Os ministros da Economia, Paulo Guedes, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, vêm, finalmente, se dando bem. Os dois frequentaram solenidades públicas, cumprimentaram-se cordialmente, trocaram elogios aos trabalhos recíprocos e trataram de assuntos interessantes ao governo nos encontros entre os dois. O clima amistoso se deu depois que Marinho se comprometeu “ficar embaixo do mesmo teto” dos outros ministérios e respeitar o teto de gastos, não promovendo gastos acima do Orçamento já previsto, corrigido pela inflação.
Taxado de “fura-teto” por Guedes em meados do meio do ano, Marinho é a favor de que tal medida seja rediscutida, mas não agora, mais precisamente após as eleições de 2022. Com “panos quentes” na relação, Guedes tem repetido a auxiliares que tem o compromisso de Marinho em relação à medida, considerada primordial pelo chefe da Economia para a reestruturação das contas públicas do país na próxima temporada. O ano não foi fácil para a relação dos dois. Com o assunto puxado para debaixo do tapete, é possível que a paz reine na segunda parte do mandato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que chegou a se mostrar profundamente irritado com a intriga entre seus ministros.
Radar Econômico – Veja