RN atrai a construção de mais um parque eólico

A subsidiária brasileira de energia renovável do Grupo Enel, Enel Green Power Brasil Participações Ltda. (“EGPB”), iniciou a construção, no Rio Grande do Norte, de um novo empreendimento — o Parque Eólico de Cumaru (206 MW), localizado no município de São Miguel do Gostoso. Sua construção demandará um investimento de 184 milhões de dólares.

“Nosso Governo tem uma política de estado focada para o desenvolvimento de energias renováveis, e estamos conseguindo desenvolver um ambiente favorável para atração de investimentos do setor elétrico em nosso Estado”, disse a governadora Fátima Bezerra.

No Nordeste, serão ao todo quatro parques eólicos e um solar, que somam 1,3 GW de nova capacidade. No Piauí, está sendo construído o parque eólico Lagoa dos Ventos III (396 MW) e o parque solar São Gonçalo III (256 MW). Outros dois projetos eólicos – Morro do Chapéu Sul II (353 MW), na Bahia, e Fontes dos Ventos II (99 MW), em Pernambuco, também estão em andamento, além do Cumaru (206 MW), no Rio Grande do Norte.

“Aqui no estado temos ainda muito potencial a ser explorado. Em termos de capacitação profissional, o Rio Grande do Norte é o maior formador de mão de obra para o setor eólico e solar do Brasil; no campo das novas tecnologias estamos incentivando, através de parcerias com empresas e instituições, o desenvolvimento de uma cadeia produtiva para indústria eólica offshore. E estamos elaborando um “Atlas Eólico e Solar”, que ao final das medições e certificações, disponibilizaremos para as empresas e sociedade um banco de dados dinâmico com todas as informações em tempo real”, afirmou a governadora.

Os novos parques serão apoiados principalmente por contratos de fornecimento de energia negociados com clientes corporativos no mercado livre de energia brasileiro e deverão começar a operar em 2021. Quando estiverem em plena operação, os cinco novos parques serão capazes de gerar mais de 5,5 TWh de energia por ano, evitando a emissão de aproximadamente 3 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera anualmente.

“Esses novos projetos fortalecem ainda mais nosso compromisso com o desenvolvimento do setor brasileiro de energia renovável, a fim de diversificar a matriz energética do país, bem como contribuir para o desenvolvimento econômico e social das comunidades em que estamos presentes”, comenta Salvatore Bernabei, CEO da Enel Green Power.

Dentro do Grupo Enel, a Enel Green Power é dedicada ao desenvolvimento e operação de energias renováveis em todo o mundo, com presença na Europa, Américas, Ásia, África e Oceania. A companhia é líder global no setor de energia limpa, com capacidade gerenciada de cerca de 47 GW, distribuídas em um mix de geração que inclui eólica, solar, geotérmica e hidrelétrica, e está à frente na integração de tecnologias inovadoras em usinas renováveis.

No Brasil, o Grupo Enel, por meio de suas subsidiárias EGPB e Enel Brasil, tem uma capacidade total instalada renovável de cerca de 3,4 GW, dos quais 1.210 MW são de fonte eólica, 979 MW de solar e 1.269 MW de hidro.

Durante a construção dos empreendimentos, rigorosos protocolos de segurança estão sendo implementados, diante da pandemia em curso e em linha com as indicações das autoridades sanitárias, com o objetivo de garantir a necessária proteção aos trabalhadores envolvidos na construção bem como a comunidades onde os parques estão sendo instalados.

Foram estabelecidas diretrizes rígidas para viagens, que incluem quarentena preventiva quando o trabalhador se desloca para cidades fora da região da obra, intensificou a sanitização de suas instalações, veículos e dos ambientes nos canteiros de obra e implementou medidas para garantir práticas de trabalho seguras. No canteiro de obras dos parques, a rotina das equipes e as operações foram estruturadas para manter o distanciamento social. Além de realizar, quinzenalmente, campanhas massivas de testagem que envolvem todos os colaboradores que trabalham nos canteiros das obras.

Assecom RN

Técnicos da Economia já veem prorrogação de calamidade e Orçamento de guerra em 2ª onda da Covid

Técnicos do Ministério da Economia trabalham com a possibilidade de prorrogar o estado de calamidade e o Orçamento de guerra caso ocorra uma segunda onda da Covid-19. Sem as medidas, não haverá espaço para ampliar gastos.

O ministro Paulo Guedes (Economia) defende a volta do Orçamento de 2021 à normalidade. No entanto, membros da área técnica da pasta, reservadamente, já reconhecem que o governo terá de afrouxar regras fiscais se a pandemia se agravar.

Entre especialistas, a percepção é que serão necessários gastos extraordinários mesmo que os casos da doença caiam. Para eles, haverá demanda por serviços de saúde e necessidade de comprar e distribuir vacinas.

Folha ouviu membros da área técnica do Ministério da Economia sobre os caminhos para o Orçamento em 2021. Os integrantes são responsáveis por monitorar as contas do governo e elaborar o plano de despesas da União.

O estado de calamidade pública acaba no dia 31 de dezembro. O Orçamento de guerra suspende normas fiscais. Sem recorrer a essas medidas, eles dizem que não será possível implementar ações sem descumprir o teto de gastos, a regra de ouro e a meta fiscal.

A regra do teto impede o crescimento das despesas acima da inflação do ano anterior. A regra de ouro barra a alta do endividamento. A meta fiscal define o quanto o governo terá de rombo ou superávit nas contas públicas.

O mesmo ocorre com o programa de suspensão de contrato de trabalho e redução de jornada e salário, que só poderia continuar com uma prorrogação ou um novo decreto de calamidade pública.

A avaliação dos técnicos diverge de declarações do ministro e membros do gabinete.

Em aparições públicas, e mesmo em conversas internas na pasta, Guedes tem afirmado que o governo estará pronto para agir em caso de segunda onda da doença. Porém, ele diz que esse não é o cenário colocado na mesa no momento.

O ministro afirma que o governo não espera ser necessário acionar medidas para uma forte ampliação de gastos, como foi feito neste ano.

Guedes e auxiliares próximos buscam tratar a segunda onda como improvável. Para eles, a doença vem recuando e a economia está em recuperação, o que dispensaria inclusive a prorrogação do auxílio emergencial.

As autoridades trabalham ainda com a hipótese de não haver perspectiva de um fechamento tão forte da economia como a que ocorreu no meio deste ano.

Nos últimos dias, no entanto, o ministro passou a reconhecer internamente que a segunda onda pode se tornar uma realidade se os números da doença continuarem subindo. Dados do Ministério da Saúde mostram que o país está em trajetória de alta de casos e mortes.

Membros do gabinete do ministro afirmam que a estratégia de ação do governo em 2021 vai depender da intensidade da doença. Eles esperam que não seja necessário adotar medidas drásticas, como as deste ano.

Entre as justificativas para evitar novos gastos está a disparada da dívida pública, que pode chegar a 96% do PIB (Produto Interno Bruto).

Guedes e secretários querem a retomada de medidas de ajuste fiscal e a redução de gastos obrigatórios, com a reforma administrativa, que muda a estrutura do serviço público, e a PEC Emergencial, que aciona gatilhos para cortar gastos.

Para o enfrentamento da pandemia em 2020, o governo abriu os cofres e liberou quase R$ 600 bilhões em medidas emergenciais.

Para 2021, porém, sem calamidade e sem Orçamento de guerra, as travas fiscais serão retomadas. Isso significa que o governo não terá liberdade para gastar além do previsto no Orçamento.

A peça orçamentária de 2021 ainda está em discussão no Congresso, com tramitação atrasada. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em diferentes ocasiões que o decreto de calamidade não será prorrogado.

Mas, restando pouco mais de três semanas para o encerramento do ano, técnicos do ministério dizem acreditar que dificilmente será possível ampliar gastos em 2021 sem manter as medidas.

A visão interna é que diferentes gastos terão de ser feitos por meio de créditos extraordinários, que podem ser usados para despesas urgentes e imprevisíveis, como em calamidade. Entraria nessa rubrica, por exemplo, a vacinação.

Um dos elaboradores do Orçamento explica que a abertura de créditos extraordinários tem entraves. Embora esses recursos não sejam contabilizados na regra do teto, que limita o crescimento de gastos do governo à variação da inflação, eles afetam a meta fiscal e a regra de ouro.

Abrir esses créditos em 2021 sem afrouxar regras fiscais, portanto, exigiria o corte de gastos em outras áreas do governo.

A visão é compartilhada por um componente do Tesouro Nacional. Para ele, é consenso na área técnica que não será possível usar créditos extraordinários livremente.

“É muito difícil a gente não ter nenhum impacto nas contas em 2021. Na melhor das hipóteses, vamos gastar com vacinação e despesas do SUS. Dificilmente vamos ter uma situação controlada”, diz Daniel Couri, diretor da IFI (Instituição Fiscal Independente, ligada ao Senado).

“Faltam três semanas para 2021 e vamos continuar com muitos casos e pessoas hospitalizadas”, afirma Couri. Ele também vê uma chance elevada de ser necessária nova prorrogação do auxílio emergencial.

Para o economista, o caminho mais fácil para viabilizar os gastos extras em 2021 é a prorrogação das regras de calamidade pública e do Orçamento de guerra. Ele diz ser possível contornar regras fiscais sem o uso desses mecanismos, mas seria necessário combinar diferentes estratégias.

FolhaPress

Economia Inflação para famílias de renda mais baixa sobe 0,95% em novembro

O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1 – de novembro, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), registrou alta de 0,95%. Com isso, ficou 0,24 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de outubro, quando atingiu taxa de 0,71%. O indicador que mede a inflação para as famílias que ganham até 2,5 salários-mínimos por mês acumula elevação de 4,85% no ano e de 5,82% nos últimos 12 meses.

Em novembro o IPC-BR, que mede a inflação das famílias com renda mensal de 1 a 33 salários, variou 0,94%. A taxa do indicador nos últimos 12 meses ficou em 4,86%, nível abaixo do registrado pelo IPC-C1.

Despesas em alta

De outubro para novembro, seis das oito classes de despesa componentes do índice tiveram elevação nas taxas de variação. O setor de transportes passou de 0,29% para 0,90%, educação, leitura e recreação de 1,33% para 2,56%, saúde e cuidados pessoais de 0,05% para 0,23%, habitação de 0,28% para 0,39%, alimentação de 2,08% para 2,18% e despesas diversas com queda de 0,01% para alta de 0,11%.

Os destaques ficaram para gasolina, que subiu de 0,31% para 2,36%, passagem aérea de 15,63% para 27,16%), medicamentos com queda de 0,17% para alta de 0,34%, tarifa de eletricidade residencial, que tinha recuo de 0,19% e passou para elevação de 0,20%), hortaliças e legumes de 3,91% para 12,15% e cigarros, em queda menor de 0,59% para 0,30%.

Em queda

A favor das famílias dois grupos apresentaram recuo em suas taxas de variação: vestuário (0,24% para -0,04%) e comunicação (0,14% para 0,12%). Roupas tiveram redução de 0,20% para 0,02% e o item tarifa de telefone residencial diminuiu de 1,65% para 0,29%.

O IPC-C1 é calculado com base em preços coletados em sete capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife e Salvador. A próxima divulgação do indicador será no dia 7 de janeiro de 2021.

Agência Brasil

Economia brasileira reage e PIB avança 7,7% no terceiro trimestre

A economia brasileira avançou 7,7% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao trimestre anterior.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O avanço faz o país sair da recessão técnica após dois recuos nos trimestres anteriores.

Em números brutos, o PIB somou R$ 1,891 entre julho e setembro. No segundo trimestre, o Produto Interno Bruto foi de R$ 1,653 trilhão

A flexibilização das medidas de isolamento social, defendida por Bolsonaro e Guedes, impulsionou a atividade econômica entre julho e setembro.

Conexão Política

Dólar fecha no menor valor desde julho; Ibovespa vai aos 112.291 pontos

O dólar fechou com queda de 1,94% nesta 5ª feira (3.dez.2020), aos R$ 5,14. Esse é o menor valor da moeda desde 22 de julho deste ano. O Ibovespa, principal índice da B3, registrou alta de 0,37%, aos 112.291 pontos.

Os mercados operaram com otimismo durante a maior parte do dia com o avanço no calendário para a vacinação contra a covid-19. Há expectativa de que a autorização seja aprovada nos Estados Unidos próxima semana. E na Europa, até o fim do ano. O Reino Unido já deu o 1º passo nesta 4ª feira (2.dez.2020).

O Ibovespa chegou a ter alta de 1,34%, aos 113.377 pontos, antes do anúncio. O dólar tombou para até R$ 5,12.

As empresas ligadas às atividades de turismo e viagens puxaram a alta. As ações da Embraer subiram 11,05%. Gol e CVC, 8,79% e 7,55%, respectivamente.

‘Crise’ – Este é o maior desafio do Brasil depois da pandemia, segundo o FMI

A pandemia não tem data para acabar, mesmo depois que vacinas forem aprovadas. Os efeitos da crise para o Brasil, menos ainda. É o que indica novo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o Brasil divulgado nesta quarta-feira.

Para os diretores da organização que analisaram a situação do Brasil, um dos principais desafios será a recuperação do mercado de trabalho, com a taxa de desemprego já passando dos 14% mesmo com o auxílio emergencial ainda em vigor.

A recuperação, escreve o FMI, não será como nas outras crises: desta vez, as transformações digitais geradas pela pandemia podem fazer com que a geração de empregos não abarque toda a população que precisa voltar ao mercado. Os empregos vão voltar, mas não como antes: enquanto o número de desempregados subiu 36% no Brasil durante a pandemia, as vagas para tecnologia se multiplicaram.

“Os movimentos na direção de um trabalho mais intensivo em tecnologia, mais trabalho remoto e automação, intensificados pelo choque da covid-19, podem trazer complicações adicionais à recuperação do mercado de trabalho, à medida em que grupos vulneráveis são deixados para trás com a transformação estrutural”, aponta o relatório, afirmando que os riscos dessa vez “vão além de recessões anteriores”.

O cálculo do FMI com base no comportamento anterior do mercado de trabalho brasileiro aponta que o Brasil deve sofrer um “aumento duradouro do desemprego”, ainda que o nível de atividade dos trabalhadores volte a melhorar em meados de 2021 — a tendência é que muita gente volte a trabalhar, mas sem necessariamente maior empregabilidade. Antes da crise, o Brasil tinha mais de 40% da massa de trabalhadores no mercado informal.

“Essa herança de trabalhadores informais observada no Brasil ao longo dos últimos anos complica a situação do nosso mercado de trabalho [na crise]”, disse em entrevista anterior à EXAME o economista Helio Zylberstajn, da Universidade de São Paulo. Trata-se de um contingente que, em momentos de crise, é mais sujeito a perder a renda de uma hora para a outra. Boa parte dos postos perdidos na crise de 2008 era de funções repetitivas ou que exigiam baixa capacidade cognitiva. Agora, a crise da covid acelerou como nunca o processo.

O setor de serviços, em áreas como turismo e relacionados (como os serviços em cidades turísticas), pode ser afetado para muito além de 2020. O risco é que as pessoas e regiões que dependem desses setores fiquem desempregadas por muito tempo e sem conseguir mudar de setor. O setor de serviços é o que mais emprega no Brasil, mais de dois terços da população, segundo o IBGE.

O FMI também lembra no relatório que o Brasil sequer havia se recuperado da crise anterior que afetava o mercado de trabalho. Mesmo antes da pandemia, a taxa de desemprego já passava de 12% (nos EUA, a título de comparação, estava em menos de 4% antes da pandemia, uma baixa histórica, uma vez que o mundo desenvolvido já havia se recuperado da crise de 2008).

O relatório do FMI traz elogios à resposta brasileira à pandemia, apontando a importância de programas como o auxílio emergencial, a política de redução de juros do Banco Central e o crédito a pequenas empresas (ainda que, internamente, o programa tenha sido considerado insuficiente pelos empreendedores).

O FMI estima que, sem o auxílio emergencial, o contingente de pessoas em situação de pobreza teria ido de 6,7% para 14,6%; com o auxílio, a pobreza no Brasil na verdade diminuiu temporariamente, para 5,4%. O auxílio impediu entre 14 e 23 milhões de pessoas de ficarem abaixo da linha da pobreza.

Por isso, o Brasil terá ainda o desafio de garantir que a pandemia não amplie ainda mais a desigualdade no país. “Quando o auxílio emergencial espirar no fim do ano, uma melhoria substancial será necessária no mercado de trabalho para evitar um aumento elevado da pobreza e desigualdade”.

O Brasil — como os economistas daqui bem sabem –, vive uma encruzilhada entre manter ou não o auxílio emergencial ou alguma forma de auxílio parecida, como uma ampliação do Bolsa Família. A opção de ampliar o Bolsa Família em vez de criar um novo programa está agora no radar do governo. “Retirar as políticas públicas relacionadas à covid de forma prematura poderia enfraquecer a recuperação, enquanto manter o apoio por muito tempo pode exacerbar os riscos relacionados à sustentabilidade da dívida”, aponta o FMI.

Enquanto a hora da decisão não chega para o governo, a economia brasileira colheu os benefícios do auxílio e de outras políticas e se recuperou “melhor do que o esperado” nos últimos meses, com crescimento de setores como varejo e indústria por cinco meses consecutivos a partir de maio após quedas bruscas em março e abril. O FMI também aponta que a inflação se manteve sob controle e que o Brasil tem nível alto de reservas internacionais.

A projeção do FMI é que a economia brasileira caia 5,8% neste ano, estimativa mais pessimista do que a do próprio governo brasileiro e dos analistas ouvidos para o boletim Focus desta semana, que projetam queda de 4,5%.

Apesar da resposta necessária à pandemia, os riscos fiscais seguem sendo uma preocupação. Diante do aumento dos gastos para atenuar os efeitos da pandemia, o déficit primário do setor público (excluindo o setor financeiro público) deve sair de 1% do PIB em 2019 para mais de 11% em 2020. A dívida pública também deve passar de 100% do PIB e se manter assim no médio prazo.

Além disso, o relatório chama atenção para um aumento da “polarização política” neste segundo semestre do ano e um atraso na agenda do Congresso para implementar reformas que eram esperadas para 2020.

A agenda do Congresso foi atrasada pelas eleições municipais, a proximidade das eleições para a sucessão da Presidência da Câmara e do Senado e a falta de um acordo entre as casas e a base do governo, majoritariamente formada por alguns partidos do Centrão. Antes das eleições, a Câmara passou semanas sem votar temas importantes. O relatório defende a urgência de uma reforma tributária e de agendas como as privatizações.

EXAME

Itaú vende metade de suas ações do Carrefour após morte de João Alberto

Foto: Divulgação

Desde que João Alberto Silveira Freitas foi morto no estacionamento de uma unidade do Carrefour em Porto Alegre, muitos no mercado financeiro se perguntam sobre a confiabilidade da governança da empresa e sobre a manutenção dos investimentos em longo prazo na rede francesa. Pois, aparentemente, o Itaú já tomou a decisão de diminuir sua exposição ao Carrefour.

Somente na terça-feira, 24, o Itaú vendeu quase 8 milhões de ações das 17 milhões que detinha até aquela data, segundo dados coletados da Bloomberg. Restou 53% da posição. Segundo estes dados, o Itaú foi o único entre os maiores investidores do Carrefour a vender ações de forma tão expressiva após a morte de João Alberto.

Questionado sobre o motivo que levou a reduzir sua participação tão bruscamente, o Itaú preferiu não comentar. “Para preservar as estratégias de investimento e o melhor interesse dos nossos cotistas, a Itaú Asset Management não pode se manifestar sobre as operações dos fundos”.

Veja