Como a China pode ter ‘descoberto’ as Américas sete décadas antes de Colombo

Getty Images – A possibilidade de que os chineses tenham chegado à America sempre ficou às margens nos livros de história

“Quando Cristóvão Colombo se lançou à travessia dos grandes espaços vazios a oeste da Ecúmena (área habitável da Terra), havia aceitado o desafio das lendas. (….) O mundo era o Mar Mediterrâneo com suas costas ambíguas: Europa, África, Ásia. Os navegantes portugueses asseguravam que os ventos do oeste traziam cadáveres estranhos e às vezes arrastavam troncos curiosamente talhados, mas ninguém suspeitava que o mundo seria, logo, assombrosamente acrescido por uma vasta terra nova”. É assim que o uruguaio Eduardo Galeano começa seu clássico As Veias Abertas da América Latina, livro publicado em 1971 que narra a história da região e seu lugar no mundo.

O escritor, assim como toda a historiografia ocidental, parte da primeira viagem do navegador genovês — entre o porto de Palos, na região da Andaluzia, na Espanha, e a ‘Isla de Guanahaní’ (atual Bahamas), onde sua frota desembarcou na manhã do dia 12 de outubro de 1492 — para contar sobre o primeiro encontro entre aqueles que já habitavam as ilhas do Caribe e exploradores vindos de outras partes do planeta.

O encontro é narrado a partir de Colombo em coletâneas respeitadas, como na História da América Latina organizada pelo historiador britânico Leslie Bethell ou nos volumes de Historia de la Conquista, escritas pelo americano William Prescott na primeira metade do século 18. Com isso, possibilidades alternativas — como a de que os vikings da Groelândia teriam assentado colônias no litoral do Canadá ou de que a “grande terra, fértil e de clima delicioso” supostamente encontrada (e descrita) por um capitão fenício do outro lado do oceano por volta de 500 a. C. era a América — ficaram sempre às margens.

Aquele contato inédito marcaria o início de toda a história da invasão europeia e da posterior colonização dos territórios e povos existentes deste lado do globo e seria também o marco inaugural de uma narrativa hegemônica até hoje em torno de uma “descoberta da América” pela Europa.

Getty Images – China foi tecnologicamente mais avançada que a Europa durante séculos

A “descoberta” chinesa

Há quase duas décadas, no entanto, uma história alternativa da “descoberta” das Américas se espalhou: a de que, ao contrário do consenso historiográfico, frotas encabeçadas por dois almirantes chineses, Zhou Man e Hong Bao, haviam navegado da África até a foz do Rio Orenoco, na atual Venezuela, descendo depois por toda a costa do continente até o do Estreito de Magalhães, ao sul da América do Sul, ainda no ano de 1421 — portanto, 71 anos antes da viagem de Cristóvão Colombo. Eles tinham sido treinados e eram liderados pelo grande navegador chinês daquela época: o eunuco muçulmano Zheng He.

Agora, essas figuras históricas estão sendo evocadas pela alta cúpula do governo chinês, para reafirmar as pretensões globais da potência asiática.

A tese da ‘descoberta’ chinesa, cujas versões já existiam antes, ficou famosa por meio de dois best-sellers escritos pelo ex-comandante da Marinha britânica Gavin Menzies no começo dos anos 2000: 1421: o ano em que a China descobriu o mundo (Bertrand, 2006) e Who Discovered America? The Untold History of the Peopling of the Americas (“Quem descobriu a América? A história oculta da ocupação das Américas”, sem tradução).

Apesar da tese ser fortemente criticada por alguns historiadores pelo trato pouco ortodoxo com as provas históricas, a discussão permanece em aberto entre especialistas do mundo todo. Alguns deles afirmam hoje que, ainda que os chineses não tenham, de fato, navegado pela costa americana antes de Colombo, é possível dizer que eles reuniam meios para fazê-lo.

“Tecnologicamente falando, a China tinha condições de chegar às Américas ou outras terras, e até não podemos descartar que isso tenha acontecido. Muitos navegadores podem ter chegado nelas e morrido no regresso ou sequer ter feito registros das descobertas. No entanto, a questão é que a tecnologia sozinha não responde essa pergunta”, explica Rita Feodrippe, pesquisadora da Escola Naval de Guerra e estudiosa da marinha chinesa.

“Os europeus saíram para explorar o Atlântico porque o Mediterrâneo estava fechado e eles precisavam encontrar novos mercados. A China, ao contrário, tinha um comércio terrestre muito bem estabelecido com a África, com o que hoje chamamos o Oriente Médio e mesmo com a Europa. Como há havia um relativo sucesso comercial, econômico, cultural e migratório, não haveria necessidade de buscar novas terras — mesmo com a tecnologia disponível”, completa.

Getty Images – Hoje a China tenta ampliar sua influência no mundo através de investimentos em infraestrutura

Para Vitor Ido, pesquisador do South Centre, em Genebra, na Suíça, a reação à possibilidade de Colombo não ter sido o primeiro a navegar pelo continente americano também diz muito sobre a hegemonia da narrativa europeia. “Quais são as razões que parecem tornar até inconcebível para a maioria de nós o reconhecimento de que a China poderia ter uma superioridade tecnológica em relação aos europeus naquele período? Essa pergunta mostra nossa maneira de pensar a história”, questiona ele.

O livro polêmico de Gavin Menzies

Menzies, que morreu há cinco meses ainda em meio às críticas dos historiadores, sustentava que, no começo do século 15, por volta de 1403, o imperador chinês Yongle (terceiro da Dinastia Ming) deu a Zheng He a missão de executar a maior volta ao redor do globo que já fora feita até então. O objetivo era ir “até o fim do mundo coletar tributos dos bárbaros espalhados pelo mar”.

Ele deveria treinar navegadores para saírem pelos oceanos enquanto, em paralelo, centenas de ba chuan, navios de dimensões nunca vistas, eram construídos pelo império. Foram eles que, nos anos seguintes, empreenderam seis viagens pelo planeta travando contatos com povos distintos e alcançando terras cujas existências eram desconhecidas. O único lugar ausente do trajeto foi a Europa. As navegações teriam continuado se, em 1424, Zhu Di não tivesse morrido, interrompendo o projeto de expansão e o contato com outras civilizações — uma sétima viagem aconteceria em 1433, depois da sua morte, e uma oitava frota chegou a partir depois, mas sem alcançar mar aberto.

Menzies diz no livro que, ao longo das outras viagens daquele mesmo período, almirantes liderados por Zheng He também pisaram no que hoje é a Austrália — 350 anos antes da expedição britânica liderada pelo capitão James Cook, que chegou à praia de Kamay Botany Bay (hoje um parque nacional em Sydney) em abril de 1770.

Como a maioria dos mapas originais chineses foram destruídos por oficiais do império anos após a morte de Zhu Di, os que restaram apresentam apenas viagens menores feitas à Índia e às outras ilhas do Sudeste Asiático, por exemplo. Os desenhos referentes aos anos de 1421 e 1423 — quando os barcos de Zheng He teriam ido mais longe — podem ser acessados agora, de acordo com Menzies, apenas por meio de reproduções, como uma encontrada por ele. Feita pelo cartógrafo veneziano Zuane Pizzigano, a reprodução mostra as ilhas de Guadalupe e de Cuba, as costas americanas, a Austrália e até a Antártica — e que provavelmente foi usada pelo próprio Colombo para chegar às Antilhas, diz Menzies.

Décadas depois, em 1512, o cartógrafo turco Piri Reis projetou o mapa mundi incluindo não apenas as Américas, mas detalhando o terreno da Patagônia, ao sul do continente. Ele só foi possível, segundo Menzies, pelas informações obtidas décadas antes pelos chineses e já espalhadas pelos territórios da Ásia.

Nessas viagens ausentes dos registros originais, os navios liderados por Zheng He teriam cruzado o Cabo da Boa Esperança antes de Bartolomeu Dias, passado por Cabo Verde, na África, pelas ilhas dos Açores, hoje território português, pelas Bahamas (Caribe) e pelas Malvinas. Ele teria inclusive estabelecido algumas colônias onde hoje são a Austrália, a Nova Zelândia, a Califórnia, a ilha de Porto Rico (EUA) e o México — para onde teria levado os primeiros cavalos. Além disso, supostamente essas colônias foram pioneiras no cultivo de galinhas na América do Sul e na criação de um comércio de diamantes encontrados na Amazônia com o restante do mundo.

Os livros do ex-comandante naval são questionados principalmente pela fragilidade metodológica. “As conclusões extraordinárias do autor são validadas apenas por suas experiências pessoais e pelo relato que ele traz de sua luta para chegar a elas. Esse método é o que torna possível atrair tantos leitores que, de outra maneira, jamais abririam um livro de 500 páginas cujo assunto são os empreendimentos marítimos chineses e a exploração europeia”, diz Robert Finlay, professor emérito de História Mundial da Universidade de Arkansas, nos EUA.

Há ainda críticas às provas utilizadas por ele: em uma extensa análise da obra de Gavin Menzies, o historiador e oficial da Marinha portuguesa, José Manuel Malhão Pereira, e o professor Jin Guoping, especialista em relações lusitanas na China, apontam incoerências que vão das correntes de ventos às coordenadas astronômicas usadas pelos almirantes chineses, passando por erros graves de análise cartográfica — o mapa de Piri Reis, por exemplo, descreve ilhas da África, não do Caribe. Segundo eles, o autor dos best-sellers não apenas tentou “enganar os leitores” como deturpou diversas provas históricas para construir sua argumentação.

Mas há reações ainda menos amistosas, como a de um professor de Cingapura que, na ocasião da “Exibição 1421”, organizada na marina da cidade-Estado em 2005 pelo próprio Menzies a convite do governo local, chamou o livro de “lixo”.

Um mapa antigo

A tese de que os chineses chegaram às Américas antes de Colombo, no entanto, nunca morreu: em 2006, um advogado chinês chamado Liu Gang afirmou à imprensa internacional que tinha encontrado um objeto que a comprovava: um mapa com os cinco continentes do planeta feito em 1763, mas com uma anotação no verso dizendo ser uma reprodução de outro mapa de 1418. O mapa foi comprado por um valor irrisório em uma livraria de Xangai anos antes e Gang dizia que passara aquele tempo estudando a cartografia com outros especialistas. Ele chegou a uma conclusão parecida como a de Menzies: “A informação contida no mapa pode mudar a história”, disse Gang.

Em 2014, outra evidência das descobertas marítimas chinesas surgiu: durante uma expedição à remota ilha de Elcho, na Austrália, uma equipe de arqueólogos do país encontrou uma moeda da Dinastia Qing prensada entre os anos 1735 e 1795. À época, Mike Owen, chefe do trabalho de escavação, chegou a dizer que o objeto aumentava os já fortes indícios de que chineses haviam feito contato com aborígenes da região antes de Cook.

Para Júlia Rosa, que fez mestrado em Estudos Chineses Contemporâneos na Universidade de Renmin, em Pequim, e é cofundadora da plataforma Sh?miàn, a grande questão desse debate também gira em torno das possibilidades chinesas no período.

“Por um lado, a dinastia estava envolvida em projetos de expansão e de exploração de novos mercados para comércio e, por outro, tinha tecnologia para isso, já que a literatura afirma que os navios chineses daquela época eram melhores que os italianos. Assim, se eles soubessem que poderia haver uma terra desconhecida do outro lado do mundo, é possível que teriam tentado alcançá-la”, explica.

“Além disso, há certo consenso de que a China era mais avançada do que a Europa tecnologicamente até o século 14 aproximadamente”, completa.

Rita Feodrippe argumenta que, de fato, a indústria naval da China era uma das mais avançadas do mundo até antes do século 15. “Há muitas fontes históricas que mostram que a China chegou ao século 15 com programas e políticas específicas para seu desenvolvimento naval a nível local, isto é, queria navegar pelo Oceano Pacífico e fazer trocas comerciais com os povos do Sudeste Asiático”, explica ela.

O “retorno” de Zheng He

Há três anos, o nome de Zheng He voltou a sair da boca de um governante chinês: foi durante o discurso de abertura do atual presidente, Xi Jinping, no primeiro Belt and Road Forum (BRF) — evento em que delegados de mais de uma centena de países se reuniram em Pequim em 2017 para discutir projetos de infraestrutura financiados pela China pelo mundo.

Na ocasião, Xi Jinping afirmou que Zheng He foi um dos “pioneiros chineses que entraram para a história não como conquistadores, com navios de guerra, armas ou espadas. Ao contrário, eles são lembrados como emissários amigáveis em caravanas de camelos e navegando em navios repletos de tesouros. De geração a geração, esses viajantes das rotas da seda construíram uma ponte para a paz e cooperação entre o Ocidente e o Oriente”.

Segundo Júlia Rosa, a menção do presidente chinês não foi trivial: em um contexto de disputa geopolítica e de reafirmação no cenário global, com a construção de portos e estradas em países da África, da Ásia e da América Latina, o navegador do século 15 coloca uma das dinastias mais gloriosas da história da China em diálogo com as pretensões atuais do Partido Comunista — que governa o país desde a metade do século 20.

“Como na dinastia Ming havia uma participação intensa da China para além do seu território, não necessariamente em conflitos bélicos, mas em trocas comerciais com seus vizinhos. Zheng He é alçado como a figura que ilustra as pretensões da China de hoje: se engajar com outras populações por meio de trocas positivas, de ganhos mútuos, de comércio pacífico”, explica.

“Assim, Zheng He é um exemplo usado para dizer que a China já realiza esse tipo de contato com outros povos há muito tempo”, completa Rosa.

Vitor Ido, do South Centre, conta que a retomada de símbolos nacionais, como Zheng He, também faz parte de outra ambição chinesa. “O país tem feito isso também com Confúcio, por meio do Instituto Confúcio, para expandir o chamamos de soft power, mesmo que o governo tenha uma interpretação muito específica do confucionismo, assim como da história do Zheng He. Esse processo todo, de qualquer forma, me parece muito importante na China contemporânea”.

Para Rita Feodrippe, o navegador chinês é o símbolo perfeito de um país que, nas geopolítica atual, enxerga no mar o principal caminho para seu desenvolvimento econômico.

“Desde a entrada da China na OMC (Organização Mundial do Comércio), em 2001, houve uma ressignificação do mar. Eles não queriam depender de empresas de navegação ou usar rotas marítimas que são controladas financeiramente por potências ocidentais e, para isso, desenvolvem toda uma indústria naval e seu entorno para garantir o principal: importar e exportar muito e da forma mais barata possível. A associação com Zheng He está aí: era um chefe naval que liderava embarcações com capacidade para levar grandes mercadorias, mas não exércitos, para outros lugares do mundo”, analisa.

Fonte: www.correiobraziliense.com.br

 

Inteligência Artificial vai trazer mais eficiência para as câmaras municipais do RN

O presidente da Câmara de Parnamirim, vereador Wolney França, participou de evento onde foi assinado Termo de Cooperação, entre o Tribunal de Contas do Estado, FECAM/RN e a UFRN, buscando o compartilhamento de tecnologia com as câmaras municipais do estado.

A assinatura ocorreu durante evento promovido pela Escola de Contas do TCE sobre “Inteligência Artificial aplicada às ouvidorias dos municípios do RN”, nesta quarta-feira (19), no auditório do órgão.

O objetivo é a cessão de ferramenta de Inteligência Artificial desenvolvida pela universidade, o robô Kairós, para o Poder Legislativo dos municípios, por meio da FECAM/RN. Pelo projeto, o sistema é utilizado nas Ouvidorias de instituições públicas, otimizando processos e diminuindo tempo médio de respostas.

“O TCE/RN intermedia este processo por ter tido êxito na utilização da ferramenta e é uma satisfação fazer parte deste processo de inovação no serviço público, garantindo mais qualidade e celeridade às instituições e, em breve, levaremos esta tecnologia para a nossa Câmara de Parnamirim”, afirmou Wolney França, que também é o presidente Eleito da FECAM/RN.

No evento, que teve a presença da Ouvidora da Câmara Municipal de Parnamirim, Maria Edinara Mesquita Bueno, o documento foi assinado pelo Conselheiro Presidente do TCE/RN, Gilberto Jales, pelo Conselheiro da Escola de Contas do TCE/RN, Tarcísio Costa, pelo atual presidente da FECAM/RN, vereador Ivanildo do Hospital, e pelo Diretor Geral do Inst. Metrópole Digital, José Ivonildo do Rêgo. Também estiveram presentes autoridades, vereadores e população em geral.

Camara Municipal de Parnamirim

Raro eclipse solar híbrido ocorre nesta quinta, mas não será visível no Brasil

Eclipse solar total é visto no Oregon, nos Estados Unidos, em foto de 21 de agosto de 2017. — Foto: NASA/Aubrey Gemignani

O primeiro eclipse solar do ano ocorre na madrugada desta quinta (20), no horário de Brasília. Embora ele NÃO seja possível de ser observado do Brasil, espectadores sortudos da Austrália, Timor Leste e Indonésia conseguirão flagrar um fenômeno ainda mais especial este ano. Isso porque o eclipse desta quinta será híbrido, algo que acontece somente a cada 10 anos.

Assim, dependendo da localização, moradores desses países irão presenciar ou um eclipse solar anular ou um eclipse solar total. Mas o que é isso quer dizer? Primeiro, precisamos entender que um eclipse solar ocorre quando a Lua se posiciona entre o Sol e a Terra de uma maneira que ela acaba lançando uma sombra sobre a Terra.

A Lua então bloqueia a entrada de luz solar que chega à Terra. Às vezes, a Lua bloqueia apenas parte da luz do Sol, no chamado eclipse solar parcial ou anular. Já quando a Lua bloqueia toda a luz do Sol, temos um eclipse solar total.

Entenda os diferentes tipos de eclipse assistindo ao vídeo abaixo:

Veja a diferença nas fotos a seguir:

Eclipse solar total:

Foto mostra Sol totalmente encoberto pela Lua durante eclipse solar total nesta segunda-feira (14). — Foto: Ronaldo Schemidt/AFP

Eclipse solar anular:

A lua passa entre o sol e a terra durante eclipse solar anular visto de Cingapura — Foto: REUTERS/Tim Chong

Assim, como é possível ver nas imagens acima, em um eclipse solar total, a Terra, a Lua e o Sol se alinham de tal forma e em uma posição tão exata que toda a estrela do nosso sistema é “tampada” da perspectiva da Terra – é possível ver apenas a coroa, a atmosfera do Sol.

No caso do eclipse solar anular, ainda há um alinhamento entre os três corpos celestes, mas com um distanciamento um pouco maior da Lua em relação ao nosso planeta. O resultado é a formação de um “anel de fogo” no céu.

Na madrugada desta quinta, então, espectadores desses países da Oceania poderão observar um desses fenômenos. Segundo a Nasa, a agência espacial norte-americana, o evento terá início já perto das 22h da noite desta quarta-feira (20) no horário de Brasília, mas atingirá seu pico de 1h da manhã da quinta-feira. De acordo com o Observatório Nacional, o último eclipse híbrido ocorreu em novembro de 2013, e o próximo eclipse solar híbrido – depois do deste ano – só ocorrerá em novembro de 2031.

Quando veremos um eclipse solar no Brasil?

O próximo eclipse solar no Brasil é do tipo anular e será em 14 de outubro de 2023. Estados da região Norte e Nordeste poderão assistir a versão total, enquanto a versão parcial será vista em todo o país. Cidades como Natal (RN), João Pessoa (PB), Juazeiro do Norte (CE) e São Félix do Xingu (PA) terão a sorte de observar o “anel de fogo” ao redor da Lua criado pelo nosso Sol.

Por outro lado, em boa parte do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, quem olhar para o céu perto das 15h da tarde do dia 14 de outubro verá o nosso astro meio que “mordido” pela Lua. Isso acontece porque um eclipse solar parcial sempre acompanha um eclipse solar anular. Estados Unidos e a América Central também terão a visão privilegiada do evento astronômico. Já os eclipses lunares não serão tão marcantes este ano, pelo menos para o Brasil.

Eclipses de 2023

  • ☀️ 20 de abril – Eclipse solar total (não visível no Brasil)
  • 🌗 5-6 de maio – Eclipse lunar penumbral (não visível no Brasil)
  • ☀️14 de outubro – Eclipse solar anular (visível em boa parte do país)
  • 🌗 28-29 de outubro – Eclipse lunar parcial (visível em uma pequena parte do país)

Fonte: www.g1.globo.com

Operação cumpre 10 mandados de internação de menores em investigações contra ataques em escolas

Foto: Divulgação/CBMSC.

A operação Escola Segura cumpre 10 ordens para internações provisórias de menores de idade investigados por envolvimento em planejamentos de ataques a escolas nesta quarta-feira, 19. A ação integra agentes da Polícia Civil de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco.

Ao todo, também estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 11 afastamentos de sigilo de dados de adolescentes investigados. O objetivo da força-tarefa é dar cumprimento às ordens judiciais deferidas pela Vara da Infância e Juventude da Comarca de Blumenau.

As investigações tiveram início após o ataque na Creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), no último dia 5. O autor do crime, maior de idade, foi indiciado por quatro homicídios e cinco tentativas de homicídio quadruplamente qualificados. Ele permanece preso.

Além da Polícia Civil de cinco estados, em Santa Catarina, a operação é coordenada pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e pelo Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos do MPSC (CyberGaeco). A operação é capitaneada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, a operação segue em andamento na manhã desta quarta e os dados obtivos na ação serão divulgados ainda neste início de tarde. A reportagem também solicitou mais detalhes ao Ministério Público de Santa Catarina, mas não obteve retorno até a última atualização da matéria.

Fonte: www.terra.com.br

Escola do Legislativo completa 18 anos

Câmara Municipal de Parnamirim

No dia 22 de março, a Escola do Legislativo Professora Eva Lúcia Bezerra de Mendonça completou 18 anos de fundação. O setor, instituído em 2005 por meio do Projeto de Resolução 002/2005, é pioneiro em âmbito estadual no fornecimento de “suporte conceitual de natureza técnico-administrativa às atividades da Casa Legislativa”, como descreve o guia “Expandindo Conhecimento – março/2023”, desenvolvido em homenagem ao aniversário da escola.

Com isso, a Escola do Legislativo auxilia na elaboração das propostas de cursos, palestras e oficinas, e sua disponibilização aos funcionários da Casa, por meio de parceria com profissionais e organizações. O propósito desta iniciativa é direcionar aos servidores conhecimento e desenvolvimento em diversas áreas que, quando dominadas, podem ampliar o desempenho de toda a instituição em relação à prestação de serviços aos parnamirinenses.

O que a Escola do Legislativo representa para a Presidência e a Direção?

Para o presidente da Casa, vereador Wolney França, a ideia de implantação da escola do legislativo é inovadora. “Em meu ponto de vista a escola traz um serviço que, aparentemente seria oferecido apenas pelo Poder Executivo, mas essa barreira foi quebrada há 18 anos aqui em Parnamirim, e é um estímulo para outras Câmaras criarem suas escolas”. O edil também manifesta sua esperança de que estes cursos oferecidos sejam, um dia, contemplados pela população.

Já o diretor da Casa, Marcelo Noronha, vê a escola como uma “impulsionadora de conhecimentos, de melhoria da qualidade do serviço prestado pela Casa, principalmente quando esses ensinamentos são voltados para o âmbito do trabalho legislativo”.

O que diz a Escola do Legislativo?

Para Senadath Baracho, pedagoga da Escola do Legislativo, o objetivo é que “cada servidor, que cada parlamentar compreenda a dimensão da importância da Escola para a democratização do acesso aos saberes produzidos nesta Casa. Que possamos a cada dia fortalecermos a Escola entendendo-a como ferramenta para a qualificação profissional dos servidores e parlamentares; como propulsora do bem-estar ao oportunizar momentos formativos, de reflexão sobre o cotidiano institucional e partilhas; para a democratização dos saberes aqui produzidos”.

Mais informações estão no Guia Pioneirismo na Câmara Municipal de Parnamirim – 18 anos da Escola do Legislativo Professora Eva Lúcia Bezerra de Mendonça. O material pode ser acessado clicando aqui

Fonte: Malu Figueiredo Ascom / CMP

URGENTE: Prefeito de São José do Campestre é assassinado a tiros em sua residência

Neném Borges havia sido eleito no pleito de 2020 com mais de 60% dos votos (Foto: Reprodução)

Na madrugada desta quarta-feira (19), o prefeito do município de São José do Campestre, Joseilson Borges da Costa, o Neném Borges (MDB), foi assassinado em sua própria residência. O prefeito tinha apenas 44 anos e havia sido eleito no pleito de 2020 com mais de 60% dos votos.

De acordo com informações, criminosos invadiram a casa do prefeito por volta de meia-noite e efetuaram cerca de quatro disparos contra ele que estava sentado no sofá. A Polícia Militar está no local em busca de informações sobre os responsáveis pelo crime.

A notícia do assassinato chocou os moradores de São José do Campestre, que é um pequeno município do Rio Grande do Norte, com pouco mais de 12 mil habitantes. Neném Borges era bastante querido pelos seus eleitores e tinha uma trajetória política promissora pela frente.

Brasileira morre após ser atropelada enquanto trocava pneu do carro nos EUA

Foto: Reprodução/Go Found Me

Uma brasileira de 21 anos morreu, na manhã desta terça-feira, 18, após ser atropelada em uma sequência de acidentes enquanto trocava o pneu do carro, na Geórgia, nos Estados Unidos. Eduarda Romano da Silva é natural de Itaguari, Goiás, e morava com a mãe fora do país. A família fez uma campanha de arrecadação para fazer o translado do corpo até o Brasil.

De acordo com a reportagem de Augusto Sobrinho, do jornal O Popular, o tio da jovem, Salmo Vieira, contou que ela voltava da academia quando ocorreu o acidente. O pneu do veículo furou e ela parou para trocar. “Neste momento, outro veículo atingiu o carro dela”, afirmou o familiar.

Essa foi a primeira colisão. Quando Eduarda e o motorista do segundo carro estavam do lado de fora, foram atropelados por outro automóvel. Ambos morreram no local. Ainda conforme o jornal local, outros dois veículos se envolveram no acidente.

“Minha irmã [mãe da brasileira] está muito abatida. Estamos estudando o jeito para realizar o velório da minha sobrinha em Itaguari”, afirmou. A família precisa de $ 30 mil para fazer o translado do corpo, e por isso, fizeram uma campanha de arrecadação online. Até a noite desta terça, eles já haviam conseguido a doação de mais de $ 19 mil.

Fonte: www.terra.com.br