Parnamirim fazendo história: Wolney França assume o comando da FECAM/RN nesta sexta-feira

 

 

A cidade trampolim da vitória, mais uma fez fazendo história no cenário político do Rio Grande do Norte.

Em uma cerimônia que promete ser bastante prestigiada, o presidente da Câmara de Parnamirim Wolney França, toma posse como presidente da Federação das Câmaras do RN (FECAM/RN).

É a primeira vez que o município de Parnamirim assume o assento do comando federação.

A posse acontecerá nesta sexta-feira às 13h30 no audio da FIERN em Natal.

Wolney tem realizado um grandioso trabalho a frente do legislativo parnamirinense, conduzido a câmara com muita austeridade, transparência, comprometimento e eficiência.

Passou a boiada

 


Eu venho da área rural. Nasci e fui criado na roça. Caipira mesmo, não produtor em grande escala. Mas tenho grandes amigos e clientes que vivem do campo. Durante os governos Lula, ouvia deles que a situação estava ótima e que nunca haviam sido tão contemplados com uma política como a que era implementada. Claro que sempre haverá reclamações, aqui e acolá, mas a regra era uma consciência dos acertos daquelas gestões.

Com o governo Bolsonaro, que tratou de liquidar a segurança e as estratégias em praticamente todas as áreas – cultura, educação, saúde, segurança, rural -, pudemos observar um enorme apoio de parte expressiva do agronegócio à figura escatológica do ex-Presidente. Porém, para muitos dos produtores com quem me relaciono, é impossível citar políticas reais de incentivo que justificariam esse suporte massivo. Essa é uma questão que merece reflexão pela sociedade e pelo governo.

Ouvi, de mais de um ruralista, uma análise preocupante: o que Bolsonaro fez foi eliminar qualquer política de proteção aos trabalhadores, à natureza, aos rios e ao campo. A promessa de “passar a boiada”, feita pelo ex-ministro Salles, foi a estratégia que encantou parte dos empresários que se sentiram à vontade para saquear o Estado. É importante observar o número crescente de situações análogas à de trabalho escravo que começa a ser desvendado a cada dia no atual governo.

Com o relaxamento das políticas de regulamentação daqueles setores, que contou com o apoio do fascismo, a barbárie tomou conta. Em relação aos três primeiros meses de 2022, houve um aumento de 124% de denúncias sobre trabalho escravo. Entre janeiro e 20 de março de 2023, o Ministério do Trabalho e Emprego resgatou 918 trabalhadores em condições semelhantes à escravidão. Se somarmos até os dias atuais, foram salvas mais de 1.200 pessoas só em 2023. Sem sombra de dúvidas, a fragilização das leis trabalhistas é uma das causas desse aumento. Além da política bolsonarista de “passar a boiada” para permitir a ocupação sem nenhum critério.

E não podemos desconsiderar que as próximas etapas da Operação que investiga o golpe de Estado frustrado de 8 de janeiro, devem chegar aos financiadores do fascismo. E, quase certamente, uma parcela, ainda que ínfima, do agronegócio estará contemplada com a força da lei para preservarmos o Estado democrático de direito. É um erro enorme generalizar, pois a maioria esmagadora dos produtores – pequeno, médio ou grande porte – é séria e faz do Brasil uma potência mundial. Mas parte dos representantes do “agrofascismo” sentiu-se poderosa com a ultra direita no Poder. E patrocinou a violência sob todas as formas, se lambuzou de atrasos que expuseram o Brasil na comunidade internacional.

É chegado o momento de colher os frutos de uma investigação séria e que salvou o país de uma Ditadura. Quem é do campo sabe que tem a hora de adubar, a de plantar e a de colher. Não se pode precipitar, mas também não se deve deixar passar o período certo. Com a tecnologia, hoje é possível ajudar e até mudar as intempéries do tempo e do clima. Mas estar de acordo com os ares democráticos e não lutar contra a natureza faz daquele que vive do agro, grande ou pequeno, um sujeito da história, e não um objeto da discórdia e do autoritarismo.

Lembrando-nos do imortal João Cabral de Melo Neto, em “Morte e Vida Severina”:

E se somos Severino iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida).”

 

Fonte: ig último segundo

 

 

NOTA

A Prefeitura de São Gonçalo do Amarante lamenta profundamente o incêndio ocorrido no prédio que abrigava a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) e o Centro de Referência da Assistência Social (Creas). Como resultado desse incidente, as atividades tanto da Seinfra quanto do Creas serão suspensas temporariamente.

No momento, as causas do incêndio ainda são desconhecidas. A Prefeitura está colaborando com as autoridades competentes e aguardará as investigações para determinar o que pode ter ocasionado esse triste acontecimento.

Estamos empenhados em restabelecer a normalidade o mais rápido possível e em garantir a continuidade dos serviços essenciais prestados pela Secretaria de Infraestrutura e pelo Creas. Contamos com a compreensão e o apoio de toda a população.

 

“O silêncio, berço da palavra”

Padre João Medeiros Filho

Esta frase da grande mística espanhola e mestra da espiritualidade, Santa Teresa d’Ávila, é pouco conhecida. Parece insólito à grande parte da sociedade hodierna, multiplicadora de palavras e sons, refletir sobre o silêncio. Nem sempre palavras são penhor de diálogo, entendimento e harmonia. Silenciar causa estranheza a um mundo barulhento. Importante é aprender com os sábios, místicos e profetas – os quais, antes de se manifestar – adotam um longo e expressivo tempo de calar. Este é um ato disciplinar, adequado em salas de aula, auditórios e igrejas, fundamental ao desenvolvimento da capacidade de escuta. Na contramão desse hábito, convive-se com a propagação de falas e mais falas, não raro, desnecessárias e banais. Despreparados sentem-se capacitados para comentar sobre tudo. Opiniões são emitidas sem o devido cuidado, com juízos a respeito daquilo que não se conhece bem. É uma constante hoje nas redes sociais. Para que exista uma palavra frutífera, mister se faz trilhar a via do silêncio.  

A avalanche de sons, barulho e termos inúteis vem desabituando as pessoas a saber ouvir. É hora de reaprender a calar, essencial ao reconhecimento daquilo que dá sentido à vida. “Há um momento oportuno para cada coisa, debaixo do céu, tempo de calar e tempo de falar (Ecl 3, 1; 7). A cultura contemporânea estimula a tagarelice e loquacidade. Há que superar o possível incômodo provocado pelo silêncio, pois é nele que nasce a verdadeira palavra, único caminho para alcançar o Mistério maior, livrando o homem da superficialidade. Entretanto, o mundo de hoje teima em estabelecer uma grande distância entre quietude silenciosa e palavra. Elanecessita ser encurtada para que se possa encontrar oscaminhos da vida, da verdade e do amor.  

Segundo estudos teológicos sobre espiritualidade, o silêncio gera e qualifica peregrinos, além de manter a luz e a paz interiores. Torna-se fundamental para quem busca discursar e se expressar adequadamente. Capacita-nos à comunicação marcada por termos ou expressões capazes de produzir sentidos qualificados. Por isso mesmo, sem renunciar ao direito da livre expressão, é indispensável também aprender a ser silencioso. Hoje fala-se muito no direito de se expressar, mas pouco sobre o dever de ficar calado, em determinados momentos. Não é um trabalho fácil. Entretanto, é necessário incluí-lo no cotidiano de cada um para haver comunicação de verdade. O silêncio é a morada da palavra. Tem propriedades para fazer dela uminstrumento autêntico de construção da justiça e da paz, caminho para o encontro com Deus.  

No atual contexto, quando ter voz e vez tornou-se uma forma de exercer o poder, as pessoas não se cansam de emitir palavras, ignorando o silenciar. Chega-se ao ponto de alguns pretenderem partilhar sermões nas igrejas, o que deu azo a críticas e abusos. Muitos não estão aptos para tal tarefa. Urgente é a educação individual e coletiva para não “falar por falar” ou talvez para impor dominação. É tempo oportuno de aprender e criar o gosto de ser tácito. É uma atitude essencial a ser aprendida e praticada.  

O silêncio é remédio para desespero e dores vividospor muitos, ao longo da vida. Importa estar atento para que a sua carência, a incapacidade e a inapetência para vivê-lo sejam superadas, lembrando que a Palavra divina é silenciosa. Ele é o instrumento para garantir a força do amor inesgotável de Deus. Deve-se evitar a voz para permitir a ação amorosa de Deus, que renova a vida de cada pessoa. Ela faz brotar em nossos corações a misericordiosa compaixão, qualificando todos para a tarefa de construir um mundo novo pela força do amor que se revela em Cristo. Tantas vezes, Ele buscou a quietude dos montes e praias para conversar com o Pai. “Ele se retirava para lugares desertos e orava” (Lc 5,16). Santo Antão, anacoreta egípcio, afirmava que “o silencio faz do coração humano a mais autêntica manjedoura, para sempre uma morada de Deus. Ele é a porta da oração.” É oportuno lembrar o profeta Habacuc: “O Senhor está em seu santo templo, diante dele se cale toda a terra” (Hab 2, 20).

Divulgado valor da herança que Rita Lee deixou

Divulgado valor da herança que Rita Lee deixou 

Foto: Reprodução/Instagram

Cantora faleceu na semana passada, em virtude de um câncer no pulmão

Algo entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões. Esse é o valor da herança deixada pela cantora Rita Lee aos três filhos e ao marido, Roberto de Carvalho. O portal R7 divulgou a informação nesta quinta-feira, 15, com base em estimativas do blog Jornal do Bolsão.

A cantora morreu na semana passada, aos 75 anos de idade, em virtude de um câncer no pulmão. O corpo foi cremado — um desejo dela.

Em uma de suas últimas postagens no Instagram, a cantora publicou uma imagem das unhas pintadas durante o Carnaval. “Em clima de folia”, escreveu na legenda.

Rita Lee, ícone do rock brasileiro

rita lee - instagram
Rita Lee tinha 75 anos de idade | Foto: Reprodução/Instagram

Ela nasceu no bairro da Vila Mariana, em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947. Ao lado de Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, fundou em 1966 a banda psicodélica Os Mutantes, que revolucionou o rock nacional. No ano seguinte, a banda acompanhou Gilberto Gil no III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, na apresentação da canção Domingo no Parque. Passou a ser aceita pela elite da MPB e foi convidada a participar do disco Tropicália.

Depois dos Mutantes, Rita iniciou um período solo. Mas uma de suas fases mais lembradas foi quando participou da banda Tutti-Frutti, com a qual lançou dois álbuns clássicos da história do rock brasileiro: Atrás do Porto Tem uma Cidade (1974) e Fruto Proibido (1975).

A terceira fase da sua carreira começou em 1976, quando se casou com o também músico Roberto de Carvalho, com quem produziu e gravou alguns de seus maiores sucessos, como Lança PerfumeBaila ComigoOvelha NegraMania de VocêFlagra e Doce Vampiro. Em 2000, teve a carreira renovada com uma fase ligada à bossa nova, em um de seus discos só com versões de músicas dos Beatles.

Fonte: Terra Brasil notícias

Petrobras confirma discussão sobre nova política de preços

Petrobras confirma discussão sobre nova política de preços

“Nesse sentido, a Companhia esclarece que eventuais mudanças estarão pautadas em estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”,acrescentou.

Na sexta-feira, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que anunciaria em breve a nova estratégia da estatal para a precificação de combustíveis, com um patamar abaixo do chamado preço de paridade internacional.

O modelo, segundo Prates, terá variações por região e cliente e levará em consideração, por exemplo, o volume comprado e o local de entrega.

Questionado sobre o novo critério, ele afirmou que será o de “estabilidade versus volatilidade”.O formato, ainda de acordo com o petista, deverá evitar a estagnação de preços e o que ele chamou de “maratona” de reajustes.

Fonte: o antagonista

Rita Lee: amor é prosa, sexo é poesia

Quando eu era menino, lá no interior de Minas Gerais, a vida corria lenta e modorrenta como os córregos de água barrenta onde a gente pescava bagres e piabas. Não havia muito o que fazer, salvo viver. Sem televisão, sem celular e sem internet. Na fazenda, sem luz elétrica, a gente exercitava a convivência, a conversa fácil e as brincadeiras de rua. Para fazer um interurbano, era necessário solicitá-lo à telefonista pela manhã e ir para a sede da telefônica à tarde esperar a ligação ser completada.

Na literatura, especialmente na poesia, que conseguíamos viajar. O mundo nos era apresentado por escrito e, através dos poetas, conhecíamos além dos limites da minha Patos de Minas. Lembro-me de conhecer o mar aos 13 anos e do espanto existencial que senti ao deparar-me com aquele mundo d’água. Era fácil ser feliz e a gente sabia.

Uma vez por semana, tinha uma festa no Patos Social Clube, a “hora dançante”. O clube chique da cidade. Todo mundo vendo todo mundo. Era uma sala pequena e, para chamar uma menina para dançar, tinha que ter muita confiança. Todos acompanhavam. Se ela refugasse, a cidade inteira saberia. Penso que foi ali que eu peguei segurança para falar em público e para assumir a tribuna do Plenário do Supremo Tribunal. Aquela adrenalina de atravessar a pista e convidar a menina forjou, de maneira indelével, o homem que eu virei.

A gente achava o máximo o globo que levava as luzes (disco ball) para todos os cantos do pequeno salão, que julgávamos enorme. Voltei lá, anos depois, e custei a crer que era naquele espaço mínimo que nós nos sentíamos donos do mundo. Não havia, na nossa imaginação, nenhum clube em Paris que pudesse competir com aquele ambiente mágico. A cidade só tinha um prédio, o Alvorada, com 6 andares e o único elevador. As duas pessoas mais importantes eram os porteiros do Clube Social e do Edifício Alvorada. Andar de elevador era sinal de status.

Certa vez, quis impressionar uma menina linda, de São Paulo, que passava férias por lá. Ela não gostava de poesia e recitar era o meu único charme. Sem carro e sem grana, tinha que ser criativo. Convenci o porteiro a deixá-la subir comigo até o 6º andar de elevador. “Será fatal e irresistível”, pensei. Quando entramos e eu fechei a porta pantográfica, notei que ela não estava impressionada. Fiz a pergunta que deveria ter feito antes: “Você mora em casa ou apartamento.” E ela, “Apartamento”. Gelei, “Qual andar?”, ela foi cruel, “27º”. A sorte é que o elevador era lento e deu tempo de pensar em uma história para encantá-la mostrando a vista da cidade. Acabou dando certo. Afinal, como nos ensinou Rita Lee: “Sexo é imaginação, fantasia. Amor é prosa. Sexo é poesia”.

 

Em toda “hora dançante”, havia um conjunto que tocava. O melhor era “Os Asteroides”, cujo cantor, Cláudio, tinha uma voz linda. Ele sempre começava a noite e, às vezes, acabava com uma música que nos levava a sonhar: “Dizem que sou louco por pensar assim. Se eu sou muito louco por eu ser feliz. Mas louco é quem me diz. E não é feliz, eu sou feliz”.

A gente entoava juntos a plenos pulmões. A cidade não tinha nenhum psiquiatra e a juventude gritando no clube que era feliz! Era lindo. Rita Lee curava a todos nós.

Depois ela continuou conosco, vida afora, falando de querer ser índio pintado de verde, cheirando lança perfume, afrontando a caretice e dizendo que era bom fazer a companheira ficar louca, muito louca dentro dela. Toda leveza da insubordinação que nos fazia sair da mesmice e admirar aquelas ousadias que faziam um bem danado para quem achava que, ao contrário do que ela cantava, o melhor era “ser o normal”. E até mesmo nos levar a acreditar que “eu posso pensar que Deus sou eu”. Só de fazer o questionamento sobre o que era ser “normal”, já valeram as sessões de análise que mais tarde me levariam a Éric Laurent em Paris.

Por isso, escrevo para dizer: obrigado, Rita Lee! O tempo passou, vieram a internet, o telefone celular, as televisões 24 horas, a política, o trabalho, os casamentos, os filhos e eu quase tinha me esquecido que te amava tanto.

Homenageando você, “meu sonho é ser imortal, meu amor”. Você é.

Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, tem 65 anos. Nasceu em Patos de Minas (MG) e cursou direito na UnB, em Brasília. É advogado criminal e já defendeu 4 ex-presidentes da República, 80 governadores, dezenas de congressistas e ministros de Estado. Além de grandes empreiteiras e banqueiros. Escreve para o Poder360 às sextas-feiras.

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