Petrobras anuncia aumento de R$ 0,23 no preço do litro da gasolina a partir de amanhã

Reajuste passa a valer a partir de quarta-feira (25) – Foto: Reprodução

A Petrobras anunciou, na manhã desta terça-feira, (24), que o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro — um aumento de R$ 0,23 por litro. O reajuste passa a valer a partir de quarta-feira (25). Os demais combustíveis não tiveram os preços alterados.

Conforme a empresa, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina e 27% de etanol anidro para a composição do produto comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 2,42 a cada litro vendido na bomba.

O último reajuste dos preços da gasolina havia sido realizado em dezembro, com redução de 6,1%. No patamar anterior, os preços da gasolina brasileira eram negociados abaixo dos preços do mercado internacional.

“Esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, diz a empresa, em nota.

Veja a nota da empresa

A partir de amanhã, 25/01, o preço médio de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, um aumento de R$ 0,23 por litro.

Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,42 a cada litro vendido na bomba.

Esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio.

Fonte: 98 FM

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários de NIS de final 5

Foto: Reprodução

A Caixa Econômica Federal paga hoje (24) a parcela de janeiro do Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 5. O valor mínimo corresponde a R$ 600.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês, o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 21,9 milhões de famílias, com um gasto de R$ 13,38 bilhões. O valor médio recebido por família equivale a R$ 614,21.

A partir deste mês, o programa social volta a chamar-se Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição que permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.

Em publicação nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escreveu que a manutenção da parcela mínima segue o compromisso estabelecido entre o novo governo e o Congresso Nacional. “Começaremos o pagamento de R$ 600 para famílias beneficiárias. Compromisso firmado durante a campanha e que conseguimos graças à PEC que aprovamos ainda na transição, já que o valor não tinha sido previsto no orçamento pelo governo anterior”, postou o presidente no último dia 16.

O pagamento do adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos ainda não começou. Há duas semanas, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, afirmou que o valor extra só começará a ser pago em março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Auxílio Gás

Neste mês, não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em fevereiro.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que mulheres responsáveis pela família terão preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

 

Fonte: Agência Brasil

Um vocabulário da crise atual brasileira

Padre João Medeiros Filho

Nos idos de 1950, quando estudávamos no Seminário de São Pedro (Natal), tínhamos entre os formadores Padre Manuel Barbosa de Vasconcelos Filho. À época, era também docente da Escola de Serviço Social e capelão da Polícia Militar do RN. Fomos seu acólito nas missas dominicais celebradas na Igreja de São Judas Tadeu e na antiga Casa de Detenção (atual Centro de Turismo). Homem erudito, incentivava em seus alunos o saudável hábito da leitura, tanto de textos religiosos como profanos. Emprestava-nos livros e periódicos de sua biblioteca. Vêm à nossa mente Seleções do Reader´s Digest com a seção: Enriqueça o seu vocabulário, primando pelo ensino da sinonímia. Por conta dessa revista, adquirimos o hábitoliterário do emprego de várias palavras com sentidoanálogo, visando à comunicação mais compreensível.

Hoje, a crise (sociopolítica, econômica, ética e religiosa) assola a sociedade brasileira. Ela vemdesencadeando uma abundância de eufemismos, dignos de causar surpresa a qualquer dicionarista ou filólogo. Imaginemos Antônio Houaiss, Antenor Nascentes eAugusto Magne, diante de modismos dúbios, frutos da criatividade terminológica. Empregam-se neologismos, baseando-se em termos existentes com significados diferentes, aprendidos em linguagem coloquial ou no uso da norma culta do idioma pátrio. Não se trata simplesmente de crítica. Nosso objetivo é tão somentefazer refletir, ao destacar o aspecto semântico subjacentena crise, que vem produzindo um vocabulário peculiar. Este surpreende como a polêmica gerada pela reforma ortográfica adotada pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP. Os verbetes, empregados com novos sentidos e conotações, quando dicionarizados, poderão ajudar algum estudioso na análise da realidade brasileira destas duas últimas décadas, partindo dahermenêutica literária.

No mundo político, o estelionato eleitoral, o secular engodo, as velhas mentiras deslavadas (promessas que nunca serão cumpridas) adquiriram o status eufêmico de “metáfora de campanha ou “licença poética de palanque.Observemos as nuances em certos vocábulos utilizados em língua nacional ou estrangeira: conta bancária secreta em paraísos fiscais passou a ser chamada de “offshore”. A tradicional propina virou “pixuleco”.  O consagrado superfaturamento vestiu a roupagem de “comissão administrativa”. Temos lido na recente terminologia que a formação de quadrilha passou a ser elegantemente denominada de “aliança entre partidos”. Criou-se uma nomenclatura oficial para financiamento de campanhaeleitoral, agora intitulado de fundo partidário (um apoderamento planejado e legalizado, aprovado pelos parlamentares), sucessor credenciado do postulado franciscano: é dando que se recebe” ou do clássicotomalá, dá cá”. Há bem mais. Mas, os distintos e prezados leitores sabem que esta não é a nossa especialidade.

À cada acusação, eivada de provas nos inquéritos e processos, o indiciado instruído pelos seus defensores deverá responder: “não passam de puras ilações”. A evidência passou a ser chamada desse modo e a conivência a ter esse sentido.  A repudiada “deduragem” de nossos tempos de internato (onde a lealdade e a honestidade eram cultuadas) agora recebe o epíteto de “delação ou colaboração premiada”, revestida do requintedos procedimentos jurídicos e das garantias legais. “O tempora, o mores! (Ó tempos, ó costumes), exclamou o tribuno romano Marco Túlio Cícero. Antoine de Saint-Exupéry, há oitenta anos, afirmava que “a linguagem é uma fonte de mal-entendidos.

Não podemos esquecer que “dar calote” foi batizado graciosamente de “pedalada”. Se os cidadãos comuns e contribuintes usassem desse expediente para os seus impostos e taxas, como ficariam as finanças públicas? Anotem-se para dicionarização algumas expressõesneológicas, adquirindo outra semântica: passear de avião por conta do erário (leia-se contribuinte) é “viagem de interesse público”. E ainda: assalto ao bolso do cidadão é “ajuste fiscal”. Roubo escancarado passou a ser “aumento patrimonial e de renda, a partir de investimentos externos”. Contrabandista tomou a acepção de “executivo de fronteiras”. Não esqueçamos: Medida Provisória é “ferrada certa e urgente nos cidadãos”. E silêncio dos líderes, inclusive religiosos, é contributo à paz e à democracia! Nosso espaço nesta coluna é limitado, portanto torna-se inviável comentar o “despiora”, “descondena” e tantos outros étimos criados por motivações políticas e ideológicas. Lembremo-nos do ensinamento do apóstolo Paulo: “Digo-vos isto para que ninguém vos iluda com discursos falazes” (Col 2, 4).

Prefeitura realiza 1ª edição do Projeto ’60+ Verão’ em Pirangi


A Prefeitura de Parnamirim por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e integração das secretarias municipais de Esporte e Lazer (Sel), Saúde (Sesad) e Secretaria de Cultura (Semuc), realizará no próximo sábado (28), no calçadão de Pirangi, a primeira edição do Projeto “60+ Verão”, o qual é parte integrante do Verão Parnamirim 2023.

O projeto tem como foco principal atividades elaboradas em diversas áreas para os idosos do nosso município, entre elas: saúde, cultura, esporte e lazer. No dia 28, serão ofertados os serviços de reflexologia, aferição de pressão, auriculoterapia, liberação miofascial, teste glicêmico, práticas integrativas, caminhada, sorteio de brindes, dança mix, além da apresentação da cantora Nara Costa e muito mais. 

A iniciativa é mais uma extensão de iniciativas voltadas para a melhor idade, uma das prioridades do Poder Público Municipal, visando a garantia dos direitos da pessoa idosa, saúde e qualidade de vida para o referido público, além de valorizá-lo, influenciando positivamente na autoestima dos nossos queridos idosos.

Fonte: portal da prefeitura de Parnamirim

Covid: Brasil registra 7 mortes em 24 horas, diz consórcio

Covid: Brasil registra 7 mortes em 24 horas, diz consórcio
A média móvel de mortes fechou em 135 óbitos por dia

O consórcio de veículos de imprensa que acompanha os dados da Covid junto às secretarias estaduais de Saúde registrou 7 mortes em razão da doença no Brasilnas últimas 24 horas.

A média móvel de mortes (números dos últimos sete dias, divididos por sete) fechou em 135 óbitos por dia, alta de 3%ante o índice de duas semanas atrás, o que indica estabilidade.

Segundo o “pool” da imprensa, o total de mortos por Covid no Brasil desde o início da pandemia chegou a 692.323. O país registrou hoje 1.073 casos da doença, levando a média móvel de infecções para 13.667 por dia, queda de 34% em relação a 14 dias atrás. O total de infectados subiu para 36.734.089.

Fonte: o antagonista

“Jamais tivemos conhecimento”, diz trio de acionistas sobre rombo na Americanas

Os três fundadores da 3G Capital — Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles —, acionistas de referência da Americanas, finalmente se manifestaram e divulgaram na noite deste domingo (22) uma nota dizendo que desconheciam “quaisquer manobras ou dissimulações contábeis na companhia”.

 

No texto da nota, os acionistas dizem lamentarprofundamente” as perdas dos investidores e credores. Afirmaram ainda que os três também foram “alcançados por prejuízos”.

 

O trio cita também a multinacional de auditoria e consultoria PwC, que em 2022 aprovou as demonstrações financeiras daAmericanas: Nem essas instituições financeiras nem a PwC jamais denunciaram qualquer irregularidade”.

 

“Portanto, assim como todos os demais acionistas, credores, clientes e empregados da companhia, acreditávamos firmemente que tudo estava absolutamente correto”, acrescenta.

“Abaixo, a íntegra da nota pública: No dia 11 de janeiro de 2023, por meio de “fato relevante”, a Americanas S.A. tornou pública a existência de significativas inconsistências em sua contabilidade. Desde então, sempre com transparência e imediatismo, vários esforços vêm sendo feitos para o correto tratamento dos desafios que hoje se colocam à empresa. Usamos dessa mesma clareza para esclarecer de modo categórico e a bem da verdade que:

1) Jamais tivemos conhecimento e nunca admitiríamos quaisquer manobras ou dissimulações contábeis na companhia. Nossa atuação sempre foi pautada, ao longo de décadas, por rigor ético e legal. Isso foi determinante para a posição que alcançamos em toda uma vida dedicada ao empreendedorismo, gerando empregos, construindo negócios e contribuindo para o desenvolvimento do país.

2) A Americanas é uma empresa centenária e nos últimos 20 anos foi administrada por executivos considerados qualificados e de reputação ilibada.

3) Contávamos com uma das maiores e mais conceituadas empresas de auditoria independente do mundo, a PwC. Ela, por sua vez, fez uso regular de cartas de circularização, utilizadas para confirmar as informações contábeis da Americanas com fontes externas, incluindo os bancos que mantinham operações com a empresa. Nem essas instituições financeiras nem a PwC jamais denunciaram qualquer irregularidade.

4) Portanto, assim como todos os demais acionistas, credores, clientes e empregados da companhia, acreditávamos firmemente que tudo estava absolutamente correto.

5) O comitê independente da companhia terá todas as condições de apurar os fatos que redundaram nas inconsistências contábeis, bem como de avaliar a eventual quebra de simetria no diálogo entre os auditores e as instituições financeiras.

6) Manifestamos mais uma vez nosso compromisso de integral transparência e de total colaboração em tudo que estiver ao nosso alcance para esclarecer todos os fatos e suas circunstâncias.

7) Lamentamos profundamente as perdas sofridas pelos investidores e credores, lembrando que, como acionistas, fomos alcançados por prejuízos.

8) Reafirmamos o nosso empenho em trabalhar pela recuperação da empresa, com a maior brevidade possível, focados em garantir um futuro promissor para a empresa, seus milhares de empregados, parceiros e investidores e em chegar a um bom entendimento com os credores. Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Geraldo Samor Governança corporativa.”

Fonte: o antagonista

O nível do policial

Vou tratar hoje de dois assuntos controversos nas letras. A questão do gênero ou da tipologia da literatura, que é bastante controversa. Grandes obras normalmente não se conformam às regras do gênero; e muitos críticos literários sequer reconhecem a existência desse conceito (de gênero da literatura). Eu acho que essa classificação é possível. Reconheço que uma das minhas literaturas preferidas, a literatura policial ou detetivesca, como literatura de massa, é um gênero bem definido. E aqui eu chego à segunda controvérsia, na qual me deterei amiúde: a literatura de massa, popular, como a dos romances policiais, pode ser uma “alta” literatura?

Houve um tempo em que a divisão entre “alta” e “baixa” literatura era visível ou ao menos reconhecida/propagada pelos entendidos do assunto. Como registra Miklós Szabolcsi (em “Literatura universal do século XX: principais correntes”, Editora Universidade de Brasília, 1990), é “possível traçar uma linha divisória entre as duas espécies de literatura, com base em diversos pontos de vista, sejam os da sociologia da literatura ou da estética, sejam os referentes às diferenças de função. O comum mesmo é citar, a título de fundamentação, as narrativas reiterativas, de produção fácil e compostas por módulos já prontos, que têm o poder de emocionar e horrorizar com facilidade e são caracterizadas pela trivialidade do texto. Pode acrescentar-se, no entanto, a possibilidade de recepção rápida, a compreensão sem dificuldades e, finalmente, determinados procedimentos ligados à difusão e à produção. Mas são critérios incertos e discutíveis. (…) O fato é que as pegadas das obras arroladas nesse gênero podem ser acompanhadas a partir do século XVIII. A evidente divisão da literatura ‘alta’ e ‘baixa’ ou ‘trivial’ consolida-se no final do século XIX, simultaneamente com o fato que é sua causa: a ‘alta’ literatura vai se tornando excludente, em face das dificuldades que oferece para a compreensão.

Todavia, sobretudo a partir do começo do século XX, os territórios da “alta” e da “baixa” literatura se expandiram causando uma mistura entre os seus conjuntos. Como explica Szabolcsi, “de um lado, porque a vanguarda destrói os limites estabelecidos entre a arte ‘elevada’ (de elite) e a ‘inferior’ (popular), de outro, porque, em função de causas técnicas e comerciais, cresce o número de obras culturais modernas que, empregando as conquistas da literatura ‘superior’ e assimilando-lhe a cosmovisão e as técnicas, passam a prometer leitura rápida e leve, diversão e esquecimento. O best seller, o êxito de livraria, não é simplesmente uma leitura soporífera e dissuasiva. Frequentemente, representa correntes formativas e excitantes, que conquistam grande parcela de leitores-consumidores”. Já tratei até desse tema e citei Graham Greene, Morris West e John Le Carré, escrevendo aventuras, thrillers, policiais ou romances de espionagem, como perfeitos casos de bestsellers querealmente escreviam bem.

O que dizer da qualidade dos precursores do romance policial? De Edgar Allan Poe, por exemplo, “com sua reconstrução intelectual dos crimes? Na verdade, depois de outros precursores do século XIX, como Émile Gaboriau e Maurice Leblanc, a leitura do policial assiste “ao surgimento de clássicos como Conan Doyle e Edgar Wallace e, a partir dos anos 30, com Agatha Christie e Georges Simenon. Tornam-se parte integrante da literatura, em face das exigências de um amplo círculo de leitores, que deseja a sobrevivência do romantismo dos bandidos e mostra-se ávido da investigação e das emoções da adivinhação dos enigmas. Tanto é verdade que, a seguir, instalam-se profundamente na estrutura literária, a ponto de obras ‘elevadaspassarem a fazer uso dos recursos e das máscaras do romance policial. Primeiro, com G.K. Chesterton; depois, com Grahan Greene, Friedrich Dürrenmatt, Max Frisch e o nouveau roman francês, a ponto de diluir, aqui também, as fronteiras entre os dois estilos”. E podemos citar outras referências do século XX, como Dashiel Hammett e Raymand Chandler, suprassumos do policial noir, ou Erle Stanley Gardner, que nos o tipo jurídico do advogado-detetive, com o seu Perry Mason. E por aí vai.

Na verdade, para mim, não existe uma barreira intransponível à literatura de massas, em especial à literatura policial/detetivesca, ao país da “alta” literatura. Desconfio de Tzvetan Todorov quando afirma (em “Poética da Prosa”, Martins Fontes, 2003): “quem quiser ‘embelezar’ o romance policial, faz ‘literatura’ e não romance policial. Acredito que faz os dois. E dou como exemplo definitivo Umberto Eco. Alguém vai me dizer que “O nome da rosa” (1980) não é altíssima literatura detetivesca?

 

Marcelo Alves Dias de Souza
Procurador Regional da República

Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL