Reunião em Natal discutirá a suspensão da pesca do atum

Foto: Adriano Abreu

A suspensão da pesca do atum no Brasil por parte do Governo Federal já tem provocado consequências na economia do Rio Grande do Norte, maior produtor e exportador do Brasil do pescado. Empresas já têm dispensado funcionários em férias coletivas, como é o caso da Produmar, que deu férias a 100 pescadores, e apontam ainda que a suspensão, que no papel é até dia 1º de janeiro, na prática será até o fim do primeiro mês de 2024, uma vez que a pesca do atum depende da posição da lua. Com isso, o pescado só voltaria a chegar a mesa dos potiguares a partir de fevereiro, segundo interlocutores do segmento pesqueiro potiguar.

Nesta terça-feira (19), representantes do Ministério da Pesca, do Meio Ambiente, autoridades e interlocutores do setor pesqueiro vão se reunir em Natal para discutir a medida e os impactos para o segmento. Anualmente, o Brasil precisa cumprir uma “cota” de pesca de atum, cota esta que não pode ser ultrapassada por tratados internacionais.

A medida tem afetado grandes empresas, mas também pequenos empresários, como é o caso do vendedor Josenilson Alves de Moura, 52 anos, que trabalha com atum há 40 anos no Canto do Mangue, nas Rocas. O pescado específico do atum (albacora-bandolim) representa 70% de suas vendas e segundo ele, o prejuízo no faturamento será de pelo menos 50%. O vendedor cita ainda que possui pescado em seu estoque e que há expectativa de receber novo carregamento do que já havia sido pescado, mas alega que haverá reajuste no preço.

Tribuna do Norte

Procon Natal aponta aumento nos preços dos combustíveis na capital

Foto: Divulgação/ Procon

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal) divulgou os resultados de sua mais recente pesquisa de preços realizada nas quatro zonas administrativas da cidade. A análise revelou um aumento significativo de R$ 0,51 no preço médio da gasolina comum, alcançando o valor de R$ 5,95 para o consumidor na bomba.

O reajuste, resultado das alterações nas distribuidoras, impactou a gasolina tipo A e o diesel tipo A, com percentuais de aumento de 9,40%. Já para o diesel comum e aditivado, foram registradas variações de -0,42% e -0,03%, respectivamente.

O etanol também apresentou um aumento no preço médio, passando de R$ 4,28 para R$ 4,44. Quanto ao gás veicular, houve uma ligeira redução de R$ 0,01 no preço médio do metro cúbico em comparação ao mês anterior, registrando R$ 4,76 em novembro e R$ 4,75 na pesquisa mais recente.

Mesmo com o aumento global, a pesquisa destacou variações expressivas entre os postos pesquisados. A maior diferença encontrada foi de 36,64% no preço do etanol. A gasolina comum, por exemplo, foi comercializada a R$ 5,07, alcançando seu menor preço na região oeste, bairro de Cidade Nova. Já o diesel teve uma variação de R$ 5,48 a R$ 6,38, sendo o menor valor identificado na região oeste, bairro de Cidade Nova, e o maior na região sul, bairro de Candelária.

O Procon Natal acompanhou os preços dos combustíveis ao longo do ano, revelando aos consumidores as variações e seus percentuais. O levantamento anual apontou que o preço máximo da gasolina comum atingiu R$ 6,15 em setembro, enquanto o mínimo foi registrado em janeiro, com o valor de R$ 5,27.

Diante desse cenário, o Procon Natal alerta os consumidores para a importância de ficarem atentos e realizarem pesquisas, buscando os melhores preços na hora de abastecer. O órgão ressalta que, mesmo com os aumentos, existem postos que praticam preços mais acessíveis.

Caso se depare com valores consideravelmente acima da média, o consumidor é encorajado a registrar denúncias na sede do Procon Natal, localizada na rua Ulisses Caldas n° 181, Cidade Alta, ou pelos canais de atendimento ao consumidor: WhatsApp (84) 98812-3865 e e-mail proconnatal@natal.gov.br, para as devidas medidas administrativas cabíveis.

Fonte: www.grandeponto.com.br

Navio-sonda que fará perfuração de poço da Petrobras chega à Bacia Potiguar

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, fez uma postagem em rede social informando que o Navio Sonda 42, que deverá fazer a perfuração do poço de Pitu Oeste, chegou à Bacia Potiguar, no litoral do Rio Grande do Norte e do Ceará. A postagem incorpora um vídeo com imagens do navio em funcionamento.

A Petrobras recebeu do Ibama, em outubro de 2023, a licença de operação para perfuração de poços exploratórios, em águas profundas da Bacia Potiguar, na Margem Equatorial brasileira. No âmbito da mesma Licença ambiental, a Petrobras planeja perfurar o poço Anhangá, na concessão POT-M-762, a 79km da costa do estado do Rio Grande do Norte e próximo ao poço Pitu Oeste.

“A Petrobras voltou a perfurar no Nordeste”, disse Prates. Segundo ele, a perfuração de Pitu Oeste vai começar no dia 24. “No total, a depender do licenciamento ambiental subsequente, deverão ser 16 poços exploratórios na Margem Equatorial até 2028”, informou.

Na postagem, feita na X (ex-Twitter), Prates afirmou que a avaliação técnica e econômica de qualquer descoberta deve levar entre 8 e 12 meses. “Até a produção efetiva, eventuais campos encontrados e considerados viáveis levarão outros 4-6 anos para conceber e desenvolver sua respectiva estrutura operacional”, contou.

Com informações do Estadão Conteúdo

Maior leilão de energia do Brasil tem empresa chinesa como vencedora e desconto de 40%

Onda de calor extremo no Brasil leva a segundo dia de recorde no consumo de energia elétrica — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Onda de calor extremo no Brasil leva a segundo dia de recorde no consumo de energia elétrica — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

O maior leilão de transmissão de energia já realizado no Brasil teve como vencedoras a chinesa State Grid, que levou o principal empreendimento – com aportes previstos de R$ 18 bilhões -, a espanhola Celeo Redes e a brasileira Alupar em consórcio com o fundo Mercury.

A licitação desta sexta-feira (15) garantiu a contratação de R$ 21,7 bilhões em investimentos em linhas de transmissão de energia, que vão expandir a capacidade de escoamento da energia renovável gerada no Nordeste para os centros de carga do Sudeste.

Lote 1

O principal projeto ofertado, um bipolo de transmissão em corrente contínua, foi arrematado pela State Grid, que ofereceu uma receita anual permitida (RAP) de R$ 1,94 bilhão pelo empreendimento, representando um deságio de 39,90% ante o valor máximo estabelecido.

O principal projeto ofertado, que passa por Maranhão, Tocantins e Goiás, é um bipolo de transmissão em corrente contínua e foi arrematado pela chinesa State Grid. O deságio do negócio foi de cerca de 40% e receita anual permitida (RAP) ofertada foi de R$ 1,94 bilhão.

A RAP é a remuneração que a empresa recebe pelos serviços que serão prestados e, nesse tipo de leilão, vence quem oferecer o menor valor. O RAP máximo permitido para esse projeto era de R$ 3,2 bilhões.

A companhia chinesa terá de realizar investimentos de cerca de R$ 18 bilhões para erguer o bipolo, com prazo previsto de 72 meses para implantação.

A State Grid é um dos maiores grupos do setor de transmissão brasileiro, controlando 24 concessionárias, sendo 19 próprias e 5 joint ventures (empreendimentos conjuntos, na tradução literal). Ao todo, a subsidiária brasileira da estatal chinesa opera mais de mais de 16 mil quilômetros de linhas no país.

Lotes 2 e 3

A Alupar saiu vencedora do lote 2 do leilão, ao ofertar uma RAP de R$ 239,5 milhões, significando um desconto de 47,01%. Já o lote 3 foi arrematado pela espanhola Celeo Redes, por R$ 101,2 milhões de RAP, deságio de 42,39%.

A Eletrobras, bastante aguardada na concorrência por ser a maior operadora de linhas de transmissão do Brasil e estar com fôlego financeiro para crescer no segmento, chegou a participar da disputa pelos lotes 2 e 3, mas não apresentou propostas vencedoras.

Segundo a agência reguladora Aneel, o desconto médio do leilão calculado com base nos lances ganhadores foi de 40,85%.

www.g1.globo.com

Insegurança jurídica ameaça empregos no setor eólico no RN

Foto: Felipe Gibson/G1

A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) avalia que a recomendação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) para cancelar a licença de instalação do Parque Eólico na Serra do Feiticeiro, em Lajes, na região Central do Estado, pode frear investimentos voltados à cadeia produtiva local de energia eólica.

A licença, segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), passou oito anos em análise. Na avaliação da presidente da Abeeólica, Elbia Gannoum, a ‘interferência’ pode representar um cenário de insegurança jurídica para as empresas, além de influenciar na migração de recursos para outras regiões do Nordeste.

Conforme aponta a presidente da Abeeólica, há uma necessidade global de descarbonização da matriz energética e medidas como a do MPRN podem prejudicar esse processo.

“Esse tipo de interferência traz uma insegurança muito grande para quem está fazendo investimentos, porque um parque eólico exige uma grande quantidade de capital porque tem muito investimento. Se a todo momento os licenciamentos ficarem sujeitos a dúvidas e questionamentos por órgãos do Ministério Público, que tem o seu papel fundamental, isso vai prejudicar os nossos investimentos em energia eólica”, argumenta.

Tribuna do Norte

Natália Bonavides se reúne com CDL para discutir melhorias para lojistas de Natal

A deputada federal Natália Bonavides se reuniu na manhã desta terça-feira (14) com representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e empresários de Natal para discutir melhorias para os lojistas da capital.

A reunião aconteceu na sede da CDL Natal, no bairro Tirol, e teve presença do presidente da instituição, José Lucena, e outros dirigentes da Câmara de Lojistas. “Construímos nossa atuação legislativa sempre a partir do diálogo”, reforçou da deputada federal.

No encontro, foram discutidas melhoria das condições de empregabilidade, debatidos assuntos tributários e possibilidades de ações legislativas e de articulações ministeriais.

A Petrobras lucra R$ 26,6 bilhões no 3º trimestre de 2023

 

A Companhia obteve recordes operacionais e o sexto maior EBITDA trimestral da sua história.

Com elevada performance operacional e crescimento da sua produção de petróleo, gás e derivados, a Petrobras reportou lucro líquido de R$ 26,6 bilhões e EBITDA ajustado de R$ 66,2 bilhões no 3º trimestre de 2023 (3T23), mantendo a consistência de bons resultados da empresa.

O EBITDA ajustado, que mede o resultado operacional da companhia, cresceu 17% no período em comparação com o segundo trimestre de 2023, alcançando a sexta melhor marca trimestral da história da Petrobras. Esse resultado decorre principalmente da valorização de 11% do preço do petróleo (Brent), maiores exportações de petróleo e vendas de derivados no mercado interno e menores importações de Gás Natural Liquefeito (GNL).

Apesar dos ganhos operacionais, o lucro líquido no 3T23 foi impactado principalmente pela desvalorização do real frente ao dólar, por isso, foi observada a redução de 7,5% ante o 2T23. Quando comparado ao 3º trimestre de 2022, o lucro líquido caiu 42%, resultado justificado pela queda do Brent e também pela redução das margens dos derivados no mercado internacional (crackspreads). É importante ressaltar que essas variáveis afetaram não só a Petrobras, mas a indústria de óleo, gás e derivados como um todo. Ainda assim o fluxo de caixa operacional (FCO) da Petrobras está acima da média das empresas globais de petróleo (majors).

Os números do ano passado refletiram um cenário atípico de preço alto de Brent que levaram a resultados financeiros recordes para as companhias de petróleo. Na comparação com os nove primeiros meses de 2022, a Petrobras apresenta menores perdas de fluxo de caixa operacional (FCO) e livre (FCL) na comparação com as empresas pares. Enquanto as majors da indústria apresentaram uma redução média de 28% no FCO e 43% no FCL nos 9M23 ante 9M22*, a Petrobras reportou queda de apenas 14% e 25% respectivamente (dados em US$). O desempenho operacional da companhia ajudou a mitigar as perdas por conta da queda do Brent. Nos 9M23, a produção comercial de petróleo e gás da Petrobras cresceu 1%, ao passo que as majors tiveram, em média, redução de 3% de produção.

“Estamos trabalhando para a Petrobras crescer de forma sustentável e rentável. Tivemos um terceiro trimestre excelente com recordes operacionais no E&P, no refino e no processamento de gás; seguimos com a nossa estratégia comercial para os combustíveis, que vem se mostrando bem-sucedida, tornando a Petrobras mais competitiva no mercado e ao mesmo tempo permitindo períodos de estabilidade para o consumidor. E tudo isso com responsabilidade socioambiental, resultados financeiros sólidos e consistentes, contribuindo para a sociedade e remunerando os acionistas da empresa”, destacou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Alinhada ao seu compromisso com a distribuição dos resultados gerados e sustentabilidade financeira, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou o pagamento de R$ 17,5 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio referentes aos resultados do 3T23.

• Endividamento sob controle

A dívida bruta da Petrobras segue patamar saudável e dentro do intervalo de referência entre US$ 50 bilhões e US$ 65 bilhões. A companhia encerrou o 3º trimestre com uma dívida bruta de aproximadamente US$ 61 bilhões, 5% acima do trimestre anterior. Esse aumento se deve à entrada em operação do FPSO Anita Garibaldi na Bacia de Campos, uma plataforma afretada que eleva tanto o ativo quanto a dívida da companhia, segundo a norma contábil internacional (IFRS 16). O aumento do endividamento, portanto, não está associado a captações de dívida financeira da companhia, que continua a financiar suas obrigações com seu fluxo de caixa operacional, em linha com seu Plano Estratégico.

“O nível de dívida da empresa segue como planejamos. Estávamos no piso da nossa faixa de referência justamente porque tínhamos a expectativa de início da operação de alguns FPSOs afretados, como o Anita Garibaldi, que já está produzindo na Bacia de Campos e contribuindo para o aumento de produção da Petrobras. Excluindo o efeito do afretamento, a dívida financeira da companhia ficou estável em comparação com o segundo trimestre, atingindo US$ 29,5 bilhões em 30 de setembro de 2023”, explica Sergio Caetano Leite, diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores.

• Contribuições para a sociedade

No 3T23, os investimentos da Petrobras totalizaram US$ 3,4 bilhões, 5% acima do 2T23. Nos primeiros nove meses do ano, os investimentos totalizaram US$ 9,1 bilhões, um crescimento de 31% em relação ao mesmo período de 2022. Mesmo com o cenário desafiador enfrentado pelo mercado fornecedor, que influenciou a capacidade de suprimento da demanda, a Petrobras deve encerrar o ano com patamar de US$ 13 bilhões de investimentos, sem comprometer a meta de produção planejada para 2023.

As operações da Petrobras seguem dando significativo retorno para a sociedade. Somente no terceiro trimestre do ano, foram pagos R$ 56,5 bilhões em tributos para União e entes estaduais e municipais. Durante o período também foram pagos ao grupo controlador (União Federal, BNDES e BNDESPar) R$ 9 bilhões em dividendos aprovados anteriormente.

• Performance operacional excepcional

Como reportado no relatório de produção, a companhia também apresentou excelentes resultados operacionais no 3T23. A produção média de óleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural própria da companhia cresceu 9% em relação ao segundo trimestre de 2023, alcançando 2,88 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no período. Esse resultado se deve, principalmente, ao alto desempenho operacional das plataformas do pré-sal.

A produção própria no pré-sal bateu novo recorde trimestral de 2,25 milhões de boed, equivalente a 78% da produção total da Petrobras, superando o recorde anterior de 2,06 milhões de boed no segundo trimestre deste ano. A produção total operada pela Petrobras também atingiu o recorde com 3,98 milhões de boed no mesmo período, 8% acima do 2T23.

O FPSO Almirante Barroso, no Campo de Búzios, atingiu sua capacidade máxima de 150 mil bpd, com três poços produtores, no dia 24 de outubro, apenas 146 dias após o primeiro óleo, um recorde no pré-sal. O recorde anterior da Petrobras foi o do FPSO P-76, também no campo de Búzios, que atingiu a capacidade máxima de produção em 234 dias.

O fator de utilização (FUT) das refinarias da Petrobras atingiu 96% no terceiro trimestre, o melhor resultado trimestral desde 2014. A produção total de derivados foi de 1.829 milhão barris por dia (Mbpd) no período. A produção de diesel, gasolina e QAV representou 69% da produção total, um aumento de 2 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre.

A companhia também reduziu a emissão de gases de efeito estufa, alcançando os melhores resultados trimestrais das refinarias em Intensidade Energética (101,7) e Intensidade de Emissão de Gases do Efeito Estufa (36,2 kgCO2eq/CWT), fruto dos investimentos no Programa RefTOP (Refino de Classe Mundial) e dos avanços em eficiência energética.

Fonte dos dados das majors: Bloomberg, 08/11/2023.