A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) se reuniu nesta 2ª feira (4.jan.2020) com técnicos da Fiocruz, responsável pela produção da vacina contra o coronavírus, da Universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca. Embora houvesse expectativa de um pedido de uso emergencial do imunizante, ele não ocorreu.
Após o encontro, a Anvisa divulgou uma nota afirmando que recebeu dados da Fiocruz sobre a vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca contra a covid-19 a ser importada do fabricante Serum Institute of India. A importação de 2 milhões de doses foi autorizada pela Anvisa no sábado (2.jan.2020).
O órgão também declarou que precisa avaliar se o produto produzido em território indiano é o mesmo do produzido no Reino Unido. Isso porque as doses que serão adquiridas pela Fiocruz serão compradas do parceiro da Astrazeneca na Índia. À Fiocruz, a agência reguladora pediu mais informações sobre o imunizante.
Na nota, a agência reguladora destacou que para uso e distribuição da vacina pelo país, são necessários a solicitação e aprovação para o uso emergencial.
“Para a autorização, a Agência precisa avaliar os estudos de comparabilidade entre a vacina do estudo clínico, que é fabricada no Reino Unido, com a vacina fabricada na Índia, bem como os dados de qualidade e condições de boas práticas de fabricação e controle. Ou seja, é necessário entender se o produto do fabricante indiano é semelhante ao fabricado no Reino Unido e que teve os dados clínicos aprovados”, declarou. Leia a íntegra.
Está descartado pela agência fazer qualquer retrabalho de análise. De acordo com a Anvisa, deve-se aproveitar o que for possível das avaliações de outras agências de referência e apenas se dedicar a questões que forem específicas do Brasil.
Poder 360.