O preço da gasolina subiu pela segunda semana seguida nos postos de combustíveis, de acordo com levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). O valor médio do litro passou de R$ 5,53 para R$ 5,65 nesta semana – uma alta de 2,16%. Já o diesel teve avanço pela terceira semana consecutiva, de R$ 5,00 por litro, em média, para R$ 5,38. Foi aumento de 7,60%.
O avanço na bomba ocorre na semana em que a Petrobras reajustou os preços nas refinarias. Na terça-feira, a estatal anunciou aumento da gasolina e do diesel. Foi a primeira vez que a empresa elevou os combustíveis desde que Jean Paul Prates assumiu a presidência da estatal, no fim de janeiro.
Assim, desde a quarta-feira, a Petrobras aumentou em R$ 0,41 por litro o seu preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras, que passou a ser de R$ 2,93 por litro. O aumento representa uma alta de 16,3%. A Petrobras também reajustou em 25,8%, para R$ 3,80, o preço do diesel.
Nesta semana, a gasolina mais cara foi encontrada no Amazonas, onde o litro sai a R$ 7,62, seguido de São Paulo (R$ 7,39), Rio Grande do Sul (R$ 7,15), Bahia (R$ 6,72), Rio de Janeiro (R$ 6,49) e Rio Grande do Norte (R$ 6,49).
O aumento dos preços tanto na bomba quanto nas refinarias ocorre em um momento em que postos iniciaram uma corrida por diesel e gasolina em todo o país. Na segunda-feira à nooite, Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) afirmou que o Brasil enfrenta restrição nas entregas de combustíveis em algumas bases de distribuição para os postos.
O aumento da Petrobras foi a primeira desde a criação de sua nova política de preços, em 16 de maio, que colocou fim à chamada política de paridade de importação (PPI), quando variações nas cotações do petróleo e do dólar serviam de parâmetro para reajustes para cima ou para baixo nos valores dos combustíveis vendidos pelas refinarias às distribuidoras.