Anvisa e Janssen discutem autorização para uso emergencial de vacina

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Representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reuniram-se hoje (16), em Brasília, com representantes do laboratório Janssen, uma das empresas que fornecem vacinas ao governo brasileiro. O Ministério da Saúde anunciou ontem (15) a compra de 38 milhões de doses da farmacêutica.

Apesar da contratação, a vacina da Janssen ainda não teve registro aprovado no Brasil. O intuito da reunião, segundo a Anvisa, foi exatamente o de discutir e orientar a companhia para a formalização da solicitação de uso em caráter emergencial.

De acordo com a Anvisa, a Janssen ainda precisa complementar as informações fornecidas para análise pela equipe da agência.

Em nota, a Anvisa informa que ainda falta fechar as informações referentes à cadeia de produção da vacina que virá para o Brasil, que, pelas informações, não seria a mesma da Europa. “A cadeia produtiva envolve todas as fábricas envolvidas na produção da vacina, desde o insumo inicial até a vacina pronta para o uso”, explica a nota da Anvisa.

Uma nova reunião deve ser realizada no dia 24 deste mês.

Fonte: Agência Brasil

Relator nega pedido da defesa, e processo contra Flordelis continua

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O relator do processo contra a deputada Flordelis (PSD-RJ) no Conselho de Ética da Câmara , Alexandre Leite (DEM-SP), negou hoje (16) o pedido da defesa para declarar inadmitida a representação contra a parlamentar. Flordelis responde a processo por quebra de decoro parlamentar, acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019 na casa da família em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.

Na reunião desta terça-feira, a deputada apresentou sua defesa, na qual afirma existir erro na conclusão das investigações a respeito da morte do marido. A defesa alegou que Flordelis não poderia ser julgada e condenada pelo colegiado antes de todo o processo ser concluído.

Um dos pontos levantados pela defesa é o fato de a filha biológica da deputada, Simone dos Santos, ter admitido que entregou dinheiro para sua irmã, Marzy Teixeira, matar Anderson do Carmo.

Alexandre Leite rejeitou o pedido argumentando que processos elaborados pela Mesa Diretora não precisam passar pela fase de admissibilidade no Conselho de Ética A representação contra Flordelis foi elaborada pela Mesa Diretora da Casa em outubro do ano passado.

Segundo Leite, a peça apresentada pela defesa debruçou-se sobre questões técnicas que seriam avaliadas em uma representação passível de ter a admissão analisada.

“Não foi o caso. A processo oriundo da Mesa Diretora não convém o procedimento de admissão, ou não. Essa fase já foi superada, e a defesa dela vem baseada como se fosse defesa preliminar a admissão”, afirmou o relator. “O processo já está admitido e dou pela rejeição a essa preliminar apresentada pela defesa da deputada”, concluiu Leite.

Com a decisão, segue o processo que pode resultar na cassação do mandato de Flordelis. A próxima etapa será a realização de oitivas, em até 40 dias úteis. De acordo com o plano de trabalho para instrução do procedimento apresentado pelo relator, entre os depoimentos que serão tomados pelo conselho, estão os dos delegados que investigaram o caso, alguns dos filhos da deputada, entre os quais, Simone dos Santos, e da própria Flordelis.

Deputada se diz inocente

Durante a reunião, a deputada falou pela primeira vez no colegiado. Por videoconferência, Flordelis disse aos membros do conselho que é inocente e que está sofrendo um processo de “perseguição implacável”.

“Eu, Floderlis, sou inocente. Eu não matei o meu marido, não participei de nenhum ato de conspiração contra a vida de um homem que foi meu companheiro por mais de 20 anos”, afirmou.

A deputada disse ainda não ter tido “coragem” de ouvir a confissão da filha Simone. Segundo Flordelis, a filha teria mandado executar Anderson, alegando ser vítima de assédio por parte do pastor. “Isso não está certo. Não era esse o caminho que ela tinha que tomar”, afirmou a parlamentar, referindo-se à possibilidade de a filha mandar matar o seu companheiro.

Regulamento

Amanhã (17), o Conselho de Ética realiza nova reunião, desta vez, para debater mudanças em seu regulamento. O texto, apresentado por Alexandre Leite, propõe diversas alterações na definição das situações em que a representação será considerada inepta ou carente de justa causa e daquelas em que as notificações poderão ser feitas por meio eletrônico, por exemplo.

O novo texto cria ainda a possibilidade de o deputado que for alvo de processo apresentar alegações finais após o encerramento da fase de instrução probatória.

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Mãe morre com Covid-19 após parto de emergência em Natal; bebê passa bem

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Uma mulher de 30 anos morreu com Covid-19 quatro dias após passar por um parto de emergência, por complicações causadas pela doença. O caso aconteceu nesta segunda-feira (15) em Natal. O bebê, um menino, passa bem e está com a família.

Amanda Gabriela Lima da Costa, estava internada em uma UTI do Hospital Giselda Trigueiro, na capital potiguar, para onde foi transferida após o parto.

Grávida de 33 semanas, ela precisou passar pela cirurgia cesariana por causa da doença na última quinta-feira (11), um dia após ter sido internada com a doença no Hospital Santa Catarina, na Zona Norte da capital.

Amanda era casada, mãe de 2 filhos, um de 5 e outro de 11 anos, e estava grávida do terceiro. Ela morava no Distrito de Santo Antônio, em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Natal.

“Os sintomas apareceram por volta do dia 3 de março. Febre, gripe e diarreia. Na segunda-feira, dia 8, ela começou a sentir cansaço, fomos três dias seguidos na urgência do Hospital Berlamina Monte em São Gonçalo, onde nessa última ela foi encaminhada para o Hospital Santa Catarina, na Zona Norte (de Natal). Ao chegar lá, o médico já colocou ela em jejum para fazer a cesariana, ela estava com 33 semanas”, contou o irmão, Allan Lima.

O bebê nasceu na quinta-feira (11) e teve alta na sexta-feira (12). Ainda de acordo com o irmão, no domingo (14), Amanda foi transferida para o Hospital Giselda Trigueiro, onde chegou cansada e foi encaminhada para uma UTI.

“E ontem ela teve uma piora, precisou ser intubada, após 20 minutos ela teve a primeira das três paradas cardíacas. Na terceira ela não resistiu”, disse o irmão.

De acordo informações da Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo do Amarante, Amanda era usuária do Centro de Saúde de Santo Antônio, onde realizou todo pré-natal. Ainda de acordo com a secretaria, ela não tinha comorbidades.

Silmara Almeida, amiga de Amanda, contou que da última vez que conversou com a amiga, ela informou que o parto estava previsto para o dia 4 de abril. O bebê, João Pedro, nome escolhido por Amanda está com a avó paterna.

“Esse vírus está devastador. Eu perdi minha amiga de infância. Não está fácil. É uma dor terrível. As pessoas estão levando na brincadeira”, declarou a amiga.

São Gonçalo do Amarante tem 105 óbitos e 4.874 casos confirmados da Covid-19, segundo o último boletim da Sesap divulgado nesta segunda-feira (15).

Fonte: G1 RN

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Governo dispensa licitação para compra das vacinas da Janssen e Pfizer

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O Ministério da Saúde publicou, em edição extra do Diário Oficial da União desta segunda-feira (15), dois extratos de dispensa de licitação para a compra de vacinas contra a covid-19 junto aos laboratórios Janssen Pharmaceutica e Pfizer. O valor total a ser usado para a compra das vacinas é de quase R$ 8 bilhões, sendo R$ 2,139 bilhões para a Janssen; e R$ 5,63 bilhões para a Pfizer.

No dia 12, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, em caráter emergencial, a produção da vacina Janssen, de dose única, da farmacêutica norte-americana Johnson & Johnson, para uso contra a covid-19.

As duas vacinas anteriores aprovadas pela OMS – a Pfizer/BioNTech e AstraZeneca/Oxford – requerem duas doses para completar o ciclo de imunização da população, sendo que a Pfizer precisa ser armazenada a temperaturas ultrageladas.  A vacina Janssen pode ser guardada em geladeira comum.

Fonte: Agência Brasil

Juíza Ana Cláudia quebra o sigilo do processo envolvendo o vereador Diogo

A Justiça Eleitoral de Parnamirim autorizou pedido cautelar de busca e apreensão requerido pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) nos autos da Ação de Investigação Judicial Eleitoral – AIJE n.º 0600856-94.2020.6.20.0050, que apura ocorrência de abusos de poder econômico e político, e captação ilícita de votos por parte do então candidato a vereador DIOGO RODRIGUES DA SILVA e outros.

Segundo o Ministério Público Eleitoral, é notável a ocorrência de abuso do poder econômico, na medida em que DIOGO RODRIGUES DA SILVA, valendo-se do acesso aos sistemas de marcações do SUS, acompanhado dos demais representados, efetuou e prometeu priorização na realização de consultas, exames e procedimentos de saúde no município de Parnamirim, em troca de votos, o que caracteriza a captação ilícita de sufrágio, o abuso do poder econômico e corrupção eleitoral, visto que tais benesses atingiram diversos de eleitores do município de Parnamirim/RN.

Ainda segundo o MPE, durante todo o ano eleitoral o candidato montou um verdadeiro “esquema” para fraudar o sistema de fila de espera de marcação de exames do Sistema Único de Saúde no município de Parnamirim, angariando, dessa forma, simpatia dos pacientes “ajudados”, situação que, a toda evidência, quebra a necessária paridade entre os candidatos, desimportando que tenha, explicitamente, pedido voto ou feito referência a eventual candidatura sua ao cargo de vereador, pois, assim agindo, mostrou-se ao eleitor como um indivíduo benevolente às custas do abuso do poder político em ano eleitoral, como também no período do processo eleitoral, após o registro de candidatura. Desta forma, o abuso do poder político e econômico, por sua via, está configurado na verdadeira “estrutura” de cooptação e indução da vontade de eleitores fragilizados, portanto em situação de extrema vulnerabilidade – considerando a necessidade de atendimento de direito básico à saúde pelo Sistema Único de Saúde, que os coloca em fila de espera, quando a situação reclama pronto atendimento. Assim agindo, o candidato representado Diogo, associado ao demais representados, servidores e autorizadores da Central de Regulação de Parnamirim, feriu gravemente o ordenamento jurídico, pelo que o MPE requereu a condenação dos mesmos nos termos da Lei.

O processo tramitava em segredo de justiça, porém, após a efetivação da medida de busca e apreensão deferida pela Justiça Eleitoral de Parnamirim, que entendeu presentes a probabilidade do direito e a necessidade da prova requerida, diante da gravidade dos fatos e das provas pré-constituídas, para deferimento da cautelar, o processo tornou-se público, em razão do interesse público e do princípio da publicidade dos atos judiciais.

Na ação principal, o MPE pede a cassação do diploma do vereador DIOGO RODRIGUES DA SILVA, bem como a declaração de inelegibilidade dele e dos demais investigados, além da aplicação de multa.

Em nota, o vereador Diogo Rodrigues, esclareceu aos eleitores de Parnamirim que não cometeu qualquer ilícito eleitoral e que conquistou os votos de forma honesta e legítima, afirmando que tudo ficará provado pelo seu corpo jurídico, ao final da apuração.

Parnamirim conclui primeira etapa da imunização de idosos com mais de 75 anos

Foto: Eliana Félix

Parnamirim concluiu nesta terça-feira (16), a primeira etapa da vacinação dos idosos com idade a partir de 75 anos. Foram vacinados contra a Covid-19 mil idosos com as doses do imunizante recebidas do Governo do Estado na última sexta-feira (12).

De acordo com a prefeitura, a cidade de Parnamirim possui atualmente cerca de 2.500 idosos cadastrados nesta faixa etária. A continuidade da vacinação deste grupo terá continuidade com o recebimento de mais doses, previsto para esta semana ainda.

A abertura da vacinação para os demais grupos dependerá do quantitativo de imunizantes encaminhados ao município.

Fotos: Eliana Félix

“Não adianta mudar ministro se atitudes forem as mesmas”, diz Mandetta

Foto: Sergio Lima/Poder360

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), disse que o agora ex-ministro Eduardo Pazuello deixa o cargo e vai para o quadro de ex-ministro da Saúde como o único ocupante do cargo que que “não foi ministro, não exerceu a função”. Mandetta argumenta que “não é porque ele não era do ramo”, e sim por não ter pego o espírito da pasta e usado sua força ao lado da ciência.

Mandetta fala que tem muito mais receio sobre o estrago à imagem do Exército, do que ao próprio ministro da Saúde. “Exército sai muito arranhado dessa episódio”, avalia .

O ex-ocupante da Saúde diz que mudar o ministro da Saúde não resolve se o governo não mudar de atitude. “Ao assumir, o ministro Pazuello retirou quase toda a equipe técnica que estava no ministério e nomeou militares”. Para ele, é preciso avaliar os próximos capítulos para saber se o novo ministro terá autonomia para trocar cargos do ministério e colocar pessoas técnicas ou se não haverá essa opção.

Mandetta concedeu entrevista ao Poder360 horas antes do anúncio do médico Marcelo Queiroga para o comando da saúde. Ele elencou uma sucessão de erros que teriam sido cometidos pelo governo e pelo ministério da Saúde na condução da pandemia. O ex-ministro fala que em nenhum momento ao longo dos últimos meses, o governo fez uma campanha de nacional de conscientização sobre a gravidade da doença. “Passou mudo. Isso é um erro muito grande”, afirma.

Mandetta diz que a única forma do país reverter essa situação é o presidente da República mudar de atitude. “É preciso que o presidente concorde com principios de enfrentamento da Saúde para esta doença”, declara.

Além de falar do enfrentamento da pandemia e troca do ministério da Saúde, Mandetta falou sobre vacinação, colapso no sistema de saúde. Além disso, o ex-ministro falou também sobre a saída de Rodrigo Maia do DEM, a busca por uma 3ª via para as eleições de 2022 e o ex-presidente Lula.

Fonte: Poder 360