

Consultoria de ex-presidente do IBGE estima que ‘desemprego real’ seria de quase 23%

O desemprego no Brasil é muito maior que o anunciado oficialmente, segundo um cálculo feito pela consultoria do economista Paulo Rabello de Castro, que presidiu o IBGE e o BNDES no governo de Michel Temer.

Para ele, a taxa real hoje no Brasil é em torno de 22,8%, muito acima dos quase 14% divulgados pelo IBGE.

“Não significa que existe um erro no método convencional do IBGE. Todas as normas e técnicas estatísticas estão sendo seguidas. Mas a realidade, esta sim, é que deixou de ser convencional”, ponderou o estudo da consultoria de Rabello de Castro.

“Considerando que grande parte das pessoas que perderam o emprego ao longo da pandemia desistiram de procurar por um novo emprego, visto as restrições de atividades econômicas e de locomoção imposta pelo governo, estas pessoas não foram consideradas desempregadas pelo IBGE, e portanto, não foram contabilizadas na taxa de desemprego atual de 13,8%.”

O Antagonista

Dia das Crianças deve gerar faturamento 78% maior para varejo digital

Motivado pela comodidade, economia e segurança das compras online, o Dia das Crianças deve apresentar números expressivos neste ano marcado pela pandemia. Dados da Neotrust/Compre&Confie mostram que o varejo digital deve movimentar 4,9 bilhões de reais entre os dias 28 de setembro e 11 de outubro, cifra 78% maior em relação ao mesmo período no ano passado.

“Além dos preços competitivos muitas vezes encontrados no varejo digital, a vantagem de comprar sem sair de casa tem atraído cada vez mais brasileiros para o ambiente digital na hora de presentear”, afirma André Dias, CEO da Neotrust/Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce.

Ainda segundo o executivo, os consumidores têm optado por comprar pela internet mesmo com a reabertura parcial das lojas físicas e shoppings. “Com a chegada da pandemia, esse novo hábito se consolidou por ser a alternativa mais segura na hora de comprar. O e-commerce manterá patamares de vendas elevados mesmo após o término da pandemia e possível chegada de uma vacina” observa.

Veja

Produção industrial no Brasil sobe 3,2% em agosto, diz IBGE

Foto:  Rodrigo Paiva/Folhapress

A produção industrial brasileira registrou alta de 3,2% em agosto na comparação com julho, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados fazem parte da PIM (Pesquisa Industrial Mensal).

Mesmo com quatro altas consecutivas, o indicador ainda não eliminou totalmente a perda de 27% acumulada entre março e abril, no início da pandemia do novo coronavírus, quando a produção industrial caiu ao patamar mais baixo da série.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção caiu 2,7%, décimo resultado negativo seguido nessa comparação. Com isso, o setor acumula perda de 8,6% no ano e de 5,7% em doze meses.

As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 3,4% na variação mensal e de queda de 2,2% na base anual.

Notícias UOL

Taxa de desemprego é recorde e atingiu 13,1 mi de brasileiros em julho

Foto: Gustavo Luizon/VEJA.com

Dados servem para mostrar, em números, o comportamento da sociedade em determinados períodos. No caso dos dados da economia, eles vem apresentando, desde maio, melhoras contínuas no cenário após a fase mais aguda da pandemia do novo coronavírus na área. Com a retomada das atividades, após a flexibilização vinda de estados e municípios, os números passaram a melhorar. Entretanto, isso não se reflete nos dados de emprego. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil foi de 13,8%, a maior da série histórica, iniciada em 2012. O índice corresponde a um aumento de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (fevereiro a abril, de 12,6%). Com isso, a população desocupada chegou a 13,1 milhões de pessoas. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira, 30.

Por causa da metodologia usada pelo IBGE, nem todas as pessoas que perderam o emprego entram nos índices de desemprego. Nas pesquisas anteriores, a taxa de desemprego ficava estável, enquanto o nível de ocupação. Só é considerado desempregado quem não está trabalhando mas busca uma nova ocupação. A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, explica que as quedas no período da pandemia de Covid-19 foram determinantes para os recordes negativos deste trimestre encerrado em julho. “Os resultados das últimas cinco divulgações mostram uma retração muito grande na população ocupada. É um acúmulo de perdas que leva a esses patamares negativos”. O nível de ocupação, pessoas que estavam efetivamente trabalhando, também foi o mais baixo da série, atingindo 47,1% da população. O dado representa queda de 4,5 pontos frente ao trimestre anterior e 7,6 pontos contra o mesmo trimestre de 2019.

Além da questão da metodologia, o mercado de trabalho brasileiro tem uma característica própria: por haver muita burocracia e custos para contratar, a reação sempre é mais lenta: seja para desliga quanto para contratar. No caso do mercado informal, o desligamento é mais rápido e normalmente a recontratação também, mas isso não está ocorrendo no momento. A taxa de informalidade chegou a 37,4% da população ocupada (o equivalente a 30,7 milhões de trabalhadores informais). No trimestre anterior, a taxa fora de 38,8% e, no mesmo trimestre de 2019, de 41,3%.

A piora nos dados do desemprego já era esperada pelo governo, tanto que a equipe econômica se preocupa em construir alternativas para reativar o mercado de trabalho. Com o fim dos auxílios devido a pandemia, ter políticas para criação de empregos é fundamental para a recuperação sustentável da economia, já que a demanda do mercado consumidor vem da renda das famílias brasileiras.

No centro da questão da empregabilidade, está a desoneração da folha de pagamento, que voltou aos holofotes com a retomada das discussões sobre reforma tributária e os planos para o Renda Cidadã, programa de transferência de renda que deve ampliar o Bolsa Família. A equipe econômica banca que é preciso uma desoneração ampla de setores e, para bancar isso, um tributo sobre operações financeiras, apelidado de nova CPMF, seria criado. A ideia é que, com menos custos na contratação, o mercado de trabalho se movimente de forma mais sólida. Sem consenso com o Congresso pela proposta, essa parte da tributárias ficou em suspenso e as discussões se voltam para o programa de transferência de renda. Enquanto o plano da desoneração ampla não anda, o benefício deve ser mantido para alguns setores já que o Congresso deve derrubar o veto presidencial da desoneração a 17 setores. Os benefícios, em vigor desde o governo Dilma, foram vetados por Bolsonaro já que o governo defende a desoneração mais ampla. A questão, na avaliação de José Pastore, professor de relações do trabalho da USP, precisa sem enfrentada. Segundo ele, se o país virar o ano sem nenhuma política clara de emprego e o fim de benefícios para outros setores, trará um grande problema ao país.

Veja

Dólar cai no dia, mas fecha setembro com alta de 2,52%

Foto: Reuters/Direitos Reservados

Num dia de alívio no mercado financeiro, o dólar caiu e a bolsa subiu. O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (30) vendido a R$ 5,619, com recuo de R$ 0,025 (-0,44%). O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 94.603 pontos, com alta de 1,09%.

Apesar da tranquilidade da sessão, o dólar fechou setembro com valorização de 2,52%, depois de ter subido 5,02% em agosto. A divisa teve a maior alta para meses de setembro desde 2015, quando a moeda norte-americana tinha subido 9,33%. Em 2020, cotação acumula valorização de 40,02%.

Mesmo com a alta de hoje, o Ibovespa recuou 4,8% em setembro. Esse foi o pior desempenho mensal da bolsa desde março.

O dólar iniciou o dia em alta. Na máxima do dia, por volta das 9h15, chegou a R$ 5,66. A cotação começou a cair à tarde, depois da declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o financiamento do Renda Cidadã, futuro programa social do governo, não será feito por meio do adiamento de precatórios (dívidas reconhecidas pelo governo após decisão definitiva da Justiça).

O Ibovespa operou em alta durante todo o dia. Além da declaração de Guedes, o mercado foi influenciado pelo resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registrou a criação de 249,3 mil postos de trabalho com carteira assinada em agosto, o melhor desempenho para o mês em nove anos.

Agência Brasil

Câmara aprova MP para liberar R$ 20 bi em empréstimos a micro e pequenas empresas

A Câmara aprovou em votação simbólica nesta terça (29) a MP que libera R$ 20 bilhões ao fundo do BNDES para a concessão de crédito a micro e pequenas empresas.

O aporte será direcionado ao Fundo Garantidor de Investimentos administrado pelo banco estatal de fomento, que faz parte do Programa Emergencial de Acesso a Crédito criado pelo Ministério da Economia em junho.

Esse programa foi instituído por meio de outra MP, que permitiu a liberação de crédito de até R$ 50 mil, com juro de até 6% ao ano, por meio das maquininhas de cartão.

A medida beneficia empresas que tenham tido receita bruta entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões no ano passado, mas ainda precisa ser votada pelo Senado antes desta quinta (dia 1º), quando perderá a validade.

O Antagonista