O governo do presidente Jair Bolsonaro é aprovado por 49% dos brasileiros que receberam ou aguardam receber o auxílio emergencial. É o que mostra pesquisa PoderData, realizada de 9 a 11 de novembro. Por outro lado, 42% dos beneficiários desaprovam a administração federal.
As taxas ficaram estáveis em relação ao levantamento anterior, feito de 26 a 28 de outubro. Variaram dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.
A taxa de aprovação está 4 pontos percentuais acima da avaliação nacional (45%). Já o percentual de rejeição do governo está 1 ponto abaixo da média geral (43%).
O levantamento mostra ainda que a avaliação positiva do governo caiu 5 pontos percentuais entre quem tentou receber o benefício, mas teve o cadastro recusado. Foi de 43% para 38% em duas semanas. A desaprovação também registrou queda nesse grupo: passou de 49% para 40% –queda de 9 pontos percentuais.
Entre os que não se enquadram nas condições para receber o auxílio, a avaliação positiva do governo caiu 8 pontos percentuais. Passou de 48% para 40% em 15 dias. A desaprovação foi de 43% para 50% –alta de 7 pontos percentuais.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Os dados foram coletados de 9 a 11 de novembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 501 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
AUXÍLIO X TRABALHO DE BOLSONARO
O PoderData também perguntou aos entrevistados sobre o trabalho individual do presidente. Bolsonaro é bem avaliado (“ótimo” e “bom”) por 38% dos beneficiários do auxílio emergencial –2 pontos percentuais acima da média nacional (36%).
A parcela de beneficiários do programa que avaliam o desempenho do presidente como “ruim” ou “péssimo” é de 40% –alta de 5 pontos percentuais. No levantamento anterior, eram 35%.
O número de pessoas que afirmam ter recebido pelo menos uma parcela do auxílio variou de 34% para 33%. São 35% os que não estão aptos para receber, 10% que ainda aguardam, e 14% que tiveram o cadastro recusado.
O auxílio emergencial foi criado para mitigar os efeitos da crise econômica causada pela pandemia da covid-19. Com o isolamento social, milhões de brasileiros ficaram sem trabalhar.
A intenção inicial do governo era fazer 3 pagamentos de R$ 200 cada 1 –durante a tramitação no Congresso, subiu para R$ 600. Com a continuidade da pandemia no país, o benefício foi prorrogado com mais duas parcelas no mesmo valor.
Em 3 de setembro, por meio de medida provisória, o governo estendeu novamente o auxílio: mais 4 parcelas de R$ 300. O valor começou a ser pago em 18 de setembro a beneficiários do Bolsa Família e em 30 de setembro aos demais.
Em decreto, publicado em 17 de setembro, o governo estabeleceu que os beneficiários que passaram a ter vínculo empregatício, ou a receber algum benefício previdenciário ou seguro-desemprego, depois do início do recebimento não terão direito às próximas 3 parcelas.
Nesta 5ª feira (12.nov.2020), o ministro Paulo Guedes (Economia) disse que haverá prorrogação do auxílio emergencial caso ocorra uma 2ª onda de covid-19 no Brasil.
“Existe possibilidade de haver uma prorrogação do auxílio emergencial? Aí vamos para o outro extremo. Se houver uma 2ª onda de pandemia, não é uma possibilidade, é uma certeza. Nós vamos ter de reagir, mas não é o plano A. Não é o que estamos pensando agora”, afirmou em evento virtual do troféu “Supermercadista Honorário” da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
“‘Ah, mas veio uma 2ª onda’. Ok, vamos decretar estado de calamidade de novo e vamos, de novo, recalibrando os instrumentos. […] Em vez de gastar 10% do PIB, como foi neste ano, gastamos 4% [em 2021]“, completou.
Poder 360.