Foi preso na manhã desta segunda-feira (20), um homem apontado pela polícia como um dos envolvidos na morte do policial penal Carlos Eduardo Nazário, de 53 anos, na noite da última sexta-feira (17) em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito, que tem 30 anos de idade, é membro da facção apontada como responsável pelos ataques criminosos registrados no Rio Grande do Norte desde o dia 14 de março.
A prisão aconteceu no bairro Barreiros, em São Gonçalo do Amarante, mesma cidade em que o crime aconteceu. No momento da prisão, os policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também apreenderam uma arma pistola, munições, luvas e uma balança de precisão.
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O crime
Carlos Eduardo Nazário estava de folga e foi baleado por criminosos em um comércio do bairro do bairro Jardim Lola por volta das 21h30 de sexta-feira (17), quarto dia de ataques criminosos no estado.
Ele foi socorrido e levado em uma viatura da Polícia Militar para o Hospital Santa Catarina, na Zona Norte de Natal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Familiares informaram que o policial penal foi atingido com três tiros no braço, na perna e no tórax. Além de Nazário, a polícia também atribui a morte do comerciante
Uma semana de ataques
Pelo menos 48 cidades do Rio Grande do Norte foram alvos de ataques criminosos em uma semana. O terror começou na madrugada de terça-feira (14), quando prédios públicos e privados foram depredados, veículos incendiados e moradores das regiões ficaram em estado de pânico.
Até o sábado (18), o governo do estado confirmou ao menos 259 ataques registrados no estado.
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Os ataques começaram na madrugada do dia 14 de março, quando ao menos 20 cidades foram alvos de destruição. No primeiro dia, um fórum de Justiça, duas bases da Polícia Militar, a sede de uma prefeitura e outros prédios públicos foram alvos.
Veículos foram incendiados, incluindo ônibus do transporte público. Nos dias seguintes, mesmo com a segurança reforçada, os ataques continuaram. Mais de 130 pessoas pessoas foram presas suspeitas de envolvimento nos ataques.