Indústria começa a entregar seringas na sexta e não teme calote

O primeiro lote com três milhões de seringas e agulhas destinadas à vacinação contra Covid-19 será entregue na sexta-feira pela empresa SR, após encontro entre as três fabricantes e o Ministério da Saúde, realizado ontem. Na reunião, o governo solicitou a entrega emergencial de 30 milhões de seringas e agulhas até final de janeiro, mas não definiu o valor do pagamento. E isto não aflinge as companhias, afirma o diretor da SR, Luiz Antonio Saldanha Rodrigues.

“O que menos preocupa é o valor que o ministério vai pagar. O importante é a seringa chegar antes da vacina. Trabalho há mais de 30 anos com o Ministério da Saúde e sei que eles não vão fazer nada antiético nem vão aproveitar uma situação dessa para dar balão na indústria nacional. Agora é o momento de se trabalhar juntos”, afirma Rodrigues.

No primeiro leilão realizado no dia 28, o governo conseguiu comprar apenas 2,4% exatamente porque o valor proposto estava abaixo do que as empresas pediam. De acordo com Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo), o Ministério da Saúde ofereceu um valor completamente defasado de 13 centavos por seringa, e as companhias pediam entre 22 e 48 centavos dependendo do item.

O edital para a compra das 300 milhões de seringas e agulhas deve sair na próxima semana. A nota do Ministério da Saúde sobre este lote emergencial, em que informa que fará a requisição dos produtos “na forma da lei”, não criou temor no setor, afirma Rodrigues.

“Como órgão público, o governo não pode firmar compromissos nem fazer acordos, há órgãos fiscalizadores. Foi proposto isto para as empresas como medida cautelar e de forma pacífica. O governo está imbuído em dar valor às industrias nacionais”.

Miriam Leitão – O Globo

Com fim do auxílio, país deve perder mais de R$ 60 bi de massa salarial

O auxílio emergencial, pago a mais de 66 milhões de brasileiros no ano passado, representou uma massa salarial ampliada em 326 bilhões de reais, segundo um estudo inédito do banco Santander.

O Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda (BEM), que permitiu a redução da jornada de trabalho e do salário com o objetivo de preservar empregos, também contribuiu para esse resultado. De acordo com o Ministério da Economia, o BEM atendeu 10 milhões de trabalhadores e 1,5 milhão de empresas.

Não fossem os programas de auxílio à população e às empresas, a perda de massa salarial ampliada, que inclui todas as fontes de renda dos trabalhadores, teria sofrido uma queda de 6,6% em 2020, de acordo com o levantamento do Santander. Com o pagamento dos benefícios, houve um aumento de 2,8% da massa salarial no ano passado, que somou 916,25 bilhões de reais.

Com o fim dos benefícios, a previsão para este ano é de uma queda de mais de 60 bilhões de reais da massa salarial ampliada. “A retirada dos programas já era prevista, por se tratar de uma questão emergencial de 2020, e sinaliza uma vontade do governo de arrumar a questão fiscal, mas não deixa de ter um impacto no cenário macroecônomico”, analisa Lucas Maynard, economista do Santander.

Ainda assim, a expectativa é de uma alta no consumo das famílias de 2,1%, ante uma queda de 4,3% no ano passado, de acordo com o Santander. As projeções, no entanto, dependem de uma série de fatores, entre eles a intensidade da segunda onda da covid no país, o início do calendário de vacinação e a questão fiscal. O desemprego também deve entrar nessa equação.

“Muitas pessoas que não procuraram trabalho em 2020, em função do fechamento da economia e do recebimento do auxílio, devem fazer isso em 2021, engrossando a taxa de desemprego”, diz Lucas Maynard, economista do Santander.

O aumento no número de casos do coronavírus é outro fator de preocupação. Caso o crescimento de internações hospitalares em razão da pandemia atinja níveis semelhantes aos observados nos Estados Unidos, na Europa, no Japão e em outros países, é possível que Estados e munícipios tenham que restringir a circulação de pessoas e o funcionamento de determinadas atividades.

Nas regiões do país mais atingidas pela segunda onda da covid, esse temor já vem se tornando uma realidade. O governo do Amazonas decretou nesta segunda-feira, dia 4, o fechamento de todos os serviços não essenciais – a medida é válida por 15 dias.

“A tendência é que mais medidas restritivas sejam tomadas com o novo avanço da pandemia no Brasil, como já aconteceu em outras partes do mundo”, avalia Christopher Garman, diretor para as Américas da consultoria Eurasia. “O impacto da retirada do auxílio emergencial e o tamanho da segunda onda no Brasil são os principais fatores que devem impactar a economia e a política no país este ano”, afirma.

Há ainda outros motivos de incerteza, como a pressão inflacionária e os reajustes que deverão ser praticados pelo setor de educação, represados no ano passado. A intenção de investimento das empresas também está em pauta.

Nas próximas semanas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) deverá lançar o levantamento do apetite por inversões das empresas do setor previstos para este ano. “Com dados como esses em mãos, será possível ter uma noção mais clara sobre o comportamento da economia em 2021”, diz Renato da Fonseca, gerente-executivo de economia da CNI.

Em um cenário positivo, a continuidade da recuperação econômica e o bom encaminhamento da questão fiscal, com uma possível atração de investimentos, devem compensar a retirada do auxílio. “A aprovação da reforma administrativa e tributária também deverão acrescentar elementos estruturantes”, afirma Fonseca.

Do lado negativo, não há mais espaço para gastos com medidas extraordinárias para fazer frente a um eventual novo impacto do coronavírus sobre a economia. “O Brasil gastou mais do que outros países emergentes nesse sentido e a conta socioeconômica provavelmente terá que ser paga este ano”, diz Garman.

Exame

Brasil não está quebrado, mas situação fiscal é delicada, diz secretário

Sérgio Lima/Poder360 17.11.2020

O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, afirmou hoje que o Brasil não está quebrado, como disse o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta manhã em conversa com apoiadores. Sachsida ressaltou, entretanto, que a situação fiscal é delicada. A declaração foi dada durante entrevista à CNN.

“[O Brasil não está quebrado] de maneira alguma, de jeito nenhum. O presidente Bolsonaro apenas usou um jargão popular para expressar uma situação. No momento não é possível dar novos benefícios tributários”, defendeu Sachsida. “O que o presidente falou é algo de amplo conhecimento de todos: a situação fiscal do país é delicada”.

Durante a manhã, em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que não conseguiu ampliar a isenção do Imposto de Renda, uma promessa de campanha, por causa da pandemia do novo coronavírus, que atrapalhou os planos econômicos do governo.

“Chefe, o Brasil está quebrado, não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de renda? (mas) teve nesse ano (2020) esse vírus potencializado pela mídia que nós temos”, afirmou Bolsonaro a um apoiador.

Para Sachsida, a fala do presidente mostra um “compromisso com a estabilidade macroeconômica”.

“O que o presidente deu foi uma tremenda declaração em defesa da consolidação fiscal. Pessoalmente, acho que esse tipo de declaração mostra para todo o mercado que o presidente está comprometido não apenas com uma agenda de reformas, mas com a agenda de consolidação fiscal”.

Notícias UOL

Banco do Brasil vai vender 1.404 imóveis

O Banco do Brasil anunciou a venda de 1.404 imóveis com descontos que podem chegar a 70%. A oferta abrange casas e apartamentos com valores que variam de R$ 15 mil a R$ 21,7 milhões.

A campanha de venda tem previsão de seguir até o dia 15 de janeiro. Informações sobre os imóveis podem ser obtidas por meio deste site.

A Região Nordeste é a que concentra maior número de imóveis à venda, com 590 unidades e descontos de até 65%. Em seguida está a Centro-Oeste: 349 imóveis e descontos de até 70%.

O banco informou que, em 2020, vendeu 770 imóveis decorrentes de créditos concedidos a inadimplentes. Destes, 684 foram por meio da plataforma Seu Imóvel BB. As outras vendas foram feitas por meio de leilão online ou por venda direta.

“Para dar segurança ao comprador, o BB garante o pagamento de todas as despesas vinculadas ao imóvel até a transferência da propriedade ao comprador, como impostos, taxas de energia, água e gás e condomínio”, informou, por meio de nota, o banco.

Para acessar o site do Banco do Brasil com as ofertas de imóveis, clique aqui.

Portal AgroBB

Desde abril do ano passado, o banco disponibilizou um outro portal – o AgroBB –, que é dedicado exclusivamente à venda de imóveis rurais.

Há nesse portal o portfólio de cerca de 100 propriedades em todo o território nacional, com valores que vão de R$ 11 mil (terreno) a R$ 48 milhões (fazenda).

Para acessar o site AgroBB, clique aqui.

Agência Brasil

Dólar inicia ano em forte alta e fecha a R$ 5,26

Em meio a uma nova onda de lockdowns em países europeus e a instabilidade política nos Estados Unidos, o dólar começou 2021 com forte alta, aproximando-se dos R$ 5,30 em alguns momentos. A bolsa de valores, que operou em alta durante a manhã, não sustentou os ganhos e fechou em baixa.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (4) vendido a R$ 5,268, com alta de R$ 0,079 (+1,53%). Num dia de fortes oscilações, a cotação chegou a cair para R$ 5,12 por volta das 9h15, mas disparou durante a tarde. Na máxima do dia, por volta das 16h50, chegou a R$ 5,28.

A volatilidade também foi sentida no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 118.858 pontos, com recuo de 0,13%. Pela manhã, o indicador chegou a bater recorde e superar os 120 mil pontos, mas não conseguiu manter o ritmo, influenciado pelo cenário internacional.

O aumento global de casos de covid-19 e o ritmo lento de vacinação em alguns países alimentaram o clima de pessimismo. Hoje, o Reino Unido decretou lockdown total no país até meados de fevereiro para conter a disseminação da variante do novo coronavírus mais contagiosa que as anteriores.

O clima político nos Estados Unidos, com a realização do segundo turno para as eleições do Senado na Geórgia, também influenciou os mercados. Os três principais índices que compõem o mercado em Wall Street afastaram-se dos recordes recentes e fecharam em forte queda. O Dow Jones (das empresas industriais) caiu 1,27%, o S&P 500 (das 500 maiores empresas) perdeu 1,49%, e o Nasdaq (das empresas de tecnologia) recuou 1,48%.

*Com informações da Reuters

Agência Brasil

Gasolina sobe 5% a partir de hoje para as distribuidoras

A Petrobrás reajustou em 5% o valor da gasolina e em 4% o óleo diesel S10 e S500. O anúncio foi feito ontem pela estatal, com vigência a partir de hoje (29).

Com a medida, o preço médio da gasolina da Petrobras vendida para as distribuidoras aumentou R$ 0,09 e passou a R$ 1,84 por litro. No acumulado do ano, houve redução de 4,1% no preço da gasolina. Segundo a estatal, em 2020 foram feitos 41 reajustes nesse combustível, sendo 20 aumentos e 21 reduções no valor.

Para o óleo diesel, o valor para as distribuidoras aumentou R$ 0,08, chegando a R$ 2,02 por litro. O diesel acumula queda de 13,2 % no ano, em um total de 32 reajustes, com 17 aumentos e 15 reduções no valor.

Agência Brasil

Brasil fecha 2020 com 14,1 milhões de desempregados, aponta IBGE

Dados divulgados na manhã desta terça-feira, 29, pelo IBGE, mostram que a taxa de desocupação no Brasil subiu 0,5 pontos percentuais no trimestre de agosto a outubro de 2020 em relação ao de maio a julho. Agora, são 14,3% de desempregados — o que equivale a 14,1 milhões de pessoas desocupadas. O número é 2,7 p.p. maior que o registrado no mesmo período de 2019 (11,6%). Já o nível de ocupação representa 84,3 milhões de pessoas — 2,8% a mais em relação ao trimestre anterior e 10,4% menor que o mesmo período do ano passado.

Em relação à subutilização, a taxa caiu 0,7 p.p. e atingiu 29,5% da população em relação ao trimestre passado. Em número de pessoas, são 32,5 milhões de subutilizados — sem variação significativa em relação ao mesmo trimestre de 2019. Quanto a população na força de trabalho (98,4 milhões) subiu 3,4% em relação ao período de maio a julho e caiu 7,6% em relação ao ano passado. Dos empregados, 29,8 milhões de pessoas estão sob regime de carteira de trabalho assinada no setor privado — 10,4% menor que o mesmo trimestre de 2019. Os sem carteira assinada representam 9,5 milhões — menos 20,1% no mesmo período. Já os que trabalham por conta própria representam, hoje, 22,5 milhões de pessoas. Em relação ao rendimento médio real habitual, ele está estável em R$ 2.529 — 5% maior que em 2019.

Quanto aos setores, a ocupação cresceu em quatro dos dez agrupamentos se comparado ao trimestre anterior: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3,8%), Indústria (3,0%), Construção (10,7%) e Comércio e reparação de veículos automotores (4,4%). Já em relação ao mesmo período de 2019, a ocupação recuou em oito dos dez grupamentos: Indústria (-10,6%), Construção (-13,7%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-11,2%), Transporte, armazenagem e correio (-13,4%), Alojamento e alimentação (-28,5%), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (-4,0%), Outros serviços (-20,4%) e Serviços domésticos (-25,4%).

Jovem Pan