Homero, o novo xerife do coronel não descartou 2024, mas hoje está de olho na gestão

O novo secretário do gabinete civil Homero Grec, será o xerife do coronel Taveira e de cara já deu uma linha de como será sua passagem à frente da nova pasta. Homem de um talento comprovado na gestão pública, sério e com várias competências em diversos setores da administração pública, Homero demonstra lealdade ao prefeito e recebeu uma missão: fazer as secretarias dialogarem entre si, em busca de uma prestação de serviço de excelência a população. A entrevista na liberdade fm foi um momento descontraído, mas os assuntos tratados foram sérios e alguns recados foram dados aos novos ocupantes dos cargos e também aos mais antigos. Para isso uma reunião do secretariado já foi marcada para essa semana em busca de uma integração da gestão com as pessoas, a tecnologia e os processos. Homero falou sobre sua passagem no executivo e também no legislativo, descartando seu retorno a política, mas silenciou em relação a 2024, deixando claro que no momento o seu foco é a gestão pública.

 

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Projeto Câmara Cultural será retomado pela Casa Legislativa de Parnamirim

Uma ótima notícia para os parnamirinenses: a Câmara de Vereadores retoma o projeto Câmara Cultural, que possibilita o acesso gratuito a espetáculos artísticos de qualidade a todos os cidadãos.

Além disso, o projeto também visa valorizar a cultura local e sua diversidade de ritmos e estilos, sendo mais um incentivo para os artistas de Parnamirim.

A ideia é que, a cada edição, o evento ocorra em um bairro ou localidade de Parnamirim e receba artistas locais. Já passaram pelo projeto nomes como a dupla de humoristas “Bisteca e Butuca”, banda “Forró Meirão”, “Júnior Forrozeiro e Amantes do Forró” e Orquestra Sanfônica de Parnamirim.

Confira a programação

03/06 – Nova Parnamirim

01/07 – Centro – Beco do Picado

11/08 – Pirangi Praia

25/11 – Liberdade

—dez – Cohabinal

 

O frio, a fome e a rua…

Há um enorme e congelante inverno dentro das pessoas. O frio que nos faz procurar um canto quente, um bom agasalho e uma bebida para superá-lo é o mesmo que humilha e impõe uma dor sem controle para os que estão sem teto e sem esperança. O Brasil perdeu para a miséria e, ao voltar para o mapa da fome da ONU, de onde tinha saído em 2012, jogou nas ruas milhares de brasileiros. Com a pandemia e o caos social, algo como 500 mil pessoas foram obrigadas a viver ao relento, abrigadas em sacos plásticos, barracas, prédios abandonados, buracos ou bueiros.

Difícil saber o número exato, porque é um contingente de invisíveis, de sem nomes, de sem endereço fixo e de histórias que foram se perdendo ao longo do caminho. Com o desemprego cada vez mais avassalador, o perfil do morador de rua também foi mudando. De acordo com o Movimento Nacional da População de Rua, o número de mulheres e crianças aumentou assustadoramente. São famílias inteiras que buscam “o conforto e a segurança” das marquises, dos túneis e dos viadutos, o que dificulta para fazer um censo decente e saber o tamanho do problema. Um diagnóstico amplo e honesto desse cenário ajudaria a entender a dimensão do buraco. Junto com o flagelo da carestia, do crescimento negativo e do fechamento dos postos de trabalho, ainda vivemos a tragédia da pandemia de Covid-19. E hoje, trabalhadores se veem obrigados a enfrentar a instabilidade social, sanitária e econômica morando nas ruas como única e última saída. A questão é humanitária e a solução é necessariamente política.

Com a posse do governo fascista do presidente Bolsonaro, vários conselhos de representação popular foram desfeitos. A propaganda da não política, que foi usada como mote para eleger o atual grupo, é, na verdade, toda pautada na política de exclusão social, no enfraquecimento da sociedade e no esfacelamento dos movimentos de inclusão e aconchego. Remeto-me ao poema “O corvo”, de Edgar Allan Poe, na tradução de Fernando Pessoa: “’Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!’, eu disse. ‘Parte!

Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!

Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!

Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais! Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!’

Disse o corvo, ‘Nunca mais’”.

O desespero de uma pessoa que vive nas ruas, com filhos pequenos, ao acordar e se sentir impotente, é avassalador. A escuridão da noite às vezes é melhor do que o sol, que parece expor a nu as mazelas e a falta de perspectiva. É como se a luz servisse para mostrar a miséria coletiva. A fila do osso passa a ser um privilégio e uma opção de subsistência. Até mesmo para se criar uma rede de resistência para aquele que se encontra em situação de rua e de miséria, a vida é cada vez menos vida.

Na voz de Carlos Drummond de Andrade, no poema “Os ombros suportam o mundo”:

“Chega um tempo em que não se diz mais: Meu Deus.

Tempo de absoluta depuração.

[…]

Teus ombros suportam o mundo

e ele não pesa mais do que a mão de uma criança.

[…]

Chegou um tempo em que não adianta morrer.

Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.

A vida apenas, sem mistificação.”

O governo não conhece verdadeiramente o perfil dos atuais moradores de rua. Desses que, ainda ontem, estavam empregados ou subempregados. Não consegue fazer uma diferença entre os antigos moradores e os que estão agora ocupando os espaços públicos. É difícil estabelecer uma política pública, coordenar as redes de assistência social e o SUS quando sequer se conhece o problema por dentro.

A impressão é que o governo Bolsonaro é a cara exata do presidente: cego, ignorante e sem real preocupação com os desassistidos. Uma cruel e lancinante insensibilidade. Não há dor, não há frio e não há fome que consiga fazer esses grupos terem alguma importância na definição de prioridades.

A situação de extrema vulnerabilidade só poderia ser enfrentada se, de alguma maneira, isso sensibilizasse o poder público. E o pior, quanto mais tempo o cidadão vive na rua, mais difícil se torna a sua reinserção na rede de assistência do setor público. Um problema leva ao outro. O descaso e a falta de um enfrentamento técnico da questão só agravam a realidade e tornam mais angustiante a vida dos moradores, sem perspectiva de sair da tragédia. Em 1986, a ONU criou o Dia Mundial dos Sem-Teto (4 de outubro) para chamar a atenção aos inacreditáveis 800 milhões de pessoas sem moradia no mundo. O atual governo brasileiro parece fazer questão de se postar bem no macabro ranking da fome, da miséria e do abandono.

A destruição de todas as políticas públicas e a estratégia de desestruturar os setores mais diversos – a saúde, a ciência, a educação, a cultura, a segurança e a economia – fará com que o Brasil, mesmo afastando esse governo fascista pelo voto em outubro, tenha um longo e penoso caminho de recuperação. É tarde, mas ainda é tempo. Vamos fazer um trabalho de resgate do Brasil que foi tragado pelo obscurantismo. Nós, privilegiados, ainda temos como esperar o tempo da reestruturação, mas, para milhões de brasileiros, o tempo já é um inimigo que mata aos poucos. De frio, de fome, de desespero, de desesperança e de tristeza. É bom que nos lembremos disso quando outubro chegar e, com a serenidade democrática que deve ser nossa companheira, a gente possa optar por abafar de vez esse projeto golpista e desumano.

Lembrando-nos da esperança equilibrista do grande Betinho, “Quem tem fome, tem pressa.”

Fonte: Poder 360

Parnamirim participa de Encontro Internacional sobre redução de riscos de desastres

Na última quarta-feira (18), a Prefeitura de Parnamirim, por meio do Grupo de Ciência e Tecnologia da Informação (GCTI) e da Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil, participou de um encontro internacional com o escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) para a redução do risco de desastres.

O encontro ocorreu no auditório do gabinete civil da Governadoria do estado do Rio Grande do Norte e teve como palestrantes o assessor técnico do programa Construindo Cidades Resilientes 2030 (MCR – 2030) da ONU, Clément da Cruz; a pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Sílvia Midori Saito; a coordenadora de resiliência do ICLEI América do Sul (principal associação mundial de governos dedicada ao desenvolvimento sustentável), Keila Lima Ferreira e diversos docentes da UFRN.

O evento também com a presença da ex-reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a senhora Ângela Paiva. A capacitação abordou temas como a redução do risco de desastres, o marco de Sendai das Nações Unidas, a iniciativa Construindo Cidades Resilientes e o estudo sobre ameaças e vulnerabilidade do estado do Rio Grande do Norte.

A iniciativa foi fortalecer e consolidar as políticas públicas voltadas à prevenção, combate e mitigação de danos a desastres naturais. De acordo com o coordenador George Cunha, o curso foi muito importante por se tratar da prevenção de situações de risco e da preparação dos agentes para atuar de forma adequada, quando necessário. “A preparação dos nossos servidores é sempre necessária. A atuação em situações adversas precisa ser cirúrgica”, disse.

Postado Por: JOEL DA COSTA CAMARA NETO
Fotografia de: ASCOM – CEDIDAS PELA DEFESA CIVIL

Senador Jean garante estudo de viabilidade para expansão do Porto de Natal

Nessa quarta-feira, 18, o Senador Jean Paul Prates (PT-RN) obteve da Confederação Nacional dos Transportes – CNT a garantia de realização de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para o projeto de ampliação da infraestrutura portuária de Natal. O tema foi tratado em encontro entre o Senador; o presidente da CNT, Vander Costa; e o Diretor de Relações Institucionais, Valter Luís de Souza.

A Confederação vai selecionar propostas para os estudos de viabilidade ainda neste semestre. “O próximo passo é reforçar a importância da obra junto ao Ministério de Infraestrutura e apresentar a oportunidade a investidores”, afirma o Senador. Em breve, Jean terá reunião com a direção da Companhia Docas do Rio Grande do Norte – CODERN, administradora do Porto de Natal, para dar continuidade à discussão do assunto.

A proposta de ampliação da estrutura portuária é do Centro de Estratégia em Recursos Naturais e Energia (Cerne) e foi apresentada pela primeira vez em 2015 ao então governador do Estado, Robinson Faria. Em 2020, foi levada ao ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura.

A proposta de construção do Terminal Oceânico do Rio Grande do Norte – Complexo Portuário “Porto Potengi” prevê a construção de um terminal na margem esquerda do Rio Potengi, além de outros investimentos, como um parque ecológico e a preservação do estuário; corredores logísticos ferroviários e rodoviários, com a construção da terceira ponte sobre o rio; e a recuperação do bairro da Ribeira.

“Será um complexo inédito no Nordeste, de águas internas, um porto facilmente conectado ao terminal aéreo por ramal ferroviário”, explica o Senador Jean.

A estimativa inicial de investimentos em todo o complexo era de cerca de R$ 7 bilhões, sendo R$ 3,6 bilhões para construção do Terminal Portuário da Grande Natal; R$ 580 milhões para o corredor logístico, terceira ponte e parque ecológico; e R$ 2,8 bilhões para implantação do ramal ferroviário que abrangerá Natal, Assu, Macau, Mossoró, Jucurutu e Caicí. O complexo pode ser construído em etapas, com expansão em módulos, conforme o crescimento da demanda.

O novo porto teria capacidade de receber navios de porte muito superior aos que utilizam o atual. O calado com 14,6 metros seria ideal para receber cargueiros de granéis destinados aos mercados internacionais. Os primeiros levantamentos já apontaram que outra preocupação recorrente, a altura da ponte Newton Navarro, não representaria obstáculo, uma vez que seus 55 metros dão passagem a navios de grande porte, que têm altura máxima de 48,5 metros.

O complexo pode abrir novos horizontes ao desenvolvimento potiguar. A expectativa é de que a construção do Terminal Portuário do Potengi possa triplicar o PIB industrial do estado nos primeiros dez anos.

O atual Porto de Natal está confinado em seu acesso por terra, devido à expansão urbana da capital do estado, o que se configura um empecilho logístico à indústria com potencial de exportação e à ampliação das cadeias produtivas.

 

 

Primeiro turno contra o golpe

A recorrência de condutas ilícitas perpetradas pelo Presidente da República daria para completar qualquer livro acadêmico sobre o assunto. Bolsonaro é um serial killer quando se trata da prática de crimes de responsabilidade. Como já afirmei inúmeras vezes, o poder imperial depositado nas mãos do Presidente da Câmara impediu a abertura do processo de impeachment. Mas a certeza da impunidade produz um Presidente que, dia após dia, se esquece das importantes atribuições do cargo em um regime presidencialista.

Os abusos se repetem como uma maneira estruturada de exercício de poder. Não se pode mais imaginar que as insistentes tentativas, claras e deliberadas, de romper o equilíbrio entre as instituições da República sejam despercebidas ou ocasionais. O que se constata, diuturnamente, é o Chefe do Executivo instigando a estabilidade democrática e propondo a ruptura entre os Poderes constituídos. As provocações, às vezes rasas e nem sempre discretas ou respeitosas, visam criar um clima de quebra da estabilidade institucional para propiciar, sob os olhos de um inepto, o ambiente propício para um golpe com a ruptura constitucional.

Esses fascistas baratos se arvoram de tutores da nossa democracia desde que assumiram o poder. Surpresos e incrédulos com a vitória de 2018 – nem eles acreditavam nessa hipótese – esse bando de despreparados resolveu governar um país com a dimensão do Brasil como quem dirige um botequim de zona do baixo meretrício.

E a democracia é testada a todo momento. Não existem limites para esses bárbaros. Agora, o Presidente da República, ele próprio, resolveu apresentar uma notícia-crime contra o Ministro do STF, Alexandre de Moraes, por crime de abuso de autoridade. É mais uma tentativa de avaliar os limites da estabilidade constitucional. Um Presidente da República que já se insurgiu contra a segurança física dos Ministros do Supremo e seus familiares, com xingamentos e instigação à violência, resolve instrumentalizar o próprio Judiciário como maneira de romper a institucionalidade. É a opção pelo caos e pela provocação.

Ou seja, não satisfeitos em proporem insistentemente, de maneira irresponsável, a possibilidade de uma ruptura constitucional com eventual derrota em outubro e com questionamento criminoso sobre segurança das urnas eletrônicas, os bárbaros colocam em risco a estabilidade entre os Poderes ao tentarem processar um Ministro do Supremo, sem nenhum fundamento jurídico consistente.

Já existem os áulicos de plantão a afirmar que, com essa representação, o Ministro Alexandre de Moraes teria que se dar por suspeito nos processos do Presidente Bolsonaro. Como se fosse possível o investigado escolher o seu juiz de estimação! Esse raciocínio, se fosse jurídico, permitiria que todo empresário ou político, na época em que o ex-magistrado Sérgio Moro era o vingador da República de Curitiba, ajuizasse uma queixa-crime contra ele e contra seus procuradores adestrados para terminar com a Operação Lava Jato. Realmente o medo não costuma ser bom conselheiro.

O que fica cada vez mais cristalizado é que as ações inconsequentes por parte desse bando recrudescerão até as eleições. A perspectiva de perder o poder, de secar a fonte do dinheiro e, ainda, de enfrentarem o sério risco de serem presos vai fazer o Brasil sangrar. Uma nuvem densa cai cada vez mais sobre nosso país e a barbárie se instala retirando o ar democrático que sustenta a estabilidade institucional.

Não podemos simplesmente desprezar as ameaças diárias e crescentes de um golpe, principalmente no esgarçamento irresponsável da inquestionável segurança jurídica das urnas eletrônicas. Insisto, deve crescer no país um movimento para derrotar Bolsonaro no primeiro turno no dia 2 de outubro. Todos os democratas devem se empenhar nessa luta.

Será mais difícil para os golpistas impugnarem o processo eleitoral se o Lula ganhar no primeiro turno. Afinal, os bolsonaristas teriam que assumir que houve fraude nas eleições que elegeram Governadores, Senadores e Deputados ligados ao atual Presidente. Como são irresponsáveis e ignorantes, podem fazer isso, mas seria um completo contrassenso, pois teriam que dizer que se elegeram numa eleição fraudulenta! Mas, se houver segundo turno, para eleger o Presidente da República, essa investida contra as urnas eletrônicas parece que está cada vez definida.

O que se desenha é uma tentativa de golpe na democracia. Não podemos desprezar os inúmeros sinais que estão vindo dos mais diversos setores desse grupo acuado, insano e desesperado. Vamos derrotar o projeto golpista e fascista no primeiro turno. Repito, essas são as eleições mais importantes da história do Brasil: se a barbárie vencer a civilização, elas podem ser as últimas. Como ensinou o velho Machado de Assis: “É uma coisa imoral e ridícula fascinar as consciências com virtudes ilusórias e qualidades negativas.”

Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay

Fonte: último segundo – ig