Hackers que invadiram sistema do TSE tornam-se réus

A Justiça Eleitoral aceitou nesta segunda-feira (27) denúncia contra quatro envolvidos na violação do sistema de informática do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2020. Junto com um adolescente, os quatro faziam parte de grupos hackers responsáveis por ataques cibernéticos realizados a partir de outubro daquele ano.

Os quatro denunciados responderão porassociação criminosa. Três deles também são réus pelos crimes de invasão de dispositivo informático, desenvolver ou introduzir programa capaz de alterar sistema de dados do serviço eleitoral e corrupção de menores. Desses, dois respondem, ainda, pelo crime de promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais.

De acordo com a denúncia, a partir de outubro de 2020, o grupo invadiu o sistema do TSE, obteve dados sigilosos de servidores da corte e divulgou as informações na internet. Além disso, em 15 de novembro do mesmo ano, dia do primeiro turno de votação, dois dos réus atuaram para dificultar o funcionamento do aplicativo e-Título e impedir a realização da justificativa por georreferenciamento.

O inquérito policial que investigou a atuação do grupo foi requisitado pelo ministro Luís Roberto Barroso, então presidente do TSE.

Fonte: o antagonista

O maniqueísmo no Brasil de hoje

Padre João Medeiros Filho

Uma das grandes lições da Universidade de Louvain(Bélgica) é o seu empenho para incentivar o diálogo e a convivência entre seus alunos, oriundos de dezenas de nações e etnias, com diferentes visões ideológicas, sociais, econômicas e religiosas. Faz parte do cristianismo. Na década de 1970, partidos políticos e movimentos sociais pressionaram o episcopado belga a cindi-la em duasinstituições universitárias, alimentando a divisãolinguística entre flamengos e francofones. Analogamente,a sociedade brasileira vem sendo marcada por um dualismo intransigente. Tais comportamentos remontam à antiguidade, ressurgindo sob novas configurações em certos países e épocas. Há cinco meses, as eleições no Brasil terminaram. Entretanto, os embates continuam na mídia tradicional e nas redes sociais. As concepções ideológico-políticas dividem visceralmente os compatriotas. Segundo a convicção dos seguidores de cada partido, de um lado estão os bons e de outro, os maus. Essa radicalização não é nova. São como ondas; vão e voltam.

No século III, despontou na antiga Pérsia o maniqueísmo, teoria defendida por Mani (Maniqueu), disseminando-se pelo Império Romano. Defendia a dualidade de princípios antagônicos: o Bem e o Mal. Há uma permanente oposição entre a luz e as trevas. Esses princípios opostos não se unem. Os historiadores narram que tal movimento exerceu profunda influência, a ponto de Santo Agostinho tê-lo abraçado, antes de sua conversão. Após sua adesão ao cristianismo, o Bispo de Hipona tornou-se um ferrenho adversário dessa visão de mundo, argumentando que Cristo pregou a unidade, respeitando a diversidade. “Pai, que todos sejam um, como Tu e Eu!” (Jo 17, 21).

Nos séculos XII e XIII, os fundamentos maniqueístas voltaram a ter evidência na França. Reaparecem nas práticas religiosas dos cátaros e albigenses. Periodicamente, o maniqueísmo ressurge aqui e ali, não mais no campo doutrinário, mas como ideologia ou teoria política. Divide a humanidade em dois grupos que, à semelhança do óleo e da água, se encontram, porém não se misturam. Pregam que o outro deve ser considerado um perigoso inimigo. Este, pleno de defeitos, deve ser exterminado a qualquer custo. “O outro é o inferno”, afirmava Sartre séculos depois. Para cada uma das correntes político-ideológicas sua maneira de pensar é a única certa, sábia e verdadeira. A sociedade fica, então, dividida. Quanto mais o outro fracassar, melhor, pois o “bem” triunfará. É o que está acontecendo no Brasil hodierno, eivado de intolerância e radicalismo e arrogância, onde pensar e falar diferentemente é inaceitável, podendo passar a ser crime.

Enfrentam-se dificuldades em conviver com o divergente. Sonha-se com uma sociedade em que todos teriam idêntico pensamento e partido político. Os sistemas totalitários alimentam-se desse sonho e elaboram projetos para torná-lo realidade. Viver é difícil. Conviver é bem mais. Todavia, “Homem algum é uma ilha”, afirmava Thomas Merton. Se vivêssemos totalmente isolados, tendo tudo o que fosse necessário à nossa disposição, seríamos egocêntricos e monocórdicos. O diferente e o contraditórioenriquecem-nos, pois levam-nos a um maiorautoconhecimento. Todavia, os maniqueístas (do passado edo presente) não admitem erros. Consideram-se infalíveis e irretocáveis. Por conseguinte, são impositivos, incapazes de dialogar.

A convivência exige respeito e saber ouvir para se enriquecer com outras maneiras de conceber a vida. Quão triste seria um mundo apenas de robôs, submetidos a comandos externos! Cristo interagia com todos, convivendo com os oponentes. Transigia e mostrava-se sempre aberto ao diálogo, indo na contramão da mentalidade reinante em seu país. “Como é que tu, sendo judeu, pedes água a uma mulher samaritana?” (Jo 4, 9). Esta frase revela o radicalismo dos contemporâneos de Jesus. Os dias atuais mostram-nos que o maniqueísmo continua vivo e atuante. Deus é trino, diverso, plural, segundo a teologia cristã. Somos seus filhos e não devemos pensar e agir de outra maneira. A primeira Carta do apóstolo Paulo aos cristãos de Corinto é um hino àdiversidade em função da harmonia e do bem comum. O Criador não quis a uniformidade, mas a unidade. É o que se infere da metáfora bíblica paulina: “ muitos membros, mas um só é o corpo” (1Cor 12, 20).

Nunes Marques libera ações contra decretos de arma de Bolsonaro

Nunes Marques libera ações contra decretos de arma de Bolsonaro
Processos estavam travados em seu gabinete desde setembro de 2021, após pedido de vista do ministro do STF

O ministro Kassio Nunes Marques (foto) liberou um processo relacionado a vários decretos de armas editados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, diz a Folha. As ações estavam travadas em seu gabinete desde setembro de 2021, após pedido de vista do magistrado.

Os processos questionam, entre outras coisas, as medidas de marcação e rastreamento de armas e munições; a alíquota zero para importação de armas; aumento da quantidade máxima para aquisição de munição, entre outros.

Desde sexta já pode ser retomado o julgamento de ação que questiona, por exemplo, uma resolução do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior do Ministério da Economia que zerava a alíquota de importação para revólveres e pistolas. Antes, ela era de 20%.

Parte da política de armas de Bolsonaro foi derrubada já em 1º de janeiro, quando Lulapromoveu um revogaço que dificultou o acesso a armas de uso restrito. Outra parte segue pendente de análise no STF.

Fonte: o antagonista

O tempo passa

Havia estado no Porto/Portugal uma única vez, no ano de 2000 (se não estou enganado), para fazer um curso de pós-graduação em direito comunitário na Universidade Lusíada local. Bons tempos. Era bem jovem. E viva o vinho do Porto e do Douro!

Voltei à cidade esses dias no rescaldo do Carnaval. Logo descobri que me lembrava de muito pouco da urbe. Quase nada. Suas ruas e monumentos me eram completamente estranhos. Bom, já fazia quase cinco lustros de minha única estada lá. É bastante tempo. E a “cidade mudou muito, completamente, depois me disse a simpática recepcionista do meu hotel na Ribeira, ao compartilhar meus sentimentos com ela. Ou talvez eu apenas tenha bebido e aproveitado demais o meu período de estudante no Porto. Sei lá. Bons tempos.

De toda sorte, eu tinha uma missão ali: revisitar a Livraria Lello do Porto. Dela eu tinha uma boa lembrança. E, deixando minha mulher e meus sogros já próximos dos restaurantes à beira do Douro – onde, disseram eles, comeram o melhor bacalhau e tomaram o melhor vinho da viagem –, saí sozinho, esbaforido, mapa à mão, subindo as ladeiras, em direção à famosa casa de livros.

O trajeto foi curioso. O centro da cidade não é grande. Mas, em obras, perdi-me e achei-me algumas vezes. E, numa praça da qual não me recordo o nome, dei de cara com um casal de primos e um casal de amigos de Natal, entre estes um ex-jogador de futebol, deveras fora de forma, que ainda insiste em correr atrás da pelota. Vinham da Lello. Deram-me dicas de como entrar no estabelecimento. Hoje se paga para entrar e a fila éenorme. Foi uma alegria encontrar aleatoriamente conterrâneos em terra tão distante. Mas eu deveria ter interpretado aquele encontro com o meu amigo ex-jogador como um sinal, um presságio, de que o tempo passa, até no Porto.

Cheguei à livraria, no nº 144 da Rua das Carmelitas, afogueado. Na porta, apressadíssimo, pela Internet, fiz uma reserva para uma entrada vip, para cinco minutos depois, por 16 euros e algo. Enrolei-me um pouco com o cartão e o e-mail, mas deu certo. O sistema financeiro é bruto e bom. E os 16 euros eles devolvem em livros da Lello. Vale a pena, em princípio.

Bom, o interior da livraria é lindo. Continua lindo. A madeira escura trabalhada é belíssima. As paredes e as estantes prendem a nossa atenção. As colunas e os corrimões também. O teto em gesso e madeira idem. O enorme vitral nos ilumina. E, claro, a badalada escadaria, cuja forma nos dá um desejo de subi-la (a escada) até o infinito, é um must. Tudo isso ainda está lá. Fato!

Todavia, o ambiente, definitivamente, não é mais o mesmo de outrora. Vi uma exposição sobre José Saramago (1922-2010). Legal. A disposição dos livros, sistematizada por ganhadores do prêmio Nobel e por escritores que poderiam/deveriam ter ganho, também é interessante. Mas o acervo no geral é muito pobre. Pobre mesmo. São tomos bonitinhos para exposição e não para consulta e consequente aquisição. E o pior: a livraria está apinhada de turistas. Muitos. Muitíssimos. Assim como eu, tirando fotos para todos os lados (ainda consegui uma ou duas fotos com apenas duas ou três cabeças e pernas nos cantos das imagens). Saí de lá “retratofóbico”, já adianto.

Ao final, interessei-me por um livro de Orhan Pamuk(1952-), escritor turco, prêmio Nobel de literatura em 2006. O título era “Istambul: Memórias de uma cidade”. Gosto de livros sobre cidades. Imagine um escrito por um prêmio Nobel. Mas não pude trocar o meu crédito pelo danado (mesmo pagando uma pequena diferença). O crédito só valeria para livros de uma nova edição de bolso da Livraria Lello. São livros bonitinhos, mas uma coleção pouco variada, clássicos sobretudo, que eles devem editar já sem pagar direitos autorais. Fui no óbvio: uma edição dos Lusíadas”, do enorme Luís de Camões (1524-1580). Nada mais português.

Aí veio a cereja do bolo. A vendedora foi até simpática e me ofereceu uma edição anterior, segundo ela mais bonitinha. Ambas eram bonitinhas. E perguntei se havia alguma diferença entre elas. Foi aí que a vendedora portuguesa olhou para mim dizendo: “claro que são iguais, não se pode mudar os Lusíadas”; e quase completando: “brasileiro idiota”. Bom, evidentemente, eu queria saber se havia introduções diferentes para cada edição (algo comum), se alguma das edições era anotada (como uma belíssima que tinha visto, dias antes, em Braga) ou mesmo podia se tratar de uma edição adaptada em prosa (que talvez ela, a vendedora, nem saiba que existe). Sei lá. Como já tenho outras edições dos Lusíadas, queria algo diferente. Mas terminei sendo tratado como o mais ignorante dos turistas literários, digo fotográficos. Devia ter compreendido o encontro com o ex-jogador: um mau presságio. Perdi bacalhau e vinho. E o tempo passa.      

Marcelo Alves Dias de Souza
Procurador Regional da República

Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

Nível das lagoas de captação de Parnamirim está dentro da normalidade

Foto: Ana Amaral


Com a chegada das primeiras chuvas, é natural que quem more próximo às lagoas de captação fique de sobreaviso. Atualmente, porém, esses equipamentos de captação e armazenamento de água da chuva da cidade estão funcionando bem e com os níveis dentro da normalidade.

A Secretaria de Serviços Urbanos de Parnamirim realiza o monitoramento periódico de paredes, vegetação, acessos e, principalmente, das bombas elétricas. Duas lagoas de Nova Parnamirim foram visitadas neste sábado (25): a da Petra Kelly e a Nezinho Alves, duas das maiores do município. O nível de ambas está dentro do esperado, contando com bom espaço disponível para armazenamento de água, em caso de mais chuvas.

ENTENDA:

A lagoa de captação funciona como um reservatório que recebe e acumula a água das ruas. O nível mais baixo que as vias públicas ao seu redor, favorece esse recebimento usando a força da gravidade. Depois de captar a água, o nível do líquido vai baixando na medida em que infiltra na lagoa e evapora, nesse último caso, graças à luz do sol.  

Para que o cenário de espaço disponível para receber água se mantenha, é essencial que, além da manutenção e monitoramento periódicos, a população faça a sua parte. Alguns dejetos despejados pelas moradias são grandes inimigos das lagoas de captação, como a água servida. Quando despejado de forma inadequada – na via pública, por exemplo, esses rejeitos aderem ao fundo das lagoas, formando uma crosta que impede que a água infiltre com perfeição. Sempre que isso acontece, a única forma de baixar os níveis de água é com a evaporação solar, o que por vezes leva bem mais tempo. Em períodos mais chuvosos que de costume, com precipitações cada vez mais frequentes, não há tempo suficiente para que as lagoas absorvam toda a água. É nesse momento que os transbordamentos acontecem. 


A população das grandes cidades, como é o caso de Parnamirim, pode ajudar. Dar a destinação correta para a água servida e não jogar lixo em via pública nem no interior das lagoas já é um ótimo começo. Com ações como essas, o funcionamento das lagoas de captação permanece dentro da normalidade e situações de risco como enchentes e outros transtornos podem ser evitadas.

Fonte: portal da prefeitura de Parnamirim

China derruba embargo e volta a importar carne do Brasil

China derruba embargo e volta a importar carne do Brasil

O Ministério da Agricultura e Pecuária informou nesta quinta-feira (23) que o governo chinês decidiu suspender o embargo à carne bovina brasileira.

A decisão, segundo a pasta, foi tomada após reunião entre o ministro Carlos Fávaro e o ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa, Yu Jianhua, em Pequim.

As importações estavam suspensas desde fevereiro, após a confirmação de um caso classificado pelo governo brasileiro como “isolado e atípico” de encefalopatia espongiforme bovina, doença conhecida como mal da vaca louca. O registro foi feito em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA).

“Desde a descoberta do caso, o Ministério da Agricultura e Pecuária vem trabalhando com transparência e tomando todas as providências necessárias conforme protocolo de importação internacional”, declarou a pasta, em nota, segundo informações da Agência Brasil.

“Tenho certeza que isso é um passo para que o Brasil avance cada vez mais com o credenciamento de plantas e oportunidades para a pecuária brasileira”, avaliou o ministro Carlos Fávaro, ao final do encontro, na capital chinesa.

Fonte: Conexão Política.

Simone Mendes abre o jogo e diz o que fez para perder mais de 20kg

Simone Mendes abre o jogo e diz o que fez para perder mais de 20kg

Foto: Divulgação, TV Globo / Reprodução Instagram / Purepeople.

Apesar de chamar atenção de quem olha para o novo corpo da cantora, a transformação de Simone Mendes não aconteceu de uma hora para a outra. Simone teve uma longa jornada para eliminar 25 kg após o nascimento da filha de 2 anos. Ela contou com o acompanhamento da médica nutróloga e inseriu uma rotina de exercícios em sua rotina.

No fim de 2021, Simone se submeteu a uma cirurgia de remoção de pele, que ainda a incomodava após a significativa perda de peso. Em entrevista, a cantora falou sobre os impactos em sua saúde após emagrecimento.

“Emagrecer é sempre um desafio, uma luta constante. Inclusive depois que a gente emagrece, tem que continuar cuidando para não comer sempre coisas erradas, que são as que a gente ama comer, como fast food. Mas no final vale a pena porque não tem coisa melhor do que a gente se sentir bem e estar com a saúde em dia. Tenho mais tempo com qualidade para brincar com filhos. Estou com mais disposição para viver tudo isso”, declarou à “Quem” no ano passado.

Luta contra a balança

Simone já dividiu com os fãs que travava uma luta interna com a balança, apesar da aceitação do público e do marido, Kaká Diniz. A cantora chegou a realizar uma gastroplastia endoscópica, um procedimento de redução de estômago menos invasivo, mas o resultado não durou muito tempo.

“Não me aceito do jeito que eu sou. Vivo brigando com a balança, vocês sabem muito bem disso”.

Fonte: Terra Brasil notícias