Crise entre Poderes aterroriza pauta econômica em um momento crucial

“Parece até sabotagem”, disse ao Radar Econômico um importante membro da equipe econômica do governo Bolsonaro sobre a crise instaurada entre o Poder Legislativo e o Judiciário devido à prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Em meio às discussões para a renovação do auxílio emergencial, tudo parou na Câmara dos Deputados para discutir o futuro do deputado bolsonarista. O entendimento por lá de que a crise não poderia vir em pior hora e de que o movimento pode significar mais uma ação para minar a continuidade do governo, do que, de fato, punir um crime cometido pelo parlamentar. Especula-se: Moraes teria atirado num deputado para acertar no presidente?

Enquanto isso, a equipe econômica vai manter sua agenda, focada principalmente no Senado, como se o evento fosse puramente marginal. Na tarde desta quarta-feira, 17, por exemplo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, receberá o senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC do Pacto Federativo e responsável por incluir a cláusula de calamidade, que restabelecerá o auxílio emergencial. Disse, essa fonte, que o ministro recebeu com profunda tristeza a notícia de que as declarações indecorosas do deputado acarretaram em sua prisão, pois isso pode boicotar, mais uma vez, a retomada da economia do país.

Radar Econômico – Veja

Ibovespa abre em queda com exterior em volta de feriado

O Ibovespa abriu em leve queda nesta quarta-feira, 17, que marca a volta do feriado de Carnaval. O movimento acompanha o de bolsas internacionais, que passaram por novas realizações de lucros, com alguns dos principais índices de ações próximos de sua máxima histórica. Devido ao ponto facultativo de Quarta-feira de Cinzas, o pregão teve início apenas às 13 horas.

Embora gatilhos positivos, como estímulos e vacinas, sigam no horizonte dos investidores, crescem as preocupações sobre uma forte correção após o intenso rali, que se arrasta desde o início de novembro no mercado internacional. Na terça-feira, 17, o estrategista-chefe de renda variável do Citi afirmou ser “muito plausível” uma queda de 10% dos índices americanos.

O que ajuda a sustentar o Ibovespa é a forte alta de mais de 2% das ações da Vale (VALE3), que possuem a maior participação no índice. O destaque positivo, no entanto, fica com papéis da Embraer (EMBR3), que chegam a disparar 8% nos primeiros negócios desta quarta.

Exame

Mercado aumenta projeção para taxa básica de juros em 2021

A expectativa do mercado financeiro é que a taxa básica de juros, a Selic, suba em 2021 e encerre o ano em 3,75%. Na semana passada, essa estimativa era de 3,50%, de acordo com o boletim Focus de hoje (17), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para o fim de 2022, a estimativa é que a taxa básica fique em 5%. E para o fim de 2023 e 2024, a previsão é 6% ao ano. A Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), é o principal instrumento utilizado pelo BC para alcançar a meta de inflação.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Inflação

A previsão das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) variou de 3,60% para 3,62%. Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,49%. Tanto para 2023 como para 2024 as projeções são de 3,25%.

O cálculo para 2021 está abaixo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior, 5,25%.

PIB e dólar

Já a estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia caiu de 3,47% para 3,43% em 2021. Para o próximo ano, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 2,50%, a mesma previsão há 147 semanas consecutivas. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro também continua projetando expansão do PIB em 2,50%.

A expectativa para a cotação do dólar permanece em R$ 5,01, ao final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5.

Agência Brasil

Grupo A. Gaspar entra na Paraíba com a compra do Hotel Tambaú

O empresário Arnaldo Gaspar, que comanda o grupo A.Gaspar, vai atuar na Paraíba no ramo da hotelaria.

O grupo comprou o Hotel Tambaú, de João Pessoa. O valor da negociação foi de R$ 40,6 milhões.

A compra aconteceu através de um leilão, ocorrido nesta quinta-feira, dia 04 de fevereiro, de 2021.

Arnaldo é um cidadão que só pensa em trabalhar, e um dos potiguares mais ilustres de Nossa Terra.

A família segue firme os passos do Patriarca, que ao lado de Denise vai fazer história também no vizinho estado da Paraíba

Breve histórico do hotel Tambaú: Foi construído nos anos 70, e na época era o único cinco estrelas de João Pessoa. São 12 mil metros quadrados de área construída, em uma área total, de 38.200 mil metros quadrados.

O blog do GM, deseja vida longa aos amigos de sempre: Arnaldão, a Denise, Arnaldinho, Ruy e Sérgio Gaspar, principalmente nesse momento de investimento em mais grande empreendimento.

 

Prefeito Juninho Alves luta por emprego para o povo de Caraúbas

O Prefeito de Caraúbas, Juninho Alves, não brinca de administrar a sua Cidade e ao lado do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do município, Edson Moraes, correram para Natal, onde se reuniram com o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, Jaime Calado e com secretário adjunto, Sílvio Torquato.

Na pauta, a busca para organizar a viabilidade da instalação de um Distrito Empresarial no município de Caraúbas.

“Iniciar o ano com boas notícias sempre animam, e com um fator positivo para o incremento na economia da cidade, deixa qualquer gestor mais entusiasmado ainda, pincipalmente quando se fala de emprego e renda para o povo”, disse o Prefeito.

Segundo ele, a parte da Prefeitura será organizar em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Caraúbas (CDL) e a Câmara de Vereadores um levantamento de quantas empresas desejam participar desse novo modelo empresarial que trará mais desenvolvimento para toda região.

Ele classificou a reunião como uma das mais importantes para o empresariado e principalmente para os cidadãos.

“Quando se fala na geração de emprego e renda para o nosso município não mediremos esforços, pois os empregos são esperados e estou empenhando em atrair novos negócios que possam melhorar a vida de nossa gente”, concluiu o Gestor.

Empresas avaliam compra de vacinas, reforçam testagens e postergam home office no repique da Covid

Com repique nos casos de Covid-19 e indefinições no calendário de vacinação no Brasil, as empresas começam o ano reforçando medidas de segurança para os funcionários. Além de postergarem a volta aos escritórios, companhias intensificam testagens nas equipes e monitoram as discussões sobre a vacinação para entender se —e, eventualmente, como— poderão adotar um programa de imunização para seus trabalhadores.

Nesta quarta-feira (13), grandes empresários que querem comprar vacinas para a Covid-19 afirmaram ao governo que, para isso, estão dispostos a doar uma parte para o governo.

Na semana passada, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, defendeu em live realizada com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a possibilidade de compra de vacina pela iniciativa privada depois que o SUS estiver abastecido.

“No momento em que a gente cumprir todas as demandas para suprir o SUS e atender a população brasileira, a gente necessita também que a iniciativa privada adquira as vacinas diretamente de laboratórios internacionais ou o excedente do produzido no Brasil e disponibilize na rede privada também”, afirmou. ​

A possibilidade de vacinação na rede privada já entrou no radar das companhias. Na primeira semana de janeiro, a clínica de imunização Vacinar, que atua há mais de 20 anos com o atendimento corporativo em São Paulo, foi procurada por 50 empresas interessadas em informações sobre vacinação de funcionários.

De acordo com o médico e responsável técnico da Vacinar, Roberto Florim, as conversas são preliminares e feitas ao mesmo tempo em que as empresas fecham contratos para a aquisição das vacinas de prevenção contra a gripe.

“O certo é que as empresas estão cada vez mais preocupadas com a imunização dos funcionários de maneira geral”, afirma Florim.

A clínica não divulga os nomes das interessadas, mas diz que são dos mais diversos setores. A estimativa da Vacinar é que a procura por informação cresça nas próximas semanas, pois o início do ano costuma ser de retomada gradual nas consultas dos clientes após os recessos de final de ano.

Mão enluvada segura seringa. Ao fundo, a palavra vacinas está escrita em uma placa
Laboratório do grupo Hermes Pardini, no bairro Itaim Bibi (SP). Na pandemia, grupo teve aumento de mais de 100% na carteira de clientes corporativos – Eduardo Anizelli – 11.jan.2021/Folhapress

A tendência também é percebida pelo grupo Hermes Pardini. A carteira de clientes corporativos em dezembro de 2020 mais que dobrou em relação ao mesmo período de 2019. O vice-presidente do grupo, Alessandro Ferreira, afirma que, além do maior interesse por testes de Covid-19, cresce também a demanda por teleconsulta e a busca por acompanhamento mais regular de outras doenças.

Tem mais demanda para monitoramento dos casos de diabetes e hipertensão, por exemplo, que predispõem ao contágio da Covid-19, mas também mais pedidos de monitoramento de saúde mental pesquisas têm apontado aumento de quadro de ansiedade e estresses em home office.

“A procura não é apenas para cumprir obrigações previstas em lei, como acompanhar quem trabalha com produtos químicos, mas uma preocupação generalizada, indicando que há uma mudança de perfil nas prioridades com a saúde”, diz Ferreira.

O grupo tem sido procurado para dar informações sobre vacinação de Covid-19.

“Já estamos pleiteando, junto a algumas fornecedoras, para obter vacinas, porque temos interesse em vacinar nossos colaboradores e disponibilizar aos nossos clientes, que se mostram interessados. Mas ainda não há nada concreto”, afirma.

A multinacional P&G (Procter & Gamble), que tem quatro mil funcionários no Brasil (800 deles em escritório), não descarta a possibilidade de importar vacinas.

“Se houver a disponibilidade de vacinas para empresas privadas e a possibilidade de importação, teríamos interesse na aquisição para a segurança e o bem-estar de nossos trabalhadores”, afirma Fernando Akio Mariya, gerente médico da empresa.

A P&G havia programado o retorno presencial aos escritórios para a primeira quinzena de janeiro. Diante da alta de casos de coronavírus e a identificação de uma mutação mais contagiosa do vírus, a volta foi postergada para fevereiro e poderá ser alterada de acordo com a evolução da doença.

Em dezembro, a P&G estabeleceu uma espécie de quarentena para seus funcionários que retornavam gradativamente ao escritório como prevenção a um possível aumento de contaminação no Natal e no Ano Novo. Agora, analisa se a estratégia foi efetiva.

Homem branco de óculos veste camisa branca, calça jeans e posa ao lado de uma mochila amarela
Danilo Mansano, diretor-executivo da 99Food, afirma que a empresa avalia a possibilidade de vacinar funcionários – Divulgação 99Food

“Iremos usar o mês de janeiro para capturar informações mais precisas e atualizadas sobre os impactos das festas de final de ano no aumento de número de casos e de ocupação de UTI, que sempre foram vetores importantes na tomada de decisão de estarmos ou não no escritório”, afirma Raíssa Fonseca, gerente de RH. ​

A 99 Food, que tem 120 funcionários na área administrativa —todos em home office e sem previsão de retorno aos escritórios—, também tem interesse na aquisição de vacinas. Segundo o diretor-executivo, Danilo Mansano, a empresa tem acompanhado a compra de vacinas na China e estuda como poderia replicar o processo no Brasil.

Mansano afirma que segue protocolos definidos em parceria com o Hospital Sírio Libanês. Quando precisam ir ao escritório, os funcionários são submetidos a controle de acesso, triagem por meio de aplicativo interno e testagens.

Executivos contam como grandes empresas integraram seus canais
Executivos contam como grandes empresas integraram seus canais

No início da semana passada, o presidente da ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacina), Geraldo Barbosa, embarcou para a Índia para conhecer a fábrica da Bharat Biotech, que está desenvolvendo a Covaxin. A entidade tem 200 clínicas de vacina associadas (70% do setor privado naciona) e afirmou que todas são favoráveis às negociações de compra do imunizante.

Nesta semana, ao retornar da viagem, Barbosa afirmou que há uma resposta positiva do mercado corporativo, que tem procurado a associação para subsidiar a imunização de funcionários.

“Se essas vacinas não vierem para o mercado privado brasileiro, não virão nem para o Brasil”, afirma. “A aquisição depende do fim dos trâmites legais junto aos órgãos reguladores brasileiros, fabricante e distribuidora/importadora”.

A Covaxin ainda não obteve autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Na Índia, autoridades de saúde recomendam seu uso emergencial.

O hospital Sírio-Libanês afirma que esta acompanhando o processo de liberação e avalia que a prioridade é o setor público em um primeiro momento.

“A instituição entende que há hoje um número limitado de unidades produzidas e, portanto, é fundamental centralizar essa compra no setor público”, afirma, em comunicado.

A discussão sobre vacinas também está sendo acompanhada por indústrias. CNI (Confederação Nacional da Indústria) e Sesi (Serviço Social da Indústria) avaliam a possibilidade de obter os imunizantes contra a Covid-19, mas afirmam que irão aguardar as devidas orientações do Ministério da Saúde.

Enquanto isso, cresce também a procura por empresas por testagens. Segundo Lídia Abdalla, presidente-executiva do grupo Sabin, a busca deste serviço por empresas teve aumento de 28% em dezembro. O grupo atende indústrias de mineração, telefonia, farmacêutica, energia, construção civil e serviços.

A Dasa Empresas, que reúne laboratórios de diagnóstico, hospitais e uma integradora de saúde, teve aumento de 9,8% em pedidos de testagens de 1º de dezembro a 6 de janeiro. No mesmo período, a carteira de clientes corporativos do grupo cresceu 12,3%.​​

A Volkswagen faz, neste mês, testagem em massa entre seus funcionários. O procedimento começou na semana passada para cerca de 10,5 mil funcionários que atuam nas fábricas em São Bernardo do Campo, São Carlos e Taubaté (SP) e em São José dos Pinhais (PR).

Na segunda-feira (11), a testagem foi estendida a funcionários de áreas operacionais da montadora que precisam ir esporadicamente às fábricas. Além de manter 80 medidas de proteção ao coronavírus, que incluem uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento, a empresa afirma que segue acompanhando o andamento dos casos de Covid-19 no país e permanece sem data de retorno presencial aos escritórios.

Empresas podem exigir que seus funcionários que tomem a vacina da Covid-19? Advogados trabalhistas ouvidos pela Folha têm posições divergentes sobre essa obrigatoriedade, bem como sobre eventuais sanções aos que se recusarem.

Para a advogada trabalhista do Lopes & Castelo Sociedade de Advogados, Elizabeth Greco, deverá haver diálogo entre empresas, funcionários e sindicatos, e os empregadores deverão investir em medidas de conscientização.

Greco afirma que diante da recusa, dificilmente o trabalhador poderá ser demitido por justa causa, porque este processo tem muitas gradações, como advertências prévias.

Já o advogado Jorge Matsumoto, sócio trabalhista do Bichara Advogados, avalia que, salvo exceções, o funcionário tem a obrigação de se vacinar e poderá sofrer demissão por justa causa.

“Entendo que sim, porque se ele colocar em risco os funcionários, quem vai ser responsabilizada é a empresa”, afirma. “Há para a empresa a obrigação constitucional de proteger seus funcionários.”

Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a vacina contra a Covid-19 pode ser obrigatória, desde que exista uma lei nesse sentido. No entendimento da corte, a imunização forçada é proibida, mas o poder público poderá adotar medidas restritivas para evitar a circulação de quem não se imunizar.

A sócia e líder da área trabalhista do Trench Rossi Watanabe, Letícia Ribeiro, pondera que a vacinação de funcionários ainda é um tema em construção.

“O posicionamento do Supremo é um norte importante a ser seguido por todos, inclusive pelas empresas e pelo que a jurisprudência trabalhista deve se firmar”, diz.

A especialista lembra que vacinação compulsória não significa vacinação forçada. Segundo Ribeiro, caso um funcionário que trabalhe presencialmente se recuse a se vacinar e não apresente respaldo científico, o empregador poderá implementar restrições para manter a segurança dos demais funcionários.

“O empregador deverá avaliar medidas de distanciamento social desse funcionário”, afirma.

Apesar das divergências, há um consenso. Todos pontuam que, caso tenha respaldo médico para não se vacinar, como gravidez, alergia a algum componente da vacina ou outro comprometimento, o trabalhador poderá ser dispensado da vacinação.

Deisy Ventura, advogada e coordenadora do doutorado em saúde global da USP, é contrária à comercialização de vacinas contra a Covid-19, mas é favorável que as companhias tenham estratégias para incentivar seus trabalhadores a se vacinarem na rede pública.

“As empresas podem, sim, dizer que querem que seus trabalhadores se vacinem, fazer pressão sobre o governo para que o programa nacional de imunização seja rápido, eficiente, e elas podem instituir penalidades para quem não for se vacinar, com exceções para quando existir uma justificativa do funcionário”, afirma.

A especialista defende que o engajamento do setor privado pode ser decisivo neste momento de pandemia.

“Se o setor privado deixar claro que quer um programa de imunização público, eficiente e rápido, o governo é extremamente reativo ao interesse do empresariado. O engajamento das empresas pode ser decisivo neste momento”.

Questionado pela Folha, o Ministério Público do Trabalho disse que segue analisando o tema e em breve deverá firmar um posicionamento a respeito.

FolhaPress

Ibovespa abre em alta à espera de estímulos americanos

O Ibovespa abriu em alta nesta quinta-feira, 14, em meio à expectativa de que o presidente eleito Joe Biden anuncie um novo pacote de econômico ainda hoje. Na última semana, Biden afirmou que o país ainda precisa de estímulos e falou “trilhões dólares” , sem mencionar exatamente a quantidade.

Segundo notícia da CNN americana, com base em duas fontes a par do assunto, o valor seria de 2 trilhões de dólares. O montante deve ser distribuído diretamente a famílias e a fundos locais e estaduais.

Com o otimismo por mais estímulos, os principais índices de ações internacionais sobem nesta manhã, enquanto o dólar perde força contra as principais moedas emergentes, incluindo o real.

Investidores também esperam pelos dados de pedidos de seguro desemprego, referente à primeira semana do ano. A estimativa é que o número de pedidos tenha ficado em 795.000, levemente acima dos 787.000 da última divulgação. Um número pior do que o esperado pode reforçar ainda mais a percepção de necessidade de estímulos. A divulgação está prevista para às 10h30 (de Brasília).

Na Alemanha, o PIB de 2020 fechou com queda de 5% ante expectativa de retração de 5,2%. As estimativas para 2021 é de crescimento de 3,5%,, o que deve adiar para 2022 a volta aos níveis pré-pandemia. Na bolsa de Frankfurt, o índice DAX sobe cerca de 0,2%.

No radar do mercado ainda segue o andamento do processo de impeachment de Donald Trump, aprovado na véspera pela Câmara americana. A conclusão do processo ainda depende do apoio de dois terços do Senado. No entanto, o líder da maioria republicana do Senado, Mitch McConnell, sinalizou que não deve dar andamento ao processo até a posse de Biden, em 20 de janeiro – o que esfria os temores sobre protestos de apoiadores de Trump, como os da última semana.

No período da tarde, por volta das 14h30, as atenções devem se voltar para o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que pode dar mais pistas sobre até quando vão os estímulos por meio de recompra de títulos no mercado. Também são esperados comentários sobre os efeitos da pandemia na maior economia do mundo.

Na bolsa, as ações da Vale (VALE3) impulsionam o Ibovespa, com alta de mais de 1%, enquanto as da Petrobras (PETR3 e PETR4) pressionam negativamente, em linha com a desvalorização do petróleo.

No mercado de câmbio, o dólar se desvaloriza contra as principais moedas emergentes em meio ao otimismo por estímulos. Depois de fortes desvalorizações na última semana, o real chega a seu terceiro pregão seguido de apreciação.

Exame