Presidente dos EUA teve momentos de confusão mental e confundiu sua vice-presidente com Trump; mais cedo, já havia chamado Zelensky de Putin.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Democrata), reiterou que é a pessoa mais qualificada para concorrer à presidência pelo partido democrata. Mas durante fala a jornalistas nesta 5ª feira (11.jul), voltou a cometer gafes. Tossiu, gaguejou e, em um determinado momento, confundiu sua vice-presidente, Kamala Harris, com seu adversário, Donald Trump (Republicano).
No início da coletiva, ao ser questionado sobre sua confiança em Harris como possível substituta na indicação democrata, Biden errou ao dizer “eu não teria escolhido o vice-presidente Trump para ser vice-presidente”. Mas ao voltar no tópico, declarou que não teria escolhido Harris para a vice-presidência se não acreditasse que ela é qualificada.
Biden já havia cometido uma gafe mais cedo nesta 5ª feira (11.jul). Ele confundiu o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky com o russo Vladimir Putin. Os países estão em guerra desde 2022. Quando questionado sobre a troca, ele riu e enfatizou que foi só um engano.
O presidente respondeu perguntas de jornalistas nesta 5ª feira (11.jul) logo depois de encerrar a cúpula de líderes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em Washington, D.C.
A entrevista foi mais uma tentativa de provar que está apto para continuar na corrida presidencial de 2024. Ele foi repetidamente questionado pelos jornalistas sobre o tópico, incluindo se realizou testes de aptidão mental, ao que respondeu que sim, mas afirmando que as pessoas nunca ficarão satisfeitas, não importa o que ele faça. “Se meus médicos recomendarem outro exame, eu farei”, afirmou.
O fato é: Biden tem 81 anos e vem demostrando fragilidades quando pressionado. Gagueja, divaga e parece ter dificuldades para completar raciocínios. Terá 86 ao final do 2º mandato, caso seja reeleito em novembro.
Biden já afirmou, mais de uma vez, que continuará na corrida presidencial e que é hora de parar de discutir sua desistência. Ele conta com o apoio de algumas figuras importantes do partido, mas outras acreditam que ele perderá para Trump. Hoje voltou a declarar que não cogita desistir. “Eu considero que sou a pessoa mais qualificada para o cargo. Já venci Trump uma vez e posso fazer de novo”.
O presidente também desviou de perguntas que o colocariam em saia justa para falar sobre o que foi feito durante seu mandato e como planeja prosseguir se retornar à Casa Branca, seguindo sua estratégia de campanha de que deve permanecer no cargo para “concluir o trabalho”.
“Eu não estou na corrida pelo meu legado. Estou para concluir o trabalho que eu comecei”, disse.
Aproveitando a cúpula da Otan, Biden ressaltou sua política externa. Reiterou o apoio norte-americano à Ucrânia e afirmou que não “irá se curvar” para o presidente Vladimir Putin. Também insistiu na possibilidade de um cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas, dizendo que já chegou a hora da guerra no Oriente Médio chegar ao fim.
IMPACTO NA CAMPANHA
A idade do democrata é um obstáculo para uma possível reeleição. Sua aptidão cognitiva virou tema da campanha eleitoral por causa das gafes que vem cometendo durante o mandato. Se vencer o pleito de novembro, Biden terá 86 anos quando deixar o governo.
Há registros em vídeo de várias situações constrangedoras em que Biden tropeça, demostra fragilidade ou até lapsos de memória. Reportagem recente do Wall Street Journal entrevistou dezenas de pessoas e relata que o presidente do país costuma cochilar durante reuniões.
Em junho, o jornal norte-americano também publicou uma longa reportagem em que lista momentos em que Biden comete deslizes, como se desligar de conversas, fechar os olhos e dar a impressão de ter alguma confusão de memória.
Poder 360