Com 13 novos parques em 2024, RN gera 32% da energia eólica no País

Líder na produção de energia eólica no Brasil, o Rio Grande do Norte deu mais um passo para ampliar ainda mais a primeira posição na viabilização de energia limpa no País. O Estado ganhou 13 novos parques eólicos nos dois primeiros meses de 2024, segundo o Mapa das Energias Renováveis do Observatório da Indústria Mais RN, núcleo de planejamento estratégico contínuo da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern). O número de parques em operação representa um crescimento de 0,45 gW de potênciaativa no Estado. Só em 2023, o RN registrou R$ 22,5 bilhões em investimentos em novos projetos de geração de energia, tanto para fontes eólicas como solares.

O Estado tem 293 parques eólicos em atividade e, no cenário nacional, fica atrás apenas da Bahia, que tem 319 empreendimentos. Mesmo assim, o RN é líder na potência em operação, com 9,43 gW, o que representa quase 32% de toda a geração de energia eólica no País. A plataforma da Fiern aponta ainda que há 91 empreendimentos em desenvolvimento, com 3,58 gW de potência outorgada, que consiste na potência em construção ou ainda não construída.

“A qualidade dos ventos, tanto no litoral do Rio Grande do Norte como em boa parte do interior, tem atraído novos investimentos na geração de energia eólica. Esse crescimento da atividade tem lastro nos 5,5 Gw (on-shore) já contratados para os próximos anos. Isso sem falarmos do potencial de 51 Gw já mapeado para geração da energia eolica off-shore, em fase de aquecimento. Essa liderança mais a vocação natural do Estado têm levado o SENAI/RN, através do Hub de Inovação e Tecnologia (HIT), a liderar diversos projetos nacionais e manter amplo intercâmbio mundial”, aponta o presidente da Fiern, Roberto Serquiz.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN (Sinduscon-RN), Sérgio Azevedo, o RN possui “qualidades excepcionais para os ventos” e destaca o protagonismo do Estado na área.

“Temos excelentes jazidas de ventos, e na medida que tenhamos capacidade de escoamento, com linhas de transmissão, o RN seguirá sendo o protagonista de produção de energia eólica no Brasil enquanto tivermos área para construir os parques. Nosso problema, em gerando energia, é o escoamento, mas tem que existir a necessidade da demanda. O Brasil precisa retomar o seu crescimento para termos demanda de energia cada vez maior e com isso possamos construir uma maior quantidade de parques para gerar mais energia para suprir essa necessidade”, explica.

Segundo o coordenador de desenvolvimento energético da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN (Sedec-RN), Hugo Fonseca, a entrada em operação dos novos parques está dentro do cronograma das outorgas recém-contratadas.

“Esses parques que entraram em operação estão obedecendo o cronograma previsto de implantação. Temos uma série de usinas que estão previstas para entrar em operação em 2024, mas esses 13 estão dentro do plano informado à Aneel e, principalmente, para o início da entrada de operação e comercialização desses projetos já junto a ONS. Esses 13 parques estão dentro do universo dos quase 13,1 GW contratados e outorgados que entrarão em operação até o início de 2026”, explica Hugo Fonseca.

“Avaliamos esse crescimento de forma muito positiva, pois cada novo parque significa em media 500 empregos. Além de movimentar toda cadeia produtiva, desde pousadas, casas alugadas de moradores das cidades do entorno, como também movimenta o setor de bares restaurantes, pousadas e a economia das cidades próximas”, disse Max Fonseca, consultor da Associação Potiguar de Energias Renováveis (Aper-RN).

“O RN já é um líder em energias renováveis, pois lidera a produção de energia eólica no Brasil. O fator central é pelo recurso disponível dos ventos da região Nordeste, com destaque para o RN. Aliado a isso é importante ter um governo pensando nas energias renováveis, em atrair investimentos, e a gente tem percebido isso no Estado, com Atlas Eólico, Onshore, Offshore, e agora o hidrogênio e solar. O papel do Estado de dar uma indicação aos investidores faz com que os estudos atraiam mais investimentos”, destacou a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum.

RN terá 1,97 bilhão para linhas de transmissão

O Rio Grande do Norte vai receber o investimento de R$ 1,97 bilhão por conta do primeiro leilão de transmissão de energias renováveis que vai ocorrer no dia 28 de março, na sede da B3, em São Paulo.
Ao todo, o leilão vai contemplar 15 lotes em 14 estados brasileiros. A previsão é que seja investido cerca de R$ 18,2 bilhões. No leilão deste ano, o Rio Grande do Norte foi contemplado nos Lotes 3 e 4 junto com os estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Entre os projetos previstos, destaca-se a linha de transmissão de 500kV, entre Ceará-Mirim e João Pessoa (PB), com 198 quilômetros.

O presidente do Sindicato da Indústria Construção Civil do RN (Sinduscon-RN), Sérgio Azevedo, aponta ainda que o desenvolvimento do setor é importante para que o Estado esteja pronto para a demanda de Hidrogênio Verde que se aproxima.

“Acredito na capacidade do RN de gerar essa energia. A vantagem do H2V é que em boa parte das plantas, não em todas, não há necessidade de linhas de transmissão. A produção de energia é para consumo da própria indústria de hidrogênio, para o próprio processo de hidrólise, então esse é um ponto que o RN sai com uma vantagem”, acrescenta Azevedo.

Segundo Hugo Fonseca, coordenador de desenvolvimento energético da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), os empreendimentos estão previstos para entrar em operação no ano de 2029. As novas linhas serão integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e têm como objetivo principal expandir e fortalecer a rede básica de energia elétrica do estado. “As quatro grandes obras, nos blocos 3 e 4, garantirão a conexão de novos empreendimentos de geração de energia no sistema elétrico nacional”, ressaltou ele.

O leilão deste ano prevê a construção, operação e manutenção de 6.464 quilômetros de linhas de transmissão e 9.200 MVA em capacidade de transformação em todo o país. “A partir do leilão, esses projetos já podem comercializar seus contratos, abrindo margem no sistema elétrico para a conexão de novos empreendimentos”, complementou.

PANORAMA DAS EÓLICAS
293 é o número de parques em operação no RN

9,43 gW é a geração de energia com parques eólicos no Estado

30% é a produção de energia eólica do RN para o Brasil

25,5 GW de potência contratada no Brasil

13 é o número de parques instalados no último bimestre no RN

3,5 gW é a potência contratada no RN

91 empreendimentos estão em construção

3,58 gW é a potência outorgada

Fonte: Fiern/Aneel

Melão lidera exportação em fevereiro e gera US$ 13,8 milhões na balança comercial do RN

Os melões frescos voltaram a assumir a liderança da pauta de exportações do Rio Grande do Norte, após o petróleo (fuel oil) ter se firmado na primeira posição entre os produtos potiguares mais comercializados no mercado internacional desde 2022. Em fevereiro, as remessas da fruta despontaram e chegaram a mais de 19 mil toneladas, o que equivale a um volume negociado de aproximadamente US$ 13,8 milhões, contribuindo para o aumento de 29,8% nas exportações do estado no segundo mês do ano, no comparativo com igual mês em 2023.

Ao longo do ano passado, o RN exportou cerca de 157,3 mil toneladas da fruta, que geraram algo em torno de US$ 117,9 milhões, e no primeiro bimestre de 2024, o volume exportado acumulado já atingiu negociações da ordem de US$ 29 milhões, em função das remessas de mais de 40 mil toneladas da fruta para o mercado externo, principalmente para países como Espanha, Países Baixos e Reino Unido.

O desempenho das exportações de frutas frescas é um dos destaques edição de fevereiro do Boletim da Balança Comercial do RN, um informativo elaborado mensalmente pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do Norte com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. O boletim acompanha a evolução do comércio exterior do estado mês a mês, assim como as operações de compra e venda de mercadorias no mercado internacional durante uma série histórica, que leva em consideração os cinco últimos anos.

Foto: Agência Sebrae

Aumento de 29,8 % nas exportações

De acordo com a publicação, o mês foi marcado por um aumento nas exportações de melões frescos e melancias frescas para a Espanha, Países Baixos(Holanda) e Reino Unido. Completam a lista dos cinco principais itens da pauta o gasóleo (óleo diesel), com um volume de US$ 9,6 milhões, outros açúcares de cana (US$ 5,5 milhões), as melancias frescas(US$ 4,3 milhões), e os mamões papaias (US$ 1,3 milhão). Até janeiro, o produto mais exportado era o óleo de petróleo combustível (fuel oil), porém, esse item não figurou na relação das exportações do mês. Os principais países destino das exportações foram os Estados Unidos, Espanha, Países Baixos (Holanda) e República Dominicana.

Com o envio dessas e outras mercadorias para fora do Brasil, em fevereiro, o total das exportações somou mais de US$ 45,6 milhões, o que representa um aumento de 29,8% em relação a fevereiro do ano passado, quando no mês foram o volume de exportações chegou a US$ 35,2 milhões. O número, no entanto, é menor se for comparado a janeiro. Houve uma retração das exportações potiguares de 35,6%. O valor acumulado das exportações no primeiro bimestre deste ano é US$ 116,5 milhões, que é 4,8% maior que o acumulado no mesmo intervalo do ano passado.

Foto: Agência Sebrae
 

Importações sobem mais de 41 %

Em relação às importações, fevereiro também foi positivo. As mercadorias importadas somaram US$ 24,6 milhões, um avanço de 41,6% em relação a fevereiro de 2023. As principais mercadorias que contribuíram para esse crescimento foram outras gasolinas, exceto para aviação, com um total de mais de US$ 11,8 milhões, o coque de petróleo não calcinado (US$ 1,8 milhão), queijo tipo mussarela fresco (US$ 703,9 mil) e caixas de papel ou cartão ondulados (US$ 417,3 mil). Os principais países de origem das importações foram Estados Unidos, China, Espanha, Argentina e Espanha..

Contabilizando as importações do estado acumuladas nos dois primeiros meses de 2024, o volume chega a US$ 82,2 milhões, uma elevação considerável, mais que o dobro (114,7%) do volume acumulado em igual intervalo do ano anterior, quando o valor foi de apenas US$ 38,3 milhões.

Com esses resultados, a corrente de comércio do estado, que é calculada pela soma das exportações e importações, chegou em fevereiro a US$ 70.223.025. Já a balança comercial do Rio Grande do Norte encerrou o mês com um superávit de mais de US$ 21 milhões.

Tribuna do Norte

Preço do arroz dispara e acumula alta de 28,47%, a maior em 29 meses

O arroz, um dos principais itens da mesa dos brasileiros, acumulou inflação de 28,47% entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024, a maior alta de preços do produto em 12 meses desde o período encerrado em agosto de 2021, cujo valor acumulado foi de 32,68%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em Natal, a reportagem encontrou o pacote com preços que chegam a R$ 8. De acordo com o economista Robespierre do Ó, questões climáticas têm afetado a safra e provocado a alta, dentre outros fatores. Com isso, o consumidor não deverá sentir nenhum alívio no bolso até o segundo semestre deste ano.

De acordo com o economista, o fenômeno El Niño tem impactado diretamente a produção do insumo e, consequentemente, gerado a elevação dos preços. Outro fator diz respeito ao fim dos estoques do produto em diferentes partes do mundo após a pandemia de covid-19. “Os estoques diminuíram e agora nós temos os países comprando mais arroz, ou seja, existe um aumento da demanda. Quando isso acontece, o preço sobe. Tem ainda a questão dos efeitos climáticos – aqui no Brasil, as diferentes regiões de produção estão sofrendo, ou com muita chuva, como é o caso do Sul, ou com poucas precipitações, como tem ocorrido no Nordeste”, explica o economista.

Segundo ele, os preços só devem melhorar com a chegada da próxima safra, no segundo semestre de 2024. “Enquanto o mercado depender da safra atual, que recebe interferências do El Niño, nós vamos continuar sofrendo com o problema dos preços altos. Então, só será possível perceber um alívio a partir do segundo semestre”, afirma. Os mais pobres são os mais impactados pelos efeitos da inflação, especialmente por se tratar, neste caso, de um item base da da alimentação dos brasileiros, conforme detalhou o economista.

“Quanto menor a renda das famílias, mais os custos com qualquer item da cesta básica pesam no bolso. Então, este grupo de pessoas é o mais afetado com os preços”, diz. Para o presidente da Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte (Assurn), Gilvan Mikelyson, o consumo, neste caso, não costuma sofrer alterações, uma vez que o produto integra a lista de itens básicos da cesta, o que reflete diretamente no bolso de cada um.

“Todo aumento impacta no consumo e o arroz tem registrado essas altas constantemente até mesmo antes de 2023. O ponto aqui é que se trata de um produto difícil de substituir na mesa dos brasileiros, o que limita as possibilidades de buscas por uma alternativa ao item. Então, infelizmente, o consumidor tem que enfrentar o aumento e absorvê-lo”, comenta Gilvan Mikelyson. É o que faz a recepcionista Kalina Brito, que foi a um supermercado no Alecrim, na zona Leste de Natal, para fazer uma pesquisa de preços.

“Não vou levar desta vez. A marca que eu uso está em falta”, indica. “Mas não dá para tirar o arroz do cardápio, porque meu pai adora. Agora, os aumentos que nós temos visto, são absurdos”, reclama a recepcionista. A comerciante Laize Cristina também desistiu de levar o produto. Ela, que compra para revenda, disse considerar o preço da marca mais procurada pelos clientes salgado demais. “Não vale a pena levar. Os clientes reclamam muito”, pontua.

“Ultimamente é um item que eu não tenho vendido, porque tem pouca saída. Está tudo muito caro. Para revenda, o preço fica acima dos R$ 9”, completa. Já Aluízio Irineu, que é policial da reserva, decidiu levar para casa a marca que estava em promoção. “Vou levar o pacote por R$ 5,79, na promoção. Aqui está mais em conta do que em outros supermercados, pelo que eu pesquisei. Então, é bom aproveitar”, relata Aluízio.

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Presidente da Petrobras se reúne com o Primeiro-Ministro da Índia durante “India Energy Week 2024

O presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, participou do evento “India Energy Week 2024”, nesta terça-feira (06), em Goa, Índia. A conferência é a única do país que reúne toda a cadeia de valor do setor de energia da região, e respectivas lideranças mais relevantes.

Após a cerimônia de abertura, Prates participou de reunião restrita, seguida de almoço, com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, além de outros 12 ministros nacionais, presidentes de grandes empresas e autoridades globais do setor energético. O tema do encontro foi “Crescimento, Colaboração e Transição”.

Durante seu discurso, o presidente Prates agradeceu ao primeiro-ministro indiano pelo convite e transmitiu saudações da parte do presidente Lula. Também falou sobre as potencialidades e os desafios da transição energética justa para ambos os países e colocou a Petrobras ao dispor para potenciais estudos conjuntos e parcerias.

“A visita e a participação dos dois países [Brasil e Índia] no G20 e na COP28 foram consistentes com as políticas atuais dos governos, por trabalhar com a transição energética justa, com a preocupação de não gerar mais desigualdades social, mas fazer da transição um instrumento de aprimoramento da qualidade de vida e da distribuição de renda dos nossos povos. Esse é o maior desafio dos nossos países”, disse o presidente Jean-Paul Prates.

*Painel*

À tarde, o presidente da Petrobras participou do painel “Ponte, não barreira: como a produção responsável de petróleo e gás pode apoiar as metas climáticas”, que teve a presença de líderes globais da indústria para discutir estratégias que garantam a produção de petróleo e gás alinhada com as metas climáticas.

“A Petrobras caminha para a vanguarda da transição energética justa. Nossa produção de petróleo e gás se destaca, mundialmente, pelo baixo custo, baixas emissões e por ser 80% concentrada na camada pré-sal, onde extraímos um dos petróleos com menor pegada de carbono do mundo, graças ao emprego de tecnologias de última geração que nós mesmos desenvolvemos”, expôs o presidente Jean Paul Prates.

Na apresentação, Prates reforçou a necessidade de ainda se produzir petróleo, por ser o motor da economia mundial ainda pelas próximas décadas, além de crucial para financiar a própria transição energética e garantir a segurança no abastecimento. O presidente explicou que as atividades de refino da companhia já encontram sinergia com a transição energética e citou como exemplo o coprocessamento de óleo vegetal, que combina produção de derivados sustentáveis e maior eficiência.

“Estamos adaptando nossas unidades ao biorrefino e acelerando a modernização e o ‘upgrade’ das nossas refinarias. Prevemos, por exemplo, uma planta dedicada às produções de bioquerosene de aviação (bioqav) e Diesel 100% renovável em São Paulo, no Sudeste brasileiro. Isso consolida o Brasil como líder em biocombustíveis para participar ativamente da transição energética global”, explicou.

India Energy Week 2024.

A India Energy Week (IEW) é a única conferência de energia da Índia, que reúne lideranças relevantes de toda a cadeia produtiva do setor energético. Trata-se de um congresso de importância global que, este ano, recebe mais de 35.000 participantes, 350 expositores, 400 palestrantes e 4.000 delegados de cerca de 120 países. A IEW reúne formuladores de políticas, líderes empresariais e pioneiros em energia para colaborar, descobrir novas oportunidades e fortalecer parcerias. A conferência acontece entre 6 e 9 de fevereiro em GOA, na Índia.

Alta estação deve injetar quase R$ 40 milhões na economia do RN

Foto: Sandro Menezes

Os turistas que visitam o Rio Grande do Norte na alta estação deste ano deixam quase R$ 40 milhões na economia local. É o que mostra levantamento do Setor de Inteligência da Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur-RN), sobre as chegadas através do Aeroporto.

Esse resultado se deve ao crescimento de dois indicadores importantes: aumento do gasto médio (17%) e tempo de permanência dos visitantes (33%), em relação ao mesmo período do ano passado, segundo indicadores do Sistema de Inteligência Turística do RN (Sírio).

Aliado a esse desempenho, foi observado ainda o incremento de 8% no número de voos para o Rio Grande do Norte em comparação com o mesmo período, dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Tribuna do Norte

Salário mínimo de R$ 1.412 começa a ser pago nesta quinta-feira (1º)

A partir desta quinta-feira (1º), os trabalhadores começam a receber o salário mínimo oficial de R$ 1.412. O dinheiro, referente à folha de janeiro, é 6,97% maior que o salário de R$ 1.320, que vigorou de maio a dezembro de 2023.

O valor de R$ 1.412 corresponde à inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos 12 meses terminados em novembro, que totalizou 3,85%, mais o crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Enviada pelo governo em maio, a medida provisória com a nova política de valorização do salário mínimo foi aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em agosto.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o reajuste do salário mínimo beneficiará 59,3 milhões de trabalhadores e resultará em um incremento da renda anual no montante de R$ 69,9 bilhões. A entidade estima que o governo – União, estados e municípios – arrecadará R$ 37,7 bilhões a mais por causa do aumento do consumo atrelado ao salário mínimo maior.

Aposentadorias
As aposentadorias com o novo valor começaram a ser pagas na última quinta-feira (25). Isso porque os benefícios equivalentes ao salário mínimo são pagos nos últimos cinco dias úteis do mês atual e nos cinco primeiros dias úteis do mês seguinte. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o auxílio-doença também começaram a ser pagos no dia 25.

Seguro-desemprego
A faixa inicial do seguro-desemprego também foi reajustada conforme o salário mínimo. A partir de fevereiro, os benefícios relativos a janeiro subirão para R$ 1.412. O valor máximo também foi reajustado, para R$ 2.313,74. Embora o piso do benefício tenha seguido o reajuste do salário mínimo, o teto aumentou em 3,71%, equivalente ao INPC do ano passado.

PIS/Pasep
O abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Serviço Público (Pasep) referente a 2023 começa a ser pago em 15 de fevereiro. Proporcional ao novo salário mínimo, o valor será calculado proporcionalmente em relação ao número de meses trabalhados com carteira assinada em 2021.

Contribuições
O reajuste do salário mínimo aumentou diversas contribuições. Os microempreendedores individuais (MEI) passarão a recolher de R$ 70,60 a R$ 76,60, conforme o ramo de atividade. Em 2023, os MEI contribuíam de R$ 66,10 a R$ 71,10. Para os MEI caminhoneiros, o valor subiu de R$ 169,44 para R$ 175,44.

Os novos valores começam a ser cobrados nos boletos com vencimento em 20 de fevereiro. Os MEI em geral pagam 5% do salário mínimo para ter direito aos benefícios da Previdência Social, mais R$ 1 de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ou R$ 5 de Imposto sobre Serviços (ISS). Os MEI caminhoneiros recolhem 12% do salário mínimo, mais as mesmas quantias de ICMS ou de ISS.

As contribuições para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também foram reajustadas com o aumento do salário mínimo. Quem recebe o piso paga 7,5% do salário mínimo, o equivalente a R$ 105,90 por mês. Quem ganha mais que o salário mínimo paga 9%, 12% ou 14% sobre a remuneração mensal, que depende de negociações entre os patrões e os empregados.

Quanto ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), a concessão de benefícios considera de baixa renda as famílias com renda mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo. A linha da pobreza subiu de R$ 660 por pessoa em 2023 para R$ 706 por pessoa em 2024. Se considerada a renda familiar total de até três salários mínimos, o valor aumentou de R$ 3.960 para R$ 4.236.

Ganho real
Ao descontar a inflação pelo INPC, o salário mínimo teve ganho real de 5,77% em relação a maio de 2023, quando passou a vigorar o mínimo de R$ 1.320. Se for considerado o salário mínimo de R$ 1.302, que vigorou de janeiro a abril, o ganho foi menor, de 4,69%. Isso porque o INPC, índice que mede a inflação das famílias de menor renda (até cinco salários mínimos), estava mais alto no início de 2023.

De 2007 a 2019, vigorava política semelhante à atual, em que o salário mínimo era corrigido pelo INPC do ano anterior mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Caso o PIB encolha, há a reposição apenas pela inflação. De 2020 a 2022, o salário mínimo passou a ser corrigido apenas pelo INPC, sem ganhos reais.

Em 2023, houve dois aumentos. De janeiro a maio, o salário mínimo foi reajustado para R$ 1.302, com ganho real de 1,41%. A partir de maio, quando o governo editou a medida provisória retomando a política salarial anterior, o salário passou para R$ 1.320, com valorização real de 2,8% em relação ao mínimo de 2022.

Agência Brasil

Petrobras destaca foco em transição energética e em ativos rentáveis durante imersão com investidores em Nova Iorque

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, participou, nesta terça-feira (30/01), da abertura do “Deep Dive Petrobras”, encontro realizado em Nova Iorque para aproximar a companhia dos investidores internacionais e aumentar a transparência junto ao mercado. O executivo destacou que a Petrobras, após anos se concentrando apenas no presente, agora está olhando para o futuro, buscando se fortalecer e se posicionar de forma equilibrada no processo de transição energética pelo qual o mundo está passando.
 
– Somos uma empresa de petróleo em transição. Estamos transformando a Petrobras de forma gradual, investindo em novas energias, sem abrir mão, de uma hora para outra, da produção de petróleo. Independente dos segmentos nos quais atuaremos, é importante ressaltar que investiremos em ativos rentáveis e em áreas que possuem sinergias com as atividades que a companhia já desenvolve, aproveitando todo o conhecimento técnico que a Petrobras já tem. Não daremos nenhum salto no escuro, estamos preparando a Petrobras para o futuro de forma responsável – apontou Prates, para uma plateia de cerca de 50 analistas e investidores, sobretudo de grandes fundos de investimento do exterior.
 
Durante o evento, os investidores tiveram oportunidade de se aprofundar nos principais assuntos relativos à companhia, sobretudo obter um detalhamento do Plano Estratégico 2024-2028+ da Petrobras. A companhia irá investir US$ 102 bilhões nos próximos cinco anos. É o maior plano de investimento de uma empresa brasileira. Deste total de investimentos, US$ 91 bilhões correspondem a projetos em implantação (carteira em implantação) e US$ 11 bilhões compostos por projetos em avaliação (carteira em avaliação), sujeitos a estudos adicionais de financiabilidade antes do início da contratação e execução.

O diretor de Exploração e Produção da companhia, Joelson Falcão Mendes, também se apresentou no evento. O executivo reiterou que a demanda mundial por petróleo deve continuar alta nas próximas décadas e que projeções da Agência Internacional de Energia indicam que o Brasil pode ser responsável uma parte significativa deste suprimento, cerca de por 5%  do volume mundial de petróleo no futuro.

– O segmento de E&P da Petrobras tem boas perspectivas nos próximos anos. A curva de produção total da Petrobras alcançará 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia em 2028. Com a transição energética, o mercado deve priorizar petróleos com menor pegada de carbono. A Petrobras possui um diferencial competitivo, pois seus petróleos estão entre os mais descarbonizados do mundo – pontuou Joelson.

Novas tecnologias, como o uso de materiais anticorrosivos, plantas industriais 3D e digital twins estão trazendo mais eficiência e permitirão ainda mais geração de valor para a Petrobras. O executivo ainda destacou a importância dos investimentos em exploração, que somarão US$ 7,5 bilhões até 2028. Nesse contexto, há os investimentos novas fronteiras exploratórias, como a Margem Equatorial, que deve receber US$ 3,1 bilhões em exploração até 2028.

O executivo lembrou que a companhia foi anunciada como vendedora do principal prêmio da indústria global offshore. Um reconhecimento pelas tecnologias desenvolvidas para renovação da Bacia de Campos, berço da produção brasileira em águas profundas. Essas tecnologias, por exemplo, proporcionaram a redução de 55% nas emissões de gases de efeito estufa no campo de Marlim.

A expressiva carteira de projetos da companhia foi apresentada pelo diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos. No horizonte do Plano Estratégico 2024-2028+, a companhia irá perfurar mais de 350 poços marítimos de desenvolvimento da produção, lançar mais de 8.000 km de dutos e colocar em operação 14 FPSOs, 10 dos quais já estão contratados. Travassos pontou que a cadeia de suprimentos da indústria de óleo e gás tem enfrentado desafios nos últimos anos e que a Petrobras está preparada para esse cenário.

– A Petrobras, de forma proativa, tem adotado uma série de medidas, buscando parcerias com o mercado fornecedor, eficiência e inovações tecnológicas, no sentido de mitigar impactos de eventuais problemas com a cadeia. A companhia também está fazendo um intensivo monitoramento de riscos para garantir a previsibilidades do seus investimentos – disse Travassos.

O executivo também apresentou aos investidores iniciativas de pesquisa e desenvolvimento da Petrobras. Até 2028, a companhia investirá US$ 3,6 bi no segmento, com o objetivo de que a inovação tecnológica, que faz parte do DNA da Petrobras,  siga impulsionando a construção do futuro da companhia. Travassos também pontuou que o Centro de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), maior da América Latina, tem trabalhado de forma cada vez mais integrada com as áreas de negócio da Petrobras.

A atuação da companhia de forma integrada também foi abordada no evento. O Brasil é o 8º maior consumidor de derivados de petróleo do mundo e a participação nos segmentos de refino, transporte e comercialização, por exemplo, apresenta potencial para monetizar reservas de hidrocarbonetos da Petrobras. A companhia está atenta aos novos padrões de consumo e enxerga uma oportunidade de negócio em produtos de baixo carbono, já tendo inciativas nesse sentido no mercado, como a Gasolina Podium carbono neutro, os Asfaltos CAP Pro e o Diesel R5, com 5% de conteúdo renovável.
 
– A Petrobras está buscando um posicionamento forte tanto para o atendimento das demandas de energia fóssil quanto oferecendo produtos para o mercado de baixo carbono –  destacou Claudio Schlosser, diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras.
 
Pela disponibilidade de matéria-prima local, o Brasil tem uma vocação natural para o biorefino. Nesse sentido, a Petrobras está investindo na produção de Diesel R5 na refinarias Repar, RPBC, Reduc e Replan. Também irá construir plantas exclusivamente para a produção (dedicadas) de bioquerosene de aviação e de diesel 100% renovável na RPBC e no Gaslub, que serão concluídas após 2028.
 
A companhia implementou, nos últimos anos, o programa RefTOP, que tem como objetivo que o seu parque de refino esteja entre os melhores do mundo em eficiência operacional e energética até 2030. O programa vem apresentando resultados expressivos, com US$ 589 milhões em ganhos de 2021 a 2023.

Além dos investimentos em biorefino, a Petrobras também irá ampliar sua capacidade de suas refinarias, com foco em eficiência energética e performance operacional. A companhia pretende concluir o Trem 2 da RNEST, o Gaslub, implantar novas unidades de produção de diesel (HDT) na Replan, RNEST e Gaslub e realizar revamps nas unidades existentes de Revap e Regap.

– Investiremos nos ativos existentes para aumentar a capacidade de refino, com maior conversão e qualidade dos produtos. Vamos aumentar a oferta de diesel S-10 em 40% e adequar a qualidade dos lubrificantes para o grupo 2 – concluiu o gerente executivo de Tecnologia de Refino da Petrobras, Rodrigo Abramof.

Fonte: www.agencia.petrobras.com.br