Em sua manchete, O Estado de S.Paulo informa que o presidente Jair Bolsonaro já admite – antes mesmo de começar a tramitação de fato da reforma da previdência – fazer alterações na proposta em troca de uma aprovação mais rápida na Câmara. De acordo com o matutino, um dos principais pontos que pode ser alterado é a idade mínima de aposentadoria das mulheres, que passaria de 62 para 60 anos.
Bolsonaro também sinalizou que pode alterar as regras de pensão por morte e o valor do benefício pago a idosos de baixa renda. O Estadão afirma que a postura de Bolsonaro é uma reação à insatisfação de parlamentares com alguns pontos da reforma inicial proposta, deixando o ministro Paulo Guedes (Economia) e sua equipe em situação difícil, já que as negociações ainda não começaram efetivamente.
As concessões de Bolsonaro surgiram em conversa com jornalistas realizada nesta quinta-feira (28) no Palácio do Planalto. A pesar das declarações do presidente, Paulo Guedes acredita que cada ponto alterado deve ter uma contrapartida em outra área para não prejudicar a projeção de economia de R$ 1 trilhão programada pelo governo. “Bolsonaro admite atenuar reforma; Guedes quer contrapartida”, destaca o título principal do Estadão.
O Globo também comenta as declarações de Bolsonaro de que o governo pode atenuar a reforma e enfatiza que analistas e parlamentares criticaram a pressa em se manifestar sobre concessões poucos dias após o envio da proposta ao Congresso.
Segundo o matutino carioca, a fala do presidente surpreendeu a equipe econômica e a flexibilização dos pontos já anunciados fará com que a economia gerada seja R$ 30 bilhões menor do que o esperado no período de 10 anos.
“Eu acho que dá para cortar um pouco de gordura e chegar a um bom termo, o que não pode é continuar como está”, afirmou Bolsonaro. Para analistas, a declaração pode enfraquecer a proposta e mostrar aos parlamentares que outras concessões podem ser feitas. “Idade mínima pode cair a 60 para mulheres”, aponta manchete do Globo.
A Folha de S.Paulo repercute a divulgação do PIB de 2018 pelo IBGEnesta quinta-feira (28) e afirma que o crescimento de 1,1% no ano passado em relação a 2017 representa um desafio para o governo de Jair Bolsonaro. Segundo o matutino, a expectativa de especialistas era de um crescimento de 3% e o índice menor apresentado pelo IBGE mostra que a economia deve continuar em recuperação lenta em 2019.
Após a divulgação dos números, o Ministério da Economia lançou um estudo no qual afirma que o ritmo de recuperação “tem se revelado muito lento” e enfatiza que o PIB per capita deve entrar em queda se a reforma da Previdência não for aprovada.
A Folha explica que o setor externo segurou o crescimento do PIB e enfatiza que o transporte por aplicativos teve impacto positivo pois aumentou a compra de carros para esse serviço. “Crescimento de 1,1% no PIB amplia desafio de Bolsonaro”, sublinha a manchete da Folha.
G1